Olímpíada

Aécio Neves – Folha de S. Paulo – 08/08/2016

Como não se sensibilizar com a bela festa de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio? Esbanjando criatividade, competência e alegria, os brasileiros fizeram uma festa que encantou o mundo. Naquela noite, dois momentos se destacaram por sua força simbólica.

No encerramento do evento no Maracanã, a pira olímpica foi acesa pelo maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, ex-boia fria, filho de retirantes nordestinos e um dos heróis populares do esporte brasileiro; meia hora depois, na Candelária, um jovem atleta de 14 anos, Jorge Gomes, nascido no Morro da Mangueira, acendeu a “pira do povo” e nos iluminou com o seu sorriso aberto.

A biografia de ambos revela a enorme capacidade que tem o esporte de mudar os rumos de vidas aparentemente destinadas ao desamparo. Entre centenas de atletas brasileiros inscritos nos jogos, há inúmeras histórias de superação.

São exemplos para uma enorme parcela da juventude, sofrida e descrente, duramente atingida pela crise econômica que aflige o país nos últimos anos. É preciso acreditar que reunimos condições de superar as adversidades que minam a nossa confiança. Por isso é preciso olhar para a Olimpíada pensando também em um outro tipo de legado.

É uma pena que ainda se subestime o esporte como fator de inclusão social. Como se sabe, o acesso ao esporte é, muitas vezes, mais que uma porta de entrada para uma vida de novas oportunidades. Pode ser a importante porta de saída de uma vida difícil.

O poder público, agindo em parceria com clubes, escolas e universidades, deveria apostar com mais convicção nesse caminho. Mais crianças e jovens jogando basquete, futebol ou vôlei, nadando, lutando em tatames, saltando e correndo em pistas de atletismo, significa menos crianças e jovens nas ruas, expostos ao crime e às drogas.

Além disso, a boa prática esportiva ensina a respeitar o outro, a trabalhar em equipe, a aceitar derrotas e a lutar de forma honrada pelas vitórias, buscando sempre fazer melhor. É uma escola de formação que prepara para a vida.

Infelizmente, carecemos ainda de ações públicas e políticas efetivas e continuadas que sejam capazes de integrar o esporte em uma estratégia maior de desenvolvimento humano e social.

O garoto Jorge confessou que sonha, um dia, conquistar medalhas para o país. Medalhas são sempre muito bem- vindas, mas há outra meta mais prioritária a ser alcançada: temos a obrigação de construir um país mais inclusivo e justo, para que possamos nos orgulhar ainda mais das medalhas que, com certeza, Jorges de todo o país conquistarão no futuro.

Que o legado da Olimpíada não seja medido apenas por obras. Que ela possa fortalecer a confiança de cada um dos brasileiros.

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Medalha na Matemática

Os alunos das escolas públicas de Minas Gerais, no governo de Aécio Neves, levaram sete vezes consecutivas a medalha de ouro nas Olimpíadas da Matemática, promovida pelo Ministério da Educação.

Aécio Neves – Homenagem à Constituinte

25 anos após a promulgação da constituição brasileira, em 1988, parlamentares e colaboradores que atuaram em sua elaboração foram homenageados pela Câmara dos Deputados. Entre os homenageados está o senador Aécio Neves, um dos mais jovens constituintes e responsável pela emenda que instituiu o direito ao voto para jovens de 16 a 18 anos.

Aécio Neves participa da entrega da Medalha JK

O senador Aécio Neves participou, nesta quinta-feira (12/09), da solenidade de entrega da Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. Presidida pelo governador Antonio Anastasia, a cerimônia teve o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como orador oficial. A medalha celebra o aniversário do ex-presidente e governador de Minas e é concedida àqueles que deram contribuições políticas, econômicas, sociais ou culturais a Minas e ao Brasil.

Aécio Neves destacou a relação histórica entre Minas Gerais e São Paulo em momentos decisivos para o Brasil e lembrou as origens mineiras do orador oficial da solenidade este ano, governador Geraldo Alckmin.

“Hoje é um dia de muita alegria. Recebemos não apenas o governador de São Paulo, o estado irmão, mas um grande líder nacional que se orgulha muito e não cansa de dizer das suas origens mineiras, que é Geraldo Alckmin. Esse privilégio veio em hora extremamente importante para o Brasil. Não tenho dúvidas, e o governador Anastasia dizia isso no seu pronunciamento, em todos os momentos cruciais da vida nacional, São Paulo e Minas Gerais estiveram juntos. E na reconquista da democracia, talvez tenha sido, na nossa história mais recente, o mais marcante desses momentos. Não estamos ainda falando de candidaturas, mas não tenho dúvidas de que o sentimento de São Paulo é o mesmo sentimento de Minas, por mudanças, por governos que olhem mais para o futuro, menos para o marketing, para os slogans”, disse Aécio em entrevista coletiva.

O evento foi realizado no Seminário Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus, um dos monumentos históricos de Diamantina. O ex-presidente JK completaria 111 anos nessa quarta-feira.

Sudene Mineira excluída de subsídios do governo federal

Em entrevista após evento, o senador Aécio Neves lamentou que o governo federal tenha voltado a discriminar municípios que pertencem à Sudene Mineira no pacote de benefícios aprovados ontem no Congresso. Medida Provisória 615 concedeu financiamento para a próxima safra, além de outros subsídios, a plantadores de cana de açúcar do Nordeste, mas deixou de fora os produtores do Norte de Minas e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri atingidos pela seca.

“Assistimos a mais uma demonstração do descaso do governo federal para com Minas Gerais. Aprovou-se a Medida Provisória 615, editada pela presidente da República, que permite o ressarcimento financeiro aos plantadores de cana da região Nordeste atingidos pela seca. Absolutamente justa a medida, realmente precisávamos atender os nordestinos. Mas é inconcebível, inexplicável, injustificável que a região mineira da Sudene, onde existem cerca de 70 mil pequenos plantadores de cana-de-açúcar, quase plantadores familiares, estejam fora. Apresentei uma emenda para que fosse corrigido esse equívoco e a maioria do governo não permitiu que ela fosse votada”, disse Aécio Neves.

Aécio Neves – Entrevista após a entrega das Medalhas JK

 Em entrevista coletiva, após a entrega das Medalhas JK, em Diamantina (MG), o senador Aécio Neves falou, hoje (12/09), sobre a presença do governador de São Paulo no evento, a exclusão de Minas de benefícios dados pelo governo a produtores de cana de açúcar atingidos pela seca e sobre as denúncia de espionagem no Brasil

 

Sobre a presença do governador Geraldo Alckmin na entrega da Medalha JK, hoje, em Diamantina.

Hoje é um dia de muita alegria para nós recebermos não apenas o governador de São Paulo, o estado irmão, mas um grande líder nacional que se orgulha muito e não cansa de dizer isso das suas origens mineiras, que é Geraldo Alckmin. Portanto, esse privilégio veio em uma hora extremamente importante para o Brasil.

O governador Anastasia dizia isso no seu pronunciamento, que em todos os momentos cruciais da vida nacional, São Paulo e Minas Gerais estiveram juntos. E na reconquista da democracia, talvez tenha sido, na nossa história mais recente, o mais marcante desses momentos. Não estamos ainda falando de candidaturas, mas não tenho dúvidas de que o sentimento de São Paulo é o mesmo sentimento de Minas, por mudanças, por governos que olhem mais para o futuro, menos para o marketing, para os slogans, como disse o governador Geraldo Alckmin.

A nossa identidade é profunda no sentimento que temos em relação àquilo que precisa ocorrer no Brasil e da capacidade que Geraldo já demonstrou, Anastasia vem demonstrando, José Serra demonstrou, para ficar em apenas alguns poucos exemplos, da capacidade de gestão. Mas, sobretudo, na sensibilidade para os problemas brasileiros.

Sobre exclusão de Minas de benefícios dados pelo governo a produtores de cana de açúcar atingidos pela seca.

Gostaria hoje de ter apenas boas notícias, mas não tenho. Devo dizer aqui, na porta de entrada do Vale do Jequitinhonha, que ontem, infelizmente, no Senado Federal, assistimos mais uma demonstração do descaso do governo federal para com Minas Gerais. Aprovou-se a Medida Provisória de número 615, editada pela presidente da República, que permite uma remuneração a mais, permite o ressarcimento financeiro aos plantadores de cana da região Nordeste atingidos pela seca.

Absolutamente justa a medida e realmente precisávamos atender os nordestinos defendemos esta proposta. Mas é inconcebível, inexplicável, injustificável que a região mineira da Sudene, onde existem cerca de 70 mil pequenos plantadores de cana-de-açúcar, estamos falando apenas dos pequenos, quase plantadores familiares, estejam fora dessa emenda. Apresentei uma emenda para que fosse corrigido esse equívoco e a maioria do governo não permitiu que ela fosse votada. E a orientação da liderança do governo foi no sentido de não incluir a totalidade da região da Sudene nesse benefício. Isso significa que ficam fora, apenas, os municípios mineiros dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri e uma parcela pequena do Norte do Espírito Santo.  Mais uma demonstração clara da insensibilidade desse governo para com os interesses de Minas Gerais.

Sobre votação de hoje no STF.

Ainda não posso fazer essa avaliação. Falo mais como cidadão do que como líder da oposição, é que esse processo possa ter um desfecho. Qualquer que seja ele. Eu não aponto culpados, não sou capacitado para isso. Mas que esse processo precisa ter um desfecho até para que o Brasil cuide de outras questões. Absolvendo, aqueles que no julgamento final do Supremo se justifique a absolvição, e condenando aqueles que devam ser condenados. Essa página precisa ser virada e caberá ao Supremo Tribunal Federal definir o melhor momento.

Sobre espionagem no Brasil.

Todos nós estamos vulneráveis. Não se justifica o que foi feito. O Brasil tem se manifestado, e nesse momento não existe oposição e governo, somos todos brasileiros para nos colocarmos de forma absolutamente indignada contra qualquer tipo de espionagem, sobretudo aqueles que dizem respeito a questões de interesse comercial e não em relação a questões de segurança.

Já me manifestei em nota, inclusive, quando surgiram as primeiras denúncias, mas é preciso que o governo federal invista também na sua própria segurança. Assistimos ao abandono de alguns projetos que visavam criar um mínimo de segurança ao país no que diz respeito a essas supostas espionagens. Esse episódio mostra a vulnerabilidade do Brasil. Nesse momento não existe governo ou oposição, existe a nação brasileira, que se sentiu extremamente atingida por essas denúncias de espionagem e aguardamos ainda uma manifestação formal do governo americano.