Aécio Neves se encontrou, hoje (26/05), com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e os senadores Valdir Raupp, Aloysio Nunes e José Agripino Maia, em Brasília.
O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, senador Aécio Neves, concedeu entrevista, nesta quinta-feira (10/07), em Vila Velha (ES), onde participou de ato político, ao lado do candidato a governador, Paulo Hartung (PMDB), e seu vice, César Colnago (PSDB).
Leia a transcrição da entrevista do senador:
Sobre viagem ao Espírito Santo.
Meu avó Tancredo, há 30 anos, lançou as bases da Nova República, que era nada mais do que a reconciliação do país com a democracia e com a liberdade. Hoje, o destino me permite estar mais uma vez no Espírito Santo, lançando as bases para um novo e grande pacto entre todos os brasileiros. Nós queremos um Brasil convergente. Um Brasil onde todos tenham melhor saúde, melhor educação, melhores perspectivas de vida. A proposta que encabeço hoje não é de um partido, e tampouco de um conjunto de forças. Ela representa o sentimento de milhões de brasileiros indignados com a incapacidade do governo de fazer o país crescer e avançar, de controlar a inflação e de permitir que os nossos indicadores econômicos melhorem. Estou extremamente honrado de poder estar aqui, ao lado do governador Paulo Hartung, meu companheiro como governador do Espírito Santo quando fui governador de Minas, um dos mais qualificados gestores públicos da nossa geração, para fazermos uma belíssima travessia, propositiva, respeitando as pessoas, dizendo a verdade, debatendo propostas. É isso que o Brasil espera de nós, e eu tenho certeza que começo com o pé direito pelo Espírito Santo.
O PT está ausente no Espírito Santo. Se o Sr. for eleito, vai acabar com esse isolamento?
Poucos estados foram tão prejudicados pela omissão do governo federal quanto o Espírito Santo. O governo federal tem responsabilidade para com todo o país, e a omissão do governo federal em questões centrais permitiu uma conflagração, o enfrentamento entre estados da Federação. Isso não é legítimo, isso não é aceitável. E ocorreu em várias áreas. Tenho, até pela minha formação pessoal, uma convicção de que a raiz de grande parte dos problemas brasileiros está nesse centralismo exacerbado, nessa transformação da federação quase que em um Estado unitário. Temos que reconhecer que aquilo que é feito no município é feito melhor do que aquilo que é feito no estado e na União. E aquilo que é feito no estado certamente é melhor do que é feito na União. Vamos refundar a Federação no Brasil, garantir melhores condições dos estados enfrentarem as suas dificuldades.
Hoje, na segurança pública, há uma omissão gravíssima do governo federal. Não existe política nacional de segurança. Na saúde, desde que o PT assumiu, houve uma queda anual da participação dos investimentos federais na saúde pública, que é hoje uma tragédia. Não adianta, esse excesso de propaganda do governo federal é quase que um acinte à inteligência dos brasileiros, porque ela não vem acompanhada de ações concretas.
Está na hora do Brasil da propaganda, do Brasil virtual, ser confrontado com o Brasil real. O Brasil das pessoas utilizando o transporte público de péssima qualidade, com saúde absolutamente precária, com a insegurança crescente em suas portas. O que queremos é que o Brasil volte a crescer e as pessoas voltem a ter esperança em seu futuro.
Sobre queda no PIB do Espírito Santo e previsões na economia. O que o Sr. fará para ajudar o estado e o país?
Em primeiro lugar, mágica não existe. O atual governo já fez a maldade. A maldade foi perder o controle sobre a inflação, afugentar os investidores do Brasil, eessa é a grande verdade, através de um intervencionismo absurdo em determinados setores da economia, como o de energia, por exemplo. Essa desqualificação do setor público, com esse absurdo aparelhamento da máquina com 39 ministérios, é quase que uma bofetada na cara dos brasileiros. Vamos cortar isso pela metade. Vamos ter uma política fiscal transparente e eficiente que nos permita resgatar a credibilidade para que os investimentos voltem ao Brasil e o crescimento da nossa economia é a alavanca mais vigorosa que teremos, tanto para controlar a inflação, quanto para permitir que estados como o Espírito Santo possam continuar se desenvolvendo. O que não podemos ter é um governo federal que solitariamente arbitre e tome decisões que logo em seguida afetam a realidade e a economia nas unidades federadas.
O Espírito Santo vem avançando, desde o período de Paulo Hartung, muito mais em razão do esforço fiscal que foi feito aqui, na definição de parcerias estratégicas, seja no setor mineral, de celulose, em vários campos da indústria, no agronegócio, na agricultura – o Espírito Santo já se transforma no segundo maior produtor de café do país –, muito mais pelo esforço local, dos empreendedores locais, dos governos locais, do que certamente pela ação do governo federal. O que quero é refundar a Federação no Brasil e estados capacitados, qualificados e com potenciais extraordinários, como é o caso do Espírito Santo, vamos ter uma vantagem enorme.
Como o Sr. vem acompanhando os resultados de pesquisas de intenção de voto?
Com enorme otimismo. Em um momento como esse, com essa propaganda maciça do governo federal e ainda com um índice grande de desconhecimento em relação à nossa candidatura, já estamos sólidos em um segundo lugar e, como se diz, com um viés de alta. Espero que com essa minha visita ao Espírito Santo esse viés de alta aumente. Vamos fazer uma campanha verdadeira. Não considero, é da minha natureza, do Paulo (Hartung), do César (Colnago), não acho que alguém, por ser meu adversário, é meu inimigo, a ser banido da vida pública, a ser exterminado. Nada disso.
O que queremos é ter a oportunidade de apresentar a nossa proposta, respeitando os nossos adversários, mas dizendo com muita clareza: O Brasil merece mais do que está tendo. Merece crescer mais, merece administrações mais probas, mais decentes do que essas que estão aí, a acabar, a aniquilar o patrimônio de empresas públicas importantes para a vida do país, como é o caso da Petrobras, que vocês conhecem tão bem. Faço, como estou fazendo, uma caminhada da alegria, dizendo sempre a verdade, mas sempre pronto. Pronto para o bom debate em qualquer campo que ele se dê.
Sobre tentativa de uso político da Copa do Mundo.
Sempre fui muito reto nas minhas palavras, Copa do Mundo é uma coisa, eleição é outra. O governo da presidente Dilma é que, infelizmente, a cada momento, tem uma reação diferente. Quando vieram as manifestações, ela não tinha nada a ver com Copa do Mundo. Quando a Copa dá certo, parecia até que era ela a artilheira da seleção. Acho que quem vai pegar o preço são aqueles que tentaram se apropriar de um evento que é de todos os brasileiros.
Todos nós estamos tristes com o resultado. Estive lá, como torcedor, no Mineirão, atônito com aquele resultado, e nunca misturei as coisas. Mas aqueles que esperavam fazer da Copa do Mundo, como disse a presidente, uma belezura para influenciar nas eleições, vão se frustrar.
Agora é hora de pensarmos no futuro do Brasil, vamos debater as propostas que cada um dos candidatos têm para o Brasil sair desse marasmo. Somos o país que menos cresce na nossa região, temos, de novo, uma das inflações mais altas do mundo, o IPCA dessa semana mostrou que já estamos no teto da meta inflacionária, 6,5%, porque o governo não foi prudente. Aliás, o governo da presidente Dilma falhou na condução da economia, nos deixa um cenário de estagflação, com estagnação do crescimento econômico e com a inflação retornando, e a emoldurar isso uma perda crescente da nossa credibilidade.
No campo da infraestrutura e da gestão do Estado, nos legará um Brasil transformado em um cemitério de obras inacabadas e com sobre preços por toda parte. E nos indicadores sociais o Brasil, infelizmente, volta a ver o recrudescimento do analfabetismo, vejam bem, uma agenda já virada, pelo menos uma página que achávamos virada da vida brasileira. Na saúde, uma tragédia, uma omissão cada vez maior do governo federal crescendo ano a ano. E na segurança, a ação do governo federal, ou a omissão do governo federal, é quase criminosa. 87% de tudo que se gasta em segurança pública vêm dos estados e municípios.
O Brasil não pode mais sustentar um projeto poder de um grupo político que a qualquer custo quer se manter à frente do governo federal. E pergunto: para quê? Para nos legar esse Brasil que estão nos deixando? Não. Os brasileiros não vão permitir. Está na hora de mudar e nós somos a mudança corajosa e verdadeira que o Brasil precisa viver.
O candidato da coligação Muda Brasil à Presidência da República, senador Aécio Neves, fez nesta quinta-feira (10) uma caminhada pelas ruas do bairro Praia do Suá, em Vitória (ES). Pela manhã, Aécio participou de um encontro político na cidade vizinha de Vila Velha. Nas ruas da cidade, ele parou para conversar com simpatizantes, posou para fotos e ouviu pedidos e recomendações.
O senador tomou café em um bar, conversou com os moradores e detalhou algumas das propostas da coligação para o país. Durante a caminhada Aécio também ouviu queixas sobre a atuação do governo federal. Ao visitar as peixarias, comércios típicos da Praia do Suá, o tucano foi aplaudido pelos frequentadores.
A caminhada terminou no restaurante São Pedro – que, com 62 anos, é um dos mais tradicionais da cidade. O local é especializado na moqueca capixaba, um prato típico do Espírito Santo. A dona do restaurante São Pedro, Ruth Alves, deu a Aécio um livro de receitas do restaurante.
“Gosto muito do seu trabalho e da sua simpatia”, disse Ruth Alves informando que pretende votar em Aécio Neves para presidente em outubro.
Aécio estava acompanhado de lideranças como o candidato ao governo do Espírito, Paulo Hartung (PMDB), seu candidato a vice, o deputado federal César Colnago (PSDB), o coordenador da campanha da coligação Muda Brasil, senador José Agripino (DEM-RN), entre outros integrantes do PSDB e de partidos aliados.
O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, senador Aécio Neves, participou nesta quinta-feira (10/07) de um encontro político em Vila Velha, no Espírito Santo. Aécio lembrou que há 30 anos, no Espírito Santo, o avô Tancredo Neves lançou as bases de sua campanha para as eleições presidenciais de 1985.
“Quando o Brasil estava perplexo pela derrota da emenda Dante de Oliveira (que permitiria a realização de eleições diretas), Tancredo escolheu as terras capixabas para anunciar um pacto pelo país. Passaram-se 30 anos e o destino nos permite estar aqui, juntos, para dizer a cada um dos brasileiros, na primeira semana da campanha eleitoral, que vamos resgatar o sonho de Tancredo e de milhões de brasileiros, de resgatar a capacidade de fazer o Brasil crescer”, afirmou Aécio.
Participaram do encontro o candidato ao governo do estado, Paulo Hartung (PMDB), seu candidato a vice, o deputado federal César Colnago (PSDB), o coordenador da campanha da coligação Muda Brasil, senador José Agripino Maia (DEM-RN), os ex-prefeitos de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), e de Vila Velha, Max Filho (PSDB), e o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), além de representantes de partidos aliados.
Federação
Aécio Neves destacou a preocupação com a defesa dos princípios da federação. Ele criticou a centralização do PT no governo federal e lembrou que o Espírito Santo é um dos estados mais prejudicados pelo modelo petista.
“O governo do PT leva o Brasil a se transformar em um estado unitário. Apenas ao governo federal é possível definir prioridades, definir aquilo que é ou não relevante ao nosso futuro. A primeira das visões que deve orientar o novo governo é a visão clara da federação”, disse Aécio.
O senador afirmou que os avanços sociais e econômicos que o Espírito Santo obteve, nos últimos anos, vieram como resultado dos esforços dos próprios capixabas, e não de uma política de parcerias com o governo federal.
O candidato Paulo Hartung, que governou o Espírito Santo entre 2003 e 2010, foi definido por Aécio com “um dos mais completos homens públicos da nossa geração”.
O senador destacou ainda que o projeto apresentado por ele não deve ser interpretado como uma proposta única do PSDB, e sim como uma construção entre todos os brasileiros que se preocupam em mudar o modelo administrativo que o PT impôs ao país.
Parcerias
Aécio lembrou que Minas Gerais e o Espírito Santo têm uma ligação das mais intensas, que é motivada tanto pela proximidade geográfica quanto por fatores como a produção industrial dos dois estados.
“Estou em casa no Espírito Santo”, disse Aécio. “Não poderia ser em outro estado o início dessa caminhada. Venho de Minas Gerais para o Espírito Santo para fazer de mineiros e capixabas um só corpo, para dizer à nação: vamos vencer as eleições e vamos honrar a cada um de vocês”, acrescentou.
O candidato da Muda Brasil à Presidência pediu ainda o empenho dos militantes locais para a eleição de Paulo Hartung e destacou: “que Hartung seja o novo governador do Espírito Santo para selarmos em definitivo uma parceria com toda essa gente em favor de um Brasil novo”.
A coligação que tem Paulo Hartung candidato a governador e César Colnago a vice é composta por sete partidos: PSDB, PMDB, DEM, Solidariedade, PEN, PRP e Pros. A deputada federal Rose de Freitas (PMDB) é a candidata ao Senado pela chapa.
Em Vila Velha, foram entregues os primeiros materiais de campanha da Muda Brasil: adesivos que trazem o nome da coligação e de Aécio Neves.
O presidente nacional do PSDB e candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta segunda-feira (30/06), em Brasília (DF), sobre a convenção do DEM e a definição da chapa.
Leia a transcrição da entrevista do senador:
Sobre a definição da chapa.
A chapa que hoje foi anunciada é uma chapa da coligação. É uma chapa construída das conversas de todos os partidos com o PSDB. Posso dizer que o senador Agripino e o prefeito ACM Neto foram grandes construtores desta aliança. Hoje, somos um só corpo, um só pensamento na busca do resgate da credibilidade do país, da retomada do crescimento, da retomada dos avanços sociais que deixaram de existir. Estou extremamente feliz de estar aqui hoje na convenção do Democratas, nosso partido irmão, para confirmar aqui a presença do senador José Agripino, presidente nacional do Democratas, como coordenador geral da minha campanha. Nada mais simbólico para demonstrar que, daqui por diante, não existe qualquer tipo de diferenciação entre PSDB, Democratas e outros partidos da aliança. Todos nós teremos a mesma responsabilidade, o mesmo espaço e a mesma determinação para construirmos um projeto novo para o Brasil. Hoje é um dia de festa para os tucanos e para os Democratas também.
Sobre coordenação do senador Agripino.
Terá um papel extremamente relevante em todo o Brasil. E claro, em especial, ao Nordeste, com o conhecimento que tem da região e pela altíssima credibilidade e autoridade política que tem. Eu sou da escola tancrediana. Tancredo costumava dizer, meu avô, que é muito importante que você olhe ao lado daquelas pessoas que estão disputando cargos eletivos. Eu estou disputando a Presidência da República. Agora olhem para o meu lado. Quero dizer que tenho um orgulho enorme de ter o senador Agripino, ACM Neto, os Democratas, o senador Aloysio, um conjunto de homens de bem, de brasileiros que estão, como eu, indignados por tudo que vem acontecendo no Brasil e não querem que o Estado continue propriedade de um grupo político. Então tenho absoluta convicção de que com a presença do senador Agripino como coordenador geral da campanha, com a sua experiência, com os seus aconselhamentos, vamos fazer uma campanha que chegue a todos os cantos do país com um discurso muito claro, com um discurso eficiente e, mais do que isso, com um discurso realista.
Sobre o Nordeste.
Teremos uma programação permanente e transversal no nosso programa de governo. Nosso programa se iniciará pelo Nordeste. Digo isso com autoridade de quem como governador de Minas Gerais investiu ao longo de oito anos três vezes mais per capita no Nordeste mineiro, no nosso Vale do Jequitinhonha e no Norte do Estado, do que nas regiões mais ricas do estado. Tratar de forma desigual regiões desiguais é o único caminho para diminuir as desigualdades e é isso que faremos em relação ao Nordeste, contando agora com a presença do senador Agripino na coordenação da campanha e com a participação de companheiros como a alguns aqui me referi, como ACM Neto, como Tasso Jereissati, agora o nosso candidato ao Senado pelo Ceará e inúmeras outras lideranças que nos permitirão palanques muito sólidos também no Nordeste. Estamos prontos para iniciar uma disputa de altíssimo nível no país e debater ideias. Vamos apresentar propostas e vamos falar de esperança. Que os nossos adversários tenham escolhido o discurso do pessimismo, da radicalização, do ódio e do medo é opção deles. A nossa será outra. Nosso discurso será do otimismo, da esperança, da competência, da ousadia em busca de um Brasil que cresça e se desenvolva muito mais do que nessa gestão da Dilma.
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, anunciou, nesta segunda-feira (30/06), durante reunião em Brasília, a escolha de Aloysio Nunes como vice na chapa do partido que disputará as eleições deste ano.
A seguir, os principais trechos dos discursos.
Aécio Neves
Estamos hoje reunidos, a Executiva nacional do PSDB, com o respaldo e o apoio de todos os outros sete partidos que nos acompanham nessa caminhada para cumprirmos uma importantíssima etapa na nossa trajetória, na nossa caminhada na busca do reencontro do Brasil consigo mesmo. Com desenvolvimento, com a respeitabilidade e, sobretudo, com avanços sociais.
Hoje tenho a alegria enorme de poder anunciar como meu companheiro de chapa o senador Aloysio Nunes Ferreira, líder do PSDB no Senado Federal. A indicação do senador Aloysio como meu companheiro de chapa é uma homenagem à coerência, matéria-prima essencial à vida pública e lamentavelmente hoje em falta no Brasil. A trajetória exemplar de Aloysio durante toda sua vida, sempre na defesa da democracia, da liberdade, da ética na vida pública, fazem com que a partir de agora nossa caminhada se fortaleça e se fortaleça enormemente.
As razões para a escolha de Aloysio em um momento em que tínhamos tantos outros nomes extremamente qualificados resumiria dizendo que não foram as conveniência da campanha, mas sim os interesses do Brasil que me levaram a essa decisão. Quando se olha uma chapa, é natural, até porque o histórico não muito remoto da vida pública brasileira certamente nos permite esse encontro com a história, sempre que se olha uma composição de chapa olha-se o vice-presidente da República, ou o candidato a vice, como alguém que eventualmente possa assumir a Presidência da República.
Aloysio Nunes não é apenas um homem para ser vice-presidente da República. É um nome que em qualquer eventualidade está absolutamente preparado para presidir o Brasil. A sua qualidade intelectual inegável, a sua postura política irretocável, respeitada inclusive por seus adversários, fizeram com que chegássemos aqui hoje a essa decisão que politicamente me parece acertada e, do ponto de vista pessoal, me alegra muito.
A verdade é que o nosso destino é o futuro. E o nosso desafio é fazermos uma bela travessia com coragem e com responsabilidade para chegarmos a esse futuro. Futuro que almejam todos os brasileiros.
Quero dizer a cada um e a cada um dos companheiros que nos ajudaram nessa caminhada até aqui que esse nosso destino hoje está mais próximo, com a chegada na campanha, agora como candidato à Vice-Presidência da República e home público integrado, honrado, competente e que honra a boa política brasileira, Aloysio Nunes: bem-vindo a essa belíssima travessia que vamos fazer em busca de um Brasil que seja de todos. Não na propaganda, mas na vida cotidiana de cada brasileiro.
Estou absolutamente honrado, não apenas pela presença de Aloysio na chapa, mas pela forma como ela se dá com essa emoção, com essa determinação. Acho que isso que conseguimos construir entre nós, essa crença de que não é um projeto de um partido político, muito menos de uma coligação, que está em jogo, é um projeto de Brasil.
Cada vez mais estamos encarnando um sentimento amplo na sociedade brasileira que quer, em parte, sim, se reconciliar com a boa política. E a nossa responsabilidade e mostrar que isso é possível. O senador Aloysio soma, e muito, sob todos os aspectos, a essa caminhada, como o senador mais votado da história do Brasil, mas, sobretudo, pelo homem íntegro e honrado que é.
Estou extremamente feliz em termos podido chegar, não eu pessoalmente, o que seria muito fácil, mas o conjunto das forças que nos apoia, de forma unânime e convergente, ao seu nome. A partir de agora vamos caminhar de mãos dadas pelo Brasil pregando o novo, a ética, a responsabilidade e também a eficiência na vida pública.
O anúncio está feito e reitero que fiquei muito feliz de poder ter tido a aceitação também do senador José Agripino para coordenar a nossa campanha, mostrando que não será uma campanha de um partido, será uma campanha de um conjunto de forças políticas.
Desde ontem em São Paulo, com as últimas conversas que tive recebi, quando caminhávamos para essa decisão, dois apoios absolutamente entusiasmados a essa indicação, que se somam a um terceiro, entre tantos que eu já havia recebido há alguns dias. O primeiro deles foi o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que será sempre para nós uma referência não pelo que fez, mas pelo que ainda pode fazer pelo Brasil, e estará ao nosso lado também nessa caminhada para enorme orgulho de todos nós. Ele também achava que essa era a decisão mais adequada.
Recebi duas manifestações de apoio irrestrito à presença do senador Aloysio na chapa, representando o sentimento de todos os demais companheiros do partido. Do ex-governador José Serra, que terá também na nossa campanha um papel muito relevante, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Todos eles considerando que a presença do senador Aloysio fortalece a nossa chapa nacionalmente, e em especial no estado de São Paulo.
Aloysio Nunes
Quero, em primeiro lugar, ainda bastante emocionado, mesmo depois que o Aécio ter, ontem à noite, depois de ter pedido autorização à minha mulher, Gisele, que aqui está, formalmente me dado a imensa honra deste convite, que eu de pronto aceitei, me preparava para este momento, mas continuo ainda bastante emocionado por este momento da minha vida política.
Me lembro de tantos anos atrás, quando comecei a minha militância política, eu, hoje um homem de 69 anos, olho para um jovem de 18 anos, olha para este jovem que começou a militar quando ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, e pergunto: será que sou eu mesmo? Acho que sou.
Claro que o tempo passou, as experiências se acumularam, alguns sonhos se desfizeram, a alma foi sendo limada pelo tempo, pelas asperezas da vida, mas basicamente, as minhas convicções são as mesmas. Convicção em torno da democracia, da liberdade, do pluralismo e a convicção da luta pela igualdade.
Lembrava agora há pouco ao Aécio que os nossos caminhos se cruzaram efetivamente quando ele foi candidato a líder do PSDB na Câmara dos Deputados. Faz muitos anos isso. E o Aécio me convidou para ser o seu primeiro vice-líder. A história está se repetindo. E fiquei muito feliz. Recebi do Aécio as lições de vida parlamentar que me inspiraram e me inspiram até hoje. Procurei cumprir com zelo e dedicação as determinações, as incumbências, as tarefas políticas da vice-liderança e ser um companheiro do Aécio.
Depois que o Aécio foi eleito presidente da Câmara, teve uma trajetória brilhante que todos nós conhecemos e que o credencia hoje a ser o nosso presidente da República, eu também segui o caminho do Executivo, com a experiência fantástica de ser, como Eduardo Jorge foi e outros companheiros foram, companheiros de Fernando Henrique na Presidência da República. Servi também a este extraordinário político e servidor público que é José Serra, na prefeitura de São Paulo e no governo, e, agora, estou no Senado.
Quero agradecer muito aos meus companheiros senadores a oportunidade que vocês me deram para exercer a liderança da nossa bancada. Agradecer imensamente porque tenho a convicção de que este posto, cuja porta me foi aberta por Álvaro Dias, seguramente me credencia a esta incumbência que recebo hoje das mãos da Executiva Nacional.
O Aécio fez, antes da chegada da imprensa, aqui entre nós, perante este grupo com o qual temos trabalhado, já há algum tempo, desde que o Aécio se tornou presidente do partido, que foi seu colaborador nesse trabalho de organização, de afirmação da unidade no nosso partido, de busca de parcerias, de contatos, de alianças, como nós nunca tivemos… O Aécio fez um resumo das nossas disputas eleitorais nos estados.
O Maquiavel tem uma reputação sulfurosa, mas dizia o seguinte: que o sucesso da política depende de dois fatores, a fortuna e a virtú.
A fortuna são as condições objetivas, condições que em grande medida não dependem de nós. E as condições objetivas que vivemos hoje apontam profundo desejo de mudança do povo brasileiro. Esta é a realidade política marcante. que foi, inclusive, fator de desagregação do bloco que governa o país há tanto tempo. O Brasil quer mudar, quer um governo diferente, quer um novo fôlego, um novo impulso, um novo curso para a nossa vida política. E o Aécio conseguiu encarnar esse desejo, conseguiu encarnar esse desejo.
E aí entra a virtude. A força de vontade, a lucidez, a capacidade, os atributos pessoais que garantiram, em primeiro lugar, uma aliança e o entusiasmo de todas as seções do PSDB, uma grande coligação com os nossos companheiros de outros partidos, o Democratas, o Solidariedade, o PTB, que agora recentemente veio a nos apoiar, o PTC, o PTN, o PMN e o PTdoB.
Fico muito feliz com a indicação desse extraordinário político do Rio Grande do Norte e do Brasil que é o nosso companheiro José Agripino.
Serei um vice muito dedicado, muito leal, muito correto, consciente da preeminência do nosso candidato à Presidência, orgulhoso e feliz por tem alguém do porte, da envergadura, da liderança, do carisma de Aécio Neves como nosso comandante.
Eu quero ser, na vice-Presidência, um representante de todos vocês, porque o que o Aécio conseguiu foi reunir um exército extraordinário de líderes e de militantes políticos. Eu serei um militante político, representando todos nós, participando da campanha nos estados, ajudando onde puder ajudar, tentando livrar o Aécio das canseiras que a candidatura à Presidência sempre acarreta.