Aécio Neves considera insustentáveis as explicações dadas pela defesa dos marqueteiros do PT

Em entrevista à Rádio Jovem Pan FM de São Paulo, nesta manhã, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves afirmou que são insustentáveis as explicações da defesa dos marqueteiros do PT para os US$ 7,5 milhões recebidos no exterior de empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

“Um operador da Petrobras, esse senhor Zwi (Skornicki), que fazia exclusivamente a distribuição do dinheiro da propina de uma das empresas beneficiadas pela Petrobras, fazia esse dinheiro chegar a diretores da Petrobras já muito conhecidos de todos nós, gerentes da Petrobras. Fez chegar também, durante o período eleitoral, e esse é um fato que merece destaque muito grande, ao marqueteiro da campanha. Hoje, os jornais dão notícia de um depoimento da esposa do marqueteiro relacionando esses recursos a contas no exterior a serviços prestados no exterior, o que me parece não se sustentará”, afirmou.

João Santana, e sua esposa, Mônica Moura, que é sócia do marido e também trabalhou em campanhas presidenciais do PT, incluindo a da presidente Dilma Rousseff em 2014, foram presos acusados de receber US$ 7,5 milhões no exterior pagos por empresas envolvidas no pagamento de propinas ao partido.

Aécio Neves reforçou que o PSDB trabalha para que os documentos relacionados à prisão dos marqueteiros sejam anexados à ação movida pelo partido contra a chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em razão dos suspeitos indícios de uso de caixa 2 na campanha.

“Desde o início da operação Lava Jato, estamos vendo uma sucessão de indícios muitos fortes que comprometem, obviamente, o governo como um todo, mas, de forma especial, a última campanha presidencial, seja através de delações ou mesmo de depoimentos que não são delações. Mas o que ocorreu essa semana, na minha avaliação, foi o fato mais grave até aqui. Pela primeira vez temos provas documentais que vinculam a campanha da presidente Dilma à corrupção na Petrobras”, afirmou.


Manifestações do dia 13

Aécio Neves também falou sobre o apoio dos partidos de oposição às manifestações contra o governo programadas para o dia 13 de março. Na última terça-feira, PSDB, PPS, DEM, PV e Solidariedade lançaram nota convocando a sociedade a comparecer nos protestos.

“Meu velho avô Tancredo costumava dizer que a única coisa que faz tremer as estruturas do parlamento é o povo na rua. O Congresso se moverá. Há um sentimento crescente hoje na sociedade brasileira de que a continuidade da presidente Dilma no governo não é ruim para a oposição, é ruim para o país”, disse.

O senador acredita que o Brasil não conseguirá virar a página e superar a crise econômica enquanto a presidente Dilma Rousseff governar o país.

“Há na sociedade um sentimento em relação à insustentabilidade da presidente da República, inclusive de aliados, gente fora da política, que compreende que o Brasil não vai virar essa página, o Brasil não vai retomar minimamente um clima adequado ou propício ao crescimento enquanto ela tiver governando o Brasil”, afirmou Aécio Neves.

Ouça aqui a entrevista do senador.

Aécio Neves considera insustentáveis as explicações dadas pela defesa dos marqueteiros do PT

Em entrevista à Rádio Jovem Pan FM de São Paulo, nesta manhã, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves afirmou que são insustentáveis as explicações da defesa dos marqueteiros do PT para os US$ 7,5 milhões recebidos no exterior de empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

“Um operador da Petrobras, esse senhor Zwi (Skornicki), que fazia exclusivamente a distribuição do dinheiro da propina de uma das empresas beneficiadas pela Petrobras, fazia esse dinheiro chegar a diretores da Petrobras já muito conhecidos de todos nós, gerentes da Petrobras. Fez chegar também, durante o período eleitoral, e esse é um fato que merece destaque muito grande, ao marqueteiro da campanha. Hoje, os jornais dão notícia de um depoimento da esposa do marqueteiro relacionando esses recursos a contas no exterior a serviços prestados no exterior, o que me parece não se sustentará”, afirmou.

João Santana, e sua esposa, Mônica Moura, que é sócia do marido e também trabalhou em campanhas presidenciais do PT, incluindo a da presidente Dilma Rousseff em 2014, foram presos acusados de receber US$ 7,5 milhões no exterior pagos por empresas envolvidas no pagamento de propinas ao partido.

Aécio Neves reforçou que o PSDB trabalha para que os documentos relacionados à prisão dos marqueteiros sejam anexados à ação movida pelo partido contra a chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em razão dos suspeitos indícios de uso de caixa 2 na campanha.

“Desde o início da operação Lava Jato, estamos vendo uma sucessão de indícios muitos fortes que comprometem, obviamente, o governo como um todo, mas, de forma especial, a última campanha presidencial, seja através de delações ou mesmo de depoimentos que não são delações. Mas o que ocorreu essa semana, na minha avaliação, foi o fato mais grave até aqui. Pela primeira vez temos provas documentais que vinculam a campanha da presidente Dilma à corrupção na Petrobras”, afirmou.


Manifestações do dia 13

Aécio Neves também falou sobre o apoio dos partidos de oposição às manifestações contra o governo programadas para o dia 13 de março. Na última terça-feira, PSDB, PPS, DEM, PV e Solidariedade lançaram nota convocando a sociedade a comparecer nos protestos.

“Meu velho avô Tancredo costumava dizer que a única coisa que faz tremer as estruturas do parlamento é o povo na rua. O Congresso se moverá. Há um sentimento crescente hoje na sociedade brasileira de que a continuidade da presidente Dilma no governo não é ruim para a oposição, é ruim para o país”, disse.

O senador acredita que o Brasil não conseguirá virar a página e superar a crise econômica enquanto a presidente Dilma Rousseff governar o país.

“Há na sociedade um sentimento em relação à insustentabilidade da presidente da República, inclusive de aliados, gente fora da política, que compreende que o Brasil não vai virar essa página, o Brasil não vai retomar minimamente um clima adequado ou propício ao crescimento enquanto ela tiver governando o Brasil”, afirmou Aécio Neves.

Oposição apoia manifestações marcadas para 13 de março

Os partidos de oposição no Congresso Nacional oficializaram nesta terça-feira apoio às manifestações marcadas por movimentos sociais para o próximo dia 13. Após reunião com os líderes oposicionistas, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, ressaltou a importância do ato diante do agravamento da crise política, econômica, social e moral no país.

Sonora do senador Aécio Neves

“Estaremos conclamando os nossos companheiros em todas as regiões do país, de todos os municípios, para que se façam presentes nesse momento de profundo agravamento da crise política, econômica, social e moral que vem devastando o Brasil. E o compromisso final e formal é de que nós estaremos semanalmente nos reunindo e traçando uma estratégia cada vez mais articulada e mais vigorosa no sentido de dar ao Brasil o início de um novo tempo”.

Aécio destacou que a oposição também irá pedir uma audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para cobrar celeridade na análise do processo que trata do rito na Câmara dos Deputados do processo de impeachment da presidente Dilma. O tucano destacou a importância das novas investigações da Operação Lava Jato e anunciou que o PSDB protocolou na Justiça Eleitoral um pedido para que as provas que levaram à prisão do marqueteiro do PT, João Santana, sejam juntadas à ação que pede a cassação do mandato da presidente Dilma em razão do uso de dinheiro de Caixa 2 na campanha eleitoral.

Sonora do senador Aécio Neves
“É preciso que o governo comece a se defender não politicamente, não atacando a oposição, mas das acusações formais que são feitas. E esse episódio das últimas horas é um fato de extrema gravidade que, tenho certeza, será analisado pelos ministros. Aqui não há qualquer tipo de pressão espúria. O que queremos e que haja alguma agilidade para que essa sensação hoje da sociedade brasileira de desgoverno absoluto possa ser superada.”
De Brasília, Shirley Loiola.

Boletim

Oposição cobra agilidade no processo de impeachment

O presidente nacional do PSDB anunciou que os partidos de oposição pedirão agilidade ao STF nas decisões necessárias para o Congresso retomar a tramitação do pedido de impeachment da presidente da República e querem que o pagamento feito no exterior ao marqueteiro do PT seja investigado também pela Justiça Eleitoral. O publicitário João Santana foi preso hoje pela Polícia Federal acusado de receber US$ 7,5 milhões, em conta no exterior, pagos por empresas envolvidas na Lava Jato.

“Esse episódio das últimas horas é um fato de extrema gravidade que, tenho certeza, será analisado pelos ministros”, afirmou Aécio.

Entrevista em Brasília sobre a fala do marqueteiro do PT

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse, nesta quarta-feira (04/06), que concorda com o marqueteiro João Santana ao avaliar que “a coisa está feia”, mas Aécio acha que isso já devia ter sido observado antes.

Aécio Neves – Entrevista sobre os apoios partidários

O presidente nacional do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves, concedeu entrevista, nesta quarta-feira (04/06), em Brasília (DF). Aécio Neves falou sobre o anúncio de apoio de partidos à sua pré-candidatura.

 

Leia a entrevista do senador:

Sobre apoios à pré-candidatura.

Estamos em um momento agora em que se se iniciam as convenções, a partir do dia 10, e é natural que as definições de vários partidos comecem a acontecer. Estou imensamente feliz de poder receber aqui o apoio de alguns outros partidos que se somam a nós nessa caminhada para restabelecer a ética e a eficiência na gestão pública. Recebemos agora o apoio formal do PMN, um partido que já teve uma proximidade conosco em outras eleições e agora se firma ao nosso lado. Estaremos ainda recebendo hoje apoios do PT do B, do PTC e do PTN, partido que também vêm engrossar as fileiras do PSDB e dos partidos que já declararam apoio à nossa caminhada. Fico imensamente feliz de ver que esses apoios estão vindo com muita naturalidade. São pessoas que estão compreendendo que a nossa candidatura pode efetivamente significar a mudança verdadeira e corajosa que o Brasil precisa viver. Vamos aguardar ainda, nas próximas semanas, porque outras novidades podem vir.

 

Sobre ato político no Rio amanhã.

Receberemos o apoio de vários partidos, alguns dos maiores partidos do estado do Rio de Janeiro, que já têm compromisso com a candidatura do atual governador Pezão, mas que se manifestam a favor da nossa candidatura. É um ato com a minha presença apenas e que contará com a participação dos presidentes desses partidos. Presidentes como Jorge Picciani, do PMDB, Francisco Dornelles, do PP, presidente do PSD, Índio da Costa, o deputado Áureo e o presidente Paulinho, do Solidariedade. Outros partidos poderão estar presentes, inclusive o PMN, provavelmente o PTB.

Há uma construção em torno da nossa candidatura, que vem acontecendo com absoluta naturalidade. Isso realmente faz com que as expectativas sejam cada vez melhores ao lado da responsabilidade. Tenho muita confiança em que a nossa proposta da mudança segura e verdadeira que o Brasil precisa viver será vitoriosa para o bem do Brasil.

 

Essa construção vai se repetir em outras regiões?

As realidades locais, a verdade é essa, na política brasileira, com um quadro partidário tão plural como o que temos, em muitos casos se sobrepõem às alianças nacionais. Vou repetir o que disse já uma vez. Vejo um esforço enorme da presidência da República distribuindo espaços de poder a rodo como jamais se fez antes da história do Brasil, em contrapartida de alguns segundos na propaganda eleitoral. Faz isso distribuindo diretorias de bancos, ministérios, cargos públicos, sem qualquer constrangimento. Acho até que a presidente levará alguns segundos de alguns desses partidos, mas não levará a alma, o coração e a consciência daqueles que, mesmo nesses partidos, sabem que o Brasil precisa viver um processo rápido de mudança. A presidente ficará com os tempos de televisão. Nós ficaremos com o trabalho, delegação e com o esforço de homens públicos, que não querem que o Brasil seja governado da forma que está sendo nos últimos anos.

 

Sobre a participação desses partidos num futuro governo.

Não discutimos isso, sequer com o meu partido. O governo que defendo será um governo de quadros, de quadros independentes de partidos políticos. Um bom exemplo é Minas Gerais, onde governei buscando as melhores figuras em todas as áreas independentemente de terem filiação partidária. Espero que esses partidos possam participar da eleição e do nosso esforço de governar o Brasil, como governamos Minas Gerais, nos dando apoio – um apoio a favor de projetos. A amálgama do nosso governo, de forma absolutamente diferente desse que reúne a base de sustentação do governo, será um projeto de país. Esse projeto vai ficar claríssimo durante os debates eleitorais.

 

Sobre avaliação do marqueteiro João Santana sobre queda de confiança do eleitor no governo do PT.

Concordo com o marqueteiro-mor do governo João Santana. A coisa está realmente feia para o governo, mas deveria ter percebido isso lá atrás, quando aparelharam de forma irresponsável a máquina pública, desqualificando a gestão pública, permitindo que os maus feitos pudessem avançar por todas as áreas do governo, em especial pelas nossas empresas públicas, como acontece com a Petrobras. O governo vem se equivocando em cada medida autoritária que toma, a cada intervenção que faz em setores da economia, que deveriam ter liberdade para crescer e se desenvolver. O que percebo por onde ando, e aqui mesmo nessas reuniões no Congresso Nacional, é apenas um sentimento. O sentimento que já deu, ninguém aguenta mais o que está existindo no Brasil. E nós seremos a alternativa responsável, com experiência, com quadros e corajosa para fazer as mudanças que o Brasil espera.

 

Sobre candidato a vice.

Estou avaliando o momento adequado para essa decisão. Pensei, realmente, em fazer isso antes da convenção do dia 14, mas o prazo legal que tenho é até o dia 30 de junho. Em função da instabilidade que estamos vendo hoje no quadro de apoio do próprio governo, vou definir até o início da semana que vem o momento dessa decisão. Tanto pode ser até o dia 14, como pode estender por mais duas semanas. Vou fazer o que for mais adequado para nós termos uma visão panorâmica, mais geral do quadro de aliança. Acredito que nossa aliança pode se fortalecer daqui até o final do mês de junho.