PGR e Supremo arquivam falsa denúncia contra senador Aécio Neves

A Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivaram falsa denúncia feita por “Ceará” no final do ano passado. As falsas declarações de “Ceará” foram desmentidas em depoimentos do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, e de Alberto Yousseff. Segundo a PGR, “os elementos iniciais não se confirmaram”.

Declaração do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

“Essa decisão da PGR ratificada pelo Supremo Tribunal Federal desmascara mais uma torpe tentativa de envolver nomes da oposição no mar de lama que envolve o PT e o governo e que a operação Lava Jato tem mostrado ao país.

O mesmo já havia acontecido com os senadores Anastasia e Randolfe. Não foi a primeira tentativa e provavelmente não será a última.

Mas, para mim, essa decisão, por mais importante que seja, não é suficiente. É preciso que se investigue o que está por trás dessas falsas e criminosas citações de nomes da oposição sem indícios mínimos que as comprovem e que têm o claro objetivo de confundir as investigações em curso no país.

A operação Lava Jato tem cumprido um papel fundamental na construção de um novo Brasil e, por isso, sempre teve e continuará tendo todo o apoio do PSDB e das oposições que reagirão sempre que tentativas como essa ocorrerem”.

Nota do senador Aécio Neves

O PSDB vai desapontar todos os que se empenham para que o partido diminua a sua atuação na oposição ao governo federal.

Continuaremos firmes na defesa do aprofundamento das investigações da Lava Jato. Na defesa da independência das instituições do país.

Continuaremos firmes nas denúncias dos crimes cometidos à sombra de um projeto de poder que enganou a população e manipulou a boa fé dos brasileiros.

Continuaremos firmes na cobrança da responsabilidade daqueles que trouxeram o Brasil ao abismo em que se encontra.

Continuaremos também, com responsabilidade, firmes no propósito de fazer aquilo que o governo não tem condições de fazer: apresentar caminhos para melhorar a vida dos brasileiros.

Não confundimos governo com país. Não confundimos os interesses do governo com os interesses da população que ele deveria representar.

O PSDB reforçará a sua atuação como oposição ao governo e ao PT. E a favor do Brasil.

Senador Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB

Pronunciamento no Senado

“Dissemos com todas as letras que o PSDB não é, e jamais quererá ser,  protagonista de qualquer movimento de instabilidade da vida pública brasileira. Mas acordamos todos com uma entrevista desconexa da presidente da República e, de alguma forma, suportada ou apoiada por alguns de seus aliados dizendo que a oposição era golpista. O que defendemos e vamos defender sempre é a autonomia, a isenção das nossas instituições, principalmente, quando são solapadas e são constrangidas por gente deste governo”, afirma Aécio Neves em pronunciamento esta noite (07/07), em resposta aos ataques feitos pelo PT e aliados ao trabalho dos partidos de oposição.

Pronunciamento no Senado

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, subiu à tribuna do Senado, nesta terça-feira (07/07), para defender o papel das oposições e as instituições que investigam a legalidade de atos ocorridos no governo Dilma Rousseff e nas campanhas eleitorais.

 

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George Gianni

 

Pronunciamento no Senado Federal

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, subiu à tribuna do Senado, nesta terça-feira (07/07), para defender o papel das oposições e as instituições que investigam a legalidade de atos ocorridos no governo Dilma Rousseff e nas campanhas eleitorais.

 

Leia os principais trechos do discurso:

O que mais me surpreende é o absoluto descolamento das opiniões e das palavras ainda de algumas lideranças do PT da realidade do Brasil de hoje. O PSDB realizou no último domingo a sua convenção nacional para eleger em clima de paz e ordem a sua nova direção nacional e os discursos foram absolutamente adequados. Discursos em defesa do Brasil, em defesa da decência na vida pública, em defesa da verdade. E dissemos com todas as letras que o PSDB não é e jamais quererá ser protagonista de qualquer movimento de instabilidade da vida pública brasileira.

Acordamos todos com uma entrevista desconexa da presidente da República e, de alguma forma, suportada ou apoiada por alguns de seus aliados dizendo que a oposição era golpista. O que defendemos e vamos defender sempre é a autonomia, a isenção das nossas instituições, principalmente, quando são solapadas e são constrangidas por gente deste governo.

Quando falamos que o Tribunal de Contas fará o seu trabalho, vejo aqui o líder do PT se antecipar e dizer que foram legítimas as ações da presidente da República em relação a aquilo que se costumou chamar de pedaladas fiscais.

Vamos deixar que os ministros do Tribunal de Contas digam se efetivamente ela desrespeitou ou não a Lei de Responsabilidade Fiscal. Em relação às doações legais, não são os líderes da oposição que dizem que dinheiro da propina da Petrobras e irrigou o caixa eleitoral da senhora presidente da República. Foi um antigo companheiro dessa jornada, um dos delatores que afirma que recursos da propina irrigaram o caixa presidencial.

Hoje, um deputado do PT disse algo que beira o absurdo: “como a Polícia Federal pode achar que é independente, que tem autonomia?” “A Polícia Federal tem que se submeter ao governo que foi eleito”. As instituições só podem funcionar quando defendem o governo? Não, porque não são órgãos de governo. São instituições de Estado, da democracia.

E é por isso que cabe à oposição garantir que o Tribunal de Contas, a Justiça Eleitoral, as outras instâncias da Justiça brasileira, e a própria Polícia Federal, trabalhem com isenção, absolvam aqueles que não tiverem responsabilidade.

Ninguém nesse Brasil está acima da legislação, tampouco a presidente da República. Ao virar-se contra a oposição, ela mais uma vez despreza o senso comum e a inteligência dos brasileiros.

Mais uma vez, a presidente da República perde a oportunidade de explicar aos brasileiros porque mentiu tanto durante a campanha eleitoral. Por que, que do ponto de vista da Lei de Responsabilidade Fiscal, de forma constante, passou a burlá-la, passou a violentá-la. E perdeu mais uma oportunidade de explicar as denúncias do senhor Pessoa.

É legítimo que a base do governo defenda a presidente da República fazendo isso dentro das regras da democracia. Mas respeitem o papel da oposição, que busca para o Brasil uma solução melhor que essa que o governo do PT nos trouxe ao longo dos últimos anos.

Não somos golpistas. Se a presidente tiver condição de cumprir o seu mandato presidencial, que o faça. Essa é a regra que aí está. E se não conseguir cumpri-lo, não será pela ação da oposição, será porque burlou a lei, será porque violentou as nossas instituições.

Ao refutar de forma veemente as insinuações do líder do governo Humberto Costa, tranquilizo os brasileiros, porque se somos hoje minoria nesta Casa, somos ampla maioria no seio da sociedade brasileira. Uma sociedade que não acredita mais na palavra da sua presidente da República, que se sente enganada, lesada por um partido político que tomou de assalto a nossa maior empresa e institucionalizou ali o maior caso de corrupção da nossa história contemporânea.

Estarei aqui, dentro dos limites da democracia e da lei, defendendo o país e defendendo os brasileiros desse governo que tanta infelicidade vem trazendo ao Brasil.

Entrevista sobre as investigações contra o governo do PT

“A presidente mira na oposição, mas devia se preocupar em responder aos tribunais que estão fazendo investigações contra ela. É assustador a presidente da República dizer que vai lutar com unhas e dentes para manter o seu mandato. Uma presidente que se preocupasse com o país devia lutar com unhas e dentes para diminuir o peso da inflação sobre a vida do trabalhador, para diminuir o desemprego que vem crescendo de forma avassaladora em todo o Brasil, para retomar o crescimento; não para se manter no poder. Não é com o PSDB que ela tem que se preocupar. Mas, sim, com os tribunais que a estão investigando por crime de responsabilidade e pela utilização de dinheiro oriundo da propina da Petrobras na sua campanha eleitoral”, diz o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, em entrevista coletiva hoje (07/07), em Brasília, ao falar sobre as declarações dadas pela presidente Dilma Rousseff.