Participação popular

Aécio Neves – O Globo – 14/08/2015

As ruas e as redes sociais têm sido eloquentes. A população não se sente representada e quer ampliar seus canais de participação na política. A insatisfação com o governo de Dilma Rousseff se aproxima da unanimidade, mas as queixas atingem outras instituições.

Pesquisa do Ibope mostrou uma queda significativa na confiança de tudo ligado à política. A Presidência, os partidos, o Congresso e os governos perderam credibilidade. Números fáceis de compreender, mas que não deixam de ser preocupantes.

Todos sabemos das incongruências do sistema político-partidário, carente de reformas profundas. Mas é preciso que tenhamos clareza da importância da credibilidade e da legitimidade dos canais de representação partidária para o fortalecimento da democracia. E credibilidade e legitimidade são conquistadas em uma atuação política que respeite, antes de tudo, a população.

Os mesmos números que condenam a política trazem boas notícias para o PSDB. O Datafolha revelou que a preferência pelo partido é crescente — dobrou, batendo seu recorde histórico. E o mais importante: o crescimento foi ainda maior entre os jovens de 18 a 24 anos.

Nosso partido é aquele que tem mais parlamentares jovens. São pelo menos 15 deputados federais abaixo dos 35 anos, movidos por ideais e disposição para trabalhar pelo país.

Para dar força a essa renovação e ampliar o diálogo com a população, o PSDB apresenta uma série de iniciativas. Hoje, em Maceió, tem início a sua campanha nacional de filiação. Nosso objetivo é trazer para a política aqueles que se encontram inconformados e estão dispostos a colaborar para uma mudança séria, em um partido que sempre respeitou as regras democráticas e as diferenças e traz uma rica história de responsabilidade pública e de inovação nas políticas sociais.

Queremos aprofundar nossa presença nas escolas e universidades, nas entidades de classe, nos sindicatos e nos movimentos sociais. A campanha é um momento de reencontro com antigos filiados e de novos encontros com brasileiros de todas as partes.

A partir dela, lançaremos outros canais de diálogo, resultado do fortalecimento do Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e debates do partido. Uma série de cadernos tratará da realidade brasileira com setores profissionais. O primeiro abordará a questão social.

Teremos ainda um Observatório da Gestão Pública, que dará destaque às boas práticas da administração e manuais de orientação a gestores municipais. Por fim, reeditaremos o Conversa com os Brasileiros, canal de debate com os nossos militantes e a população.

A voz das ruas e das redes tem nos dito muito e não pode ser ignorada. Os partidos que preferirem se encastelar em sua burocracia e arrogância estarão fadados à irrelevância e à rejeição.

Nosso desafio coletivo é estabelecer uma nova audição do que pensa, quer e nos cobra a sociedade e, com ela, estabelecer um novo diálogo nacional, que seja sincero em seus propósitos e responsável na sua condução. Nunca precisamos tanto dele.

Leia também aqui.

Sobre as manifestações do dia 15 de abril

O PSDB se solidariza com os milhares de brasileiros que voltaram às ruas e ocuparam as redes sociais neste domingo para, mais uma vez, legitimamente, manifestar seu repúdio e indignação contra à corrupção sistêmica que envergonha o país e cobrar saídas para o agravamento da crise econômica.

Além da crise ética e moral, o governo do PT impõe à sociedade a pior equação: recessão com inflação alta, juros altos e corte de investimentos nas áreas essenciais da educação e saúde.

Completados 100 dias do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, as famílias brasileiras sofrem agora os efeitos da crise sobre os principais setores produtivos. Empresas em diversos segmentos deram início a cortes ainda mais severos, transformando o que antes eram preocupações com o aumento do desemprego em realidade concreta.

A presidente da República permanece imobilizada e tentando terceirizar responsabilidades intransferíveis. Neste domingo de mobilizações pelo país, o PSDB se une aos milhares de brasileiros que amam o Brasil e que, por isso, dizem não ao governo responsável pelo caminho tortuoso que, neste momento, todos trilhamos. 

Senador Aécio Neves

Presidente do PSDB

Aécio Neves afirma que vaias nas arquibancadas refletem insatisfação da população com governo do PT

Em entrevista nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, após estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que a manifestação dos torcedores contra a presidente Dilma Rousseff durante a festa de abertura do evento é reflexo da insatisfação da população com a forma como o Brasil tem sido governado.

 

Sonora de Aécio Neves

O que fica para a história é que tivemos, depois de algumas décadas, no mundo, uma Copa do Mundo em que o chefe de Estado não se vê em condições de se apresentar à população. Isso é reflexo do que está acontecendo com o Brasil. Temos hoje uma presidente sitiada, uma presidente que só pode aparecer em eventos públicos protegida. É dessa forma que ela fará a campanha. Isso, mais do que qualquer palavra minha, retrata o que vem acontecendo no Brasil, o sentimento dos brasileiros em relação ao governo.

 

O tucano também falou sobre as manifestações que ocorreram em diversos estados. Aécio defendeu os protestos pacíficos e salientou que a violência e depredação devem ser contidas. De Brasília, Shirley Loiola.

 

Boletim

Aécio avalia que resultado das pesquisas refletem a insatisfação dos brasileiros com a classe política

O senador Aécio Neves comentou, hoje (29/06), sobre os resultados da pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, que revela que a aprovação da presidente Dilma teve uma queda de cerca de 27 pontos, nas útimas três semanas.

De acordo com a pesquisa, o índice de brasileiros que consideram a administração da presidente Dilma Rousseff como boa ou ótima passou de 57% para 30%. O índice de pessoas que consideram a ruim ou péssima também subiu de 9% para 25%.

Para Aécio, “as pesquisas indicam o que os protestos que mobilizam  o país já mostravam: uma insatisfação dos brasileiros que, acredito, não seja apenas com relação à presidente Dilma, mas com a classe política como um todo, em razão da ausência de respostas efetivas aos problemas enfrentados pelas pessoas. São déficits acumulados ao longo de anos. Cabe a todos nós analisarmos com humildade e responsabilidade esse importante recado.”