Câmara e senado unidos em favor do Brasil

“Precisamos reorganizar o processo político partidário para que dele venham decisões em favor da sociedade brasileira”, afirmou o senador Aécio Neves, em coletiva à imprensa, nesta quinta-feira (14/07), após reunião com o presidente recém-eleito da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, em Brasília.

Aécio entregou aos presidentes das Casas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma política com o fim das coligações proporcionais e o restabelecimento da cláusula de desempenho para funcionamento dos partidos políticos.

“Vejo que nasce um novo tempo nas relações internas no Congresso Nacional, com a eleição do deputado Rodrigo Maia. E esse novo tempo tem que ser utilizado em favor dos brasileiros, da sociedade brasileira, com a priorização de uma robusta pauta que vem aguardando na fila há muito tempo, tanto de temas econômicos, quanto em temas políticos”, diz Aécio.

Entrevista coletiva sobre encontro com presidentes da Câmara e do Senado

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quinta-feira (14/07), sobre encontro com os presidentes da Câmara e do Senado.

Leia a transcrição da entrevista:

Sobre a eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara.

Vejo que nasce um novo tempo nas relações internas no Congresso Nacional com a eleição do deputado Rodrigo Maia. E esse novo tempo tem que ser utilizado em favor dos brasileiros, da sociedade brasileira, com a priorização de uma robusta pauta que vem aguardando na fila há muito tempo, tanto de temas econômicos, como aqui já foram elencados, quanto em temas políticos. A nossa contribuição, hoje, foi entregar ao nosso presidente Rodrigo Maia, presidente Renan Calheiros, uma proposta de autoria do senador Ricardo Ferraço e minha, que toca em dois pontos cruciais da reforma política: o fim das coligações proporcionais e o restabelecimento de forma gradual da cláusula de barreira. Precisamos reordenar, reorganizar o processo político partidário para que dele venham decisões e decisões em favor da sociedade brasileira.


Rodrigo Maia na presidência da Câmara é bom para o governo?

Eu acredito que sim porque significa estabilidade, lealdade. É bom para a democracia porque vai preservar a independência dos Poderes. Fui presidente da Câmara dos Deputados. Sei o quanto aquela Casa é ciosa também da sua independência e da sua capacidade de formular e de decidir. Vejo um momento de pacificação e é tudo que o Brasil mais precisa hoje. A agenda do presidente Michel não é dele, exclusivamente. É uma agenda do país, é uma agenda das reformas, a agenda que não foi feita ao longo dos últimos anos e nos levou a essa tragédia do ponto de vista econômico e social na qual estamos mergulhados.

Confesso a vocês que eu estava muito descrente nos últimos meses – e não é um sentido apenas meu, um parlamentar aqui já de quase 30 anos – mas de muitos que aqui estavam. Eu vejo a eleição de Rodrigo como uma oxigenação no processo político interno com reflexos em todo o país. Desejo a ele muito boa sorte, nossa absoluta solidariedade à agenda, à pauta que vai ser conduzida lá e aqui, no Senado, e a essa fotografia. Sou muito – sabem o Rodrigo e o Renan – de símbolos. A política muitas vezes se faz mais de gestos do que de palavras. E essa preocupação do presidente Rodrigo em procurar imediatamente o presidente Renan é uma demonstração clara de que, de mãos dadas, eles podem construir uma vigorosa agenda em favor do Brasil.

Ouça o áudio da entrevista:

Aécio Neves – Entrevista coletiva sobre encontro com presidentes da Câmara e do Senado

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quinta-feira (14/07), sobre encontro com os presidentes da Câmara e do Senado.

Leia a transcrição da entrevista:

Sobre a eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara.

Vejo que nasce um novo tempo nas relações internas no Congresso Nacional com a eleição do deputado Rodrigo Maia. E esse novo tempo tem que ser utilizado em favor dos brasileiros, da sociedade brasileira, com a priorização de uma robusta pauta que vem aguardando na fila há muito tempo, tanto de temas econômicos, como aqui já foram elencados, quanto em temas políticos. A nossa contribuição, hoje, foi entregar ao nosso presidente Rodrigo Maia, presidente Renan Calheiros, uma proposta de autoria do senador Ricardo Ferraço e minha, que toca em dois pontos cruciais da reforma política: o fim das coligações proporcionais e o restabelecimento de forma gradual da cláusula de barreira. Precisamos reordenar, reorganizar o processo político partidário para que dele venham decisões e decisões em favor da sociedade brasileira.


Rodrigo Maia na presidência da Câmara é bom para o governo?

Eu acredito que sim porque significa estabilidade, lealdade. É bom para a democracia porque vai preservar a independência dos Poderes. Fui presidente da Câmara dos Deputados. Sei o quanto aquela Casa é ciosa também da sua independência e da sua capacidade de formular e de decidir. Vejo um momento de pacificação e é tudo que o Brasil mais precisa hoje. A agenda do presidente Michel não é dele, exclusivamente. É uma agenda do país, é uma agenda das reformas, a agenda que não foi feita ao longo dos últimos anos e nos levou a essa tragédia do ponto de vista econômico e social na qual estamos mergulhados.

Confesso a vocês que eu estava muito descrente nos últimos meses – e não é um sentido apenas meu, um parlamentar aqui já de quase 30 anos – mas de muitos que aqui estavam. Eu vejo a eleição de Rodrigo como uma oxigenação no processo político interno com reflexos em todo o país. Desejo a ele muito boa sorte, nossa absoluta solidariedade à agenda, à pauta que vai ser conduzida lá e aqui, no Senado, e a essa fotografia. Sou muito – sabem o Rodrigo e o Renan – de símbolos. A política muitas vezes se faz mais de gestos do que de palavras. E essa preocupação do presidente Rodrigo em procurar imediatamente o presidente Renan é uma demonstração clara de que, de mãos dadas, eles podem construir uma vigorosa agenda em favor do Brasil.

Aécio destaca que eleição de novo presidente da Câmara acena para retomada de importante agenda do Congresso

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, recebeu, nesta quinta-feira (14/07), no Senado, a visita do novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em sua primeira agenda no Congresso após vitória na disputada eleição decidida na madrugada de hoje.

Acompanhado do líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy, Aécio ressaltou que a eleição de Maia foi uma vitória da boa prática política e acena para o Congresso com a retomada de uma agenda de votações de projetos importantes para o país superar a grave recessão econômica.

“Se hoje vivemos uma crise extremamente aguda por uma conjuntura muito desfavorável, e um conjunto de razões que nos levaram a ela, a eleição de Rodrigo acena para o Brasil com a possibilidade de rapidamente termos uma agenda econômica necessária à superação dessa crise. O retorno da harmonia entre Câmara e Senado, que é essencial até para a conclusão do processo legislativo, nas suas mais variadas questões”, afirmou o senador Aécio Neves, em entrevista coletiva à imprensa.


Fim da intolerância

Aécio Neves acrescentou que a eleição de Maia oxigena a política brasileira. Apoiado pelo PSDB, que tem a terceira maior bancada na Câmara, Maia foi eleito com 285 votos.

“A eleição de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara oxigena a política brasileira. Foi uma vitória na política e da política. Me orgulho de ter participado desse processo. O líder Imbassahy teve um papel extremamente importante e estratégico, assim como outros líderes de outros partidos. Agora é a hora de arregaçarmos as mangas e trabalharmos. Essa radicalização, a intolerância não servem a ninguém, principalmente, àqueles que aguardam as decisões no Congresso Nacional”, disse Aécio.

O senador agradeceu o gesto do novo presidente da Câmara de visitá-lo no Senado Federal.

“Quero agradecer a gentileza do presidente Rodrigo Maia de vir ao meu gabinete fazer a sua primeira visita enquanto presidente da Câmara dos Deputados. O que nós reconhecemos é uma homenagem, não a mim pessoalmente, não apenas ao PSDB, mas ao conjunto de forças políticas, que, no primeiro e no segundo turnos, compreenderam que a eleição de Rodrigo Maia ia muito além da eleição de um determinado partido político e de um conjunto de forças políticas”, afirmou o presidente do PSDB.


Reforma Política

Durante o encontro com o Rodrigo Maia, o senador Aécio Neves apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 36), assinada por ele e pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que prevê mudanças no sistema eleitoral, entre as quais novas regras para a eleição de vereadores, deputados estaduais e federais.

De acordo com a proposta, a coligação entre partidos no sistema proporcional, aquele em que os votos das legendas são somados para o cálculo que define o número de eleitos, será permitida até 2020. Nas eleições seguintes, o coeficiente eleitoral será calculado somando apenas os votos de cada partido.

A medida visa evitar que candidatos com baixa votação sejam eleitos por meio de votos dados a outros parlamentares, os chamados “puxadores de votos”.

“Queremos resgatar os partidos políticos, dar a eles força, representatividade. O mandato deve sim ser do partido político. Todos têm direito de disputar as eleições, mas a representação parlamentar deve ser dada àqueles que a sociedade escolheu para representá-la”, ressaltou Aécio Neves.


Cláusula de desempenho

A PEC também restabelece a cláusula de desempenho para funcionamento dos partidos políticos. A proposta não impede a criação de partidos, mas define que só poderão ter acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo gratuito no rádio e na TV as legendas que alcançarem um percentual mínimo de 2% dos votos válidos, apurados nacionalmente, distribuídos em pelo menos 14 estados, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada um unidade da Federação. O texto prevê que essas mudanças serão introduzidas gradativamente a partir das eleições de 2018.

“Elegemos esses dois temas, é a contribuição que o PSDB apresenta – o senador Ricardo Ferraço teve um papel vital nisso, o líder Imbassahy participou da sua elaboração. Fim de coligações proporcionais e o restabelecimento gradual da cláusula de barreira, respeitando a vontade da população, seriam dois temas que avaliamos, até pelas discussões já havidas, possíveis de serem aprovadas. Obviamente, dependerá de uma ampla negociação também na Câmara dos Deputados”, afirmou Aécio Neves.

Aécio Neves – Entrevista coletiva sobre o encontro com Rodrigo Maia e Reforma Política

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quinta-feira (14/07), em Brasília, sobre o encontro com o deputado federal Rodrigo Maia, eleito novo presidente da Câmara dos Deputados, e Reforma Política.

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre encontro com presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia e o líder do PSDB na câmara, deputado Antônio imbassahy.

Em primeiro lugar, quero agradecer a gentileza do presidente Rodrigo Maia de vir ao meu gabinete fazer a sua primeira visita enquanto presidente da Câmara dos Deputados. O que nós reconhecemos é uma homenagem, não a mim pessoalmente, não apenas ao PSDB, mas ao conjunto de forças políticas, que, no primeiro e no segundo turnos, compreenderam que a eleição de Rodrigo Maia ia muito além da eleição de um determinado partido político e de um conjunto de forças políticas. A eleição de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara oxigena a política brasileira. Não há caminho para o Brasil que não passe por uma Câmara dos Deputados, que atue como deve: com respeito ao papel da oposição, com amplo espaço para o debate político. E, desde o início, o que me encantou na proposta de Rodrigo foi essa disposição de quebrar tabus, de estabelecer diálogos, inclusive com aqueles que pensam de forma diferente. Eu, modestamente, no meu tempo de presidente da Câmara busquei fazer isso, todos tinham direito à palavra, todos tinham direito a opinião e no momento das votações se decidia aquilo que a maioria achava mais adequado.

Se hoje vivemos uma crise extremamente aguda por uma conjuntura muito desfavorável e um conjunto de razões que nos levaram a ela, a eleição de Rodrigo acena para o Brasil com a possibilidade de rapidamente termos uma agenda econômica necessária à superação da crise em votação, o retorno da harmonia entre Câmara e Senado, que é essencial até para a conclusão do processo legislativo nas suas mais variadas questões.

Acho que a principal tarefa à qual ele já vem se dedicando desde o primeiro minuto após a eleição, pelas suas declarações, é a pacificação da política brasileira. Essa radicalização, a intolerância não serve a ninguém. E ela desserve, principalmente, àqueles que aguardam as decisões no Congresso Nacional. Foi uma construção política feita com extrema competência pelo deputado Rodrigo Maia. Ele gosta de dizer isso e vou repetir: foi uma vitória na política e da política. Me orgulho de ter participado desse processo. O líder Imbassahy teve um papel extremamente importante e estratégico, assim como outros líderes de outros partidos. Agora é a hora de arregaçarmos as mangas e trabalharmos.


Sobre a reforma política.

Eu não gostaria de perder a oportunidade da visita do presidente Rodrigo Maia e vou lembrar, Rodrigo, aos meus companheiros do seu primeiro gesto. Eu venho de uma escola política do meu avô Tancredo, que dizia que a política se faz muito mais de gestos do que de palavras e o seu gesto e reconhecimento é mais do que um gesto de gratidão é um gesto de compromisso com um nova agenda para o Brasil.

Quero hoje, já nessa sua primeira visita, entregar-lhe uma proposta de Emenda à Constituição que foi apresentada ontem, assinada pelo senador Ricardo Ferraço e por mim, e obviamente com o apoio de parte do Senado Federal que trata de dois pontos , ao meu ver essenciais, da Reforma Política para caminhar no sentido do resgate da governabilidade. Ela fala com alguma carência, que depois será detalhado aos senhores, do fim das coligações proporcionais, e do restabelecimento, gradualmente, de uma cláusula de barreira que permita um processo de transição dos menores partidos para partidos que tenham representação junto a sociedade.

Não é algo que se fará com simplicidade, com facilidade, mas é um caminho que, acredito, necessário e que terá que ser transcorrido esse caminho para que possamos ter um conjunto de partidos políticos no futuro que representem segmentos de pensamento na sociedade diferente desse excesso inexplicável hoje de siglas partidárias. É uma tarefa difícil mas eu tenho certeza que a liderança de Rodrigo Maia e a sua capacidade de diálogo com seus pares e conosco no Senado pode, quem sabe fazer dessa, uma das pautas prioritárias do Congresso Nacional. No mais é desejar muito sucesso a você Rodrigo. A sua história política, a sua história familiar, sua correção, sua disposição permanente ao diálogo vão ser seus maiores aliados para que voltemos aos bons tempos da Câmara dos Deputados e da política brasileira. É a contribuição primeira que o PSDB entrega neste momento.


É uma PEC? Ela começa tramitar pela Câmara?

Não. Ela começa tramitar por aqui [Senado], mas já quero o apoio, porque uma das questões essenciais para que o processo legislativo destrave é que matérias relevantes, matérias estruturais como essa, e outras também em outro campo, quando se iniciam por uma casa já é importante que haja um diálogo com a outra casa, que o líderes conversem, até para que determinadas correções possam ser feitas já, ou sugestões incorporadas já na primeira Casa, o que facilitará a sua tramitação na segunda Casa. Então já estou dando ciência a ele desse projeto.

Foi um projeto construído a muitas mãos, inclusive com participação de vários deputados. É, na verdade, um extrato de uma própria reforma conduzida pelo deputado Rodrigo Maia, enquanto relator da Reforma Política, onde não avançamos o quanto gostaríamos. Talvez agora seja o resgate de dois temas que, me parecem, por si só permitirão uma reorganização do processo político brasileiro que vem se deteriorando, isso é um fato.

Hoje as negociações acabam sendo que quase que individuais, de pequeníssimos grupos. Queremos resgatar os partidos políticos, dar a eles força, representatividade. O mandato deve sim ser do partido político. Todos têm direito de disputar as eleições, mas a representação parlamentar deve ser dada àqueles que a sociedade escolheu para representá-la. Portanto, é essa a nossa contribuição. O fim das coligações proporcionais e o restabelecimento da cláusula de barreira, dando o hiato de uma eleição, passando a valer a partir de 2022.


Apresentar essa PEC é deixar a PEC que já está em discussão sobre o fim da reeleição de lado?

Esta está paralisada porque chegamos a uma conclusão muito clara. Se você quiser votar um conjunto de propostas no campo político, a maioria que você constrói para um determinado tema na verdade disputa com uma outra maioria que você constrói para outro determinado tema. Então acaba por final, um conjunto de propostas, se inviabilizando.

Elegemos esses dois temas, é a contribuição que o PSDB apresenta – o senador Ricardo Ferraço teve um papel vital nisso, o líder Imbassahy participou da sua elaboração. Fim de coligações proporcionais e o restabelecimento gradual da cláusula de barreira, respeitando a vontade da população, seriam dois temas que avaliamos, até pelas discussões já havidas, possíveis de serem aprovadas. Obviamente, dependerá de uma ampla negociação, também, na Câmara dos Deputados.


É também uma tentativa de voltar o financiamento privado de campanha?

Não estamos tratando disso. Até porque estamos às vésperas de uma experiência nova. Eu tive minha posição, diferente dessa. Temo muito pelo processo escolhido. Mas de qualquer maneira ele tem uma virtude. Uma pelo menos e que é o importante, vai baratear as campanhas eleitorais. Vamos ver de que forma é possível fiscalizar isso, se não vai ter um retorno de caixa dois. Agora temos que aguardar as eleições municipais, nos dedicarmos a ela, cumprirmos estritamente a legislação e vermos o extrato disso. Essa eleição municipal vai ser pedagógica. Ela vai nos ensinar, vai nos dizer se foi acertada, até onde foi acertada essa decisão e só a partir daí, rediscutir, eventualmente, algum aperfeiçoamento. Por isso nos detivemos nesses dois aspectos, a coligação proporcional e a cláusula de desempenho.

Senado aprova projeto de Aécio que proíbe servidores comissionados de doarem dinheiro a partidos e candidatos

A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (6/07), o projeto de lei nº 663/2015, de autoria do senador Aécio Neves, que proíbe funcionários públicos com cargos comissionados e funções de confiança de fazerem doações financeiras a partidos ou candidatos no período eleitoral.

O texto foi aprovado em regime terminativo e segue agora para votação na Câmara dos Deputados.

“Essa proposta de minha autoria e relatada com a competência de sempre do senador Ricardo Ferraço tem como objetivo impedir a utilização dos cargos comissionados para o financiamento de campanhas eleitorais. Sabemos que isso é comum em alguns partidos políticos no Brasil, que esses detentores de cargos comissionados são levados, em muitos casos são compelidos, a participar do financiamento dos partidos aos quais estão filiados”, ressaltou Aécio Neves.

O projeto de lei apresentado pelo senador Aécio Neves altera a Lei dos Partidos Políticos (nº 9.096) e a Lei das Eleições (nº 9.504) e vale para servidores de órgãos da administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

O texto proíbe que ocupantes de cargos de confiança façam doações para candidatos nos três meses que antecedem as eleições. Já a proibição para doações a partidos vale para os seis meses anteriores ao pleito.

O relator do projeto na CCJ, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), acatou emenda apresentada pelo senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) ampliando a proibição de doações a partidos e candidatos por empregados, proprietários ou diretores de empresas prestadoras de serviços terceirizados que mantenham contrato com a União, estados, Distrito Federal ou municípios.

“Essa é uma questão que faz parte de um conjunto de iniciativas do Senado para criar alguns parâmetros de defesa da isonomia das próximas campanhas eleitorais. Em última instância é impedir que às vésperas das eleições esses cargos sejam ocupados com objetivo que extrapole à prestação de serviços de qualidade à população, do município, do Estado ou da Nação, e passe a ser mais um instrumento de financiamento indireto de campanhas eleitorais”, concluiu Aécio Neves.