Governo é beneficiário da corrupção, afirma Aécio sobre prisão de Delcídio

Uma das principais vozes da oposição ao governo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi entrevistado pelo jornalista Roberto D’Avila. Aécio falou, no programa exibido nesta quarta-feira (25/11) na GloboNews, sobre a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, a crise política, impeachment, o processo contra Eduardo Cunha, desemprego, o fator previdenciário, os escândalos de corrupção na Petrobras, Lula, candidatura à presidência, a tragédia em Mariana e as eleições na Argentina.


Confira abaixo alguns destaques da entrevista:


Delcídio do Amaral

“O que é essencial nesse instante é que a população tenha a compreensão de que nada disso, dessa corrupção sistêmica que se estabeleceu no Brasil, teria acontecido sem a anuência dos chefes do governo, sem que o Poder Executivo tivesse dado as condições para que essa corrupção institucionalizada ocorresse.” Para Aécio, “o grande beneficiário dessa estrutura corrompida foi o atual governo, que a utilizou para manter-se no poder”.


Eduardo Cunha

Aécio destacou que o PT está dividido sobre o processo contra Eduardo Cunha e questionou o projeto do governo: “Ele e Dilma não deveriam estar mais no cargo. O grande projeto da presidente hoje para o Brasil é se sustentar mais tempo no cargo. Ela hoje é refém de uma base esgarçada no Congresso Nacional, que só consegue se manter minimamente fiel a ela pela distribuição cada vez maior de emendas parlamentares e cargos no poder.”


Escândalos de corrupção na Petrobras

“Eu disse isso e repito: eu perdi a eleição para uma organização criminosa. Mas hoje isso é dito pelo ministro do STF, pelo juiz Sérgio Moro, da Lava-Jato, que a cada dia nos mostra a dimensão que eu confesso que nem eu próprio conhecia.”


Candidatura

“Que venha o Lula! Mas o PSDB vai ter o tempo certo para escolher seu candidato.”


Possível conversa com Dilma

“Estou pronto para debater com a presidente Dilma em qualquer instante, mas acho que seria aconselhado levar um detector de mentiras.”


Tragédia em Mariana

“Estive lá. Foi a maior tragédia ambiental da história do país, não apenas de Mariana. Lamento, e os mineiros de toda a região lamentam, que a presidente da República não tenha descido lá em Mariana e não tivesse abraçado as pessoas. Nessa hora, mais que anunciar números e multas, a expectativa é que a chefe do país olhe no olho das famílias. Acho que esse gesto faltou e a presidente da República vai ser cobrada por isso. Sobre as medidas tomadas, há uma responsabilidade grande dessas empresas que precisará ser enfrentada por elas, e há uma omissão do poder público em relação a algumas medidas anteriores que deveriam ser tomadas.”


Eleições na Argentina

“Foi uma vitória muito importante para nossa região. Falei esta semana com o presidente eleito Macri. E a sua eleição representa o renascimento da esperança em determinados países que têm visto a democracia ser solapada por essa visão chamada bolivariana que nos cerca.”

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Fonte: G1

Aécio cobra definição de Dilma sobre fator previdenciário

O senador Aécio Neves cobrou esta tarde (27/05) do líder do governo no Senado qual será a decisão da presidente Dilma Rousseff sobre as mudanças aprovadas na Câmara dos Deputados nas regras de previdência social dos trabalhadores brasileiros.

Em pronunciamento no Senado, Aécio Neves disse que o governo federal precisa assumir com clareza quais medidas serão adotadas e, o principal, se haverá veto da presidente Dilma à mudança do fator previdenciário para os aposentados, como foi aprovado na Câmara dos Deputados.

A Medida Provisória 664 muda as regras do INSS para cálculo das aposentadorias (o chamado fator previdenciário), atendendo reivindicação das centrais sindicais, mas também reduz conquistas dos trabalhadores ao alterar a lei das pensões por morte.

Com a mudança do fator previdenciário, as mulheres poderão se aposentar com valor integral do INSS quando a idade e o tempo de contribuição somarem 85 anos. Os homens terão o mesmo direito quando a soma for de 95 anos. Hoje, a idade mínima para mulheres é de 60 anos e para os homens 65.

Aécio Neves alertou para o risco de a presidente Dilma sancionar a perda dos direitos dos trabalhadores no caso das pensões, como defende o governo, mas vetar o novo cálculo das aposentadorias.

 

Pronunciamento do senador Aécio Neves
“Poucos temas foram tão debatidos e discutidos durante a campanha eleitoral e tive a oportunidade de assumir, com muita responsabilidade, o compromisso de debater com os trabalhadores brasileiros a flexibilização do atual modelo na busca de encontrarmos uma fórmula que penalizasse menos, ou que deixasse de penalizar os aposentados brasileiros.

Esse foi o meu compromisso e é dessa forma que queremos votar aqui nessa sessão de hoje. É preciso, portanto, que saibamos, isso é fundamental para o alinhamento das nossas posições. O governo federal, a presidente Dilma tem o compromisso com a manutenção do texto que ora chega da Câmara dos Deputados e que poderá ser aprovado pelo Senado Federal em consonância com aquilo que disse na campanha eleitoral?

Ou mais uma vez o discurso da campanha eleitoral terá uma desconexão forte com a ação da presidente da República.

Se for um grande engodo, se a base quiser apenas aprovar a proposta como um todo para que as maldades sejam mantidas e a questão do fator previdenciário seja vetada pela presidente da República, obviamente nosso caminho é votar contra o conjunto da Medida Provisória, destacando apenas a questão do fator previdenciário.

É preciso que saibamos qual o compromisso do governo federal e da presidente da República porque o histórico da presidente da República é não cumprir com os compromissos assumidos na campanha eleitoral”.

Aécio cobra definição de Dilma sobre fator previdenciário

O senador Aécio Neves cobrou esta tarde (27/05) do líder do governo no Senado qual será a decisão da presidente Dilma Rousseff sobre as mudanças aprovadas na Câmara dos Deputados nas regras de previdência social dos trabalhadores brasileiros.

Em pronunciamento no Senado, Aécio Neves disse que o governo federal precisa assumir com clareza quais medidas serão adotadas e, o principal, se haverá veto da presidente Dilma à mudança do fator previdenciário para os aposentados, como foi aprovado na Câmara dos Deputados.

Leia o pronunciamento do senador:

“Poucos temas foram tão debatidos e discutidos durante a campanha eleitoral e tive a oportunidade de assumir, com muita responsabilidade, o compromisso de debater com os trabalhadores brasileiros a flexibilização do atual modelo na busca de encontrarmos uma fórmula que penalizasse menos, ou que deixasse de penalizar os aposentados brasileiros.

Esse foi o meu compromisso e é dessa forma que queremos votar aqui nessa sessão de hoje. É preciso, portanto, que saibamos, isso é fundamental para o alinhamento das nossas posições. O governo federal, a presidente Dilma tem o compromisso com a manutenção do texto que ora chega da Câmara dos Deputados e que poderá ser aprovado pelo Senado Federal em consonância com aquilo que disse na campanha eleitoral?

Ou mais uma vez o discurso da campanha eleitoral terá uma desconexão forte com a ação da presidente da República.

Se for um grande engodo, se a base quiser apenas aprovar a proposta como um todo para que as maldades sejam mantidas e a questão do fator previdenciário seja vetada pela presidente da República, obviamente nosso caminho é votar contra o conjunto da Medida Provisória, destacando apenas a questão do fator previdenciário.

É preciso que saibamos qual o compromisso do governo federal e da presidente da República porque o histórico da presidente da República é não cumprir com os compromissos assumidos na campanha eleitoral”.

 

Ouça o áudio do pronunciamento: