Aécio Neves: “A pesquisa confirma o sentimento de cansaço a tudo que estamos assistindo”

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, falou na manhã deste sábado, em Uberaba, Minas Gerais, sobre a pesquisa do Instituto Sensus divulgada pela Revista IstoÉ que aponta que se as eleições fossem realizadas hoje, haveria votação em segundo turno. De acordo com o levantamento, há uma diferença de menos de 7 pontos entre a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves, em um eventual segundo turno. A pesquisa também indica que aumentaram os índices de reprovação do governo Dilma e as avaliações dos diferentes setores do governo, assim como expectativa de elevação da inflação.

 

Sonora do senador Aécio Neves

“Essa pesquisa confirma um sentimento que nós percebemos no Brasil inteiro, de cansaço em relação a tudo que estamos assistindo. A falta de capacidade do governo de apresentar respostas claras a todas às demandas da sociedade e todas essas denúncias sucessivas de desvios, que de alguma forma impactam na avaliação do governo. As pesquisas, como nós sempre dissemos, é um momento, então nós temos de ter muita tranquilidade para continuar a trabalhar e apresentar ao Brasil uma nova proposta de seriedade, de eficiência na gestão pública. Mas claramente há hoje um cansaço grande em relação ao atual governo.”

 

Aécio visitou a mais movimentada feira de gado zebu do mundo, a Expozebu, que acontece anualmente na cidade. Direto de Uberaba, Shirley Loiola.

 

Boletim

Aécio Neves destaca importância de políticas de desenvolvimento para a região Nordeste

Ao falar de desenvolvimento e competitividade a produtores e pecuaristas na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), em visita à Uberaba (MG), nesta sexta-feira (02/05), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, lembrou a importância de se promover políticas públicas focadas na região Nordeste.

“O Nordeste tem potenciais extraordinários em suas regiões. O semi-árido é um desafio que temos pela frente. Crescimento, desenvolvimento, geração de renda. Só vamos superar o assistencialismo no momento em que fizermos chegar lá o desenvolvimento, que será feito num diálogo permanente com a região”, afirmou.

O senador reiterou que a manutenção de um projeto a longo prazo para a região passa pela finalização de grandes e importantes obras, que se arrastam ao longo dos anos.

“Eu andei muito pelo Brasil no ano passado e no começo desse ano. Então, ninguém me contou. Eu vi. Fui à Transnordestina, orçada algo em torno de R$ 3 bilhões. Já gastaram mais de R$ 7 bilhões, ninguém sabe quando fica pronta. A transposição do rio São Francisco: R$ 3,5 bilhões na largada, já gastaram R$ 8 bilhões, não se sabe quando fica pronta. Em Pernambuco tem uma obra federal, a refinaria Abreu e Lima, feita pela Petrobras. Orçada em R$ 2,5 bilhões, já gastou R$ 18 bilhões. Não se sabe quando fica pronta, mas não sai por menos de R$ 20 bilhões. Tudo isso é uma demonstração clara da inépcia e incapacidade do governo”, salientou.

 

Falhas

Para Aécio, a sucessão de erros de gestão não se resume à região Nordeste, mas ecoa em todo o país.

“O governo falhou na condução da economia, na gestão do Estado. Esse aprendizado do PT no governo tem custado muito caro ao Brasil. Temos de criar no Brasil um clima favorável àquele que queira empreender. Com segurança jurídica, sem esse intervencionismo absurdo que desorganiza setores vitais”, disse.

O presidente nacional do PSDB lembrou que o Brasil se encontra hoje na 116ª colocação em um ranking internacional de competitividade, feito pelo estudo Doing Business, do Banco Mundial.

“Temos que estabelecer políticas públicas que nos permitam, em três, quatro anos no máximo, estarmos no Top 25. Temos que ousar, ter na administração pública a coragem de romper com estruturas carcomidas como essas que estão aí hoje. Mercantilizaram, de uma forma absolutamente inacreditável, a política brasileira”, completou.

Durante a visita à Uberaba (MG), Aécio Neves cumprimentou trabalhadores e andou por estandes da 80ª Expozebu, uma das maiores feiras de agronegócio do país. O senador foi ainda agraciado pela ABCZ com uma medalha por serviços prestados à agropecuária nacional.

Aécio Neves defende mudanças para alavancar setor agropecuário

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, defendeu nesta sexta-feira, em Uberaba, Minas Gerais, mudanças na política agrícola para alavancar o setor agropecuário do país. O senador tucano palestrou para 200 pecuaristas durante a sua visita a mais movimentada feira de gado zebu do mundo, a ExpoZebu 80 Anos, que acontece anualmente na cidade.

 

Sonora de Aécio Neves

“O que nós precisamos cada vez mais? Primeiro: segurança jurídica. Ninguém atua, ninguém investe em absolutamente em nenhum setor se não tiver garantias e segurança de que seu investimento vai ter retorno. É absolutamente fundamental que nós tenhamos por parte do governo, aí é muito governo, uma política de expansão de mercado, de abertura de novos mercados para aquilo que se produz. Vamos ter que falar de crédito, que isso é absolutamente essencial.”

Aécio destacou que o setor precisa de um governo parceiro e que tenha visão moderna para buscar parcerias com o mundo desenvolvido para permitir a reinserção das empresas brasileiras nas cadeias globais de produção.

 

Sonora de Aécio Neves

“Falta efetivamente o apoio permanente do governo e a compreensão do governo de que esse setor apresenta um potencial de desenvolvimento extraordinário.”

 

Boletim

“Brasil precisa cada vez mais ser parceiro do agronegócio”, diz Aécio Neves em Uberaba (MG)

Em visita a Uberaba (MG), nesta sexta-feira (02/05), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, destacou a importância do agronegócio para o desenvolvimento do mercado brasileiro e o aumento da competitividade do setor. Aécio debateu propostas e ouviu demandas durante encontro com cerca de 200 produtores e pecuaristas na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), durante a 80ª Expozebu, uma das maiores feiras de agronegócio do país.

“O Brasil precisa cada vez mais ser parceiro do agronegócio, parceiro de quem trabalha no campo. Eu venho de uma família de pequenos produtores rurais, pequenos produtores de café, e isso está na minha essência. Não é algo que aprendi ao longo da vida. A grande verdade é que essa importância do agronegócio, ao longo do tempo, vem aumentando”, afirmou.

Aécio Neves destacou os prejuízos que a falta de infraestrutura vêm trazendo ao setor, que esbanja produtividade em sua produção.

“Não fosse o agronegócio, não teríamos os resultados – ainda pífios – que a economia brasileira vem apresentando. Eles seriam nulos. Ninguém é mais produtivo que o brasileiro da porteira para dentro. O problema começa da porteira para fora, quando faltam ferrovias, hidrovias, rodovias, portos, planejamento. Tudo isso, obviamente, tira a competitividade de quem produz no Brasil”.

Aécio Neves cobrou do governo federal mais atenção ao setor, e sugeriu foco a questões como segurança jurídica, incentivo ao crédito e uma política de expansão de mercado que traga abertura às relações comerciais dentro e fora do país.

“Todos queremos um país sustentável, que cresça e se desenvolva respeitando o meio ambiente. Isso é plenamente possível”, apontou. “Infelizmente, o planejamento está ausente no Brasil em absolutamente todas as áreas. Falta apoio permanente do governo, compreensão de que o agronegócio é um setor que apresenta potencial de desenvolvimento extraordinário”, disse Aécio.

 

Carga tributária

Acompanhado do presidente do Instituto Teotônio Vilela de Minas Gerais (ITV-MG), Pimenta da Veiga, do governador do estado, Alberto Pinto Coelho, e de lideranças do PSDB e de outros partidos, Aécio Neves voltou a defender a simplificação do sistema tributário brasileiro, em benefício ao Brasil que produz.

“Temos uma carga tributária escorchante, de 38% do Produto Interno Bruto (PIB), que nos tira a competitividade e inibe atividades em várias áreas, não apenas no agronegócio. Nos últimos dez anos, desde que esse governo assumiu, a carga tributária de responsabilidade da União cresceu 5%. Isso é uma demonstração clara da concentração perversa de receita nas mãos da União”, afirmou o ex-governador de Minas.

Segundo Aécio Neves, o projeto, focado no “emaranhado de impostos indiretos que temos hoje”, será o primeiro passo para a abertura do espaço fiscal brasileiro, que incluirá os gastos correntes do governo, que atualmente crescem vertiginosamente.

“A desoneração deve ser horizontal, e não pontual. Um Estado mais eficiente é o que depende menos de carga tributária. A partir de uma desoneração gradual poderemos reduzir essa carga tributária de quase 38% e, paulatinamente, garantir a competitividade a quem produz no Brasil”.

 

Homenagem

Ao término da reunião com produtores, o senador recebeu uma carta aberta assinada pelo diretor presidente da Associação Nacional dos Profissionais da Embrapa, Julio Maria Porcaro Puga. No documento, a associação manifestava preocupação com os rumos da pesquisa no Brasil, por conta do aparelhamento “silencioso e contínuo” a que a máquina pública federal é submetida e defende o fortalecimento da Embrapa.

Aécio Neves ainda foi homenageado com uma medalha pela ABCZ por serviços prestados à agropecuária nacional. O senador participou da comemoração pelos 80 anos da entidade e visitou as instalações da Expozebu, cumprimentando os trabalhadores. A feira será inaugurada oficialmente neste sábado (03/05).

Aécio Neves – Entrevista coletiva em Uberaba

Em Uberaba (MG), o senador Aécio Neves falou com a imprensa sobre a Expozebu, as eleições em 2014, o PSD

 

Sobre presença na Expozebu e ida da presidente Dilma ao evento

Para mim é estar em casa. Nos últimos 25 anos faltei em alguns aniversários meus com a minha, mas aqui em Uberaba não faltei em nenhum. Venho aqui todos os últimos anos, tenho aqui alguns dos meus melhores amigos. Construí aqui em Uberaba e vi isso crescer. Vi a Expozebu se transformar no que ela é hoje. E nós recebemos com muita alegria, com esta hospitalidade tradicional dos mineiros aqueles que nos visitam, principalmente a presidente da República. O ex-presidente da República, me disseram que vem também, todos muito bem-vindos. Isso é uma demonstração da pujança de Minas Gerais, em várias áreas, na indústria, nos serviços. Temos crescido mais que o Brasil em todas as áreas e também na pecuária. Aqui, cheguei um pouco mais tarde porque estava na casa de um grande irmão que eu tenho na minha vida inteira, Mario Franco Júnior, cujo família que trouxe o zebu para cá. Jantei com ele e vim aqui dar um abraço no Marcos, no governador e nos meus companheiros. Uberaba é a minha casa.

 

O tom das declarações, tanto do senhor quanto da presidente, tem ficado cada vez mais duro.

Houve uma antecipação do processo eleitoral e, lamentavelmente, faz com que todas as declarações se transformem em componentes para o debate eleitoral. Sou da oposição e acho que muitas coisas poderiam estar acontecendo melhor no Brasil do que está acontecendo hoje. Na questão do gerenciamento das obras de infraestrutura, na melhoria da qualidade da educação, na tragédia que é hoje a saúde pública. Talvez no compartilhamento com estados e municípios das receitas federais, muita coisa poderia estar acontecendo. Agora, há um fato concreto que preocupa e assusta a todos os brasileiros que é o recrudescimento da inflação, principalmente, a inflação de alimentos. Esperamos que ela possa ser controlada. Quando eu faço este alerta, torço para que o governo compreenda que, como fizemos no passado, é preciso que se faça hoje. Em relação à inflação é tolerância zero o tempo inteiro. Não dá para ser flexível, não dá para ser leniente. Isso tenho dito em qualquer fórum e continuarei dizendo aqui.

 

Sobre eleições em Minas Gerais

Eleições estão na cabeça de nós políticos e de vocês jornalistas. O cidadão brasileiro quer trabalhar, quer ter emprego, quer saber como fugir da pressão inflacionária, quer saber quais perspectivas vai ter para que seus filhos possam ter uma escola de melhor qualidade amanhã. Essa agenda eleitoral é muito na cabeça de quem atua nessa questão. Não temos candidato, mas vamos ter, porque em Minas o que tem vencido não são nomes, mas um projeto de governo que faz com que Minas tenha a melhor educação fundamental do Brasil, segundo o Ministério da Educação,  que tem a melhor saúde preventiva do Brasil, segundo o Ministério da Saúde, que tem um crescimento coordenado e sustentável ao longo dos últimos dez anos, bem acima da média nacional. Existe um modelo de gestão em Minas que hoje ébenchmarking, é referência para o Brasil e para instituições fora do Brasil. Em São Paulo hoje, almocei com o presidente  Fernando Henrique, recebemos o sócio da Mckinsey, uma das consultoria extremamente respeitada no mundo inteiro, talvez a mais respeitada, dizia que o modelo de educação em Minas é hoje referência para o mundo. Eles mostram que fizemos aqui para o mundo. Isso nos dá grande orgulho. E acho que aquele candidato que surgir com a responsabilidade de dar continuidade e aprofundar esses avanços terá grande chance de ser vitorioso. É muito bom ter Pimentel, um homem de bem, eu respeito muito o Fernando. Meu amigo durante muitos anos e continua sendo e acho que vamos ter aqui um debate de altíssimo nível, mas candidatura no momento certo. Repito, esta pauta está só na nossa cabeça, não está na cabeça da população brasileira.

Sobre presença do ex-prefeito Gilberto Kassab em Uberaba

Como eu disse agora há pouco, não estou em Uberaba fazendo política. Uberaba é minha casa. Uberaba tenho uns dos meus melhores amigos. Fico muito feliz de ver que lideranças importantes do Brasil venham aqui. O Kassab, em especial, pela força política do meu companheiro Marcos Montes, nosso grande deputado Marcos Montes. É muito bom vermos estas pessoas aqui que conhecem um pouco da realidade de Minas. De alguma forma, quem sabe, possam se inspirar também naquilo que foi feito aquiem Minas Gerais. São todos muito bem vindos, mas não temos que em cada encontro desses tratar de políticas e de eleições. O partido do ex-prefeito Kassab dá uma sinalização clara de apoio à presidente da República. Eu respeito isso. Agora, nosso campo é outro. Nosso campo é o da oposição e vamos construir um projeto alternativo ao Brasil. Alianças, elas virão no momento certo, agora, o momento das oposições é construir um discurso novo para o Brasil. Uma proposta alternativa a esta que está aí. Vamos fazer isso com calma. Mas hoje para mim em Uberaba não é um evento político, não venho aqui para buscar alianças, venho aqui para abraçar meu irmão Anastasia e para compartilhar um momento desse de vigor da agropecuária mineira com muitos amigos meus.