Discurso no Encontro Regional do PSDB-MG, em Juiz de Fora

“O Brasil, do dia da eleição até o dia de hoje, em que estamos aqui nos encontrando, já perdeu cerca de um milhão, um milhão e meio de empregos de carteira assinada. Hoje, 60 milhões de brasileiros, o número é alarmante, 60 milhões de brasileiros estão inadimplentes. Estão com pelo menos uma prestação com mais de 90 dias de atraso. A inflação não preciso dizer para vocês. Vocês convivem com ela todos os dias. A de alimentos, que é aquela que mais pesa no bolso do trabalhador, de quem ganha menos, já está em torno de 15% em todas as principais regiões metropolitanas desse país. Portanto, essa crise que chamo de social extremamente aguda, é essa que só será enfrentada no momento que tivermos um governo que inspire confiança, credibilidade, e isso a atual presidente da República, pela forma como agiu durante a campanha, e pela com que continua agindo agora, perdeu. Então em uma hora como essa, turbulenta na política, desastrosa na economia, degradante no que diz respeito aos valores, não podemos, não temos o direito de perder a capacidade de nos organizarmos e de sonhar com a superação dessa crise. Não temos aqui, nenhum de nós, a bola de cristal para saber o que nos espera daqui a dois meses, com a instalação do processo de impeachment, o que nos espera daqui a um, dois ou três anos, quando estão marcadas as eleições presidenciais. Não depende de nós. Depende de um resultado ou desfecho desse processo que aí está. Não depende apenas de nós. Mas de nós depende mostrarmos, cada vez mais, que estamos unidos. Temos a melhor proposta, o melhor projeto para esse país, e temos aquilo que faltam àqueles que hoje governam o Brasil: falta a eles a credibilidade, que temos de sobra para apontar um novo e virtuoso caminho de recuperação da nacionalidade, do orgulho de ser brasileiro, da confiança na nossa capacidade de fazer esse país voltar a crescer.”

Dilma Rousseff perdeu as condições de tirar o Brasil da instabilidade política e econômica, diz Aécio

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou, nesta sexta-feira (4/12), que a presidente Dilma Rousseff perdeu a capacidade de recolocar o Brasil no caminho da estabilidade política e da recuperação da confiança dos brasileiros e dos investidores econômicos.

Em entrevista à imprensa em Juiz de Fora (MG), onde comandou um encontro regional do partido com lideranças da Zona da Mata mineira, o senador afirmou que a presidente é a responsável pelos erros do governo que levaram o Brasil à atual e mais grave crise social e econômica dos últimos trinta anos.

“O Brasil vive um processo de instabilidade enorme. A nossa percepção é de que a presidente da República perdeu as condições de nos conduzir para um momento de maior estabilidade, de retomada dos investimentos e, portanto, de melhoria da vida das pessoas com a recuperação do emprego”, afirmou o senador Aécio Neves, ao chegar esta manhã à cidade de juiz de Fora (MG).

Aécio Neves falou também sobre o processo de impeachment que a presidente da República terá que responder frente ao Congresso por ter autorizado manobras fiscais consideradas ilegais pelos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU).

“Temos de fazer agora é superar este Fla-Flu entre a presidente da República e o presidente da Câmara dos Deputados e discutir de forma clara: houve crime? A presidente cometeu crime de responsabilidade? Se cometeu, ela tem de responder por isso. Se não estaremos criando um salvo-conduto no país, onde seria permitido aos presidentes da República ou aos detentores dos cargos mais altos, para se reeleger ou para se manter no poder, cometer crimes”, disse Aécio.


Crise Social

O senador afirmou que a crise social gerada pelos erros e pelo descontrole do governo Dilma atinge hoje milhões de brasileiros, principalmente os mais pobres.

Ele destacou que as famílias que puderam alcançar melhores condições de vida nos últimos anos, em razão do controle da inflação e da estabilidade econômica conquistadas no governo do PSDB, hoje estão de volta à pobreza, com o agravante de que enfrentam um cenário muito pior da recessão econômica, da inflação fora de controle e do desemprego elevado.

“A grande verdade é que aqueles que tiveram, no período do governo do PT, alguma ascensão social em razão de várias medidas – e a principal delas foi a estabilidade alcançada no governo anterior – retornaram para a condição anterior, só que num cenário muito pior, com inflação, com desemprego, com juros na estratosfera e sem perspectiva de retomada do crescimento. O meu sentimento pessoal, como presidente nacional do PSDB, é que o governo do PT acabou. Esse é o lado bom da história”, afirmou Aécio Neves.


Saídas para a economia

Aécio avaliou que o afastamento da presidente Dilma, se aprovado pelo Congresso durante o processo de impeachment, trará de volta a confiança ao ambiente econômico no país, o que é fundamental para que o país volte a crescer e a gerar empregos.

“O que percebo é que os investidores, tanto internacionais quanto nacionais, têm se manifestado desde o início do segundo mandato da presidente Dilma com enormes reservas em relação ao Brasil. A equação na qual o PT nos mergulhou é a mais perversa que já vivemos na nossa história contemporânea. O Brasil entre os 20 países mais desenvolvidos do mundo será o que terá o pior crescimento. Nós apenas estamos à frente da Ucrânia que está em guerra civil”, afirmou Aécio Neves.

Discurso no Encontro Regional do PSDB-MG, em Juiz de Fora

“O Brasil, do dia da eleição até o dia de hoje, em que estamos aqui nos encontrando, já perdeu cerca de um milhão, um milhão e meio de empregos de carteira assinada. Hoje, 60 milhões de brasileiros, o número é alarmante, 60 milhões de brasileiros estão inadimplentes. Estão com pelo menos uma prestação com mais de 90 dias de atraso. A inflação não preciso dizer para vocês. Vocês convivem com ela todos os dias. A de alimentos, que é aquela que mais pesa no bolso do trabalhador, de quem ganha menos, já está em torno de 15% em todas as principais regiões metropolitanas desse país. Portanto, essa crise que chamo de social extremamente aguda, é essa que só será enfrentada no momento que tivermos um governo que inspire confiança, credibilidade, e isso a atual presidente da República, pela forma como agiu durante a campanha, e pela com que continua agindo agora, perdeu. Então em uma hora como essa, turbulenta na política, desastrosa na economia, degradante no que diz respeito aos valores, não podemos, não temos o direito de perder a capacidade de nos organizarmos e de sonhar com a superação dessa crise. Não temos aqui, nenhum de nós, a bola de cristal para saber o que nos espera daqui a dois meses, com a instalação do processo de impeachment, o que nos espera daqui a um, dois ou três anos, quando estão marcadas as eleições presidenciais. Não depende de nós. Depende de um resultado ou desfecho desse processo que aí está. Não depende apenas de nós. Mas de nós depende mostrarmos, cada vez mais, que estamos unidos. Temos a melhor proposta, o melhor projeto para esse país, e temos aquilo que faltam àqueles que hoje governam o Brasil: falta a eles a credibilidade, que temos de sobra para apontar um novo e virtuoso caminho de recuperação da nacionalidade, do orgulho de ser brasileiro, da confiança na nossa capacidade de fazer esse país voltar a crescer.”