Em ato político, em São Paulo, Aécio Neves diz ‘vamos manter viva’ a voz das ruas

No primeiro ato político, depois das eleições, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e lideranças partidárias conclamaram nesta sexta-feira (14/11), em São Paulo, os brasileiros para que mantenham a garra e a luta em favor de mudanças.  O ato reuniu mais de 700 pessoas e vários integrantes da oposição.  Aécio lembrou que, nesta campanha, uma das marcas foi o apelos das ruas pelo fim da corrupção.

“Os brasileiros foram às ruas para dizer que ‘basta de tanta corrupção’ e de ‘tanto descaso’. O Brasil acordou nessas eleições. Esse é o nosso desafio: de manter viva essa chama. Eu caminho pelas ruas do Brasil inteiro, e o sentimento que eu tenho é de vitória. Pela primeira vez, aqueles que venceram essas eleições, enfrentarão uma oposição conectada com os sentimentos das ruas e dos brasileiros”, afirmou ele.

Aécio e os tucanos ressaltaram que o PSDB fará uma oposição ética, atenta e vigorosa.

“O PT verá uma oposição vigorosa e corajosa para denunciar as irregularidades, mas também patriótica”, afirmou Aécio, acrescentando: “Se alguns poderiam achar que a derrota eleitoral abateria o meu ânimo, eu me sinto hoje mais determinado, com maior disposição, para exercer o papel que nos foi delegada pela sociedade brasileira.”

Aécio relembrou, no entanto, que a campanha presidencial também registrou momentos desagradáveis, como as infâmias produzidas pelos adversários contra ele, caracterizando um verdadeiro terrorismo político. “Foi a campanha da infâmia e das mentiras em benefício de um projeto de governo. A história registrará que utilizaram o terrorismo”, disse.

 

Participação
Participaram do ato político o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o presidente do PSDB em São Paulo, o deputado federal Duarte Nogueira,  presidente nacional do Solidariedade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), o deputado eleito Bruno Covas (SP), o ex-governador Alberto Goldman, e o deputado José Aníbal, entre outros.

Candidato a vice na chapa de Aécio, Aloysio Nunes destacou que, na campanha eleitoral, houve o grito de liberdade evocado por 51 milhões de brasileiros que votaram em favor da candidatura Muda Brasil.  O lema, reiterou ele, é fazer a oposição: “Nós não daremos trégua em nenhum momento”.

Em viagem ao exterior, o senador eleito José Serra (PSDB-SP) enviou uma mensagem por escrito para os participantes do ato político. “O resultado das eleições em São Paulo [onde Aécio conquistou dos 64% votos] atesta: PT aqui, não”, disse Serra, na mensagem, sendo aplaudido pelos presidentes. “O novo país é possível”, acrescentou.

Duarte Nogueira afirmou ainda que o exemplo do que ocorreu em São Paulo, em que Alckmin venceu no primeiro turno e Aécio obteve maioria dos votos, é o da “boa política” executada com transparência e competência.

Aécio Neves – Entrevista em São Paulo

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta sexta-feira (14/11), em São Paulo, onde participou de encontro com lideranças partidárias, entre elas o governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ato reuniu mais de 700 pessoas e vários integrantes da oposição.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Quero em primeiro lugar agradecer imensamente a todos os amigos do Estado de São Paulo e faço através do governador Geraldo Alckmin pela oportunidade que me deram de conhecer em maior profundidade a realidade deste estado que impulsiona o crescimento e o desenvolvimento do país, e hoje é a oportunidade que estou tendo, acompanhado do meu companheiro de chapa, Aloysio, ao lado do presidente Fernando Henrique, de agradecer um resultado que na verdade sinaliza uma aprovação crescente do PSDB no Estado. Em grande parte pelos resultados que o governador Geraldo Alckmin vem alcançando ao longo dos seus governos e também de outros governos do PSDB.

Quero agradecer ao presidente do partido deputado Duarte Nogueira, ao coordenador da nossa campanha Alberto Goldman, ao José Aníbal, aqui presentes, aos demais companheiros pela belíssima caminhada que nós fizemos. Uma caminhada honrada, uma caminhada onde a verdade nos permitiu apresentar ao Brasil um projeto realista, exeqüível, ousado e, na verdade, à altura das expectativas e das esperanças de milhões de brasileiros. Quero ter a oportunidade de ainda caminhar pelo Brasil agradecendo o apoio que tive, mas começo esse roteiro exatamente por São Paulo, pela dimensão do resultado que aqui tivemos e pela repercussão que tudo que faz em São Paulo ganha em todo o Brasil.

Não vencemos as eleições, mas não perdemos politicamente. Tenho absoluta convicção que cada vez mais o Brasil vai perceber que as nossas propostas, o nosso projeto para o Brasil era aquele que melhor atendia as expectativas dos brasileiros. Estou imensamente feliz com a oportunidade que tive de liderar um projeto que não era de um partido ou de uma aliança, mas de um conjunto de forças da sociedade brasileira. A nossa campanha foi aos poucos se transformando em um grande movimento em favor da ética, em favor da eficiência dos serviços público, e não podemos permitir que estas forças se dispersem.

Faço aqui hoje de São Paulo uma grande convocação a todos os brasileiros e brasileiras, jovens, da terceira idade, de todas as regiões do país, para que continuemos motivados e mobilizados. Tão importante quanto governar é saber fazer a oposição. E nós faremos uma oposição não ao Brasil. Jamais fizemos e jamais isso esteve no nosso DNA. Mas uma oposição ao governo. Vamos fiscalizar, vamos cobrar os compromissos assumidos com os brasileiros e vamos denunciar as ações que consideramos equivocadas e que não atendam aos interesses como disse aqui dos brasileiros.

Quero aqui hoje falar de dois assuntos, em primeiro lugar, e depois fico à disposição de vocês. Infelizmente, o que estamos assistindo hoje é aquilo que denunciávamos ao longo da campanha, se transformando em uma realidade cada vez mais visível e mais palpável. Infelizmente, a nossa maior empresa, a Petrobras, que adia a publicação do seu balanço em razão das gravíssimas denúncias de corrupção vai trazendo para si uma marca perversa em razão das ações deste governo.

A Petrobras, investigada inclusive não apenas no Brasil, mas agora fora do Brasil, incorpora à sua belíssima história uma marca perversa da corrupção. Quero aqui me solidarizar com todos os funcionários e ex-funcionários da Petrobras, que ao longo de 60 anos, construíram a história desta magnífica empresa, agora maculada, manchada pela ação inescrupulosa e irresponsável de alguns dos seus dirigentes patrocinados por este governo. Fica aqui, portanto, o lamento de um brasileiro, de um cidadão brasileiro, em razão do que vem acontecendo no seio desta empresa. Hoje mesmo, com denúncias e com fatos novos que vocês acompanham com a prisão de dirigentes da empresa.

Quero aqui também manifestar a minha absoluta incompreensão em razão de uma atitude tomada pelo ministro da Justiça que abre o inquérito para investigar a posição individual e política de delegados da Polícia Federal. O ministro da Justiça, isso é inaceitável, quer retirar de uma categoria de servidores públicos, o direito constitucional à livre manifestação. Como se quisesse dizer que funcionários públicos só podem se manifestar a favor do governo.  Isso é absolutamente inaceitável. Deveria o ministro da Justiça estar atento ao que fizeram por exemplo os dirigentes da companhia da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo. Estes sim, segundo ação inclusive imposta pelo PSDB, cometeram crime ao não cumprirem as suas funções adequadamente.

Deveria o ministro da Justiça se preocupar com servidores da Petrobras ou dirigentes da empresa envolvidos no maior escândalo de corrupção da nossa história. Portanto, quero aqui também manifestar a minha absoluta solidariedade a esses delegados da Polícia Federal, e faço isso muito à vontade porque sequer os conheço. Vi seus nomes nos jornais hoje, mas é absolutamente incompreensível esta ação. Porque eles se manifestaram, segundo tive notícias pelos jornais, em favor da nossa candidatura, em suas redes pessoais e privadas.

E a última questão sobre a qual quero me manifestar, ao lado do senador Aloysio, nosso líder no Senado Federal, é de que nós estaremos indo às últimas conseqüências, inclusive do ponto de vista jurídico, para impedir a alteração da LDO como quer o governo. Leis existem para serem cumpridas.

Estamos, na verdade, se o Congresso permitir essa desmoralização, sinalizando em uma direção absolutamente nova. Se existe uma lei e o governante não cumpre essa lei, ele utiliza a sua maioria para modificar a lei. Que sinal é esse que estamos dando? Não apenas para o mercado, para nós mesmos. Então, a posição das oposições é obstrução inclusive das discussões na Comissão até que essa questão seja resolvida. E obviamente, nosso posicionamento será contrário à modificação da LDO. A LDO foi aprovada após uma ampla discussão no Congresso Nacional e tem que ser cumprida. E nós vamos exercer, portanto, o nosso papel de oposicionistas garantindo o seu cumprimento.

 

Sobre a Petrobras. Hoje a PF expediu uma série de mandados de busca e apreensão. Entre eles foi preso o Renato Duque que também operava para o PT dentro da Petrobras. O senhor acha que essa prisão que é ligada ao ex-ministro José Dirceu pode acabar envolvendo novas pessoas do partido?

Temos que aguardar que as investigações ocorram. E temos que estar vigilantes para que não haja qualquer limitação a essas investigações. Quando nós, no Senado Federal, propusemos a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, me lembro que líderes do PT foram à tribuna para dizer que não existia nada de errado na Petrobras, que aquilo era uma manobra eleitoreira das oposições e que estávamos, na verdade, contaminando a imagem da empresa. Na verdade, quem está denegrindo a imagem e a história da nossa maior empresa, é a irresponsabilidade desse governo, que montou lá, segundo a Polícia Federal, uma organização criminosa. Essa é uma expressão usada pela Polícia Federal.

O que percebo é que as coisas estão chegando muito próximo dos mais altos dirigentes desse governo e é preciso que essas investigações ocorram. O que posso assegurar é que tem muita gente em Brasília sem dormir nesses últimos dias, e continuarão sem dormir. A verdade é que essas investigações, elas já não ocorrem apenas no Brasil, ocorrem na Holanda, ocorrem na Suiça, ocorrem nos Estados Unidos. Aqui temos que garantir às instituições a liberdade absoluta para que elas possam avançar nessas investigações. Não tenho outras informações se não as que tenho lido pelos jornais. Mas que há uma percepção clara de que não era um ato isolado de um ou outro servidor, de um ou outro diretor, mas uma organização estruturada, quase que institucionalizada dentro da Petrobras causando prejuízos enormes ao Brasil, essa é uma constatação. E acho que vamos ter novas informações e ainda, infelizmente para muitos, surpresas pela frente.

Como disse aqui o Aloysio [Nunes], a casa caiu.

 

Qual a avaliação agora algumas semanas após essa nova fase da operação Lava-Jato? Porque essa nova fase só agora após a eleição?

Isso fica à avaliação de cada um.  Tenho muito respeito pelas instituições do Estado Brasileiro, em especial pela Polícia Federal. E quando estranho a manifestação do ministro da Justiça, exatamente em relação a delegados que participam dessa investigação, isso sim pode dar a impressão de que há alguma tentativa de cercear desses dirigentes da operação. Isso me parece grave. Agora temos que avançar. Não atuo olhando no retrovisor da história. Vamos olhara para frente, vamos garantir que essas investigações continuem a ocorrer.

Vamos impedir que qualquer manobra no Congresso Nacional no sentido de impedir que as investigações, também no Congresso, avancem. Já orientamos nossas bancadas para começarem a coleta de assinaturas para, imediatamente, após o reinício dos trabalhos do Congresso, em fevereiro, nós tenhamos uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito, porque todas essas informações poderão ser utilizadas pela nova Comissão Parlamentar, já que estamos percebendo que não há uma vontade clara, ao contrário do que diz a presidente da República, da sua base em avançar nessas investigações ainda esse ano. Mas como disse aqui o senador Aloysio, é muito grave o que está acontecendo e esse diretor, é sabido, é o elo mais direto e mais próximo da Petrobras com o partido dos trabalhadores.

 

Sobre a tentativa de mudança na LDO, o senhor disse que a lei teve sanções para governantes. O senhor acha que, caso seja aprovada a mudança, pode ter tido crime de irresponsabilidade?

É o que diz a lei. E conversávamos agora pouco sobre isso. Inclusive a possibilidade de você movimentar até 20% do Orçamento em várias áreas é, exatamente, casada com a necessidade de você cumprir o superávit. Você só pode remanejar uma parcela do Orçamento, e isso é permitido na Lei de Diretrizes Orçamentárias, desde que você cumpra o superávit ali estabelecido. O governo já fez essa movimentação e não cumpriu o superávit. O Brasil não pode virar a “casa da mãe Joana”, onde o governo acha que, com a sua maioria, faz o que quer no Congresso Nacional.

Quero aqui apelar à responsabilidade inclusive de setores da base do governo no Congresso Nacional, que têm noção da gravidade do que o governo está tentando. O governo, até um mês atrás, dizia que cumpriria a Lei de Diretrizes Orçamentárias. O ministro da Fazenda dizia isso durante a campanha eleitoral. É o mesmo governo que dizia que o desmatamento no Brasil tinha diminuído, que dizia que a miséria absoluta tinha diminuído, ou que não haveria necessidade de aumento da taxa de juros. Então, houve sim um estelionato nessa campanha, e nós vamos exercer o nosso papel de oposicionistas com absoluto vigor, sem adjetivações, com absoluto vigor. Impedir a aprovação da modificação da LDO é defender as prerrogativas do Congresso Nacional e defender a lei. As consequências obviamente terão que ser, amanhã, exercidas pela Justiça.

“Temos um governo que promete muito e entrega muito pouco”, diz Aécio sobre obras da Copa

O presidente nacional do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta segunda-feira (19/05), em Curitiba, que o governo federal falhou na preparação do país para a Copa do Mundo. Em entrevista coletiva antes de participar de homenagem ao ex-governador José Richa, na Assembleia Legislativa do Paraná, Aécio disse que grande parte das obras de infraestrutura prometidas para o Mundial não foram cumpridas.

“O que é lamentável em relação à Copa do Mundo é que grande parte daquilo que foi prometido como grande legado, obras de infraestrutura, obras de rede hospitalar, educação, nada disso aconteceu. Ficou tudo no meio do caminho, porque hoje temos um governo que promete muito e entrega muito pouco”, afirmou Aécio.

Para Aécio, o atual governo não deu respostas para as reivindicações dos brasileiros que foram às ruas nos protestos de junho do ano passado, solicitando, por exemplo, obras de mobilidade urbana. O fracasso do governo nessa área foi tema de recente declaração do ex-presidente Lula, que sugeriu aos brasileiros irem “a pé ou de jumento” para os estádios, ao criticar aqueles que pedem metrô de qualidade nas grandes cidades.

“Não vejo que nenhuma das demandas foi adequadamente atendida por esse governo, pela incapacidade de gestão que ele tem demonstrado em todas as áreas. O Brasil é um grande cemitério de obras inacabadas com sobrepreço por toda a parte. Essa sim é uma responsabilidade sobre a qual o governo terá que responder”, afirmou Aécio.

Aécio esteve em Curitiba para lançamento do livro sobre a história do ex-governador José Richa, pai do atual governador Beto Richa, do PSDB. A cerimônia foi acompanhada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado do PSDB Valdir Rossoni, pelo senador Alvaro Dias, pelo deputado federal Duarte Nogueira, pelo deputado estadual por São Paulo, Bruno Covas, e por diversos parlamentares e lideranças paranaenses.

 

Seleção brasileira

O presidente nacional do PSDB demonstrou confiança na seleção brasileira e avaliou que o desempenho do Brasil dentro de campo não influenciará o resultado da eleição. “Vamos torcer para o Brasil ganhar a Copa do Mundo e trazer a alegria para nossa gente e vamos mudar o Brasil e encerrar esse ciclo de governo. Acho que essas duas coisas são absolutamente compatíveis”, destacou Aécio.

Fabio Feldmann assume coordenação de meio ambiente no plano de governo a ser apresentado por Aécio

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, anunciou, nesta quinta-feira (15/05), o ex-secretário de Estado e ex-deputado federal Fabio Feldmann como coordenador da área de meio ambiente e sustentabilidade no plano de governo do PSDB, que será apresentado durante a campanha eleitoral deste ano. Um dos principais nomes do setor, Feldmann é o primeiro integrante do grupo de trabalho que formulará o programa sob a coordenação do ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia.

“Estamos montando um time extraordinário que criará um conjunto de propostas. Um time que não é do PSDB apenas, mas a favor do Brasil. Fabio é uma das mais respeitadas lideranças, nacional e internacionalmente, na área da sustentabilidade. Poderemos ter propostas atuais e ousadas para garantir o desenvolvimento sustentável do Brasil”, disse Aécio Neves em reunião esta manhã no Diretório do PSDB em São Paulo.

Ex-deputado Constituinte, responsável por grande parte da legislação ambiental brasileira (capítulo do meio ambiente da Constituição Federal, Lei da Mata Atlântica, Política Nacional de Educação Ambiental, Política Nacional de Resíduos Sólidos, Política Nacional de Recursos Hídricos, dentre outras), Fábio Feldmann tem atuação destacada na sociedade como fundador e primeiro presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, membro do Conselho do Greenpeace Internacional, da Conservation International (CI), do Global Reporting Initiative (GRI).

“Aécio permite que nossos temas estejam claramente colocados na campanha, eles não são periféricos. Falo como ambientalista, temos que ter a capacidade de colar essa agenda na política brasileira. Infelizmente, isso tem estado ausente do debate não eleitoral, mas político. O convite do Aécio permite que a gente coloque esse tema na eleição, mas também na agenda política brasileira. Sustentabilidade é o grande desafio do século XXI”, disse Feldmann.

Feldmann é membro do Conselho da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) e do Conselho Consultivo para Mudanças Climáticas do Deutsche Bank e foi o criador e primeiro Secretário Executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e ex-secretário de meio ambiente do Estado de São Paulo. Como reconhecimento pelo seu trabalho, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, dentre eles o Prêmio Global 500 das Nações Unidas.

 

Gestão para o futuro

O presidente do PSDB confirmou também a economista Carla Grasso como coordenadora-executiva do plano de governo tucano. Aécio afirmou que, nos próximos dias, o PSDB fará a indicação de novos colaboradores que farão a coordenação das demais áreas do plano de governo do partido.

“O programa de governo não é uma obra que se começa e se encerra em um dia. É uma discussão permanente. Seguramente, durante o processo eleitoral, vai ficar claro o que o PSDB pensa sobre cada um dos aspectos que são responsabilidade do Estado e do governo. Em dezembro passado, apresentamos de forma muito clara e até com certa ousadia para aquele momento, a um ano praticamente das eleições, as diretrizes gerais do nosso programa de governo. A visão que tínhamos de Estado, de política externa, de meritocracia na gestão pública, o fortalecimento da Federação e a própria questão ambiental. Agora, vamos dar forma e detalhamento a essas questões”, explicou Aécio Neves.

O senador destacou a importância de Antonio Anastasia à frente do grupo de formulação das propostas tucanas: “Ninguém é mais qualificado do que Anastasia para fazer esse trabalho. Pelo extraordinário gestor que é e pela sua visão moderna e atualizada do mundo”, afirmou Aécio.

Governador de Minas Gerais entre 2010 e o abril de 2014, Anastasia foi vice-governador do Estado entre 2007 e 2010, no segundo mandato de Aécio Neves. Antes foi secretário-adjunto do Ministério do Trabalho e secretário-executivo do Ministério da Justiça durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

A reunião contou com a presença do presidente do PSDB-SP, o deputado federal Duarte Nogueira, do vice-presidente nacional do PSDB, ex-governador Alberto Goldman, e do ex-deputado federal Xico Graziano.

Aécio Neves reúne tucanos em São Paulo e antecipa aliança com DEM e PMDB na Bahia

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, reuniu-se, nesta quinta-feira (10/04), com a bancada tucana em São Paulo. No encontro, o senador destacou a importância de São Paulo na construção do projeto nacional do partido nas próximas eleições e anunciou a aliança firmada entre o PSDB, DEM e o PMDB nas eleições estaduais na Bahia. Aécio Neves disse que trabalha pela união de forças políticas em todo país.

“Acabamos de fechar uma chapa extremamente forte na Bahia, o quarto colégio eleitoral da Bahia que terá como candidato a governador, o ex-governador Paulo Souto e, como candidato ao Senado, o companheiro ex-deputado Geddel Vieira Lima. Uma aliança do PSDB, do Democratas e do PMDB, que é uma demonstração de que também teremos apoio de siglas dissidentes do governo, que hoje apoiam o governo da presidente Dilma, mas que, em determinados estados, teremos apoio de segmentos dissidentes. Os palanques estão se solidificando. É hora de avançar”, disse Aécio Neves em entrevista.

O senador tucano marcou para o final de maio a definição sobre os nomes que comporão a chapa que disputará em outubro a Presidência da República. “Este é o mês das definições. A partir do final de maio, a chapa será apresentada”, afirmou.

Aécio Neves almoçou com os parlamentares tucanos em São Paulo (SP). Participaram do encontro o presidente do PSDB de São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira, o secretário-geral do partido, Mendes Thame (SP), o vice-presidente do PSDB nacional, Alberto Goldman, os deputados estaduais João Caramez, Orlando Morando, Pedro Tobias, Carlos Bezerra Jr., Ramalho da Construção, Fernando Capez, Hélio Nishimoto, Barros Munhoz, Bruno Covas, Orlando Morando e Rubens Cury, subsecretário de relacionamento com municípios da Casa Civil de SP.

 

CPI da Petrobras

Aécio Neves reiterou as críticas à condução da discussão sobre a instauração da CPI da Petrobras no Senado. Segundo ele, a iniciativa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RN) de encaminhar o debate para a Comissão de Constituição e Justiça foi equivocada.

“Essa decisão do Renan é equivocada, é uma nódoa que ele deixa na sua história pessoal e na história do Senado Federal. E não se investigará mais nada. E isso é extremamente grave”, afirmou o ex-governador de Minas.

Aécio Neves lembrou que há um mandado de segurança impetrado pela oposição no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a abertura da CPI da Petrobras. O senador disse ter certeza de que, uma vez instalada a CPI da Petrobras, o governo tentará manobrar para impedir as apurações.

“Neste momento todas as nossas fichas estão nas mãos do Supremo. Existem denúncias muito graves em relação à Petrobras. A população quer saber o que aconteceu lá, e eu acho que nós, da oposição, estamos fazendo o que devemos fazer”, afirmou o senador.

 

Descontrole

Para Aécio Neves, o governo federal vive um momento de descontrole. “O temor do governo, e temos hoje um governo à beira de um ataque de nervos, está fragilizando o Congresso de forma definitiva. É contra isso que estamos nos levantando. Usar uma ‘CPI Combo’ para impedir a investigação da Petrobras é um ato de desrespeito à sociedade brasileira e de um autoritarismo que me lembra os tempos de AI-5”, afirmou.

Aécio desafia governo, diz que assina qualquer CPI e cobra investigação na Petrobras

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), reagiu, neste sábado (05/04), à manobra do Palácio do Planalto para tentar impedir a instalação da CPI da Petrobras. Ao falar com jornalistas em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, Aécio lançou um desafio ao governo e disse que assinará qualquer pedido de CPI feito pela base aliada da presidente Dilma Rousseff.

“O governo quer fazer CPI sobre qualquer outro tema? Que faça, o governo tem maioria. Eu não negarei inclusive minha assinatura pessoal à outra CPI para investigar o que quer que seja, mas não impeçam a sociedade brasileira de entender de que forma a Petrobras vem sendo governada ao longo desses últimos anos”, declarou Aécio Neves.

O presidente do PSDB reuniu hoje, no ABC Paulista, prefeitos, vereadores e lideranças tucanas. O encontro com a participação de mais de 1.500 pessoas contou também com o senador Aloysio Nunes, o presidente do diretório paulista, deputado federal Duarte Nogueira, Alberto Goldman, um dos vice-presidentes do PSDB, o secretário-geral, deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame, e o presidente do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força.

O senador Aécio Neves disse ainda que a manobra do PT de incluir outros temas de investigação não relacionados com as denúncias na Petrobras é vergonhosa e representa uma violência ao funcionamento do Legislativo.  Para o tucano, o governo não quer investigação alguma.

“Se prevalecer a decisão do presidente Renan, ao meu ver equivocada, daqui por diante, seja nesse ou em outros governos, jamais haverá uma CPI, pela simples razão de que no momento em que a minoria conseguir as assinaturas necessárias basta a maioria governista introduzir 10 ou 20 outros temas e, como na formação da CPI o governo tem maioria, busca-se investigar esse outros temas”, disse.

Aécio adiantou aos jornalistas que, na próxima segunda-feira, a oposição irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar o direito de instalar a comissão.

“Há jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que diz que, alcançadas as assinaturas necessárias e havendo fato determinado, cabe ao presidente do Senado e do Congresso simplesmente instalar a CPI e solicitar aos partidos que indiquem seus membros. Ele não tem que fazer nenhum tipo de avaliação. Há uma jurisprudência do ministro Celso de Melo nesta direção. E é por isso que o Supremo vai fazer valer a Constituição”, afirmou Aécio Neves.