Aécio Neves – Entrevista sobre o impeachment da presidente Dilma

Sobre processo de impeachment

Não vejo mais espaço para nenhum fato novo. Este processo foi discutido como determina a Constituição com amplo espaço para as manifestações tanto da defesa quanto da acusação. E hoje é o início do fim de um governo. Um governo que na sua arrogância, na sua prepotência e na sua irresponsabilidade desprezou a lei e hoje responde por isso. E a maior vítima está longe de ser a presidente da República. A maior vítima de tudo isso é o povo brasileiro. São os 12 milhões de desempregados, são os vários setores da nossa economia que vem perdendo capacidade competitiva ao longo de todos os últimos anos.

O Congresso Nacional, e é óbvio que é um momento histórico, vive talvez um dos mais graves momentos da nossa história democrática, mas ao final de tudo isso vamos poder olhar para trás e dizer cumprimos a Constituição, afastamos uma presidente da República que cometeu crime de responsabilidade que violou a lei orçamentária e o Brasil dá a si próprio uma nova chance. Acho que ao final disso tudo, temos que pacificar o país e empreender, implementar aqui no Congresso Nacional uma agenda profunda, ousada, corajosa de reformas. O meu olhar não está mais no retrovisor. O meu olhar agora está no para-brisa, está na frente. Temos de construir ao longo desses próximos meses uma profunda agenda que retire o Brasil da crise e volte a dar esperança aos brasileiros, principalmente aos 12 milhões de desempregados.

Sobre a abertura da etapa final do processo de impeachment

Hoje é início do fim de um governo que, na sua arrogância, na sua prepotência e na sua irresponsabilidade, violou as leis e mergulhou o Brasil na mais profunda crise econômica e social da sua História. Ao final desse processo legal, constitucional, vamos olhar para trás e perceber que fizemos o que deveríamos ter feito, demonstrando ao Brasil que a lei neste país é para ser cumprida por todos, em especial pelo presidente da República.

E será a hora, a partir de terça-feira, de olharmos para o futuro e implementarmos o mais rapidamente possível, a partir do Congresso Nacional, uma profunda agenda de reformas que resgate o equilíbrio das contas públicas, a confiança dos investidores e, principalmente, o emprego. Porque a grande vítima de tudo isso está longe de ser a senhora presidente da República. A grande vítima desses governos do PT, ou desses desgovernos do PT, é a população brasileira, são os 12 milhões de desempregados, são aqueles que menos têm.

Portanto, o PSDB está absolutamente tranquilo de ter feito a sua parte, liderado o processo de afastamento da presidente da República e, hoje, dando apoio a essa ousada agenda de reformas que o governo Michel tem a necessidade, a obrigação de liderar.

Sobre relação com o governo Temer

O PSDB sempre deixou claro que o seu apoio não é um projeto eleitoral do PMDB. Seu apoio é um projeto de reformas no Brasil e o presidente Michel tem a consciência clara de que seu governo, para se viabilizar, depende dessas reformas. A maior ajuda que o PSDB dá ao governo é atuando para inibir gastos que não são prioritários e, obviamente, garantir o equilíbrio das contas públicas que é um fator inexorável, fundamental e indissociável da retomada da confiança e do crescimento.

Queremos recuperar o emprego e a confiança no Brasil, e para isso, vamos atuar ao lado do governo para que essas reformas venham, ao mesmo tempo inibir gastos como temos tentado fazer, que não são prioritários e vem na contramão daquilo que se espera do governo interino. Esse não é um governo do PSDB. É o governo de transição, é um governo constitucional, assumi o vice conforme determina a constituição quando afastada a presidente da república. E estaremos sempre ao lado daquilo que acreditamos. Um Brasil com governo meritocrático, enxuto, ousado e que não faça como fez o governo passado adiando sucessivamente as medidas necessárias por mais duras que elas sejam.

Qual a posição do PSDB sobre contas da presidente em análise pelo TSE? Devem ser analisadas em separado das contas do presidente?

O PSDB fez a sua parte. O PSDB no momento em que recebeu denúncias gravíssimas de condutas ilegais durante o processo eleitoral, e grande parte delas se confirmam hoje a partir das provas colhidas pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral. Aguardo agora o julgamento das contas. Não cabe a nós, não é o papel do PSDB decidir qual jurisprudência seguirá o Tribunal Superior Eleitoral.

Fizemos a nossa parte como qualquer partido responsável deve fazer. Denunciamos a lavagem de dinheiro através de empresas que atuaram na campanha da presidente da república e aqueles que foram responsáveis por esses atos deverão responder criminalmente por eles.

Entrevista sobre as eleições municipais em Belo Horizonte

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista, nesta sexta-feira (01/07), em Belo Horizonte, sobre as eleições municipais.

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Quem é o candidato do PSDB em BH?

Estamos extremamente felizes de nos reencontrarmos hoje aqui, em Belo Horizonte, com os nossos candidatos a prefeito, a vice-prefeito, vereadores de todo o estado de Minas Gerais. É a grande largada para mais um belíssimo resultado que nós confiamos que o PSDB terá em todas as regiões do estado. Hoje é a oportunidade de falarmos de propostas, de mostrarmos muita clareza que o PSDB, que apoia hoje o governo de transição do presidente Michel Temer, continua tendo o projeto de governar o Brasil e de recuperar o governo de Minas Gerais. E tudo começa nas eleições municipais que ocorrerão dentro de poucos meses. Temos tido conversas ao longo dos últimos meses com várias forças políticas, em especial aquelas com as quais nós temos trabalhado ao longo dos últimos 15 anos em Minas Gerais, ao lado das quais tivemos vitórias extremamente expressivas. E a partir dessas conversas, em especial conversas com as bases do PSDB, em Belo Horizonte, estamos hoje com muita alegria apresentando como pré-candidato do PSDB à prefeitura de Belo Horizonte o nome do deputado João Leite. Um dos mais qualificados parlamentares da sua geração, conhecedor profundo da realidade de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Com uma capacidade de interlocução enorme, com outras forças políticas e também uma belíssima experiência de gestão pública que teve ao nosso lado no governo de Minas. Não tenho dúvidas que João Leite se apresenta como candidato em condições não apenas de vencer as eleições e avançar nas conquistas da atual administração. Mais do que isso. Ele tem condições de fazer um governo de conciliação. Um governo que a partir de um grande entendimento permita Belo Horizonte enfrentar as suas gravíssimas dificuldades na saúde, na questão de mobilidade, na educação, na segurança pública.

Portanto, procuramos ao longo de todo esse período de conversas basear a nossa decisão em pelo menos três pilares. O primeiro certamente é o compromisso com Belo Horizonte, a qualidade do candidato, o seu perfil a capacidade de fazer uma gestão à altura dos desafios da cidade. O segundo, a capacidade de manter unida o máximo possível essa nossa base de sustentação que por três vezes consecutivas venceu o governo do estado e que nas duas últimas eleições a prefeitura de Belo Horizonte também obteve vitória, porque, esse grupo político ao qual eu me refiro, foi a base das duas eleições sucessivas do prefeito Márcio Lacerda. E a terceira, é a capacidade de sinalizar de forma clara que esse grupo político unido vai trabalhar para vencer em grande parte do estado e, em 2018, vai se apresentar também com candidatura própria ao governo do estado e também a presidência da República.


Como fica a relação do senhor com o prefeito Marcio Lacerda?

Tenho uma relação pessoal extremamente positiva e próxima com o prefeito Marcio Lacerda a quem eu respeito pessoalmente, não fosse assim não o teríamos apoiado nas últimas duas eleições. Conversamos até aqui buscando esse entendimento, mas o prefeito, e é direito dele, parece ter tomado outra posição em favor de uma candidatura do seu partido, o que nós respeitamos. Eu respeito acima de tudo a nossa aliança, os nosso companheiros que conosco vieram até aqui. E nesse grupo político surgiu com muita naturalidade o nome do deputado João Leite como a melhor alternativa. Mesmo partidos próximos a nós também se apresentarão com outras candidaturas. Nós temos que compreender que isso é da dinâmica da política. Vejo isso com naturalidade, mas não tenho dúvidas em afirmar que a candidatura que largará com maior força e melhores condições de vitória e de manter unida a nossa base é a candidatura do candidato João Leite. Aqueles que optaram por outro caminho deve ser respeitado e obviamente farão as suas campanhas.


E o nome do vice? Vai ser chapa pura?

Acredito que não. Eu acho que há possibilidade de, em torno de João Leite, nós termos uma ampla aliança, repito, que terá como base os partidos políticos – ou pelo menos grande parte dos partidos políticos que estiveram ao meu lado nas eleições para o governo do estado, ao lado do governador Anastasia, aqui ao meu lado, e inclusive grande parte dos que apoiaram a candidatura de Marcio Lacerda. Então, a partir de hoje, o deputado João Leite inicia as conversas com outras forças partidárias e eu acredito que, nos próximos 15 dias, nós estaremos, sim, em condições de estar anunciando a chapa e a aliança que, eu acredito, será a mais vigorosa dentre todas até agora colocadas.


Qual o senhor acha que será o peso da Lava Jato nas eleições?

Olha, eu vejo a Lava Jato como um avanço extraordinário na vida política do país. Todos os homens públicos têm que estar à disposição para prestar todos os esclarecimentos em relação a todas as citações, todas as denúncias, por mais absurdas que elas sejam. Isso é da dinâmica. O Brasil evoluiu. O Brasil amadureceu. E eu acho que todos nós estamos prontos. Em primeiro lugar, para apresentar uma proposta para Belo Horizonte. Essa é a responsabilidade maior do candidato. E dar resposta a todos os questionamentos que surgem em relação a qualquer homem público. Passou-se o tempo em que homens públicos, por serem mais ou menos poderosos, estariam imunes ou dispensados de dar satisfação. Nós daremos. Se hoje há uma depuração da política, ela se inicia com nosso combate ao governo do PT na última campanha presidencial, quando nós denunciávamos as irresponsabilidades do governo, a ocupação do Estado nacional por um grupo político que dele se apoderou para se manter eternamente no poder. Tudo o que nós estamos assistindo hoje no Brasil é decorrência disso. É natural – e já me antecipo a vocês – que haja citações também à oposição. Seria até, a meu ver, surpreendente que não houvesse lembranças ao nome do principal líder da oposição, do presidente do maior partido da oposição, como é o meu caso. Mas a questão que eu acho que deve chamar a atenção de todos nós é que essas citações não vêm de aliados, não vêm de comparsas do crime, como acontece com o PT. Vêm exatamente de adversários nossos. Aqueles que se ocuparam do Estado nacional, que assaltaram o país e que, felizmente, hoje, estão sendo objeto de investigações e de condenações.


O prefeito Márcio Lacerda é muito bem avaliado em Belo Horizonte. Vai ser uma disputa. O senhor acha que vai ser Aécio e Marcio Lacerda?

Eu acho que não, a disputa será entre João Leite e os outros candidatos colocados. Eu não sou candidato a prefeito de Belo Horizonte. Eu não saí de onde nós estávamos. Eu sempre tive, no momento em que me foi permitido ter alguma influência na definição de candidaturas majoritárias em Belo Horizonte sempre uma preocupação com a qualidade dos candidatos. Aqui ao meu lado está talvez a maior expressão disso que é o governador Anastasia. Eu não temo eleições. Se eu temesse eleições, eu não tinha sequer tinha apoiado o Marcio Lacerda na sua primeira eleição quando ele ainda não militava na política. Ele tinha qualidades, demonstrou essa qualidade e eu o respeito por isso, mas eu repito aqui: eu acho que política jamais pode ser compreendida como ação solitária. A política é, sobretudo, o exercício da solidariedade. Se nós não tivéssemos nesse amplo campo político nomes qualificados para dar continuidade ao trabalho de Márcio Lacerda, talvez nós fôssemos buscar em outro campo. Mas nós temos, e não é apenas o do deputado João Leite. Nós tínhamos inúmeros nomes que foram colocados ao longo de todo o processo, foram colocados à disposição da aliança. Houve a opção do prefeito, repito, que eu respeito.

Como presidente do PSDB Nacional, como o senhor vê a denúncia em Minas do ex-deputado Narcio Rodrigues?

Foi uma surpresa para todos nós, já tive oportunidade de falar sobre isso, e confiamos que ele possa, na Justiça, mostrar a sua inocência. A nossa expectativa e que nos esperamos que possa acontecer. Agora, cabe à Justiça avaliar e julgar.

Ouça a entrevista do senador:

Pronunciamento no Encontro de Lideranças do PSDB-MG

“Mais do que nunca, em todos os nossos anos de história, o PSDB foi tão necessário ao Brasil como será agora em 2016. É o PSDB da coragem. Nesta data de hoje comemoramos 22 anos, exatos 22 anos em que passou a circular a primeira moeda do Real no Brasil, trazendo estabilidade às famílias brasileiras e capacidade de voltar a planejar o seu futuro. É o PSDB da Lei de Responsabilidade Fiscal, é o PSDB das principais transformações na gestão pública nesse país em governos extremamente exitosos por toda a parte. É esse PSDB que haverá de percorrer as ruas deste país, de cabeça erguida, porque não temos absolutamente nada do que nos envergonhar, agimos sempre com responsabilidade, agimos sempre com seriedade e a cada ataque que recebemos vamos responder com a nossa história e com a nossa coragem”, afirmou Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, ao falar nesta sexta-feira (1º de julho), em Belo Horizonte, aos pré-candidatos tucanos a prefeito e a vereador nas próximas eleições municipais em Minas Gerais.

Acompanhado pelos principais líderes do partido no Estado, Aécio destacou que o PSDB disputará as eleições pautado pela verdade e pelo compromisso com a população. Ele anunciou a pré-candidatura do deputado João Leite à prefeitura de Belo Horizonte e disse que o PSDB, em todos os momentos da história, colocou sempre os interesses do Brasil acima dos interesses do partido.

Pronunciamento no Encontro de Lideranças do PSDB-MG

“Mais do que nunca, em todos os nossos anos de história, o PSDB foi tão necessário ao Brasil como será agora em 2016. É o PSDB da coragem. Nesta data de hoje comemoramos 22 anos, exatos 22 anos em que passou a circular a primeira moeda do Real no Brasil, trazendo estabilidade às famílias brasileiras e capacidade de voltar a planejar o seu futuro. É o PSDB da Lei de Responsabilidade Fiscal, é o PSDB das principais transformações na gestão pública nesse país em governos extremamente exitosos por toda a parte. É esse PSDB que haverá de percorrer as ruas deste país, de cabeça erguida, porque não temos absolutamente nada do que nos envergonhar, agimos sempre com responsabilidade, agimos sempre com seriedade e a cada ataque que recebemos vamos responder com a nossa história e com a nossa coragem”, afirmou Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, ao falar nesta sexta-feira (1º de julho), em Belo Horizonte, aos pré-candidatos tucanos a prefeito e a vereador nas próximas eleições municipais em Minas Gerais.

Acompanhado pelos principais líderes do partido no Estado, Aécio destacou que o PSDB disputará as eleições pautado pela verdade e pelo compromisso com a população. Ele anunciou a pré-candidatura do deputado João Leite à prefeitura de Belo Horizonte e disse que o PSDB, em todos os momentos da história, colocou sempre os interesses do Brasil acima dos interesses do partido.

Aécio reúne pré-candidatos em Minas e defende campanha da verdade

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, comandou nesta sexta-feira (1º de julho), em Belo Horizonte, encontro com lideranças políticas e pré-candidatos a prefeito e vereador que vão disputar as eleições deste ano. Em discurso para cerca de 2 mil pessoas, na capital mineira, Aécio lembrou o legado das gestões do PSDB em Minas e no país e estimulou os pré-candidatos a fazerem uma campanha sem falsas promessas aos eleitores.

“Mario Covas costumava dizer que as pessoas estão preparadas para ouvir a verdade, para ouvir um não quando este não for necessário. Melhor um não do que um sim falso, que vai apenas iludi-las. Digam a verdade a sua gente. Digam o que é possível fazer e o que não é possível, e o porquê não é possível. É isso que vai nos diferenciar. É isso que vai demarcar o nosso campo”, afirmou o senador Aécio Neves.

O encontro organizado pelo PSDB-MG e pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV) reuniu várias lideranças tucanas, entre elas o ex-governador de Minas Gerais e senador Antonio Anastasia, o presidente do partido no Estado, deputado federal Domingos Sávio, o presidente do ITV, senador José Aníbal, e deputados federais e estaduais, além de prefeitos e vereadores.


Nova página

O presidente do PSDB reafirmou que o desempenho do partido nas urnas, em outubro, será decisivo para construção de uma nova página na história brasileira.

“Em 2016, começaremos a construir a história da recuperação do governo federal. Ao ver aqui, candidatos e candidatas de absolutamente todas as regiões do nosso Estado, eu renovo minha fé, minha confiança e a minha crença de que estamos no caminho certo”, destacou Aécio.

O senador por Minas Gerais disse ainda que o PSDB disputará as eleições com representantes de vários segmentos da sociedade em seus quadros.

“A política, na dimensão maior do que essa palavra possa significar, é a abdicação dos seus próprios interesses em favor dos interesses da coletividade. E é exatamente nessa hora que tenho certeza que vamos resgatar a política a partir dos nossos movimentos, a partir das mulheres tucanas, a partir do Tucanafro, a partir do nosso PSDB Sindical, e dos Jovens tucanos”, disse.


Prefeitura de Belo Horizonte

No encontro, o PSDB lançou o deputado estadual João Leite como pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte. Aécio Neves afirmou que o parlamentar, que foi secretário estadual de Desenvolvimento Social em seu governo, em Minas, reúne competência de gestão e capacidade de aglutinar forças políticas em torno de um projeto à altura dos desafios da capital mineira.

“Não fazemos política com ódio no coração. Fazemos política com amor buscando a convergência, buscando atender o próximo e foi exatamente esse sentimento que permitiu que o PSDB e vários outros partidos aliados aqui em Belo Horizonte, a nossa capital e coração do nosso Estado, indicasse o nome íntegro e honrado de João Leite como nosso pré-candidato à prefeitura da cidade. Não tenho dúvidas de que ele construirá uma grande aliança em Belo Horizonte, como construirão nossos companheiros em várias outras cidades da Região Metropolitana e em todas as outras regiões do Estado”, afirmou Aécio Neves.

Aécio Neves participa de encontro com lideranças em Belo Horizonte

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, comandou nesta sexta-feira (1º de julho), em Belo Horizonte, encontro que reuniu os pré-candidatos tucanos a prefeito e a vereador nas próximas eleições em Minas Gerais.

Acompanhado pelos principais líderes do partido no Estado, Aécio destacou que o PSDB disputará as eleições municipais pautado pela verdade e pelo compromisso com a população.

O presidente nacional do partido defendeu reformas necessárias ao país e disse que os tucanos devem ir às ruas com a cabeça erguida em razão do legado que representam. Aécio Neves lembrou o aniversário de 22 anos do Plano Real e os alertas feitos ao Brasil sobre os erros e as mentiras do governo do PT e que levaram o país à maior recessão econômica da história.

“Mário Covas costumava dizer que as pessoas estão preparadas para ouvir a verdade, para ouvir um não quando este for necessário. Melhor um não do que um sim falso, que vai apenas iludi-las. Digam a verdade ao seu povo e a sua gente. Digam o que é possível fazer e o que não é possível. É isso que vai nos diferenciar, é isso que vai demarcar o nosso campo”, afirmou Aécio.


Leia os principais trechos do pronunciamento:

Vocês não podem imaginar como este encontro é importante para o PSDB, para os pré-candidatos, para as lideranças que aqui estão. Tenham certeza de que esse encontro, nesse momento, é para mim extraordinário. Extraordinário porque a política é feita, muitas vezes, de mais desencontros do que de encontros. Mas aqui, para nós de Minas Gerais, para nós do PSDB, de todas as regiões do estado, a política tem sido um permanente reencontro, reencontro na fé, reencontro na confiança, reencontro na solidariedade, mas principalmente de um encontro da vontade de resgatar Minas Gerais e dar novamente ao nosso estado um governo honrado, eficiente e que dê resposta às demandas, aos anseios, às angústias da nossa gente.

Como é bom poder, mais uma vez, me reunir com cada uma e com cada um de vocês, de olhar para o lado e reencontrar tantos rostos conhecidos, tantos olhares de confiança e tantas lideranças que têm como a principal marca da sua trajetória a honradez e a dignidade.

Que bom, senador Antonio Anastasia, ver hoje que o Brasil inteiro o reverencia como uma das mais expressivas lideranças políticas, fazendo o que é certo com competência e, sobretudo, com coragem. Essa tem sido a condução dada pelo senador Anastasia na Comissão do Impeachment. Mas é bom que comecemos a lembrar para que possamos lembrar aos eleitores de todos os cantos de Minas Gerais que nós conseguimos tirar do governo brasileiro a irresponsabilidade manifestada e representada pelo governo do PT.

Isso se deu não de um momento de arroubo do Congresso Nacional. Isso se deu porque o PSDB quase solitariamente, lá atrás, na campanha de 2014, começava a denunciar a apropriação do Estado brasileiro por um grupo político para nele se perenizar. Foi o PSDB, em nome de cada um de vocês, que denunciou ao Brasil inteiro a corrupção na Petrobras, as pedaladas fiscais, o descompromisso com a ética e com o que tem de maior na sociedade brasileira. Pois bem, o processo avançou, a presidente Dilma foi temporariamente afastada, o Brasil se deu uma nova chance.

O PSDB em todos os momentos da sua história, sem nenhuma exceção, colocou sempre os interesses do Brasil acima dos seus próprios interesses exatamente o contrário do que fazia o governo do PT, que quando tinha que opinar entre o PT e o Brasil, ficava com o PT como aconteceu em inúmeras vezes ao longo da sua história. E é exatamente a nossa responsabilidade para com o Brasil que faz com que o PSDB apoie hoje o governo de transição de Michel Temer para que ele possa impor ao Brasil medidas que permitam a retomada da confiança, a retomada dos investimentos e, por consequência, a retomada dos empregos. Mas eu afirmo, como presidente nacional do PSDB, como companheiro de cada uma e de cada um dos que estão aqui, como o companheiro Paulo Abi-Ackel, como o companheiro Rodrigo de Castro, Marcus Pestana, Domingos Sávio, João Leite, todos os parlamentares e prefeitos que aqui estão, o PSDB estará pronto para disputar a Presidência da República pelo voto direto dos brasileiros no ano de 2018. Até lá, vamos sim correr riscos, mas vamos impor também ao governo Michel Temer uma ousada agenda de reformas por que clama o país.

O nosso sonho não se perdeu no tempo, quase vencemos as eleições, mas não perdemos a nossa fé e não perdemos a nossa capacidade de falar aos brasileiros e aos mineiros olhando nos olhos de cada um. Não, a nossa história é o nosso passaporte para o futuro, a honradez de nossos governos são o nosso cartão de visita, mas a nossa ousadia, a nossa coragem para transformar o Brasil, como transformamos Minas, haverá de ser reconhecida pelo conjunto da sociedade brasileira dentro de muito pouco tempo. Mas será agora, nas eleições que se avizinham, nas eleições municipais de 2016, que nós estaremos percorrendo cada canto do Brasil para dizer de forma muito clara, no momento em que busca-se uma certa demonização da política, a negação da política como instrumento de transformação das vidas das pessoas, e nós temos que resistir a essa tentação, porque só não existe política onde não existe democracia. O que nós temos é que dividir, os corruptos não, jamais, mas os homens de bem têm que estar na política disputando o voto do povo para representá-lo e para atender aos seus interesses. E é esse o papel do PSDB.

Mais do que nunca, em todos os nossos anos de história, o PSDB não foi tão necessário ao Brasil como será agora em 2016. É o PSDB da coragem, é o PSDB e essa data de hoje comemoramos 22 anos, exatos 22 anos em que passou a circular a primeira moeda do Real no Brasil, trazendo estabilidade às famílias brasileiras e capacidade de voltarem a planejar o seu futuro. É o PSDB da Lei de Responsabilidade Fiscal, é o PSDB das principais transformações na gestão pública nesse país em governos extremamente exitosos por toda a parte. É esse PSDB que haverá de percorrer as ruas deste país, de cabeça erguida, porque nós não temos absolutamente nada do que nos envergonhar, agimos sempre com responsabilidade, agimos sempre com seriedade e a cada ataque que recebemos vamos responder com a nossa história e com a nossa coragem.

Ao ver, aqui, candidatas e candidatos de absolutamente todas as regiões do nosso Estado, renovo a minha fé, a minha confiança e a minha crença de que nós estamos no caminho certo. Não fazemos política com ódio no coração. Fazemos política com amor buscando a convergência, buscando atender o próximo e foi exatamente esse sentimento que permitiu que o PSDB e vários outros partidos aliados aqui em Belo Horizonte, a nossa capital e coração do nosso Estado, indicasse o nome íntegro e honrado de João Leite como nosso pré-candidato à prefeitura da cidade. Conte com seus companheiros João!

Cada mineiro que aqui está do rincão mais distante do Estado, do nosso extremo Norte ao nosso extremo Sul, de Leste a Oeste, tem aqui amigos, familiares em Belo Horizonte, que abraçarão a sua causa, porque a sua causa é a nossa causa, é a causa do bem, é a causa da transformação. Não tenho dúvidas que você construirá uma grande aliança em Belo Horizonte, como construirão nossos companheiros em várias outras cidades da Região Metropolitana e em todas as outras regiões do Estado. Esse encontro, minhas amigas e meus amigos, é o encontro da renovação da fé, da crença na atividade que escolhemos para fazer a nossa vida. Na missão que decidimos cumprir. A vida pública feita com responsabilidade, com seriedade, é a mais digna das atividades que um ser humano possa desenvolver no seio de uma sociedade. A política, na dimensão maior do que essa palavra possa significar, é a abdicação dos seus próprios interesses em favor dos interesses da coletividade.

É exatamente nessa hora que, tenho certeza, vamos resgatar a política a partir dos nossos movimentos, a partir das mulheres tucanas, a partir do Tucanafro, a partir do nosso PSDB Sindical e dos jovens tucanos, que se reunirão amanhã, em Brasília. E para lá sigo daqui a pouco. Tucanos de todo o Brasil vão dar um grande brado em favor da renovação da política com os valores, com os princípios e com os pilares que aqui já revelei.

Não vamos perder a fé, vamos ter coragem para fazer o que é certo. José Aníbal, o presidente o ITV, lembrava agora há pouco o Mario Covas. Mario Covas idealizador e fundador do PSDB. E eu me lembro que Mario Covas costumava dizer que as pessoas estão preparadas para ouvir a verdade, para ouvir um não quando este for necessário. Melhor um não do que um sim falso, que vai apenas iludi-las. É com essa mensagem que me despeço de vocês. Digam a verdade ao seu povo e a sua gente. Digam o que é possível fazer e o que não é possível. É isso que vai nos diferenciar, é isso que vai demarcar o nosso campo.

Cada um de vocês, repito, vai caminhar de cabeça erguida em cada canto do nosso Estado, por cada uma das cidades em que vivem. Vocês representam um público político que tem um projeto para os municípios, para os estados e para o país. E, para encerrar: nunca, em nenhum outro tempo da nossa história, foi tão necessária a vitória do PSDB. Vamos vencer em Belo Horizonte com o João Leite, vamos vencer em grande parte dos municípios do Estado. E, em 2018, vamos vencer em Minas e vamos vencer no Brasil.

Parabéns tucanos e tucanas. É a vitória da decência. É a vitória do PSDB.