Aécio: Escalada da inflação em novembro é mais um sintoma da tragédia que é o governo do PT

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, afirmou, nesta quarta-feira (09/12), que a escalada da inflação em novembro é um sinal claro da incapacidade do governo Dilma em apresentar respostas para tirar o Brasil da grave crise econômica e social que aflige os brasileiros. De acordo com o IBGE, a inflação oficial em novembro ficou em 1,01%, a maior para o mês desde 2002. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o índice chegou a 10,48%, o maior para o período desde 2003.

“É aquilo que já alertávamos durante a campanha eleitoral. Esse mês de novembro último foi o pior novembro desde 2003. É uma demonstração da absoluta incapacidade que o governo tem demonstrado de conduzir adequadamente a economia, porque estamos vivendo a pior das equações. Com juros na estratosfera – hoje 60 milhões de brasileiros estão endividados e pagando juros estratosféricos – e a inflação ultrapassando os 10%. Com o desemprego já alcançando algo em torno de 10%. São quase dois milhões de postos de trabalho fechados desde a última eleição e esse é o desfecho final da tragédia que foi o governo do PT nesses últimos anos”, afirmou o senador Aécio Neves.

O senador destacou que a alta desenfreada da inflação penaliza principalmente os mais pobres que viram seu poder de compra reduzir drasticamente nos últimos meses. Aécio lembrou que o PT sempre se colocou como defensor dos mais pobres e agora pune justamente aqueles que um dia confiaram no partido.

“A crise real, a crise grave pela qual passa o Brasil, hoje é a social. E ela pune exatamente os mais pobres, aqueles que o governo do PT, no seu discurso populista e demagógico, dizia defender. Essa é uma marca dos governos populistas. Sempre quando fraquejam, quando se fragilizam, tentam dividir o Brasil entre nós e eles, como fizeram durante a campanha, e os que são punidos em primeiro lugar são aqueles que eles usam como biombo eleitoral. Hoje, com o desemprego, com juros na estratosfera e com a inflação ultrapassando no ano os 10%, o PT pune aqueles que algum dia confiaram nele”, criticou Aécio.


Alta de juros

Questionado pela imprensa se o Banco Central deve elevar ainda mais a taxa de juros para controlar a inflação, o senador Aécio afirmou que essa medida não surtirá mais efeito. Para ele, o governo da presidente Dilma não é mais capaz de inspirar confiança na sociedade e nos investidores.

“O Brasil carece ou vive hoje uma grave crise de credibilidade, de confiança. Enquanto não tivermos um governo que inspire confiança no mercado, nos agentes financeiros e na população como um todo, vamos continuar tendo os piores indicadores econômicos da nossa história contemporânea como estamos tendo hoje”, afirmou.

Governo Dilma amplia recessão e pune trabalhadores com fim das desonerações, critica Aécio Neves

Em discurso na tribuna do Senado, na noite dessa quarta-feira (19/08), o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, criticou duramente o governo da presidente Dilma Rousseff por acabar com a política de desonerações sobre a folha de pagamento de 56 setores da economia. A medida aprovada ontem pela base do governo no senado aumenta a carga tributária para as empresas e terá, por consequência, o agravamento da recessão e o aumento do desemprego.

“É sim papel da oposição dizer não a essa reoneração, porque ela é altamente recessiva, pune os trabalhadores. É mais uma medida na mão inversa, na mão contrária, de muitos discursos da base do governo que falam em retomada do crescimento da economia”, afirmou Aécio Neves ao anunciar a posição contrária do PSDB.

Em seu discurso, Aécio Neves lembrou que o governo Dilma usou as desonerações em 2014 para vencer as eleições, prometendo que a redução de impostos seria permanente. Com isso estimulou empresários a investir em seus negócios e a ampliar a contratação de trabalhadores.

“Cai a máscara de um governo que subordinou os interesses da sociedade brasileira aos seus interesses eleitorais. Em julho do ano passado, o governo, a três meses das eleições, apresentava ao empresariado brasileiro, em reuniões com enorme cobertura da mídia e com um discurso que atingia a classe trabalhadora, para dizer que o Brasil ia muito bem e estava em condições de abrir mão de parcela da arrecadação para estimular o desenvolvimento dessas empresas e, em especial, a geração de empregos”, afirmou Aécio Neves.

Trabalhadores desempregados

Aécio Neves também citou em seu discurso os recentes números da crise. Hoje, segundo a Pnad Contínua, 8 milhões de trabalhadores brasileiros estão desempregados. Na indústria, o desemprego cresceu 5,2% nos primeiros seis meses do ano, a maior alta em 14 anos.

Já o PIB, de acordo com dados do Banco Central, registrou queda de 2,5% no primeiro semestre.

“Quem vai pagar ao final a conta dessa reoneração são os empregos, os trabalhadores, porque não haverá empresa brasileira que não deixará de transferir o ônus que recebe agora do governo para os trabalhadores”, lamentou.

Aécio Neves destacou que o governo perdeu a credibilidade e a confiança dos brasileiros.

“Estamos vivendo os mais altos indicadores do desemprego da nossa história contemporânea. A crise é extremamente grave e se aprofunda porque o governo perdeu o essencial, perdeu credibilidade e confiança. A crise se agrava a cada dia, os empregos estão indo embora, a atividade econômica diminui, e o governo não consegue reagir a não ser pelo mais arcaico dos caminhos que é a distribuição, sem qualquer pudor, de cargos e funções públicas”, criticou o senador Aécio Neves.

Alta da inflação é resultado da irresponsabilidade e da crise de confiança do governo Dilma, critica Aécio Neves

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, responsabilizou o governo da presidente Dilma Rousseff pela alta desenfreada da inflação, que atingiu quase 9% nos últimos 12 meses, o maior valor desde dezembro de 2003, segundo dados divulgados hoje (08/07) pelo IBGE. A inflação no 1º semestre fechou em 6,17%, quase o dobro do índice registrado no mesmo período do ano passado, quando ficou em 3,75%, e bem acima da meta oficial do governo federal, que é de 4,5% para todo o ano.

“Hoje recebemos mais uma informação que a inflação desses últimos 12 meses já ultrapassou a própria aprovação da presidente da República. O desemprego também caminha na mesma direção. Lamentavelmente, os brasileiros mais pobres é que pagam o preço mais duro dos equívocos e das irresponsabilidades cometidas por este governo ao longo dos últimos anos e já dizíamos isso durante a campanha eleitoral”, afirmou Aécio Neves, em entrevista coletiva.

De acordo com o IBGE, desde 1996 os brasileiros não enfrentavam uma inflação tão alta em junho. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 0,79% no mês. “É algo absolutamente fora de quaisquer expectativas ou anúncios feitos pelo governo, expectativa do próprio Banco Central”, disse o senador.

O presidente nacional do PSDB avalia que o governo do PT omitiu dos brasileiros que a inflação estava fora de controle para não prejudicar a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Ao fazer isso, o governo adiou a tomada de medidas para combater a alta dos preços.

“O que é mais grave. Não foi apenas a mentira, que por si só já é extremamente condenável, principalmente quando vem da presidente da República, mas foi o adiamento da tomada de medidas corretivas, única e exclusivamente para garantir-se a vitória no pleito eleitoral. Fez com que este preço seja hoje muito mais alto para os trabalhadores e para os brasileiros que menos têm. Esta é a consequência mais perversa da irresponsabilidade do PT”, afirmou Aécio.

 

Crise de confiança

Aécio Neves ressaltou que a falta de confiança dos brasileiros na presidente Dilma, provocada pelas promessas não cumpridas, pelo mau uso da propaganda oficial e pelas maquiagens fiscais realizadas pelo governo, contribuem para agravar ainda mais a pressão sobre a inflação.

“Há hoje uma crise de confiança muito aguda na sociedade. Esta crise de confiança impacta também na inflação. Inflação é expectativa. As pessoas, não prevendo um controle, uma estabilidade lá adiante, de alguma forma, se previnem. Isso também alimenta a inflação. Hoje, os brasileiros pagam a conta da irresponsabilidade do PT na condução da economia dos últimos anos”, lamentou o senador.

Aécio: Crise de confiança permanece mesmo com ajuste fiscal de Dilma

A crise de confiança na economia brasileira permanece mesmo após a aprovação pelo Congresso das principais medidas do ajuste fiscal proposto pelo governo. A avaliação é do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves. Para o tucano, as medidas aprovadas pelo governo Dilma Rousseff esta semana são insuficientes para trazer de volta a confiança dos investidores no Brasil e fazer frente à recessão que atinge em cheio os trabalhadores e as famílias brasileiras.

“É um ajuste extremamente rudimentar, que se sustenta em apenas dois pilares: aumento de carga tributária e a supressão de direitos trabalhistas. Não há hoje no Brasil aquilo que seria essencial para a superação dessa gravíssima crise em que o governo da presidente Dilma nos colocou que é a confiança para que os investidores voltem a investir, voltem a estabelecer parcerias com o setor público e permita uma perspectiva de redução de taxa de juros de longo prazo para que o país volte a crescer com a inflação sob controle”, afirmou Aécio Neves, em entrevista à imprensa.

Aécio avaliou que o governo Dilma não tem sido capaz de sinalizar para os investidores que existe um ambiente seguro no país para a retomada dos investimentos, que agora são o passo necessário para que a economia volte a crescer gerando empregos.

“O governo da presidente Dilma, além da tragédia na condução da economia, além da tragédia no seu comportamento ético que transformou o Brasil no país da corrupção, nos envolveu em uma crise que, a meu ver, permeia todas as outras, e ainda a mais grave que é a crise de confiança, de credibilidade. Os investidores não investem e na indústria todos os setores, sem exceção, estão demitindo nesse ano porque não confiam no governo. Não acreditam que ele tenha capacidade de permitir que o Brasil recupere o seu processo de crescimento”, disse o senador.

 

A conta paga pelos trabalhadores

Aécio Neves também criticou o repasse para os trabalhadores da conta paga pela população pelos erros cometidos na condução da economia e pelo excesso de gastos do governo. As medidas provisórias aprovadas essa semana pelo PT e pela base do governo restringiram o acesso dos trabalhadores ao seguro-desemprego, mudaram a pensão por morte, o seguro-defeso e ao abono salarial. O PSDB votou contra todas essas mudanças que alteraram direitos trabalhistas.

“Esse ajuste é a demonstração clara, é o carimbo do estelionato eleitoral que a presidente da República cometeu na campanha e é o carimbo também da sua irresponsabilidade. Porque se ela tivesse tomado as medidas, que já sabia eram necessárias, durante o processo eleitoral, ou mesmo no ano anterior ao processo eleitoral, em 2013, o custo para os trabalhadores e para as famílias brasileiras seria muito menor”, avaliou o presidente do PSDB.

 

Balcão de negócios
O líder tucano criticou também as negociações de cargos federais feitas pelo governo em troca dos votos necessários no Congresso para aprovação das MPs do ajuste.

“O governo sempre teve maioria, mas precisou restabelecer a pior das práticas políticas, que é o grande balcão de favores. Durante as votações, tanto na Câmara como aqui no Senado, os telefones dos ministros, de parlamentares com o vice-presidente da República não paravam de tocar. Por quê? Eram compromissos que eram assumidos para que os parlamentares votassem a favor do governo. Se foi uma vitória aritmética do ponto de vista dos votos, a meu ver foi uma derrota política”, avaliou Aécio Neves.

O senador cobrou da presidente Dilma Rousseff as mudanças prometidas por ela aos seus eleitores durante a campanha ano passado, mas descumpridas agora na relação política do governo com os partidos aliados.

“Mudou para pior. Nunca o custo foi tão alto para que os votos a favor do governo viessem. São cargos distribuídos da forma menos aconselhável e recomendável possível. E isso, a meu ver, é a perspectiva de lá na frente termos novos escândalos, como o da Petrobras, porque a repartição é feita sem qualquer critério. O governo, na verdade, trocou os cargos públicos, as funções públicas por votos no Congresso Nacional. Eu não comemoraria isso como uma vitória. Isso é, a meu ver, a radiografia mais clara do fracasso de um governo que não tem mais condições de convencer sequer a sua própria base”, criticou.

Aécio Neves – Entrevista sobre o Ajuste Fiscal e o Fim da Reeleição

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quinta-feira (28/05), em Brasília. Aécio criticou a inclusão nas medidas provisórias de propostas estranhas à finalidade das MPs e falou sobre reforma política e ajuste fiscal.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre o ajuste fiscal.

Sempre disse que esse ajuste é extremamente rudimentar. Ele se sustenta em apenas dois pilares. Aumento de carga tributária por um lado e supressão de direitos trabalhistas por outro. Não há hoje no Brasil aquilo que seria essencial para a superação dessa gravíssima crise em que o governo da presidente Dilma nos colocou que é a confiança para que os investidores voltem a investir, voltem a estabelecer parcerias com o setor público e permita uma perspectiva de redução de taxa de juros de longo prazo para que o país volte a crescer com a inflação sob controle.

O governo da presidente Dilma, além da tragédia na condução da economia, além da tragédia no seu comportamento ético que transformou o Brasil no país da corrupção, nos envolveu em uma crise que, a meu ver, permeia todas as outras, e ainda a mais grave que é a crise de confiança, de credibilidade. Os investidores não investem, e na indústria todos os setores, sem exceção, estão demitindo nesse ano porque não confiam no governo, não acreditam que ele tenha capacidade de permitir que o Brasil recupere o seu processo de crescimento. Esse ajuste é a demonstração clara, é o carimbo do estelionato eleitoral que a presidente da República cometeu na campanha e é o carimbo também da sua irresponsabilidade. Porque se tivesse tomado as medidas, que já sabia, necessárias durante o processo eleitoral ou mesmo antes dele no ano anterior ao processo eleitoral, no ano de 2013, o custo para os trabalhadores, para as famílias brasileiras seria muito menor. Mas não, o governo preferiu priorizar a eleição em detrimento do interesse da sociedade brasileira. E 90% do custo desse ajuste está sendo pago pela população brasileira, pelos trabalhadores brasileiros, por isso nos colocamos contra todas essas medidas.

 

Sobre negociações entre governo e base aliada.

O governo sempre teve maioria, mas precisou restabelecer a pior das práticas políticas, que é o grande balcão de favores. Durante as votações, tanto na Câmara como aqui no Senado, os telefones dos ministros, de parlamentares com o vice-presidente da República não paravam. Por quê? Eram compromissos que eram assumidos para que os parlamentares votassem a favor do governo. Se foi uma vitória aritmética do ponto de vista dos votos, a meu ver foi uma derrota política.

Vocês se lembram que a presidente se elegeu dizendo que queria mudar, queria aprofundar as mudanças. Mudou. Mudou para pior. Nunca o custo foi tão alto para que os votos a favor do governo viessem. São cargos distribuídos da forma menos aconselhável e recomendável possível. E isso, a meu ver, é a perspectiva de lá na frente termos novos escândalos, porque a repartição é feita sem qualquer critério. Portanto o governo, na verdade, trocou os cargos públicos, as funções públicas por votos no Congresso Nacional. Eu não comemoraria isso como uma vitória. Isso é, a meu ver, a radiografia mais clara do fracasso de um governo que não tem mais condições de convencer sequer a sua própria base. A não ser em troca de favores, em troca de espaço de governo, em troca de verbas públicas. Esse é o pior dos cenários que estamos vivendo no Brasil.

 

Sobre fim da reeleição para presidente.

Durante a campanha eleitoral defendi o fim da reeleição e mandato de 5 anos para todos os cargos eletivos. Tivemos a experiência da reeleição. Não nos arrependemos dela, mas é preciso que tenhamos a capacidade de avaliar se foi boa e se foi ruim. Acho que a presidente da República acabou por desmoralizar a reeleição.

O que foi feito no ano passado no Brasil com a utilização de órgãos públicos como os Correios e Telégrafos, por exemplo, além de várias outras empresas. O que foi feito com verbas públicas, com os bancos públicos que acabaram sustentando o Tesouro ou mascarando a situação fiscal do país, fazendo aquilo que não poderiam fazer e que é hoje objeto de uma ação criminal contra a presidente da República no Supremo Tribunal Federal. A utilização sem limites dos programas sociais. Programas como Seguro Defeso, no ano anterior à eleição tinha investimentos de R$ 550 milhões, no ano da eleição de R$ 2,1 bilhões, agora não tem mais dinheiro. O FIES, no ano antes da eleição teve investimento de R$ 7,5 bilhões, no ano da eleição quase R$ 14 bilhões, agora tem 200 mil alunos na fila que não conseguem se cadastrar no FIES.

Então, é essa utilização sem limites, irresponsável, diria criminosa, da máquina pública foi, a meu ver, um grande estímulo para que cerca de 400 parlamentares na Câmara dos Deputados votassem pelo fim da reeleição, e espero um placar proporcionalmente parecido com esse aqui no Senado.

 

Sobre posições do PSDB na reforma política.

Graças a Deus, o PSDB não tem unanimidade sobre praticamente nada. É um partido plural, um partido que não segue uma orientação dogmática. É um partido onde as pessoas pensam e debatem. A executiva nacional do partido, no momento em que definiu os temas que o partido apoiaria na reforma política, colocou esse como um dos temas centrais, além do voto distrital misto, além do fim das coligações proporcionais, da cláusula de barreira. O fim da reeleição com um mandato de cinco anos é uma das propostas formais, oficiais do PSDB.

 

Estava no seu programa de governo na campanha.

Apresentei, debati esse tema. Me lembro que tive uma longa conversa com o então candidato, meu amigo Eduardo Campos, que também assumiu o compromisso com essa bandeira. E me parece que é o mais adequado. Cinco anos para que as pessoas possam trabalhar. Então, se vai ter uma eleição, uma eleição coincidente no Brasil inteiro, quatro anos seguintes sem eleição para as pessoas trabalharem, e depois a população vai avaliar se o trabalho foi bem feito ou não. Mas acho que o fim a reeleição neste momento permite o surgimento de novas lideranças políticas e impede o uso abusivo, repito, criminoso da máquina pública como ocorreu na campanha do PT.

PSDB protesta contra manutenção do sigilo de empréstimos do BNDES

A presidente Dilma Rousseff deu mais um golpe na credibilidade e na transparência do seu governo. Vetou o fim do sigilo em todas as operações financeiras realizadas pelo BNDES. A quebra do sigilo foi proposta pela oposição no Congresso por meio de emenda à Lei 13.126, e aprovada na Câmara e no Senado.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, considerou inaceitável o veto da presidente ao artigo da lei, pois garantiria transparência aos empréstimos realizados integralmente com recursos públicos. Ele afirmou que o PSDB buscará no Congresso novas medidas para que os brasileiros possam acompanhar todas as movimentações da instituição financeira, entre elas os empréstimos mantidos em segredo concedidos a Angola, Cuba e Venezuela.

“São inaceitáveis o veto e as explicações dadas pela presidente Dilma ao recusar, mais uma vez, dar transparência às operações do BNDES feitas integralmente com recursos públicos. O PSDB buscará todos os caminhos, incluindo a CPI, para que os brasileiros conheçam o destino e as condições em que seu dinheiro vem sendo utilizado através de financiamentos internos e, em especial, aqueles feitos a países considerados pelo governo do PT como “nações amigas”, a exemplo dos contratos feitos com Cuba e Venezuela, mantidos sob o crivo de secretos. Tratam-se de negociações que não podem ocorrer sob sigilo. O segredo alimenta a suspeição. O país já assiste ao assombroso escândalo do Petrolão. Não podemos aceitar que amanhã o país esteja frente a um novo escândalo de enorme proporção”, disse Aécio Neves.

O presidente do PSDB de Belo Horizonte, deputado estadual João Leite, afirmou que o governador Fernando Pimentel deveria esclarecer porque, em 2012, quando era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, tornou secretos os empréstimos do BNDES feitos a Cuba e Angola. Os dois países socialistas são os únicos que têm os documentos dos financiamentos mantidos sob sigilo por decisão do ex-ministro Pimentel.

“Esta é uma oportunidade para o governador Fernando Pimentel explicar ao Brasil porque tornou secretos os documentos relacionados aos financiamentos para os governos socialistas de Cuba e Angola. De todas as operações com países, somente aquelas com Cuba e Angola receberam o carimbo de ‘secreto’ do ministério de Pimentel. É uma medida que envergonha o país e expõe a falta de transparência do governo do PT”, afirmou João Leite.