Encontro com a bancada tucana

O senador Aécio Neves se reuniu nesta quinta-feira (12/11) com deputados tucanos na liderança do PSDB, na Câmara dos Deputados, para discutir a conjuntura do país e as eleições municipais.

George Gianni

George Gianni

Aécio Neves se reúne com bancada tucana na Câmara dos Deputados

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, reuniu-se, nesta quinta-feira (12/11), com a bancada tucana na Câmara dos Deputados para discutir os preparativos do partido para as eleições municipais de 2016. Durante o encontro, o senador informou que a legenda prepara para o início de dezembro a divulgação de um documento com propostas para ajudar o país a superar a grave crise econômica e social em que o governo do PT mergulhou o Brasil.

“O que estamos fazendo agora, além das críticas, além da correção de rumos que temos aqui cobrado, estamos apresentando propostas. Vamos, ao final deste ano, na primeira semana de dezembro, apresentar ao país um diagnóstico da gravidade da crise, do que nos espera para o ano que vem, mas principalmente propostas, sobretudo na área social, em razão da gravidade da crise por que hoje passam milhões e milhões de famílias brasileiras”, afirmou o senador, em entrevista à imprensa após a reunião.

Na coletiva, Aécio também explicou a decisão da bancada tucana na Câmara dos Deputados em favor do processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha. Aécio voltou a afirmar que as explicações dadas pelo parlamentar para as contas que mantém na Suíça foram frágeis diante das provas apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

O senador ressaltou, no entanto, que a responsabilidade pela atual crise econômica, social e moral que atinge o país é intransferível e cabe ao ex-presidente Lula, à presidente Dilma e ao PT.

“Não temos o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como uma prioridade do PSDB. A decisão que tomou a bancada do PSDB na Câmara dos Deputados foi uma decisão correta em face daquilo que foi apresentado à sociedade. Tanto as provas quanto a inconsistência das respostas a elas. Na verdade, é preciso que fique claro também que a responsabilidade por tudo que vem acontecendo com o Brasil, a crise econômica, a gravíssima crise social e a crise moral hoje mostrada a todos nós, e a cada dia de forma mais surpreendente pela Operação Lava-Jato, tudo isso é obra do governo do PT. É obra da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Não podemos perder esse foco”, afirmou o presidente nacional do partido.

Aécio Neves ressaltou que a decisão do PSDB de pedir o afastamento de Cunha já começou a influenciar outras legendas, apesar de o partido ter apenas 10% das cadeiras na Casa.

“O PSDB hoje é 10% da constituição da Câmara dos Deputados. E a nossa posição política, eu já percebo, começa de alguma forma a influenciar outras forças partidárias aqui na Câmara dos Deputados. E principalmente setores da sociedade. O PSDB tem esta responsabilidade de manter-se conectado com grande parte da população brasileira que nos emprestou seu apoio nas últimas eleições e boa parte daquela que está frustrada do voto equivocado que deu”, disse o senador Aécio Neves.

TSE

O senador anunciou que o PSDB não irá recorrer da decisão do presidente do TSE, Dias Toffoli, de indicar a ministra Maria Thereza para a relatoria das ações de impugnação impetradas pelo partido contra a campanha à reeleição da presidente Dilma. Ele cobrou agilidade na tramitação dos processos.

“Confiamos na ministra Maria Thereza. É uma juíza respeitada e pedimos apenas celeridade no momento em que as solicitações, seja o compartilhamento de provas, e de outras diligências, lá cheguem. Quero aqui reafirmar que a ministra Maria Thereza tem o respeito do PSDB e acreditamos que ele cumprirá o papel institucional que deve cumprir, até porque já fez isso em outros casos extremamente graves”.

Entrevista sobre o impeachment da presidente Dilma

“O impeachment não é uma proposta de um partido político, muito menos do PSDB. A possibilidade do impeachment é uma decorrência das irregularidades e ilicitudes cometidas por este governo, como atestou o Tribunal de Contas. A meu ver, esse assunto já deveria estar sendo discutido aqui no Congresso Nacional. Mas esta não pode ser a pauta única, a agenda única das oposições. Tomamos aqui a nossa decisão. Não haverá negociação. Caberá ao presidente Eduardo Cunha saber o que vai fazer e, obviamente, responder pela decisão que vier a tomar”, afirmou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, em coletiva hoje (12/11) à imprensa, sobre a decisão do presidente da Câmara dos Deputados de acatar ou não o pedido de impeachment da presidente da República.

Aécio Neves disse que o PSDB aguarda também o resultado das investigações das contas da campanha à reeleição da presidente Dilma. Ele afirmou que o partido confia no trabalho da ministra responsável pela relatoria da ação aberta pelo PSDB na Justiça Eleitoral, Maria Thereza de Assis Moura.

“Confiamos na ministra. É uma juíza respeitada e pedimos apenas celeridade no momento em que as solicitações, seja o compartilhamento de provas, e de outras diligências, lá cheguem. Quero aqui reafirmar que a ministra Maria Tereza tem o respeito do PSDB e acreditamos que ele cumprirá o papel institucional que deve cumprir, até porque já fez isso em outros casos extremamente graves”, afirmou Aécio.

Entrevista sobre o impeachment da presidente Dilma

“O impeachment não é uma proposta de um partido político, muito menos do PSDB. A possibilidade do impeachment é uma decorrência das irregularidades e ilicitudes cometidas por este governo, como atestou o Tribunal de Contas. A meu ver, esse assunto já deveria estar sendo discutido aqui no Congresso Nacional. Mas esta não pode ser a pauta única, a agenda única das oposições. Tomamos aqui a nossa decisão. Não haverá negociação. Caberá ao presidente Eduardo Cunha saber o que vai fazer e, obviamente, responder pela decisão que vier a tomar”, afirmou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, em coletiva hoje (12/11) à imprensa, sobre a decisão do presidente da Câmara dos Deputados de acatar ou não o pedido de impeachment da presidente da República.

Aécio Neves disse que o PSDB aguarda também o resultado das investigações das contas da campanha à reeleição da presidente Dilma. Ele afirmou que o partido confia no trabalho da ministra responsável pela relatoria da ação aberta pelo PSDB na Justiça Eleitoral, Maria Thereza de Assis Moura.

“Confiamos na ministra. É uma juíza respeitada e pedimos apenas celeridade no momento em que as solicitações, seja o compartilhamento de provas, e de outras diligências, lá cheguem. Quero aqui reafirmar que a ministra Maria Tereza tem o respeito do PSDB e acreditamos que ele cumprirá o papel institucional que deve cumprir, até porque já fez isso em outros casos extremamente graves”, afirmou Aécio.

Aécio Neves – Entrevista em Brasília

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quinta-feira (12/11), em Brasília. Aécio falou sobre a decisão do presidente da Câmara ao pedido de impeachment da presidente da República, além de impeachment e sobre a ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Leia a transcrição da entrevista do senador:
Sobre decisão do presidente da Câmara ao pedido de impeachment da presidente da República.
A decisão ele terá que tomar. O PSDB tem responsabilidades com o Brasil. O PSDB construiu uma proposta, essa proposta foi discutida amplamente pela sociedade brasileira. Não vencemos as eleições, mas não deixamos de acreditar nela. A decisão que tomou a bancada da Câmara dos Deputados foi uma decisão correta, em face daquilo que foi apresentado à sociedade. Tanto as provas quanto a inconsistência das respostas a elas. Não temos o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como uma prioridade do PSDB. Na verdade, é preciso que fique claro também que a responsabilidade por tudo que vem acontecendo com o Brasil, a crise econômica, a gravíssima crise social e a crise moral hoje mostrada a todos nós, e a cada dia de forma mais surpreendente pela Operação Lava-Jato, tudo é obra do governo do PT. É obra da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Não podemos perder esse foco.

O que estamos fazendo agora, além das críticas, além da correção de rumos que temos aqui cobrado, estamos apresentando propostas. Vamos, ao final deste ano, na primeira semana de dezembro, apresentar ao país um diagnóstico da gravidade da crise, do que nos espera para o ano que vem, mas principalmente propostas, sobretudo na área social, em razão da gravidade da crise por que hoje passam milhões e milhões de famílias brasileiras. O PSDB é oposição dura a tudo isso que está aí. Tomou a decisão correta em relação à gravidade das denúncias, sobre o presidente da Câmara dos Deputados, mas vamos continuar apresentando caminhos para o Brasil e é isso que viemos hoje discutir com os nossos candidatos municipais.


Não é o caso de fazer um pouco mais pressão?

O PSDB fez o que era adequado. O PSDB hoje é 10% da constituição da Câmara dos Deputados. E a nossa posição política, eu já percebo, começa de alguma forma a influenciar outras forças partidárias aqui na Câmara dos Deputados. E principalmente setores da sociedade. O PSDB tem esta responsabilidade de manter-se conectado com grande parte da população brasileira que nos emprestou seu apoio nas últimas eleições e boa parte daquela que está frustrada do voto equivocado que deu.

Estamos fazendo o que é certo. Cabe ao presidente Eduardo Cunha, ele próprio, decidir o seu destino. Não cabe ao PSDB decidir por ele. Cabe ao PSDB decidir pelo PSDB e decidimos pelo afastamento e pela construção de uma agenda crítica ao governo, mas também propositiva para com o país.


É possível fechar novembro sem que o presidente da Câmara defina a questão do impeachment?

O impeachment não é uma proposta de um partido político, muito menos do PSDB. A possibilidade do impeachment é uma decorrência das irregularidades e ilicitudes cometidas por este governo, como atestou o Tribunal de Contas. A meu ver, esse assunto já deveria estar sendo discutido aqui no Congresso Nacional. Mas esta não pode ser a pauta única, a agenda única das oposições. Tomamos aqui a nossa decisão. Não haverá negociação. Caberá ao presidente Eduardo Cunha saber o que vai fazer e, obviamente, responder pela decisão que vier a tomar.

Queremos que as investigações em relação às ilicitudes da campanha eleitoral da presidente continuem no TSE. Hoje, o líder Carlos Sampaio que é também o presidente jurídico do partido, comunicou à ministra Maria Thereza de que o PSDB não vai recorrer da decisão do ministro Toffoli ao delegar a ela a relatoria. Confiamos na ministra Maria Thereza. É uma juíza respeitada e pedimos apenas celeridade no momento em que as solicitações, seja o compartilhamento de provas e de outras diligências, lá cheguem. Quero aqui reafirmar que a ministra Maria Thereza tem o respeito do PSDB e acreditamos que ele cumprirá o papel institucional que deve cumprir, até porque já fez isso em outros casos extremamente graves.

Aécio Neves culpa governo do PT pela crise econômica, social e moral do Brasil

Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, voltou a responsabilizar o governo do PT pela crise econômica, social e moral vivida pelo Brasil. Aécio afirmou que em dezembro o PSDB irá propor um plano social com a intenção de ajudar o país a superar a grave crise.

Sonora do senador Aécio Neves
“A responsabilidade por tudo isso que vem acontecendo com o Brasil, da crise econômica, da gravíssima crise social e da crise moral hoje mostrada a todos nós cada dia de forma mais surpreendente pela Operação Lava-Jato, é obra do governo do PT. É obra da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Não podemos perder esse foco. O que estamos fazendo agora enquanto PSDB, além das críticas, além da correção de rumos que temos aqui cobrado, estamos apresentando propostas. Vamos, ao final deste ano, na primeira semana de dezembro, apresentar ao país um diagnóstico da gravidade da crise, do que nos espera para o ano que vem, mas principalmente propostas, sobretudo na área social”.


Quanto ao pedido de impeachment da presidente Dilma, Aécio afirmou que a não discussão do assunto pelo Congresso é como dar um salvo conduto à presidente. Ele lembrou que cabe ao presidente da Câmara a decisão de acatar ou não o pedido.

Sonora do senador Aécio Neves
“Nós não temos compromisso com o erro. Cabe, obviamente, ao presidente Eduardo (Cunha) definir quais serão suas alianças ou com que forma encaminhará essa questão do impeachment. Nós não limitaremos nossa atuação política a única questão do impeachment. Se ela vier, é boa para o país. Porque a presidente da República, ao meu ver, cometeu crime de responsabilidade. A não discussão dessa questão significa quase que dar um salvo conduto à presidente da República. Dizendo o seguinte: olha para presidente da República, em especial na reeleição, pode-se cometer qualquer crime. Eu tenho certeza que não é isso que o país quer. Isso seria um enorme retrocesso”.


Aécio Neves também reiterou que o partido vai votar na Comissão de Ética pela cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, do Rio de Janeiro, em razão dele não ter apresentado provas de sua inocência Cunha é acusado de ter mentido a respeito da posse de contas no exterior. Mais tarde, Cunha admitiu ser beneficiário de uma conta na Suíça. Essa explicação não convenceu os tucanos. De Brasília, Shirley Loiola.

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