Aécio Neves – Entrevista coletiva em Brasília

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quarta-feira (27/04), em Brasília. Aécio falou sobre a reunião com o vice-presidente da República, agenda emergencial, impeachment, Renan Calheiros, governo Temer e Congresso.

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre encontros com o presidente do Senado e com o vice-presidente.

Recebi realmente, hoje cedo, a visita do vice-presidente Michel Temer. Uma visita de cortesia, na verdade reiterando sua intenção de ampliar as conversas com o PSDB e fazê-las como deve ser feito, institucionalmente. Foi um gesto, e compreendo que política se faz, muitas vezes, de gestos. Reiterei ao vice-presidente que a preocupação do PSDB é com uma agenda emergencial para o Brasil, que comece pela preservação das investigações da Lava Jato, passe pela qualificação dos programas sociais, mas que também tenha uma ênfase grande na qualificação do Estado, na diminuição do número de ministérios, na qualificação dos gestores públicos e, obviamente, também ações na área econômica.

Foi uma conversa preliminar. Disse a ele que o PSDB, na terça-feira, estará apresentando ao país um conjunto, a síntese dessas medidas que, do nosso ponto de vista, são as emergenciais e não faltará ao Brasil. O que é relevante para nós é o apoio a uma agenda e não teremos a exclusividade da apresentação dessa agenda, mas daremos nossa contribuição. Foi essa a conversa e, obviamente, vamos ter outras após a definição desses pontos que serão submetidos à Executiva Nacional do partido.


Sobre relação entre PSDB e PMDB.

O PSDB tem responsabilidade para com o país. Desde o início desse processo, o PSDB sempre optou por falar a verdade. Desde a campanha eleitoral, desde as denúncias que fazíamos em relação, seja às pedaladas, seja à corrupção generalizada no país, à necessidade de uma mudança de rumo na economia. Passada a eleição, ficou claro que aquilo que dizíamos era verdade e não vamos faltar ao Brasil nessa hora.

Essa é uma questão para nós absolutamente clara. O apoio do PSDB a essa agenda não está vinculado nem de longe a qualquer ocupação de espaço público, a qualquer cargo. Não vamos entrar nesse tipo de negociação. Nosso compromisso é ajudar o Brasil e, na eventualidade da substituição da presidente, que poderá ocorrer dentro de poucos dias, o PSDB se coloca ao lado do Brasil. O impeachment nunca foi uma alternativa que atendesse a interesses partidários do PSDB. Vejo muita gente fazendo a análise de que isso pode interessar o projeto futuro do partido. Não, o PSDB colocou sempre o interesse do país à frente do interesse partidário. Por isso, votou, unanimemente, pelo impeachment na Câmara e votará no Senado, porque a presidente da República cometeu um crime de responsabilidade e, por outro lado, perdeu as condições de governabilidade. Vamos ajudar o Brasil, independentemente de qualquer posição que eventualmente qualquer filiado do PSDB possa ter, isso não entra nas nossas conversas.


Sobre reunião na residência do presidente do senador.

Ontem, à tarde, o presidente Renan me convidou para uma conversa. A intenção nem era que essa conversa fosse conjunta, acabou que, ao final, conversamos os três. Na verdade, ele busca saber quais as intenções do PSDB especificamente em relação ao apoio a essa agenda, qual é a intenção do PSDB em relação ao governo Michel. Eu disse a ele de forma muito clara: temos um compromisso com o Brasil, não vamos faltar ao Brasil. Ajudamos a afastar a presidente da República e, se isso ocorrer no Senado, se confirmado o seu afastamento, o PSDB tem compromissos com o Brasil e não está negociando e nem negociará funções de governo.

Conversamos sobre a tramitação do processo de impeachment. Ele ficou, ao meu ver, feliz com a indicação e aprovação ontem do nome do senador Antonio Anastasia, que ele considera que fará um trabalho extremamente qualificado e ele acredita que realmente entre os dias 10 e 12 pode estar sendo votado já no plenário do Senado Federal o afastamento da presidente da República.


Em algum momento o senador Renan falou sobre a proposta de novas eleições?

Não, em momento algum. Isso não foi o tema da nossa conversa, até porque a minha percepção é de que, a não ser que o TSE tome uma decisão, não há hoje pelo menos um caminho constitucional que leve a novas eleições. Mas isso não foi o tema da nossa conversa. Ele apenas relatou que conversou com o ex-presidente da República, tem conversado com a própria presidente da República e eu reitero que ele tem cumprido seu papel adequadamente. O presidente Renan nem vai acelerar indevidamente o processo e nem vai retardá-lo, ele vai cumprir aquilo que determina a Constituição e o Regimento do Congresso.


Mas o PSDB já defendeu novas eleições.

É verdade, pela via constitucional do TSE. Como nós não temos o poder de definir pelo TSE, não temos o poder de decidir pela cassação da chapa ou o momento que isso vá ocorrer, o PSDB apoiou incondicionalmente o impeachment. Essa questão de novas eleições independe de ação do PSDB.


Qual é a sua posição em relação ao PSDB assumir ministérios no governo Temer?

Eu acho que é desnecessário para o nosso apoio que nós ocupemos cargos no governo. Aí vocês vão sempre me perguntar: ‘mas se ele buscar nomes do PSDB? Isso não ocorreu formalmente ainda, quem monta o governo é o presidente da República e nós ainda não temos um novo presidente da República. Se ele buscar cargos no PSDB, o que eu disse ontem e reitero hoje é que não vamos criar dificuldades para que ele forme um governo de alta qualidade, mas não condicionaremos em nenhum momento o apoio a essa agenda emergencial para o Brasil à participação no governo.

Respondendo objetivamente à pergunta, me sentiria mais confortável se esse apoio fosse congressual. Se pudéssemos dar um apoio efetivo e sincero, profundo e corajoso a uma agenda de reformas que este governo do PT não fez, sem a necessidade de participar do governo. Por que? Porque daríamos o exemplo, daríamos uma sinalização clara de que o vice-presidente Michel deve montar um governo acima dessa lógica de compartimentalizar, de distribuir ministérios para partidos políticos ou para grupos de poder dentro do Congresso Nacional. Ao não fazer indicações, e não faremos, deixamos o vice-presidente da República, em assumindo a Presidência, com maior liberdade para montar um governo à altura das expectativas do país.


O senador José Serra?

É um nome altamente qualificado. Não vamos vetar nomes.


Mas ele chegou a falar com o sr. que está disposto a colher quadros?

O que ele tem dito é que gostaria, e isso ele tem dito e não esconde, do apoio institucional do PSDB. O que tenho dito é que o PSDB não faltará ao Brasil e o PSDB apoiará uma agenda de reformas no Congresso Nacional e vamos mais do que isso dar a nossa contribuição. Vamos tornar pública no início da semana que vem qual é essa agenda. Se o presidente se compromete com essa agenda terá o nosso apoio e deve ficar livre para montar o ministério com os melhores nomes que encontrar, independentemente de partidos políticos. Esta é a posição correta.


A presidência da República, a presidência do Senado e da Câmara, não é muita concentração de poder para o PMDB?

São as circunstâncias da vida. O PSDB tem um projeto para o Brasil e vai no momento certo apresentá-lo à sociedade brasileira e buscar viabilizá-lo pela via eleitoral. Hoje, estamos frente a uma circunstância e que provavelmente levará o PMDB à Presidência da República. A alternativa é lavar as mãos ou dar a nossa contribuição para o país sair da crise. Vamos dar a nossa contribuição independentemente do desgaste que isso possa nos trazer.

O nosso compromisso é com o país. E seremos julgados lá adiante pelo que fizermos ou pelo que deixarmos de fazer. Não conversamos, acreditem nisso, em nenhum momento sobre eleições internas na Câmara e no Senado que seguem uma lógica própria. Eu mesmo já fui candidato e já fui presidente da Câmara, sei que segue uma lógica própria do conjunto de forças e essa negociação não deve ser externa ao Congresso.

Até porque para que essa questão que começa a surgir fique clara: não é a Presidência ou o Poder Executivo que deva determinar as coalizões que vão eleger as presidências das Casas. Isso deve acontecer com naturalidade e numa discussão interna que respeite dentro do possível a proporcionalidade interna.

Oposição apoia manifestações marcadas para 13 de março

Os partidos de oposição no Congresso Nacional oficializaram nesta terça-feira apoio às manifestações marcadas por movimentos sociais para o próximo dia 13. Após reunião com os líderes oposicionistas, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, ressaltou a importância do ato diante do agravamento da crise política, econômica, social e moral no país.

Sonora do senador Aécio Neves

“Estaremos conclamando os nossos companheiros em todas as regiões do país, de todos os municípios, para que se façam presentes nesse momento de profundo agravamento da crise política, econômica, social e moral que vem devastando o Brasil. E o compromisso final e formal é de que nós estaremos semanalmente nos reunindo e traçando uma estratégia cada vez mais articulada e mais vigorosa no sentido de dar ao Brasil o início de um novo tempo”.

Aécio destacou que a oposição também irá pedir uma audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para cobrar celeridade na análise do processo que trata do rito na Câmara dos Deputados do processo de impeachment da presidente Dilma. O tucano destacou a importância das novas investigações da Operação Lava Jato e anunciou que o PSDB protocolou na Justiça Eleitoral um pedido para que as provas que levaram à prisão do marqueteiro do PT, João Santana, sejam juntadas à ação que pede a cassação do mandato da presidente Dilma em razão do uso de dinheiro de Caixa 2 na campanha eleitoral.

Sonora do senador Aécio Neves
“É preciso que o governo comece a se defender não politicamente, não atacando a oposição, mas das acusações formais que são feitas. E esse episódio das últimas horas é um fato de extrema gravidade que, tenho certeza, será analisado pelos ministros. Aqui não há qualquer tipo de pressão espúria. O que queremos e que haja alguma agilidade para que essa sensação hoje da sociedade brasileira de desgoverno absoluto possa ser superada.”
De Brasília, Shirley Loiola.

Boletim

Oposição cobra agilidade no processo de impeachment

O presidente nacional do PSDB anunciou que os partidos de oposição pedirão agilidade ao STF nas decisões necessárias para o Congresso retomar a tramitação do pedido de impeachment da presidente da República e querem que o pagamento feito no exterior ao marqueteiro do PT seja investigado também pela Justiça Eleitoral. O publicitário João Santana foi preso hoje pela Polícia Federal acusado de receber US$ 7,5 milhões, em conta no exterior, pagos por empresas envolvidas na Lava Jato.

“Esse episódio das últimas horas é um fato de extrema gravidade que, tenho certeza, será analisado pelos ministros”, afirmou Aécio.

Oposições cobram que investigações contra o governo avancem

“Nossa constatação é de que, com Dilma na Presidência da República, o Brasil não encontrará, em um espaço de tempo curto, as condições mínimas de retomada do crescimento, de redução do desemprego e de melhoria nos indicadores econômicos e principalmente sociais”, disse o senador Aécio Neves, em coletiva nesta terça-feira (23/02), após encontro com líderes dos partidos de oposição.

Aécio anuncia apoio dos partidos de oposição às manifestações de 13 de março

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, anunciou, nesta terça-feira (23/02), que os partidos de oposição vão apoiar às manifestações convocadas pela sociedade contra o governo Dilma Rousseff programadas para 13 de março em todo o Brasil. A decisão foi tomada após reunião com parlamentares na liderança do partido no Senado.

“Estamos distribuindo uma nota de absoluto apoio dos partidos com representação no Congresso Nacional, os partidos de oposição, às manifestações programadas para o próximo dia 13 de março, organizadas por movimentos da sociedade civil, sempre com essa ressalva. Vamos conclamar nossos companheiros de todas as regiões do país, em todos os municípios do país, para que se façam presentes nesse momento de profundo agravamento da crise política, econômica, social e moral que vem devastando o Brasil”, afirmou Aécio Neves, em entrevista à imprensa.

A nota em apoio aos protestos foi assinada pelo PSDB, PPS, DEM, PV e Solidariedade e divulgada após o encontro em que as oposições decidiram também uma ação conjunta no Congresso.


Impeachment

Aécio anunciou que os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados solicitarão ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, uma audiência para cobrar agilidade na publicação do acordão do rito do processo de impeachment da presidente da República.

A tramitação do impeachment está parada desde o final do ano passado, após o plenário do STF anular a eleição que definiu os nomes da comissão especial da Câmara dos Deputados criada para analisar o processo de afastamento de Dilma Rousseff com base no julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou crime de responsabilidade da presidente na gestão das contas públicas.

“Existe trancado um processo de tramitação do impeachment da presidente da República em razão das decisões do STF que precisam, quaisquer que sejam as decisões finais, serem comunicadas à Câmara dos Deputados a partir dos embargos que ali foram apresentados. A decisão é fundamental para que o processo volte a tramitar. O que temos é que garantir que as instituições continuem a funcionar, sejam tribunais, seja o Congresso Nacional”, afirmou Aécio.


Novas denúncias da Lava Jato

Em outra frente, os parlamentares da oposição irão à ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora de uma das ações movidas pelo PSDB no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a chapa Dilma/Temer, para reforçar o pedido que os documentos da nova fase da Operação Lava Jato sejam anexados ao processo.

O PSDB quer que a Justiça Eleitoral analise os novos documentos da investigação que resultou na prisão do publicitário João Santana, responsável pelas últimas três campanhas presidenciais do PT.

O marqueteiro foi preso hoje pela Polícia Federal acusado de receber US$ 7 milhões no exterior pago por empresas envolvidas no pagamento de propinas ao PT.

“O que queremos é que ambas as questões avancem, e elas não são excludentes. Acho até que elas se complementam. Existe no Tribunal Superior Eleitoral uma ação de investigação aberta pela maioria dos ministros daquela Corte, e é preciso que o governo comece a se defender não politicamente, não atacando a oposição, mas das acusações formais que são feitas”, afirmou Aécio Neves.

O presidente tucano considerou extremamente grave a prisão do publicitário petista.

“É um fato de extrema gravidade que, tenho certeza, será analisado pelos ministros. Aqui não há qualquer tipo de pressão espúria. O que queremos e que haja alguma agilidade para que essa sensação hoje da sociedade brasileira de desgoverno absoluto possa ser superada”, frisou Aécio Neves.

Ele concluiu que, na avaliação dos líderes da oposição, a atual crise política impedirá que o Brasil volte a crescer com Dilma Rousseff na presidência.

“A nossa constatação, de todos, sem exceção, é de que, com Dilma na Presidência da República, o Brasil não encontrará, em um espaço de tempo curto, as condições mínimas de retomada do crescimento, de redução do desemprego e de melhoria nos indicadores econômicos e, principalmente, sociais, que vêm trazendo infelicidade à vida de milhões e milhões de brasileiros”, afirmou.

Aécio Neves – Entrevista coletiva

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta terça-feira (23/02), em Brasília. Aécio falou sobre apoio às manifestações de 13 de março, reunião com líderes da oposição, rito do impeachment, STF e nova fase da Lava Jato.

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre as manifestações no dia 13 de março.

Os partidos de oposição, com as presenças dos líderes na Câmara e no Senado, definiram de forma absolutamente clara que caminharão juntos daqui para frente, seja na estratégia parlamentar legislativa e, obviamente, também nas ações políticas. Estamos distribuindo uma nota de absoluto apoio dos partidos com representação no Congresso Nacional, os partidos de oposição, às manifestações programadas para o próximo dia 13 de março, organizadas por movimentos da sociedade civil, sempre com essa ressalva. Estaremos conclamando nossos companheiros de todas as regiões do país, em todos os municípios do país para que se façam presente nesse momento de profundo agravamento da crise política, econômica, social e moral que vem devastando o Brasil. E tenho muita confiança de que teremos manifestações muito consistentes e muito representativas neste dia 13.


Sobre STF e TSE.

Por outro lado, uma representação de líderes oposicionistas na Câmara dos Deputados está solicitando ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Lewandowski, uma audiência para cobrar agilidade na definição do rito final para tramitação do processo de impeachment para que ele possa ter o seu curso natural na Câmara dos Deputados. E, acatando uma sugestão feita pelo senador Agripino, uma representação de líderes desses partidos estarão solicitando também à ministra Maria Thereza uma audiência no Tribunal Superior Eleitoral para, pessoalmente, levar a ela aquilo que hoje já foi, do ponto de vista formal, pelo sistema eletrônico, já protocolado no Tribunal Superior Eleitoral, que é o pedido de juntada na investigação que lá ocorre em relação às ilicitudes cometidas na campanha eleitoral da última fase da Operação Lava Jato, solicitando inclusive que seja ouvido o sr. Zwi, conhecido operador do esquema de corrupção na Petrobras.

Pedimos que ele seja ouvido como uma das testemunhas da acusação. E o compromisso formal e final é de que estaremos semanalmente nos reunindo e traçando uma estratégia cada vez mais articulada e mais vigorosa no sentido de dar ao Brasil o início de um novo tempo. A nossa constatação, de todos, sem exceção, é de que, com Dilma na Presidência da República, o Brasil não encontrará, em um espaço de tempo curto, as condições mínimas de retomada do crescimento, de redução do desemprego e de melhoria nos indicadores econômicos e, principalmente, sociais que vêm trazendo infelicidade à vida de milhões e milhões de brasileiros.


Há alguma estratégia eleita para impeachment ou a anulação da eleição?

O que queremos é que ambas as questões avancem, e elas não são excludentes. Acho até que elas se complementam. Existe no Tribunal Superior Eleitoral uma ação de investigação aberta pela maioria dos ministros daquela Corte, e é preciso que o governo comece a se defender não politicamente, não atacando a oposição, mas das acusações formais que são feitas. E esse episódio das últimas horas é um fato de extrema gravidade que, tenho certeza, será analisado pelos ministros. Aqui não há qualquer tipo de pressão espúria. O que queremos e que haja alguma agilidade para que essa sensação hoje da sociedade brasileira de desgoverno absoluto possa ser superada.

E existe aqui trancado um processo de tramitação do impeachment da presidente da República em razão das decisões do Supremo Tribunal Federal que precisam, quaisquer que sejam as decisões finais, ser comunicadas à Câmara dos Deputados a partir dos embargos que ali foram apresentados. A decisão é fundamental para que o processo volte a tramitar. O que temos é que garantir que as instituições continuem a funcionar, sejam tribunais, seja o Congresso Nacional. Não escolhemos caminho. Na nossa constatação, repito, é que, com a presidente Dilma no governo, não há mais a confiança mínima necessária à retomada do crescimento e ao enfrentamento dessa crise sem precedentes na qual o seu governo e o seu partido mergulharam o Brasil.


Sobre pedido de inclusão no processo do TSE das informações da nova fase da Lava Jato.

O que pedimos é a juntada dessas novas informações, informações extremamente graves, em relação ao pagamento por um operador da Petrobras, conhecido da polícia, conhecido do Ministério Público, chamado Zwi (Skornicki) que teria pago, em contas no exterior, o marqueteiro da campanha.

O que queremos é que ele seja ouvido também no TSE para que diga de forma clara quem orientou esse pagamento. Porque razão alguém que operava propina da Petrobras e distribuía, segundo a sua própria declaração, esse recurso para diretores da empresa, pagaria alguém que trabalhava na campanha eleitoral. Estamos absolutamente serenos. Vamos observar o encaminhamento dessas questões com absoluta cautela, mas é preciso que o Tribunal observe e analise em profundidade essas novas denúncias.