Futuro em Jogo

Aécio Neves – Folha de S. Paulo – 30/11/2015

Mantenho minha crença de que ainda poderemos nos tornar o primeiro grande país desenvolvido do mundo com uma economia de baixo carbono.

A mudança do atual regime de desenvolvimento para um modelo sustentável não é apenas um grande desafio, mas a nossa maior oportunidade econômica, comercial e de mudanças sociais do século 21.

Pena que, engolfado por múltiplas crises e tendo como prioridade apenas sobreviver ao verdadeiro desmanche de um projeto de poder, o governo brasileiro chegue hoje a Paris, na mais importante conferência mundial sobre o clima da atualidade, sem ter o que apresentar de substantivo.

Corremos o risco de ver, mais uma vez, o manejo artificial e conveniente de estatísticas para de alguma forma não expor a realidade. E a realidade é a retomada do crescimento do desmatamento na Amazônia e os efeitos de uma das mais extensas tragédias ambientais do mundo, a de Mariana, ainda pouco dimensionados em suas consequências.

Além disso, carregamos os saldos negativos das crises hídrica e energética, o sepultamento da política de biocombustíveis e a contradição da expansão de incentivos ao transporte individual, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa no mundo, em detrimento do investimento em sistemas de transporte coletivo eficientes e menos poluidores.

No campo legal, o Brasil já tem institucionalizados instrumentos para o alcance de uma economia de baixo carbono. Definimos, inclusive, metas de médio prazo.

A questão central é que, tal como acontece nas demais políticas públicas nacionais, não há qualquer efetividade para torná-las factíveis e reais. As metas são concretas. Os meios são vagos. Lembro que, em 2009, instituiu-se às pressas a Política Nacional de Mudanças do Clima – PNMC, muito mais para dar algum protagonismo político à então candidata Dilma Rousseff do que como uma política estratégica para o país.

A PNMC brasileira previa dobrar o reflorestamento de 5,5 milhões de hectares para 11 milhões na década seguinte. Até hoje pouco foi feito. Também não saiu do papel o Inventário Florestal Nacional, incluindo a mensuração do estoque de carbono das florestas brasileiras. Seis anos depois, as principais iniciativas para reduzir as emissões são apenas promessas.

O século 21 poderá ser o século ambiental, se formos capazes de enfrentar com generosidade e responsabilidade os atuais desafios, a bordo de uma inédita e necessária solidariedade entre as nações em torno dessa causa comum, que será crucial para o destino do nosso processo civilizatório.

O Brasil tem o dever de avançar mais nesse tema e, quem sabe, tornar-se referência de um novo modelo de desenvolvimento sustentável.

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Aécio Neves é recebido com festa pelos amazonenses no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, em Manaus

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, encerrou, na manhã deste sábado, agenda de viagem a Manaus (AM). Aécio Neves foi recebido com festa pelos amazonenses durante visita ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa, obra inaugurada mês passado pelo prefeito tucano Arthur Virgílio.

No mercado, o senador foi recepcionado pela bateria do grupo do Boi Garantido, representada pelas cores vermelho e branco da cultura folclórica de Parintins.

Aécio cumprimentou e conversou com comerciantes, vendedores de peixe e cidadãos, que o saudaram e pediram por melhoria nas políticas públicas voltadas para o povo da região Norte.

Ele defendeu a importância de mais recursos federais para obras de mobilidade nas capitais brasileiras.

“Há um crescimento enorme, vertiginoso do número de carros nas ruas – não só aqui em Manaus, mas nas principais capitais do Brasil. Os investimentos em mobilidade devem ser feitos pelo poder central, pelo governo federal. Metrôs, VLTs, BRTs, são todos investimentos que devem, em grande parte, ser feitos pelo governo central. É mais uma falta de planejamento que tem feito com que, não apenas Manaus, mas inúmeros outros grandes centros tenham hoje problemas enormes de mobilidade”, disse o senador, em entrevista.

O Mercado Adolpho Lisboa foi concluído após sete anos em reformas. Construção histórica do período colonial, o prédio, um dos principais patrimônios da capital amazonense, foi reaberto à população durante as comemorações do aniversário de 344 anos de Manaus.

 

Rio Negro

Ao final da caminhada pelo mercado, Aécio Neves conheceu o porto de cargas de Manaus e fez percurso de barco, ao lado do prefeito Arthur Virgílio, para um passeio pelas águas do rio Negro.

Na noite dessa sexta-feira, Aécio Neves participou, em Manaus, do Encontro Regional do PSDB da Amazônia Ocidental. Cerda de 2 mil lideranças e militantes estiveram presentes durante o encontro que discutiu propostas para a região Norte. Aécio Neves também visitou fábrica da Moto Honda, o maior empreendimento do Polo Industrial de Manaus.

Aécio Neves inicia agenda em Manaus com visita à fábrica da Honda

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, visitou, nesta sexta-feira (8/11), a fábrica Moto Honda da Amazônia, o maior empreendimento do Polo Industrial de Manaus (PIM), onde conheceu a linha de produção e conversou com funcionários. Além de montadora, a unidade também desenvolve ferramentas e dispositivos necessários para a fabricação de motocicletas. Com 36 anos de operação, mais de 18 milhões de unidades já foram produzidas na fábrica.

Em seguida, Aécio Neves participou de reunião com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, o governador de Roraima, Anchieta Júnior, deputados e lideranças da região.

Agora à noite, Aécio Neves participa do Encontro Regional do PSDB da Amazônia Ocidental. Na ocasião, serão comemorados os 35 anos de vida pública do prefeito Arthur Virgílio.

Nesta sábado, a partir das 9 horas, Aécio Neves visita o Mercado Municipal Adolfo Lisboa. Em seguida, embarca no cais em frente ao mercado em direção ao Encontro das Águas, junção dos rios Negro e Solimões.