Aécio Neves assiste ao jogo do Brasil ao lado de trabalhadores, em São Paulo

Uma festa verde e amarela recepcionou o presidente nacional do PSDB e candidato à presidência da República, senador Aécio Neves, em sua chegada ao Palácio do Trabalhador, sede do Sindicato dos Metalúrgicos em São Paulo, onde assistiu ao confronto entre as seleções do Brasil e Camarões pela Copa do Mundo, nesta segunda-feira (23).

Acompanhado pelo presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força (SP), pelo atual presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e pelo ex-governador tucano Alberto Goldman, Aécio assistiu à vitória brasileira ao lado de dezenas de trabalhadores, ao som da bateria do Esporte Clube Lapenna, de São Miguel Paulista.

Para o metalúrgico Marcos Antônio de Almeida, de 43 anos, a presença de Aécio Neves em meio aos trabalhadores garante visibilidade às causas trabalhistas.

“O trabalhador precisa de assistência. Estar no meio do povo é exatamente o que um candidato à presidência precisa fazer. O país precisa disso”, avaliou.

Também metalúrgica, Renata de Lima, de 43 anos, defendeu que é preciso conhecer o rosto e a atuação de cada um dos candidatos.

“É por isso que o Sindicato dos Metalúrgicos parabeniza Aécio. É importante a gente conhecer quem faz, para depois poder cobrar”, disse.

“Ninguém aguenta mais esse PT, a Dilma”, acrescentou Marcos. “A classe dos metalúrgicos apoia isso. Pelo menos, em todas as reuniões em que estive, o sentimento é o mesmo”, completou.

 

Sobre o jogo

O presidente nacional do PSDB não se arriscou a dar palpite acerca do resultado do confronto entre Brasil e Camarões, limitou-se a torcer.

“Vamos ganhar, vamos sair em primeiro. É um jogo para o time ganhar confiança. Estou muito feliz de assistir aqui ao lado do companheiro Paulinho, dos companheiros da Força, do presidente Miguel [Torres]”, declarou Aécio.

O clima de celebração foi coroado pela boa atuação da seleção brasileira, que venceu o jogo por quatro a um, com dois gols de Neymar, um de Fred e um de Fernandinho.

Aécio Neves critica projeto do governo federal que pretende acabar com o Fundo de Amparo ao Trabalhador

Recebido por dezenas de pessoas no Palácio do Trabalhador, em São Paulo (SP), onde assistiu ao confronto entre as seleções do Brasil e Camarões pela Copa do Mundo, nesta segunda-feira (23/06), o presidente nacional do PSDB e candidato à presidência da República, senador Aécio Neves, criticou projeto do governo federal, preparado pelo Ministério do Trabalho, que pretende acabar com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Para o tucano, trata-se de uma “questão política extremamente grave”. “Eu fui constituinte em 1988, e foi uma das grandes conquistas da Constituinte essa criação do FAT, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, que permite recursos para a requalificação do trabalhador, para sua reinserção no mercado de trabalho, para o pagamento do seguro desemprego”, disse.

“Com essa nova proposta do governo, de criação de um tal de Sistema Único do Trabalho (SUT), ele tira a participação dos trabalhadores e até dos empresários na definição da destinação desses recursos do FAT. É mais uma decisão autoritária do governo, sem consulta aos trabalhadores brasileiros, e que retira uma das suas mais importantes conquistas, o que é grave, sem que haja a devida discussão com seus representantes”, afirmou.

“Estamos juntos nessa e concordamos nisso”, acrescentou o presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres. Segundo ele, o assunto não foi suficientemente discutido.

“É talvez uma bomba relógio que estão pondo no colo dos trabalhadores. Não aceitamos o jeito que isso está sendo feito. Queremos que se discuta, existem realmente problemas dentro do FAT, mas que se discuta com os trabalhadores e com os empresários”, considerou.

 

Equívoco 

Para o presidente nacional do PSDB, o projeto defendido pelo governo federal é um equívoco, e revela um viés autoritário.

“Se o governo já quase quebrou o FAT com essa contabilidade criativa, que é uma das marcas do governo, fazer uma mudança dessas sem a devida discussão com os trabalhadores, com as centrais, é um equívoco, e nós vamos nos opor fortemente a isso”, ressaltou Aécio.

 

Alianças

Questionado por jornalistas sobre a aliança no Rio de Janeiro, Aécio Neves definiu como natural o espaço destinado ao PSDB no palanque de Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato ao governo do estado.

“É uma decisão dos partidos políticos e atende aos interesses do Rio de Janeiro. Se consolida uma chapa que, ao meu ver, é a mais adequada”, avaliou o tucano.

“A busca da construção de uma ampla aliança de sustentação a esse projeto, da nossa candidatura, se amplia, dá conforto às forças políticas que já haviam manifestado apoio à nossa candidatura, a começar pelo PMDB local, pelo PSD, pelo PP, pelo [Partido] Solidariedade, além dos partidos que estão no nosso campo político, agora também o PTB. Posso dizer, com muita alegria, que teremos o mais sólido e mais forte palanque no Rio de Janeiro”, disse o senador.

 

Apoio

O candidato à Presidência da República pelo PSDB também analisou o apoio recebido da direção nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em nota oficial divulgada no último sábado (21).

“As informações que tenho da direção do partido é que eles se frustraram. Frustrou-se essa relação com o governo federal ao longo desses últimos anos, e que gostariam de nos ajudar a construir um novo projeto para o Brasil. O PTB, na verdade, esteve ao nosso lado no momento das principais conquistas econômicas que o Brasil viveu no governo do presidente Fernando Henrique, e o início das conquistas sociais, portanto, há um resgate dessa relação”, completou Aécio.

O senador assistiu ao jogo do Brasil ao lado do presidente nacional do partido Solidariedade, deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), do atual presidente da Força Sindical, Miguel Torres, do vice-presidente do PSDB Alberto Goldman, e de dezenas de trabalhadores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

Aécio Neves – Entrevista em São Paulo

O presidente nacional do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves, concedeu entrevista, nesta segunda-feira (26/05), em São Paulo (SP). Aécio Neves comentou sobre a declaração do ex-atacante Ronaldo dizendo que o apoiará na eleição presidencial deste ano. O senador também falou sobre eleições 2014 e alianças políticas em São Paulo.

 

Leia trechos da entrevista do senador: 

Sobre as declarações do ex-jogador Ronaldo.

Acho que os brasileiros estão cansados de tanta incompetência, de tantos compromissos assumidos que não são cumpridos. Isso vem sendo potencializado, acho que em todas as áreas. Me sinto como brasileiro envergonhado dos indicadores sociais do Brasil, do baixo crescimento da economia, do conjunto de obras inacabado, com sobrepreços, abandonadas pelo Brasil inteiro. O que o Ronaldo fez foi na verdade externar um sentimento, com sinceridade, dele, pessoal, não é um político, fez isso de forma muito clara, como cidadão. Acho que ele não fala sentido. Acho que é um sentimento que vamos encontrar sem muita dificuldade em cada região do país e em todas as camadas sociais.

 

Que papel ele vai ter na campanha?

Nunca conversamos cobre isso. O Ronaldo, na verdade, me apoiou lá atrás, quando fui candidato ao Governo de Minas. Manifestou apoio à minha candidatura. Acompanhou, até porque passou um período em Minas Gerais, os resultados do nosso governo. Ele próprio tem muitas informações em relação ao governo, quando estiverem com ele poderão aferir isso. Em relação à educação, em relação ao que nos trouxe a ter a melhor educação fundamental do Brasil, em relação à qualidade da saúde, e acho que esta é a razão principal dessa sua manifestação. Agradeço, de público, essa manifestação, outras certamente virão, e infelizmente quaisquer pessoas públicas que se manifestam em relação ao nosso nome ou a algum nome da oposição são imediatamente patrulhadas, patrulhadas pela base do governo. Foi um gesto de coragem e um gesto de cidadania, ele expressou o seu sentimento. Recebo isso de forma muito positiva. Não conversamos ainda sobre como ele participará, mas seu apoio será sempre muito bem-vindo.

 

Sobre encontro com o governador Geraldo Alckmin.

Tenho conversado permanentemente com o governador Alckmin, tivemos juntos na semana passada, fazendo uma análise de Brasil. Temos preocupações comuns em relação a questões como segurança pública, a qualidade da saúde, conversamos um pouco sobre uma agenda para o Brasil. É um aliado, talvez, dentre tantos aliados importantes, o aliado mais emblemático que tenho nessa caminhada. As suas manifestações permanentes de apoio são para mim extremamente estimulantes.

Conversamos sobre eleições também, atualizando esses entendimentos finais. Estamos vivendo agora, nessas próximas três semanas, o momento definitivo das alianças. Por isso é natural que, em toda parte, recolhamos ansiedades e expectativas. O que vejo é um governador extremamente sereno, seguro da qualidade do governo que faz em São Paulo e percebo, até através de pesquisas que nós mesmos temos feito em São Paulo, uma consolidação do seu nome. Geraldo Alckmin será novamente governador de São Paulo e faremos uma campanha muito próxima, até porque a nossa vitória no plano nacional será extremamente positiva para o seu governo em São Paulo.

 

Sobre o candidato a vice na chapa em SP.

Fizemos avaliação dos nomes, não há porque não dizer isso, ele também me falou do quadro local, mas são questões que serão conduzidas com muita cautela. Geraldo é o mais mineiro dos paulistas. Ele leva isso até com muito mais serenidade e equilíbrio do que qualquer um de nós. Então vejo ele muito tranquilo, muito sereno. Falamos das opções que todos temos, obviamente, não vamos entrar em detalhes, porque foi uma conversa privada. Privada porque não temos o interesse ainda, hoje, de externar os avanços que estão acontecendo em vários campos. O que disse é que a decisão que ele tomar em São Paulo é a nossa decisão. Ele tem que ter absoluta liberdade, e o partido tem dado a ele essa liberdade, para construir a aliança que seja mais confortável à sua caminhada. Porque o fortalecimento do Geraldo é o que nos interessa. Com Geraldo Alckmin fortalecido em São Paulo, o PSDB está fortalecido no Brasil inteiro.

 

Como vai ser a campanha na Copa?

É uma experiência nova para todos nós.

 

O sr. disse que as alianças têm que sair em até três semanas.

Digo três semanas porque é o período das convenções. Começam as convenções e o fechamento, mesmo aquelas convenções que vão ocorrer no final do mês, os fechamentos vão estar ocorrendo nessas próximas três semanas. Pretendo fazer algumas viagens, tenho alguns convites para visitar alguns estados durante a Copa, mas a atenção das pessoas certamente não vai estar, prioritariamente, nas eleições. Mas no momento seguinte à final da Copa, portanto, a partir do inicio da segunda quinzena de julho, aí sim, acho que em uma velocidade muito grande a atenção das pessoas volta à questão eleitoral.

O que posso dizer, no plano nacional, é que as nossas alianças, as alianças que construímos nos principais estados brasileiros foram sempre as principais, as prioridades que estabelecemos lá atrás. Eu não teria nenhum estado onde eu dissesse, olha, fracassou a nossa tentativa. Ao contrário. As nossas alianças hoje são mais sólidas no conjunto dos estados brasileiros do que as alianças do próprio PT, a começar pelos principais estados brasileiros. Então, nesse período de construção de alianças acho que avançamos muito bem, estamos de forma sólida e isso, lá na frente, vai ser importante. Mas, mais do que isso, é o nosso discurso, que não se alterará.

O nosso discurso será sempre muito focado na boa qualidade da gestão pública, em um novo alinhamento com o mundo desenvolvido, no avanço dos nossos indicadores sociais com a qualificação do gasto público. Essa é a nossa agenda. Queremos nos apresentar cada vez mais como aqueles que têm as melhores condições de vencer as eleições e iniciar um novo tempo no Brasil.

Aécio Neves – Entrevista sobre Pesquisa e Manifestações

O presidente nacional do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quinta-feira (23/05), no Rio de Janeiro (RJ). Aécio Neves falou sobre o resultado da pesquisa Ibope, manifestações e alianças políticas no Rio.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre crescimento em faixas diferenciadas de renda na pesquisa Ibope. 

A minha percepção é que esse sentimento de mudança que existe hoje no Brasil é crescente, e ele começa a chegar a todas as classes sociais, a todas as regiões do país. Não é algo apenas de um segmento da sociedade brasileira. A razão do nosso crescimento, e o que é mais importante, é um crescimento que se cristaliza em todas as classes sociais, é a demonstração de que o sentimento de mudança é crescente. E esse é o dado mais relevante.

Mais do que o grande aumento de intenção de votos em torno do nosso nome, é esse sentimento consolidado de que o Brasil precisa viver um novo momento. E isso não é na parcela de cima da pirâmide, como alguns gostam de dizer, ele permeia já todas as camadas da sociedade. E esse é o fator, a meu ver, mais relevante e que as próximas pesquisas devem confirmar. Estou muito feliz, acho que é uma demonstração de que a nossa proposta, a nossa exposição tem, de alguma forma, inspirado setores da sociedade. Vamos continuar trabalhando.

 

Sobre mudanças e segundo turno apontado na pesquisa Ibope. 

As mudanças profundas, aquelas que esperamos, vão vir no momento do debate, no momento do confronto de ideias, no momento que mostrarmos um governo que fracassou na condução da economia, fracassou na gestão do Estado, fracassou na condução das políticas sociais. Essas são as marcas, a meu ver, mais claras desse governo. A pesquisa é muito positiva para o conjunto das oposições, aponta de forma sólida para a realização de um segundo turno e espero poder estar lá.

 

Greves e manifestações preocupam, tendem a ser agravar até a Copa?

É uma preocupação de todos nós. Sempre disse que as manifestações reivindicatórias, manifestações de segmentos da sociedade, devem ser respeitadas. Inclusive, nossas forças de segurança devem estar preparadas para isso. As manifestações, desde que como expressão de vontade pacífica da sociedade, são absolutamente legítimas e temos que aprender a conviver com isso na democracia. O que temos que diferenciar, e aí, que em defesa da própria sociedade, agir, é quando começa a haver crimes a partir dessas manifestações. Depredação de patrimônio, atentados contra a vida e até mesmo dificuldade no ir e vir das pessoas, que deve ser também garantido.

O esforço das autoridades é, de um lado, garantir e respeitar manifestações pacíficas, mas, também, por outro lado, impedir que elas se transformem em atentados, em movimentos violentos, porque a maior vítima da violência nas manifestações são os próximos manifestantes, que têm causas legítimas e justas a defender. Essas são principais vítimas.

 

Sobre a possibilidade de paralisação de categorias na Copa.

Vamos aguardar o que vai acontecer. O que vejo é que inúmeras demandas que foram apresentadas em junho do ano passado, nenhuma delas foi atendida pelo governo. Seja na melhoria da qualidade do transporte, seja na melhoria da saúde, seja na inibição da corrupção, ao contrário, estamos vendo aí na Petrobras e tantos outros causando indignação à sociedade brasileira. O governo respondeu muito pouco. Mas espero que as manifestações que eventualmente venham a ocorrer ocorram dentro da ordem, ocorram de forma pacífica. Essas têm de ser respeitadas e os governantes, não apenas a presidente da República, todos eles, em todos os níveis, têm de conviver com elas.

 

Sobre alianças no Rio de Janeiro.

Acho que a política é uma arte de administrar o tempo. As coisas estão caminhando naturalmente. As manifestações que tenho recebido espontâneas de apoio no Rio, políticas, de partidos como aqui do Solidariedade, do Pedro Fernandes, partidos como o próprio PMDB, partidos que estão hoje na base de sustentação do governo, como o PSD, o PP do senador Dornelles, isso me estimula muito.

Devemos ter, inclusive, no início de junho, um grande momento, um grande movimento de junção dessas forças que nos apoiam, independentemente da candidatura a governador. Isso me dá uma base muito sólida no Rio. E minha identidade com o Rio, até a minha familiaridade com os problemas do Rio, isso tudo vai facilitar no momento em que tivermos espaço para defendermos aquilo que acreditamos.

 

Plano de Governo: UPPs.

Defendemos o fortalecimento das parcerias, por exemplo, com as UPPs, que acho que foi um grande ganho para a comunidade carioca, e gostaria de coisas parecidas em outras partes do Brasil. Talvez seja a primeira vez que esteja falando sobre isso, mas vamos falar de forma muito clara que no nosso governo vai haver, sim, apoio, solidariedade e estratégia para consolidarmos as UPPs na sua segunda etapa, que é levar também a essa comunidades desenvolvimento social. Levar, a essas comunidades, serviços públicos de qualidade. Essa é a segunda etapa que vai consolidar as UPPs. E quero poder, no futuro, ser um parceiro, qualquer que seja o governador do Rio, qualquer que seja o governador de outras metrópoles que tenham populações nessas regiões, para que esse modelo possa ser ampliado e consolidado. A segunda etapa, a meu ver, é essa. Serviços públicos de boa qualidade e avanços sociais como educação, saúde.

 

O governo federal poderia ser um parceiro nas UPPS?

Acho que pode ser um parceiro ainda mais vigoroso na consolidação das UPPs, que é um avanço inquestionável.

Aécio Neves – Entrevista em Belo Horizonte (MG)

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta segunda-feira (19/05), em Belo Horizonte (MG), onde participou do lançamento da pré-candidatura do ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, ao Senado e apresentou a pré-candidatura de Pimenta da Veiga ao Governo do Estado e de seu vice, o deputado Dinis Pinheiro.

 

Leia trechos da entrevista do senador:

Sobre o lançamento das pré-candidaturas em Minas Gerais.

Vir a Minas é sempre uma injeção de oxigênio e de otimismo em meio a uma caminhada que é uma caminhada complexa, não espero facilidades. Mas quando se vem a Minas Gerais e pode-se receber tanto carinho, de tantas pessoas e de tantas forças políticas em torno da continuidade do nosso projeto, saio daqui com a minha força redobrada e a minha energia também aumentada.

Tenho absoluta certeza que apresentamos aos mineiros uma chapa extremamente qualificada do ponto de vista ético, do ponto de vista moral, do ponto de vista da sua história, da competência. E que permitirá que Pimenta da Veiga, ao lado de Dinis Pinheiro, agora oficialmente nosso candidato a vice-governador e Antonio Anastasia, esse extraordinário homem público, referência hoje nacional e até internacional para quem acompanha a gestão pública, é o melhor que poderíamos oferecer aos mineiros para darmos continuidade, por um lado, às boas ações que aqui vêm sendo desenvolvidas, e avançar em muitas outras.

Tenho certeza que caminhando pelo Brasil terei sempre muita tranquilidade de olhar para Minas Gerais e ver que aqui a nossa campanha está sendo conduzida por pessoas dessa qualidade pessoal, dessa honradez e dessa competência.

 

Sobre alianças estaduais e aliança nacional.

Sempre sou muito crítico a esse número excessivo de partidos políticos. Mas é o jogo, temos que jogar com essas regras. O que estamos percebendo em todo Brasil é que as alianças estaduais não vêm seguindo a lógica da aliança nacional. Apenas mais um exemplo, sábado próximo estarei em Porto Alegre recebendo o apoio do PP, o mais estruturado partido do Rio Grande do Sul. Apenas como exemplo. Poderia citar outros como a Bahia onde estive essa semana.

As construções locais seguem a lógica local, seguem a realidade local. Fico muito feliz de ver que o Pimenta tem hoje uma aliança em torno da sua candidatura e do Anastasia maior do que eu próprio tive nas minhas duas eleições e do que o próprio Anastasia teve. Isso é uma sinalização clara de que as forças políticas querem que Minas continue avançando nesta direção, do trabalho, da seriedade, da meritocracia e dos resultados.

Obviamente, no plano nacional, estamos fazendo o que é possível. Mas o que é mais claro para mim hoje, o que é real em qualquer parte do Brasil é o crescente sentimento de mudança que hoje permeia todas as camadas da sociedade. Não é mais algo restrito ao andar de cima, como alguns gostariam de dizer. Em todos os estados por onde eu tenho andado, no Nordeste em especial, e no próprio Centro-Oeste esse sentimento de mudança é crescente, e acho que teremos como, a partir de uma exposição maior, encarnar o verdadeiro sentimento de mudança, de mudança corajosa e verdadeira, de mudança segura, que o Brasil precisa e quer viver.

 

Sobre aliança com o PSD.

Eu li isso nos jornais. Sempre tenho uma posição de respeitar muito os partidos políticos que atuam em outro campo. Tanto o PSD quanto alguns outros partidos, que hoje são cogitados para estar ao nosso lado, têm uma aliança pelo menos anunciada com o governo federal. Então, cabe a mim respeitar esta aliança. Fico muito feliz de o PSD estar aqui ao nosso lado, como cada uma das outras forças políticas. E vamos aguardar que as coisas avancem. Não dou sinais que depois não possam ser correspondidos. Meirelles é um nome extremamente qualificado e que o Brasil inteiro respeita. Mas o que eu vejo hoje é que o seu partido tem um compromisso com a atual presidente da República. Se isso mudar, vamos conversar.

 

Sobre propaganda do PT.

Acho que o PT assume um atestado de fracasso. Se autoconcede um atestado de fracasso. Porque um partido político que há 12 anos governa o Brasil ao final não tem nada a oferecer, não tem um legado para mostrar, não tem mais esperança para inspirar os brasileiros, o que ele tem é apenas o pessimismo e o medo. Não. À mentira vamos responder com a verdade e ao pessimismo vamos responder com a esperança. Somos a esperança de um novo ciclo de governo que garanta a melhoria dos nossos indicadores sociais, crescimento sustentável e, principalmente, melhores condições de vida para todos brasileiros.

 

Sobre Eduardo Campos.

Continuo, como diria o velho Otto Lara Resende, onde sempre estive. O meu objetivo é encerrar esse ciclo de governo que aí está, iniciar um outro com planejamento, com ética, com decência, com resultados, sobretudo com competência, tudo que falta ao atual governo. Temos que respeitar as posições dos outros candidatos. Não mudarei a minha estratégia, e tampouco os entendimentos e acordos que firmei. Pelo menos da minha parte eles serão honrados.

Aécio Neves – Entrevista em Salvador sobre eleições 2014

O senador Aécio Neves falou, em entrevista, nesta sexta-feira (28/02), em Salvador (BA), sobre as eleições deste ano. O presidente nacional do PSDB comentou sobre as alianças regionais e na Bahia e também as pesquisas eleitorais.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre o Carnaval de Salvador

Fico muito feliz de inaugurar o Carnaval de Salvador, no coração do Brasil. É realmente um grande Carnaval que o Brasil tem. Principalmente, nas boas companhias que me convidaram para estar aqui, em especial, o prefeito ACM Neto.

Eu vinha dizendo quando cheguei aqui que a organização, a criatividade do baiano, somado agora com a organização comandada pela prefeitura, traz conforto e segurança para todos os milhares de foliões, não apenas de Salvador, mas que vêm de várias regiões da Bahia e do Brasil. Acho que quem vier à Bahia e a Salvador este ano vai sair daqui muito bem impressionado como estou. Com a organização e mais uma vez com a demonstração de eficiência da prefeitura municipal.

 

Sobre alianças e a movimentação pré-eleitoral

É natural. Este é o momento das definições. E o movimento das definições traz inquietações normais que depois se acomodarão. O que existe hoje aqui na Bahia, e é muito relevante, é uma ampla aliança. Uma aliança no nosso campo político que ajudou a eleger ACM Neto em Salvador, prefeito hoje de capital mais bem avaliado no Brasil. E o nosso esforço é para que esta aliança permaneça. Porque esta aliança ampla que elegeu o Neto pode dar um novo caminho para a Bahia. Um novo governo. È o que esperamos. E estou muito feliz de poder, em nível nacional, estar percebendo que o Brasil quer também, no plano nacional, um governo que seja como o de Neto na Bahia, eficiente e ético, sério, transparente e com resultados na vida das pessoas. É isso que vamos apresentar também ao Brasil, brevemente. Uma proposta onde a transparência e a ética possam caminha juntas.

 

Sobre as alianças na Bahia

O PSDB tem uma característica que é respeitar as construções regionais e elas se dão muito em razão da realidade de cada estado. Não há uma imposição por parte do PSDB. O que é prioridade para o PSDB é que estejamos unidos. Que a aliança vitoriosa que trouxe ACM Neto para fazer a bela administração que faz em Salvador, possa ser mantida também na disputa para o governo do Estado porque achamos que essa aliança tem todas as condições de ser vitoriosa. E é um privilégio, dentro desta aliança, você ter um nome como do governador Paulo Souto, um dos homens públicos mais respeitados do Brasil, não apenas no estado da Bahia, e também companheiros da estirpe, do valor do companheiro Geddel. Acho muito bom que tenhamos alternativas, mas esta decisão será tomada pela aliança e, obviamente, o prefeito ACM Neto, ao lado do deputado e meu líder, Imbassahy, e outros companheiros como João Gualberto, estão construindo este caminho. Não há imposição da direção nacional do partido. O que há é um desejo meu pessoal muito grande de estar ao lado nesta campanha, tanto Paulo Souto quanto Geddel.

 

Quais as falhas das outras eleições. O que não deu certo?

São momentos diferentes. Cada um lutou com as forças que tinha. O que há hoje, talvez claramente diferente das outras eleições, é o sentimento de mudança. Há um sentimento no ar aí de final de ciclo. O PT e a presidente Dilma falharam na condução da economia, ao nos deixar como perversa e maldita herança uma inflação alta, mesmo com preços controlados de combustíveis, de energia e de transporte público e um crescimento extremamente baixo. Vamos crescer apenas mais que a Venezuela mais uma vez. Ano passado, crescemos só mais que a Venezuela na América do Sul. Ano anterior, apenas mais que o Paraguai.

Falharam na condução da economia. Falharam na gestão do Estado. O Brasil é hoje um cemitério de obras inacabadas e superfaturadas por toda parte, e falhou no avanço dos indicadores sociais. Na educação, em qualquer avaliação internacional que se faça, estamos no final da fila. Quando você fala em saúde é uma tragédia hoje para o cidadão brasileiro que o governo federal gasta cerca de 10% a menos no conjunto dos investimentos em saúde do que gastava quando assumiu em 2002. E na segurança pública, esse sim, há uma omissão criminosa do governo central. O Brasil não tem uma política nacional de segurança pública. Os recursos aprovados no Orçamento são contingenciados como se segurança fosse uma questão de menor relevância para a sociedade brasileira.

É isso o que temos que corrigir. Temos que ser mais solidários, mais generosos com a Federação. Os municípios estão em situação de insolvência hoje no Brasil e precisam ser recuperados.

 

No Nordeste sempre se torna muito forte o PT

As últimas eleições mostraram que as coisas começam a mudar. As oposições, o PSDB e o DEM somados, venceram em grande número de capitais do NE, muito mais do que venceu o PT. Salvador é o melhor exemplo disso. Podemos dizer Aracaju, Maceió, Teresina, indo para o Norte, Belém, Manaus. Foram vitorias das oposições, PSDB ou do Democratas. O que mostra que nessas regiões também há um sentimento de que o Brasil precisa de algo novo. O Brasil não pode se contentar com a mediocridade, como o governo do PT parece querer fazer. Estou muito otimista. Acho que no momento em que nossas propostas forem conhecidas, os nossos nomes forem conhecidos vamos vencer as eleições porque o governo do PT fará uma campanha na defensiva. Eles têm muitas explicações dar ao povo brasileiro.

 

Sobre pesquisas eleitorais

O que é relevante em pesquisas eleitorais neste momento, com esta antecedência, com um grau tão distinto de conhecimento entre os candidatos, a presidência da República tem 100% de conhecimento, os outros colocados na oposição, aqui mesmo no Nordeste, na Bahia, para citar um exemplo, são nomes muito pouco conhecidos. Mas existe um dado que é extremamente relevante. Cerca de dois terços da população brasileira querem mudanças. Não concordam com isso que está aí. Querem governo que sejam eficientes e éticos ao mesmo tempo. E esta é a proposta que o PSDB, ao lado de nossos aliados, espero em especial o Democratas, apresentar ao Brasil. Uma proposta onde o governo possa ser eficiente, apresente resultados, permita que o Brasil saia desta armadilha que nos colocou, de inflação alta e crescimento baixo, com a perda crescente da credibilidade do Brasil, para um outro momento, onde voltemos a crescer de forma sustentável, gerando empregos cada vez de melhor qualidade, avançando na qualidade da saúde, da segurança pública e da educação.  Essa é a nossa responsabilidade, nós da oposição.

 

O sr. tem o temor de que a aliança na BA se rompa após a definição de Gedel ou de Paulo Souto?

Tenho a convicção que não. Porque temos algo maior a nos mover que é a indignação com muito do que está acontecendo hoje no Brasil. Tenho certeza que essa aliança que foi vitoriosa, e permitiu ao Brasil – peço licença aos baianos para dizer – ter um prefeito de uma capital tão importante como Salvador, da qualidade do Neto, possa ser mantida. A minha expectativa, não é apenas de que manteremos a aliança, é de que manteremos a aliança e venceremos as eleições, tanto para o governo como para o Senado.

 

A chapa ideal é Paulo Souto na cabeça e o ministro Gedel no Senado?

A chapa ideal é onde ambos estejam juntos trabalhando de forma complementar pela Bahia e pelo Brasil.

 

Sobre Eduardo Campos

Ambos estamos na oposição. Eu, como presidente do maior partido de oposição no Brasil, tenho que saudar a chegada, na oposição, de lideranças políticas, no caso Eduardo Campos, a própria Marina, que militavam no campo governista na época do governo do presidente Lula. Eram ministros de Estado. Então é muito positivo que estejam no campo oposicionista. E se estão na oposição hoje é porque não concordam com tudo que está acontecendo no Brasil.

Acho natural que em um segundo momento, primeiro é legítimo que essas candidaturas sejam colocadas. O PT foi quem quis, desde o início, ganhar no W.O., impedindo, tentando inviabilizar, tanto a candidatura de Eduardo quanto o partido da Marina, e hoje eles estão no jogo político. Isso é muito bom. E, obviamente, se estão no campo da oposição, há uma proximidade natural entre nós. Mas no primeiro turno é importante que a candidatura de Eduardo se coloque, outras candidatura com a do senador Randolfe, meu colega, se coloque, e outras tantas que têm essa disposição. Mas acredito que as oposições estarão juntas no segundo turno para encerrarmos esse ciclo de governo de PT que tão mal vem fazendo ao Brasil.

 

Qual o melhor nome: Geddel e Paulo Souto?

Essa decisão não cabe a mim tomar. São ambos homens da maior qualidade, ambos têm todas as condições de conduzir nossa aliança à vitória. O que eu apenas espero, e tenho certeza de isso acontecerá pela responsabilidade que temos para com a Bahia e o Brasil , é que nós estaremos juntos. Mas essa é uma decisão que os baianos saberão tomar muito melhor que eu.