Pronunciamento de Aécio na comissão que aprovou a PEC dos Municípios

O deputado federal Aécio Neves aprovou seu relatório sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 048/2019, que estabelece a transferência direta para estados e municípios dos recursos de emendas parlamentares feitas ao Orçamento Federal.

Em seu pronunciamento, Aécio explica que as alterações propostas na PEC irão garantir agilidade e efetividade na aplicação desses recursos e mais investimentos nos municípios em obras e nos serviços de saúde e educação.

Assista abaixo ao pronunciamento de Aécio Neves na Comissão Especial sobre a PEC 48/2019, realizada na Câmara dos Deputados, no dia 12 de novembro.

 

Veja fotos do encontro de Aécio com prefeitos e lideranças em BH

Seminário da Câmara reúne prefeitos em BH para debater PEC dos Municípios

Mais de uma centena de prefeitos, vereadores e gestores da área pública participaram do seminário coordenado pelo deputado Aécio Neves, em Belo Horizonte, para debate sobre a PEC 48/2019 que altera a transferência de recursos do Orçamento da União para estados e municípios por meio das emendas parlamentares.

A PEC relatada por Aécio na Câmara dos Deputados prevê o repasse direto dos recursos destinados pelas emendas para obras e investimentos públicos.

Além de prefeitos e gestores, o seminário reuniu, na Assembleia Legislativa de MG, deputados estaduais e federais e os presidentes da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Julvan Lacerda, e do TCE, Mauri Torres.

“O que está em debate é a maior transformação na transferência de recursos da União para os estados e municípios nas últimas duas ou três décadas no Brasil. É a própria essência do Pacto Federativo. Estamos garantindo que os recursos de emendas sejam transferidos diretamente, fundo a fundo, aos municípios e permitindo que eles cheguem integralmente à população, com rapidez e transparência, a partir da liberação pela União”, afirmou o deputado e relator da matéria.

A proposta já foi aprovada pelo Senado e, informou Aécio, será levada ao plenário da Câmara em novembro. O objetivo é a aprovação ainda este ano, com as mudanças já vigorando no ano que vem.

Mais de 100 de prefeitos, vereadores e gestores da área pública participaram de seminário da Câmara realizado na ALMG - Foto: Alessandro Carvalho

Mais de 100 de prefeitos, vereadores e gestores da área pública participaram de seminário da Câmara realizado na ALMG – Fotos: Alessandro Carvalho

Mudanças desburocratizam repasses

A PEC altera o artigo 166 da Constituição, permitindo que as transferências via emendas cheguem aos municípios sem intermediários, simplificando os procedimentos.  Hoje, os recursos precisam ser repassados por meio de convênios e, em sua maioria, executados pela Caixa Econômica Federal.

A principal reclamação dos prefeitos e gestores públicos é o excesso de regras aplicadas, que somam 184 normas. Além do alto custo das tarifas e vistorias cobradas pelo Caixa, que chegam a comprometer mais de 10% dos recursos liberados.

“Há uma perda imensa desses recursos em esferas burocráticas. A média dos prazos entre a liberação dos recursos e a conclusão de obras, por exemplo, tem sido de cinco anos, o que é inaceitável”, afirmou Aécio.

Ele explicou que seu relatório final da proposta preservará todas as garantias de fiscalização e controle do uso dos recursos, hoje já feitos pelas Câmaras Municipais, Ministério Público e Tribunais de Contas.

“Os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) já são repassados diretamente para os caixas municipais, e usados com a fiscalização das Câmaras, dos tribunais de contas e do MP nos municípios e estados. Nada será alterado nas garantias e controle desses recursos. Vamos tirar apenas o faturamento excessivo que tem ocorrido na execução da emenda, sem benefício para a população e que tem causado desperdício, atraso e obras inacabadas”, disse.

Ao lado do presidente da AMM e do TCE, Aécio defende a transferência direta dos recursos de emendas aos municípios

Ao lado do presidente da AMM, Julvan Lacerda, Aécio defende a transferência direta dos recursos de emendas aos municípios – Foto: Hugo Cordeiro

Ao reafirmar que a autonomia dos municípios e a agilidade na entrega dos investimentos são os objetivos da mudança, Aécio acrescentou que sua proposta deverá vetar apenas o uso desses recursos no pagamento de salários e previdência.

“Não é adequado que recursos das emendas sejam usados na folha de pagamentos porque não constituem uma receita permanente do município”, explicou.

Antes do debate em Minas, a PEC 48 foi discutida em audiências públicas na Câmara dos Deputados, com ampla aprovação de representantes da Confederação Nacional dos Municípios, Frente Nacional dos Prefeitos e dos Tribunais de Contas.

 

Aécio fala sobre transferência direta de recursos aos municípios

O deputado federal Aécio Neves coordenou, nesta segunda-feira (21/10), o Seminário Regional da Comissão Especial da Câmara dos Deputados para discutir a PEC 48/2019, que prevê a transferência direta de recursos de emendas entre União, estados e municípios.  Aécio é relator da proposta. Durante o encontro, realizado na Assembleia Legislativa, a PEC foi debatida por prefeitos, deputados estaduais e federais, e presidentes do TCE e da AMM. A proposta deverá ser levada para votação no plenário da Câmara dos Deputados nas próximas semanas. Antes do seminário Aécio reuniu-se com mais de cem prefeitos e lideranças municipais mineiras e concedeu entrevista coletiva.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

Sobre o seminário em Minas da PEC 48/2019

Realizamos um evento oficial da comissão da Câmara Federal que vai, dentro de no máximo 30 dias, estabelecer uma nova normatização para a transferência de recursos da União para os municípios e também para os estados. Hoje há uma perda imensa desses recursos. Para se alcançar uma execução em torno de 70% daquilo que é destinado demora-se em média 5 anos, portanto, mais que do que o exercício de um mandato de um prefeito. O que estamos querendo fazer é transferir diretamente esses recursos para os municípios que definirão, eles próprios, quais serão os objetos daqueles investimentos a partir das prioridades que cada um deles, legitimamente, possa estabelecer. A fiscalização ficará por conta da Câmara de Vereadores, Ministério Público e do Tribunal de Contas, como acontece hoje com o Fundo de Participação dos Municípios (FPE).

Sem alterar absolutamente nada, vamos tirar instituições que faturam excessivamente, a nosso ver, com a execução dessas emendas. No caso por exemplo da Caixa, que cobra em torno de 12% de cada uma dessas emendas. Um custo absolutamente excessivo. Vai facilitar a vida de quem administra os municípios, mas, principalmente, para a população dos municípios que vai ter a integralidade desses recursos chegando rapidamente, imediatamente a partir da liberação do Orçamento da União, nas várias regiões do país. É a mais importante mudança estrutural no que diz respeito ao Pacto Federativo feito no Brasil nas últimas décadas.

O sr. deve propor algum tipo de mudança em relação ao texto do Senado?

Vou propor algumas alterações porque quero vedar a utilização desses recursos, por exemplo, para pagamento de pessoal. Não é adequado que você infle a folha de pagamentos na expectativa de um recurso que é eventual, que é circunstancial. Um determinado momento deixa de existir e a folha é irredutível. Então, vamos colocar algumas amarras, deixar muito claro quais são os órgãos fiscalizadores desses recursos e acho que vai ser um avanço muito grande. O recurso aprovado no Orçamento vai chegar aos vários municípios brasileiros, e mineiros em especial, de forma rápida, transparente, para que a população possa usufruir dos investimentos e possam também cobrar a execução das eventuais obras.

Sobre o regime de recuperação fiscal do governo de MG.

É lamentável que a situação de Minas tenha chegado a esse estado de calamidade. Não faz muito tempo que governei o Estado e era um momento de investimentos, um momento de equilíbrio fiscal. Vocês se lembram do déficit zero que alcançamos com gestão, com corte na estrutura do Estado. Vejo com preocupação a proposta de venda de ativos extremamente estratégicos para o Estado, como é o caso da Codemig. A Codemig pode aparentemente parecer a empresa com menos problema para ser alienada ou vendida, porque não tem funcionários, por exemplo, e não tem uma inserção nos vários municípios do Estado, que têm outras empresas. Mas ela é hoje a mais valiosa. E ela é estratégica para investimentos extremamente importantes para o Estado. Fala-se que ela seria essencial para pagar o 13º dos servidores, mas não a teremos no ano que vem para pagar esse mesmo 13º. Não acho que esse caminho vai permitir Minas recuperar, como recuperou no nosso tempo, o seu equilíbrio e a sua capacidade de investimentos.

Acho que a Assembleia tem o dever de discutir em profundidade essa proposta do governo e o que eu percebo que falta, lamentavelmente, hoje ainda, é o exercício da liderança tradicional de Minas no plano nacional. Isso faz falta. A ausência dessa liderança nos têm impedido de receber recursos da Lei Kandir, esses sim, direito líquido, certo e sagrado de Minas Gerais. Portanto, vamos discutir esta matéria com maior parcimônia e com o cuidado de que a solução imediata pode, eventualmente, aumentar e agravar a crise lá adiante.

O PSDB vai apoiar o governo Zema nessas iniciativas de privatização e aumento da alíquota de servidores?

Os parlamentares têm aqui liberdade para agir e compreendo que muitos têm agido com enorme responsabilidade. Enquanto partido político, o PSDB mantém a postura de independência em relação ao governo, mas vamos aprofundar essas conversas. Hoje tive uma reunião com o presidente do partido, deputado Paulo Abi-Ackel, para que possamos ter também em relação a este ajuste. Mas é óbvio que os deputados que já têm contribuído com o Estado neste momento extremamente grave terão a liberdade para agir conforme suas consciências os orientarem.

Sobre o governo Zema.

Reconheço que ele recebeu uma herança maldita do governo petista que aprofundou a crise do Estado, como não ocorreu em nenhum outro estado da Federação. Esse é um fato. Mas vejo um governo ainda tateando, um governo ainda tímido no que diz respeito à sua articulação nacional. Vejo agora a presença do secretário Bilac, o deputado Bilac, como uma possibilidade de uma reorganização maior das forças políticas de Minas porque, acima de partidos políticos, é preciso que estejamos juntos reivindicando aquilo que é direito de Minas Gerais. E acho que, talvez por uma certa inexperiência, não digo nem má intenção, mas inexperiência, vejo Minas muito ausente das grandes articulações federais, diferentemente do que vem ocorrendo com outros estados. E essa lacuna tem sido muito prejudicial ao Estado.

O governador disse hoje que espera arrecadar R$ 50 bilhões com as privatizações. O que o sr. acha desta previsão?

Extremamente otimista. Ele deve ter informações para chegar a elas. Acho que ele tem uma situação difícil pela frente a ser enfrentada. Não acho que esse caminho sempre proposto aos governadores, alienação de ativos, em especial, o da Codemig, seja o caminho mais fácil.

Qual o tempo previsto de tramitação a PEC e qual é a expectativa em relação a ela para Minas?

Essa é a maior transformação na transferência de recursos da União para os municípios nas últimas duas ou três décadas no Brasil. Ela está na essência do Pacto Federativo. Estamos garantindo que os recursos de emendas na nossa PEC sejam transferidos diretamente, fundo a fundo, entre a União, os ministérios e os municípios. Isso vai acontecer como ocorre com o FPM, sem demora e com absoluta transparência. Vamos aprovar isso nos próximos 30 dias e acho que estará promulgada até o final do mês de novembro. Estamos na reta final. Fiz questão de que em Minas Gerais, estado com maior número de municípios, tivéssemos a participação dos prefeitos. Além dos prefeitos, quem será beneficiada é a população com obras concluídas em tempo razoável.

Como o sr. vê essa confusão toda no PSL?

É confusão por nada. Você não vê nada de palpável, nada de essencial nessa discussão. E um pouco o estilo do presidente. Ele busca também essas crises, não sei se de forma proposital ou não, o tempo vai dizer, mas infelizmente isso acaba criando um clima ruim na sua própria base de apoio e prejudica a tramitação da reforma tributária, da reforma administrativa e outras questões relevantes.

Qual a posição do PSDB em relação ao governo?

O PSDB sempre tem uma posição de independência em relação ao governo Bolsonaro. Temos uma afinidade com a agenda econômica, uma agenda liberal, a reforma da previdência. Era algo tentado e iniciado pelo PSDB ainda no governo do presidente Fernando Henrique, mas temos divergências grandes, por exemplo, na agenda de costumes. Não há alinhamento do PSDB com este governo. Há enquanto a agenda econômica estiver prevalecendo e é natural que a votemos, até porque ela está na origem da construção do PSDB. Mas percebo um desânimo grande, um desalento muito grande no Congresso Nacional por conta dessa posição errática do presidente da República, que tem questões extremamente sérias para tratar e, a meu ver cria crises onde elas não existem, tanto internamente quanto também alguns embates do exterior.

Nós temos um país a ser reconstruído com mais de 14 milhões de desempregados, com a economia desaquecida, andando a passos de tartaruga. E não há um esforço concentrado, a meu ver, para enfrentar esta agenda.

O sr. disse que ficou surpreso e feliz com a presença de tantos prefeitos.

É muito difícil numa segunda-feira reunir mais de uma centena de prefeitos, fiz aqui questão de ler o nome de todos eles, para discutir assuntos que estão transitando em Brasília. Essa sinergia, essa relação Brasília-Minas é muito importante. E aí talvez esteja localizada a minha maior crítica em relação ao atual governo, falta hoje uma liderança política mais efetiva para congregar, para agregar as forças políticas do Estado acima de partidos políticos, para defender questões essenciais, como o retorno dos recursos da Lei Kandir. Esta é uma agenda de Minas Gerais.

Prefeitos mineiros formam com Aécio frente de apoio à PEC dos municípios

“Vim ao meu estado, que é o que tem maior número de municípios, para debater a proposta que estamos fazendo. Porque aqui todos sabemos o alcance da mudança que estamos discutindo. Temos ainda muita coisa a fazer e uma história muito bonita a escrever em favor de Minas Gerais”, diz Aécio, em encontro com prefeitos em BH.

O ex-governador Aécio Neves e mais de 100 prefeitos e lideranças mineiras, reunidos em Belo Horizonte, assumiram um compromisso conjunto de mobilização das bancadas na Câmara dos Deputados em favor da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 48, que torna direta a transferência para estados e municípios dos recursos das emendas parlamentares.

Aécio é relator da PEC e reuniu prefeitos, vereadores e gestores públicos de vários partidos para apresentar as mudanças que serão feitas na proposta antes da votação em dois turnos no plenário da Câmara, prevista para o mês que vem.

“É importante que haja em Brasília, em novembro, uma mobilização final em favor da PEC 48, numa hora em que a transferência de recursos da União passou a ser vital para os municípios brasileiros e mineiros, em especial”, disse o ex-governador no encontro realizado nessa segunda-feira (21), em seu escritório em BH.  Veja abaixo fotos do encontro.

Seminário na ALMG debateu mudança

Aécio e prefeitos seguiram juntos para a Assembleia Legislativa do MG, onde foi realizado o Seminário Regional sobre a PEC, sob a coordenação do ex-governador.

“O Brasil tem um cemitério de 14 mil obras paralisadas ou inacabadas. Isso mostra o tamanho da incapacidade de atender as demandas daqueles que vivem nos municípios e dependem diretamente desses investimentos. Hoje boa parte deles perdidos na burocracia dos órgãos e de seus operadores, em especial da Caixa Econômica Federal”, afirmou Aécio.

Pelas regras em vigor, os repasses das emendas são intermediados por ministérios e pela Caixa, que cobra tarifas e as vistorias técnicas realizadas. O montante pago consome em média mais de 10% dos recursos liberados.

Em apoio à PEC também participaram do seminário deputados federais e estaduais e os presidentes da AMM, prefeito Julvan Lacerda, e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Mauri Torres.

“Aécio Neves governou nosso Estado por dois mandatos e conhece o municipalismo. Isso vai ser muito importante para todos. O cidadão vive é no município. É lá que ele bate na porta do prefeito para resolver o problema de calçamento da rua, do esgoto, da internação. Quando a fiscalização ocorre no próprio estado e município, ela é mais eficiente que o fiscalizado de longe. E os Tribunais de Contas no Brasil estão completamente aparelhados para fazer a fiscalização da aplicação desses recursos”, assegurou o presidente do TCE de Minas Gerais.

A PEC deverá prever que os repasses sejam feitos “fundo a fundo”, como já ocorre com os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O dinheiro destinado no Orçamento via emendas chegará aos cofres municipais assim que liberado.

“A caixa nos toma 10% dos recursos, pagamos para sofrer. São cinco anos de espera e a população brava, sem entender, xinga é o prefeito”, afirmou Geraldo Godoy, prefeito de Periquito, no Vale do Rio Doce.

PEC dos municípios será debatida em seminário em Minas Gerais

Requerimento de Aécio aprovado hoje traz para Minas debate sobre proposta que prevê transferência direta de recursos a estados e municípios

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC 48) que estabelece a transferência direta para estados e municípios de recursos de emendas ao Orçamento será debatida em Minas Gerais, no próximo dia 21 de outubro, durante seminário que reunirá prefeitos e parlamentares na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

A iniciativa é do deputado federal Aécio Neves e foi aprovada pela Comissão Especial que analisa a PEC na Câmara dos Deputados. Aécio é relator da proposta que deverá ser levada para votação no plenário da Câmara até o final do ano.

“Há uma crítica fácil à emenda parlamentar e uma distorção na compreensão desse assunto pela sociedade. Por isso, é importante ampliarmos o debate. É importante esclarecer que a Constituição garante que parcela do Orçamento seja definida pelos parlamentares por meio das emendas e mais: em muitos municípios do país, essa tem sido a única forma de os recursos orçamentários chegarem até eles”, afirmou Aécio.

A transferência dos recursos de emendas – hoje obrigatoriamente repassados por intermédio dos ministérios e da Caixa Econômica Federal – foi debatida nesta quarta-feira por representantes dos Tribunais de Conta dos estados e da União e do Ministério Público de Contas, em audiência pública realizada na Câmara.

A mudança proposta na PEC foi bem avaliada pelo conjunto de representantes dos tribunais. Eles destacaram a capacidade de fiscalização e de controle do uso desses recursos nas esferas dos estados e dos municípios.

“Os Tribunais de Contas estão aptos a fiscalizar a aplicação desses recursos quaisquer que seja a modalidade de transferência. O repasse direto aos municípios não vai alterar a rotina dos tribunais, que hoje já fiscalizam a execução das obras públicas desde a publicação do edital”, afirmou o presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Fábio Nogueira.

Excesso de burocracia

O atual conjunto de 184 normas existentes para execução de investimentos com recursos das emendas foi apontado como principal barreira enfrentada pelas prefeituras. O alto custo das tarifas e vistorias pagas à Caixa também foi criticado.

“A Caixa ajuda hoje a estruturação de projetos pelas prefeituras, o que é positivo, mas a um custo muito alto de cerca de 12% do total da emenda. O controle em demasiado, quando passa do ponto do ótimo, fica extremamente custoso. Acaba por impedir a eficiente aplicação dos recursos. Nas emendas de baixo valor, o controle passou do ponto do excesso de regulamentação”, afirmou o procurador do Ministério Público junto ao TCU, Júlio Marcelo de Oliveira.

Atualmente, deputados e senadores podem apresentar até 25 emendas à despesa orçamentária, em valor correspondente a 1,2% da receita corrente líquida da LDO (proposta orçamentária). Metade desses recursos precisam ser destinados para ações e serviços públicos de saúde.

A PEC 48 já foi aprovada pelo Senado e será submetida a votação em dois turnos na Câmara dos Deputados.

“Queremos levar ao plenário uma proposta final que simplifique as regras com maior autonomia dos gestores municipais e também com as necessárias garantias de controle e fiscalização. Nosso esforço será para sua aprovação até a última semana de novembro”, afirmou Aécio.