Sobre a chamada Reforma Administrativa

A chamada reforma administrativa anunciada hoje apequena ainda mais o governo Dilma. Não em sua estrutura, porque os cortes são pouco expressivos frente ao aumento excessivo de gastos do governo nos últimos anos. Se assemelha na verdade a uma maquiagem. Uma reforma que fica a léguas de distância do que seria necessário para sinalizar o início de uma nova fase para o país.
Apequena o governo pela forma como a presidente Dilma age para se manter no cargo. Distribuindo espaços relevantes de poder não em busca da melhoria da qualidade do governo, mas para garantir votos que impeçam o seu afastamento.
Os efeitos dessas mudanças serão efêmeros e a presidente da República continuará precisando mostrar ao país que tem condições de tirá-lo da gravíssima crise na qual seu governo nos mergulhou.
O que traduz de forma mais eloquente a situação da presidente é a frase dita esta semana pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e que merece ser repetida: “A presidente não governa. Ela é governada”.

Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB

Sobre a Reforma Ministerial

Lamentavelmente, sem ter mais forças para comandar uma agenda positiva para o país, a presidente Dilma se entrega aos seus aliados do Congresso Nacional. E aquele que poderia ter sido o último grande gesto à disposição da presidente para reconectar-se com a sociedade brasileira – o enxugamento da máquina pública, a diminuição do número de ministérios, o corte de cargos de livre nomeação -, está sendo a demonstração da incapacidade da presidente governar o país. Mesmo em algo que poderia ser positivo, ela se confunde e passa à opinião pública o sentido de que os cargos públicos não servem para melhorar as políticas públicas, mas para angariar mais votos na Câmara dos Deputados. A entrega do Ministério da Saúde – e fico nesse por ser o mais emblemático de todos – em contrapartida de 20 ou 30 votos na Câmara dos Deputados, é a demonstração clara de que a presidente não se coloca em condições de governar de forma adequada o país. É triste, é lamentável, e repito: o governo da presidente Dilma vive seus estertores.
Senador Aécio Neves
Presidente nacional do PSDB

Declaração sobre a visita da presidente Dilma ao Maranhão

A Presidente da República em visita ao Maranhão tenta mais uma vez eximir-se da sua responsabilidade pela grave crise em que seu governo mergulhou o Brasil.
Faltaram mais uma vez humildade e sinceridade à Sra. Presidente para reconhecer que o vale tudo ao qual se referiu foi praticado, não pelas oposições, mas por ela própria e por seu governo para vencer as eleições.
Mais uma vez, não foram as oposições, e sim o governo e os seus companheiros que colocaram os interesses pessoais e partidários, como atesta a Operação Lava Jato, acima dos interesses do país.
As consequências disso são sentidas hoje por grande parte dos brasileiros com o desemprego crescendo, inflação de 10% ao ano, juros na estratosfera e a maior queda das últimas duas décadas na renda do trabalhador.
As oposições, e o PSDB de forma especial, continuarão agindo com absoluta responsabilidade para minimizar, principalmente para os mais pobres, os efeitos perversos dos equívocos e das irresponsabilidades do governo petista.
A presidente Dilma viaja pelo país tendo que ficar distante do povo e cercada por claques encomendadas. Leva na bagagem a mesma arrogância e indiferença com a realidade, quando deveria levar a humildade e o compromisso com a verdade. – Aécio Neves

Nota sobre o programa do PT

Quem esperava que o programa do PT fosse um espaço de bom senso, com uma clara autocrítica ao estelionato eleitoral cometido pelo partido e com explicações sobre a sua impressionante complacência diante da poderosa rede de corrupção montada nas estatais federais com a participação, inclusive, de dirigentes petistas, se surpreendeu ao ver, no programa exibido hoje, o PT de sempre: arrogante, alheio à realidade e intolerante para com seus críticos.
Com arrogância, voltam a amedrontar os brasileiros. Dessa vez, com imagens de alçapões e labirintos. Quem sabe os mesmos nos quais o partido se perdeu e jogou o Brasil.
Mais uma vez, insistem na divisão do país entre o PT e os outros. A mesma arrogância e intolerância exibida nos últimos anos, quando não apenas a oposição, mas também todos os principais setores da sociedade alertaram para o risco da recessão, da inflação e do desemprego. O PT não ouviu. Ignorou a todos de forma arrogante.
A presidente Dilma e o comando do PT se calam sobre a crise social, minimizam a crise econômica e divulgam a crise política com obra da oposição. Querem parecer vítimas injustiçadas e não autores do enredo das múltiplas crises em que enterrou o Brasil e os brasileiros.
Com arrogância de sempre, agem como quem não precisa prestar contas à população, ignoram as graves provas da corrupção instalada nos governos no PT. Nenhuma palavra sequer sobre corrupção! Nenhuma palavra sobre a prisão de um dos principais líderes do partido, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
O presidente nacional do PT ao invés de defender o partido da acusação de ter recebido R$ 10 milhões de propina na sua própria sede, o mesmo partido que levou o Brasil à maior recessão dos últimos 20 anos, teve o desplante de recomendar juízo aos outros.
Ao final, em nova e inacreditável manifestação de arrogância e de cinismo, ironizam os milhões de brasileiros que promovem panelaços como forma de expressar indignação pelas mentiras e pela corrupção institucionalizadas neste governo.
O programa do PT ofende e desrespeita os brasileiros, agride as forças políticas democráticas da oposição e mostra na TV que o principal compromisso do PT continua sendo com ele mesmo.

Aécio Neves – Presidente Nacional do PSDB

Nota sobre a Operação Lava Jato

O PSDB não comemora nem lamenta as novas prisões da Operação Lava Jato, entre elas a do ex-ministro José Dirceu. O que deve ser louvado neste momento é o pleno funcionamento das nossas instituições. Cabe a nós, como de resto a todos os democratas no Brasil, zelar pelo seu bom funcionamento. Instituições autônomas, independentes e altivas são a garantia do exercício pleno da democracia. Aqueles que cometeram delitos, independente da função que ocupam ou ocuparam, devem responder por eles dentro do que determina a lei. – Aécio Neves

O discurso do golpe

O discurso do golpe que vemos hoje assumido pela presidente da República, e repetido pelos seus ministros e pelos petistas, nada mais é do que parte de uma estratégia planejada para inibir a ação das instituições e da imprensa brasileiras no momento em que pesam sobre a presidente da República e sobre seu partido denúncias da maior gravidade.

Para o PT, se o TCU identifica ilegalidades e crime de responsabilidade nas manobras fiscais autorizadas pela presidente da República, trata-se de golpe.

Para o PT, se o TSE investiga ilegalidades na prestação de contas das campanhas eleitorais da presidente da República, trata-se de golpe.

Se a Polícia Federal e o Ministério Público investigam crimes de corrupção praticados por petistas, para o PT trata-se de golpe.

Tudo que contraria o PT, e os interesses do PT, é golpe!

Na verdade, o discurso golpista é o do PT, que não reconhece os instrumentos de fiscalização e de representação da sociedade em uma democracia.

O discurso golpista do PT tem claramente o objetivo de constranger e inibir instituições legítimas, que cumprem plenamente seu papel.

Os partidos de oposição continuarão atentos e trabalhando para impedir as reiteradas tentativas do PT para constranger e inibir a autonomia e independência das instituições brasileiras.

 

Aécio Neves – Presidente do PSDB