Rio+20

Mais uma vez o Brasil está no centro do desafio ambiental que mobiliza o mundo. Com a Rio+20, a comunidade internacional reúne as suas melhores esperanças para fazer avançar uma agenda comum e novas metas mobilizadoras para o desenvolvimento sustentável, que alcança também as questões econômicas e sociais.

Na condição de anfitriões da conferência global, é hora de nos posicionarmos com a convicção de quem, como eu disse antes aqui, pode se tornar o primeiro país desenvolvido com economia de baixo carbono, ampla participação de energias renováveis e práticas industriais, comerciais e agrícolas sustentáveis. Não podemos perder a oportunidade de contribuir para a fundação de um novo modelo de desenvolvimento -justo e solidário- que possa servir de referência.

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http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/48032-rio20.shtml

Aécio Neves: Brasil deve assumir papel de liderança na Rio+20

Para o senador, País não pode se contentar em apenas receber a conferência

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, nesta quarta-feira (13/06), que espera que o Brasil assuma uma papel de liderança na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, iniciada hoje no Rio de Janeiro. Aécio Neves alertou que o País não pode se limitar a ser apenas anfitrião do evento. Ainda segundo ele, o desfecho das negociações em torno do novo Código Florestal já resultou em uma imagem negativa para o Brasil junto à comunidade internacional.

“O fato de não termos conseguido dar um fecho no Código Florestal é uma sinalização ruim que o Brasil dá para as outras partes do mundo. Tenho dito, há muito tempo, que o Brasil pode ser, pelas circunstâncias da natureza, que o destino nos proporcionou, do ponto de vista da emissão de carbono, um país autossustentável. Temos a matriz energética mais limpa do mundo, mas era preciso que houvesse, do ponto de vista do governo, uma ação mais coordenada e mais incisiva para que o Brasil assuma um papel de liderança e não seja apenas o hospedeiro, o anfitrião, de um evento destas proporções”, disse.

Aécio Neves afirmou que avanços só serão possíveis quando cada país participante da conferência ceder dentro de suas possibilidades e contribuir para se chegar a um consenso.

“Começa a haver uma divisão entre países desenvolvidos, de um lado pouco propensos a fazerem esforços do ponto de vista exatamente da emissão de gases estufa, de busca de matrizes energéticas mais limpas, em contraponto com os países em desenvolvimento. Só teremos avanços consistentes quando cada um, no limite das suas possibilidades, contribuir para a construção, não apenas nas próximas décadas, mas até mesmo no próximo século. É um momento importante, um marco importante, mas espero que o Brasil tenha uma posição mais ousada do que apenas de ser o anfitrião do evento”, afirmou o senador Aécio.

Aécio Neves – Entrevista – Rio+20 e Política

Local: Brasília – DF

Assuntos: Eleições em BH, PSDB, PT, Rio+20

Sobre a sucessão municipal, o senhor aqui conversando com parlamentares do PR e também a definição do candidato a vice-prefeito em Belo Horizonte.

Desde o início do processo de Belo Horizonte, dissemos de forma muito clara que a condução seria feira pelo Diretório Municipal do PSDB, respaldado pelo Diretório Estadual. É uma questão partidária. E o PSDB vem se manifestando há muito tempo em favor da candidatura de Marcio Lacerda, não agora, quando ele está na frente das pesquisas. No caso do PSDB, a nossa manifestação consciente e consistente, sem divisões, sem rachas, sem grupos internos, foi a favor de Marcio Lacerda desde a última eleição, quando ele sequer aparecia, sequer pontuava nas pesquisas eleitorais. E não vemos razão maior para que ele deixe de ter o nosso apoio.

O que esperamos é que cada vez mais a prática administrativa do PSDB, da meritocracia, com a qual ele tem muita afinidade, até porque conviveu conosco como meu secretário de Desenvolvimento Econômico, possa estar avançando na Prefeitura. Temos do ponto de vista administrativo algumas diferenças em relação ao que pratica o PT. Enquanto privilegiamos resultados, metas e a qualidade dos servidores, o PT caminha sempre na direção do aparelhamento da máquina pública e da ineficiência, que assistimos hoje, inclusive no plano federal. Mas, em relação a Belo Horizonte, o PT toma uma decisão, não sei ainda qual a decisão final do PSB, mas o deputado Miguel Corrêa é um nome qualificado. Isso não é para nós o mais relevante. O mais relevante é que o prefeito Marcio Lacerda possa ter como candidato a vice, independente de qual seja o partido, um aliado, e não um adversário, como ele teve nos últimos quatro anos.

A administração pública é complexa, os desafios são permanentes. Se você tem ao seu lado como vice-prefeito alguém que trabalha contra diuturnamente, como aconteceu com o último vice-prefeito do PT, é muito ruim para a cidade, para a administração. Cabe ao prefeito Marcio Lacerda dizer se ele está confortável, confiante na parceria agora indicada pelo PT. Somos a favor de Belo Horizonte. Não estamos nesse jogo político discutindo espaços, brigando por essa ou aquela secretaria, por esse ou aquele espaço político. Até porque considero Marcio Lacerda, o candidato a prefeito de Belo Horizonte, como um aliado político de primeiríssima hora. Até porque quem o trouxe de volta para a vida pública fomos nós, quando o convidei para ser o nosso secretário de Desenvolvimento Econômico e quando lançamos candidato à prefeitura de Belo Horizonte, com apoio do então prefeito Pimentel.

E essa conversa com o PR?

Eu tenho com o PR uma aliança histórica. O PR está na nossa base de sustentação desde o meu primeiro mandato. Participamos juntos em eleições no estado inteiro. Aqui mesmo agora, recebo a visita do deputado Aracely que disputará me parece a eleição em Araxá. Vamos conversar com eles. Onde for possível, solidificarmos a nossa aliança, vamos fazer. A nossa base aliada, PSDB aliado aos partidos que nos dão sustentação, todos somados, venceremos cerca de 90% das prefeituras do estado de Minas Gerais nestas eleições.

Qual a expectativa do senhor sobre a Rio+20?

Um pouco desorganizada, sobretudo, do ponto de vista do Brasil. O fato de não termos conseguido dar um fecho no Código Florestal é uma sinalização ruim que o Brasil dá para as outras partes do mundo. Já tenho dito, há muito tempo, que o Brasil pode ser, pelas circunstâncias da natureza, circunstâncias que o destino nos proporcionou ter, do ponto de vista da emissão de carbono, enfim, um país autossustentável, temos a matriz energética mais limpa do mundo, mas era preciso que houvesse do ponto de vista do governo, uma ação, a meu ver, mais coordenada e mais incisiva para que o Brasil assuma um papel de liderança e não seja apenas o hospedeiro, apenas o anfitrião, de um evento destas proporções. Na verdade, já começa haver uma divisão entre países desenvolvidos de um lado, pouco propensos a fazerem esforços do ponto de vista exatamente da emissão de gases estufa, enfim, de busca de matrizes energéticas mais limpas, em contraponto com os países em desenvolvimento. Só teremos avanços consistentes quando cada um, no limite das suas possibilidades, contribuir para a construção, não apenas nas próximas décadas, mas até mesmo no próximo século. É um momento importante, um marco importante, mas espero que o Brasil tenha uma posição mais ousada do que apenas de ser o anfitrião do evento.