A resposta está na política

O Brasil deu um passo importante esta semana rumo à implantação de uma reforma política, essencial ao ambiente de transparência e amadurecimento do país. A aprovação em 1º turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de minha autoria e do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), representa uma vitória significativa da democracia brasileira. Ao coibir a proliferação e a mercantilização de partidos políticos, a emenda contribui para ampliar a legitimidade daquelas agremiações realmente representativas das ideias e princípios de parcelas significativas da população.

Não temo dizer que o consenso inédito obtido no Senado em torno dessa proposta representa a decisão mais importante do Congresso Nacional nos últimos 20 anos, em termos de fortalecimento e racionalização do nosso processo político. A democracia tem imperfeições, mas ainda não existe nenhum outro sistema político melhor. Cabe à sociedade como um todo – e aos seus representantes, em particular – o zelo permanente quanto à conservação e aprimoramento das instâncias de representação política. A decisão tomada pelo Senado nos encoraja a seguir em frente na defesa de reformas estruturais.

As medidas aprovadas avançam em pontos absolutamente necessários ao reordenamento do processo político brasileiro. Temos hoje 36 partidos registrados no país e mais de 30 aguardando regularização junto aos tribunais regionais eleitorais e ao TSE. Essa proliferação de legendas, além de tornar inviável o bom funcionamento do Congresso, está longe de representar a pluralidade de vozes que emergem no tecido social.

Infelizmente, em que pese a existência de pequenos partidos bem fundamentados do ponto de vista ideológico e que representam parcelas legítimas do pensamento da sociedade, essa não é a marca de muitas das legendas em questão. Essas siglas de aluguel são muitas vezes trampolins para manobras que afrontam as reais escolhas dos cidadãos. É preciso dar um basta nisso. De acordo com a PEC, só terão acesso aos recursos públicos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na TV e rádio os partidos que atingirem um percentual mínimo de 2% dos votos válidos em pelo menos 14 estados. A regra será introduzida gradativamente, a partir de 2018, de forma a garantir tempo suficiente para a transição e será totalmente incorporada em 2022, quando o percentual mínimo de votos a ser obtido por cada legenda subirá para 3%.

A proposta também acaba com as coligações proporcionais nas eleições para vereador e deputados estadual e federal, a partir de 2020. É o fim daquele processo que permite a um candidato, mesmo sem representatividade, se eleger às custas de um partido maior com o qual, muitas vezes, não guarda nenhuma identidade. O fim das coligações proporcionais obrigará os partidos a se fortalecerem, a discutir e se mobilizar em torno de projetos das suas regiões, das suas cidades, dos seus estados. A ter mais nitidez aos olhos da sociedade.

É muito importante destacar que a PEC não impede a criação ou atuação de partidos pequenos, que terão direitos iguais aos demais, desde que reunidos no chamado sistema de federação, atuando como blocos nos legislativos e com regras novas.

Por fim, a PEC valoriza a questão da fidelidade partidária ao prever a perda de mandato para quem mudar de partido. A regra, já válida para deputados e vereadores, se estende também a todos os outros cargos – prefeitos, senadores, governadores e presidente da República.

Este conjunto de medidas certamente vai ao encontro do sentimento da sociedade brasileira, ávida por credibilidade e legitimidade da sua representação política. O exercício da boa política é a melhor resposta ao desalento da sociedade expresso nas últimas eleições.

Senado aprova proposta aumenta pena para furto de gado e venda de carne ilícita

O plenário do Senado aprovou, nessa quarta-feira punição mais grave para furto, abate clandestino e receptação de animais bovinos, suínos e caprinos. O projeto de lei do deputado federal Afonso Hamm, do PP do Rio Grande do Sul, determina penas mais rigorosas pelo desvio de animais de corte e venda ilícita da carne. Agora, a pena para esses crimes será de dois a cinco anos, mais multa. Atualmente o roubo de animais não é enquadrado especificamente no Código Penal, cabendo a esse crime a aplicação da pena para furtos gerais, que prevê reclusão de um a quatro anos. O senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, que relatou a proposta na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, ressaltou a importância da iniciativa para evitar prejuízos econômicos, principalmente para pequenos criadores. E alertou, ainda, que a medida pode preservar a saúde dos consumidores.


Sonora do senador Aécio Neves

“O que nós estamos fazendo aqui é enfrentar uma realidade que traz, obviamente, prejuízo aos proprietários rurais, em especial proprietários de animais, e obviamente também à saúde pública. Nós estamos inibindo o comércio clandestino de animais”

Ao defender a proposta antes da votação, Aécio salientou que o furto de gado é o crime contra a propriedade mais praticado no interior do país.


Sonora do senador Aécio Neves

“É raríssimo, no país, qualquer proprietário rural – me refiro em especial aos pequenos proprietários rurais – que não tenha razões para se queixar de furto de gado, especialmente. Os autores poucas vezes deixam registro desses crimes. Portanto, o agravamento desses crimes, e nós sabemos que a facilidade de cometê-los é enorme, principalmente nas regiões do interior do país.”

A nova legislação acrescenta o art. 180-A, que também prevê a pena de reclusão, de dois a cinco anos e multa, para quem adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou comercialização, animais domesticáveis de produção, ainda que abatido ou dividido em partes. O projeto segue agora para sanção presidencial.

De Brasília, Shirley Loiola.

Boletim

Projeto penaliza comércio de carne de origem ilegal

É uma demanda, principalmente dos pequenos produtores rurais e proprietários de gado de todo o país, e tem o apoio também do Ministério da Agricultura, do Ministério da Saúde. Eu conclamo os senhores parlamentares para que possamos aprová-lo”, afirmou o senador Aécio Neves, ao defender a aprovação do Projeto de Lei 128/2015, que aumenta pena para furto de gado e animais, e a venda de carne de origem ilegal.

O projeto do deputado Alberto Hamm e relatado por Aécio Neves foi aprovado na noite dessa quarta-feira (13/07), por unanimidade, no Senado, e segue agora para sanção presidencial. A partir dele, a pena para furto de animais aumenta para prisão de 02 a 05 anos, mais multa.

Veja trechos do pronunciamento de Aécio Neves em defesa do voto dos senadores.

Senado aprova relatório que aumenta pena para roubo de gado

É uma demanda, principalmente dos pequenos produtores rurais e proprietários de gado de todo o país, e tem o apoio também do Ministério da Agricultura, do Ministério da Saúde. Eu conclamo os senhores parlamentares para que possamos aprová-lo”, afirmou o senador Aécio Neves, ao defender a aprovação do Projeto de Lei 128/2015, que aumenta pena para furto de gado e animais, e a venda de carne de origem ilegal.

O projeto do deputado Alberto Hamm e relatado por Aécio Neves foi aprovado na noite dessa quarta-feira (13), por unanimidade, no Senado, e segue agora para sanção presidencial. A partir dele, a pena para furto de animais aumenta para prisão de 02 a 05 anos, mais multa.

Veja trechos do pronunciamento de Aécio Neves em defesa do voto dos senadores.

Senado aprova por unanimidade relatório de Aécio Neves que aumenta pena para roubo de gado e animais, e pune venda de carne clandestina

O plenário do Senado aprovou na noite desta quarta-feira (13/07), por unanimidade, o projeto de lei relatado pelo senador Aécio Neves que insere no Código Penal os crimes de furto e receptação de gado, com penas mais duras que as previstas atualmente.

Aprovado por unanimidade, o PLC nº 128/2015, de autoria do deputado federal Afonso Hamm (PP/RS), estabelece que a pena para esses crimes será de dois a cinco anos, mais multa, e define também como crime contra as relações de consumo a venda, o transporte, ter em depósito ou expor, de qualquer forma, carne ou outros alimentos sem procedência conhecida e legal.


Leia abaixo pronunciamento do senador Aécio Neves, relator da proposta aprovada:

Trata-se de um projeto que tem o apoio, não apenas da comunidade rural brasileira, do agronegócio, mas em especial do Ministério da Agricultura e do Ministério da Saúde, porque é uma questão que pode ser tratada tanto no âmbito criminal quanto da saúde pública.

O que estamos fazendo aqui é enfrentar uma realidade que traz prejuízo aos proprietários rurais, em especial proprietários de animais, e obviamente também à saúde pública. Nós estamos inibindo o comércio clandestino de animais. A proposta, a partir do artigo 155, de acordo com esse PLC, permite que o parágrafo sexto passe a vigorar nos seguintes termos: a pena passa a ser, para furto e recepção de semoventes domesticáveis de produção, ainda que abatidos, de reclusão de dois a cinco anos a quem subtrai semovente domesticável de produção, repito, ainda Entrada (10.899)que abatido, dividido em partes, no local da subtração.

Houve uma contribuição importante do senador Eduardo Braga, na CCJ, que nós sanamos, e estamos acrescentando nesse projeto o artigo 180a, e aqui registro o projeto de autoria do depuado Afonso Hamm, e veio, portanto, da Câmara dos Deputados.

Estamos acrescentando o artigo 180 no Código Penal para tipificar também, além de receptação de animais, passa a tipificar os crimes nos seguintes termos: adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou comercialização, semovente domesticável de produção ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime aquele que portanto, notadamente, saber que aquele produto que está sendo adquirido ou que ele está comercializando ou mesmo guardando, seja objeto de crime, ele passa a responder por uma pena de reclusão de dois a cinco anos.

É raríssimo, no país, qualquer proprietário rural – me refiro em especial aos pequenos proprietários rurais – que não tenha razões para se queixar de furto de gado, especialmente. Os autores poucas vezes deixam registro desses crimes. Os pequenos produtores rurais demandam, portanto, o agravamento desses crimes, e sabemos que a facilidade de cometê-los é enorme, principalmente nas regiões do interior do país.

Portanto, o comércio clandestino de carne e de outros produtos de procedência ilícita, como eu disse, é uma questão que é tratada nesse projeto do ponto de vista criminal, com o agravamento das penas, mas também do ponto de vista da saúde pública, sabendo todos os riscos que o mau armazenamento do animal de procedência não certificada possa trazer.

Foi feita uma grande discussão na Comissão de Justiça, esse projeto retornou à pauta hoje e foi votado lá por unanimidade. É uma demanda, principalmente dos pequenos produtores rurais e proprietários de gado de todo o país, e tem o apoio também do Ministério da Agricultura, do Ministério da Saúde. Eu conclamo os senhores parlamentares para que possamos aprová-lo”.

Plenário do Senado

É uma demanda, principalmente dos pequenos produtores rurais e proprietários de gado de todo o país, e tem o apoio também do Ministério da Agricultura, do Ministério da Saúde. Eu conclamo os senhores parlamentares para que possamos aprová-lo”, afirmou o senador Aécio Neves, ao defender a aprovação do Projeto de Lei 128/2015, que aumenta pena para furto de gado e animais, e a venda de carne de origem ilegal.

George Gianni

George Gianni