Plano Real comemora 20 anos e Aécio lamenta a volta da inflação

No aniversário dos 20 anos do Plano Real, comemorado nesta terça-feira, o presidente nacional do PSDB e candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves, destacou, no Plenário do Senado, que esta foi mais importante reforma estruturante ocorrida no Brasil nos anos recentes. O tucano elogiou a participação dos ex-presidentes Itamar Franco e José Sarney no esforço para a estabilização política e econômica do país, consolidadas com o Plano Real conduzido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

 

Sonora de Aécio Neves 

“O fato concreto é que a mais importante reforma estruturante ocorrida no Brasil nos anos recentes foi exatamente o Plano Real, o reencontro do Brasil com a estabilidade. Isso foi possível porque nós vivíamos em um regime democrático. Venho a esta tribuna para fazer este registro, porque foi com a coragem e competência daqueles que governavam o Brasil naquele instante que o Brasil criou as condições para implementar outras importantes reformas.”

 

Aécio também lamentou que as questões que pareciam resolvidas após a implementação do plano Real, como o controle da inflação e a recuperação da credibilidade do país, tenham voltado à pauta em decorrência dos equívocos cometidos pelo governo federal.

 

Sonora de Aécio Neves 

“Infelizmente uma agenda que julgávamos ultrapassada e superada, a agenda da estabilidade da moeda e da credibilidade do País, fundamentais à retomada do crescimento em bases mais sólidas, volta a ser a agenda do nosso cotidiano. A inflação volta a atormentar a vida dos brasileiros, sempre rondando o teto da meta. O que faltou ao Brasil nesses últimos anos foi coragem política, Sr. presidente, para implementar as reformas necessárias para que o Brasil não sofresse hoje o constrangimento e nós brasileiros as consequências de sermos o País que menos cresce na nossa região”.

 

Boletim

Aécio Neves – Pronunciamento sobre os 20 anos do Plano Real

O presidente nacional do PSDB e candidato do partido à Presidência da República, senador Aécio Neves, lembrou, nesta terça-feira (01/07), no plenário do Senado, os 20 anos do Plano Real e a implantação da moda em 1º de julho de 1994, quando as cédulas começaram a circular no país.

 

Leia o pronunciamento do senador:

Numa manhã, exatamente, no dia 1º de julho de 1994, portanto, há exatos 20 anos, começava,  a circular, no Brasil, a primeira cédula de Real, uma transformação absolutamente estruturante na vida de todos os brasileiros. O maior, sem dúvida alguma, o maior programa de distribuição de renda da nossa contemporaneidade, porque ela privou do perverso imposto inflacionário dezenas de milhões de brasileiros que conviviam aquele tempo – e fico apenas no período, pré-posse do Presidente Fernando Henrique – de 916% ao ano. Esse era o índice do IPCA quando o Presidente Fernando Henrique assumiu a Presidência da República.

Oito anos se passaram, a inflação veio ano a ano sendo reduzida, a credibilidade do País sendo recuperada e outras reformas estruturantes sendo efetivadas: as privatizações de setores como o de telecomunicações, como a da Embraer, como a da siderurgia, essenciais à busca da modernidade ou da inclusão do Brasil nas cadeias globais mundo afora, e depois a Lei de Responsabilidade Fiscal, outro marco absolutamente fundamental à administração pública brasileira.

Todas essas medidas, feitas com o esforço do Governo do PSDB, com o extraordinário apoio da sociedade brasileira, não foram conquistas fáceis, porque nós encontramos ali, em todas elas,  a oposição ferrenha do Partido dos Trabalhadores, seja em relação ao Plano Real, seja em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, recorrendo, inclusive – vejam vocês – ao Supremo Tribunal Federal, para buscar inviabilizá-la.

A história está escrita. Ninguém vai reescrevê-la. Nós podemos consultá-la e interpretá-la. Mas o fato concreto é que a mais importante reforma estruturante ocorrida no Brasil nos anos recentes foi exatamente o Plano Real, o reencontro do Brasil com a estabilidade.

Isso foi possível porque nós vivíamos em um regime democrático e faço aqui um registro, até por oportuno, sobre a responsabilidade que teve, em um instante ainda de incertezas da vida nacional, o presidente que assume a Presidência da República na ausência do Presidente Tancredo Neves. V. Exa, Presidente Sarney – fica aqui este registro – foi o condutor do Brasil rumo à consolidação das suas instituições democráticas e à convivência com as liberdades, sobretudo a liberdade de imprensa, hoje – ainda que veladamente – ameaçada.

Venho a esta tribuna para fazer este registro, porque foi com a coragem e competência daqueles que governavam o Brasil naquele instante que o Brasil criou as condições para implementar outras importantes reformas.

O tempo passou, a vida caminhou, outras conquistas nós obtivemos, e não tenho o mau costume de alguns dos nossos adversários de considerar aqueles que estão no outro campo político como inimigos a serem batidos a qualquer custo. O Brasil de hoje é certamente um Brasil muito melhor do que o Brasil de décadas atrás, foi uma construção de vários governos sob a responsabilidade de diferentes partidos políticos.

A grande realidade de hoje, e é a razão que me traz a esta tribuna, é que, infelizmente, uma agenda que julgávamos ultrapassada e superada, a agenda da estabilidade da moeda e da credibilidade do País, fundamentais à retomada do crescimento em bases mais sólidas, volta a ser a agenda do nosso cotidiano.

Novamente, a inflação volta a atormentar a vida dos brasileiros, sempre rondando o teto da meta, mesmo com preços controlados nas áreas de energia, de combustíveis e de transportes públicos.

O que faltou ao Brasil nesses últimos anos foi coragem política para implementar as reformas necessárias para que o país não sofresse hoje o constrangimento e nós, brasileiros, as consequências, de sermos o País que menos cresce na nossa região. Na verdade, o quadro é de estagflação – estagnação do crescimento da economia, 0,2% de crescimento no primeiro trimestre deste ano, com inflação recorrente.

Mais do que nunca os brasileiros terão oportunidade, dentro de exatos três meses, de escolher que caminho querem seguir. Ou a recuperação da capacidade de implementar reformas esquecidas e abandonadas ao longo desta última década, para que o Brasil possa efetivamente reencontrar o caminho do crescimento e, a partir da daí, da melhoria de seus indicadores sociais, ou simplesmente a manutenção dessa perversa maquiagem fiscal e, a partir dela, a desorganização do Estado brasileiro como jamais visto no aparelhamento da máquina pública em toda nossa história.

Fica, portanto, aqui um registro de cumprimento àqueles que tiveram a coragem política lá atrás de acreditar naquele plano econômico. E aqui a minha homenagem àquele que exatamente desta tribuna que falo hoje nos fez companhia por muitos anos num período mais remoto, mas por seis meses em um período mais recente, o então Presidente Itamar Franco.

Ocupava ele exatamente este microfone, por isso fiz questão de, deste microfone, fazer a homenagem a todos os brasileiros que nos ajudaram a construir essa extraordinária transição do país da hiperinflação, do país sem credibilidade, do país atormentado por inseguranças no seu cotidiano, para um país estável, que passou a poder programar o seu futuro.

Hoje, infelizmente,  os desafios voltam a ser aqueles, em parte, que nós vivemos há cerca de 20 anos. O que posso assegurar aos brasileiros que aqui estão é que, no nosso campo político, assim como não faltou lá atrás, não faltará agora coragem e competência para recolocar o Brasil no rumo que querem os brasileiros.

Eu quero e tenho esse sonho, como cada um de nós tem os seus, de ver, dentro de muito pouco tempo, no Brasil, reconciliada a ética e a eficiência, pressupostos fundamentais para que o Brasil possa se reencontrar definitivamente com cada brasileiro.

Fica, portanto, o registro de cumprimentos ao Presidente Itamar Franco, de reconhecimento ao papel histórico do Presidente José Sarney e também o meu cumprimento, porque não poderia deixar de ser, ao grande homem público e grande Presidente Fernando Henrique Cardoso, timoneiro dessa transição.

Muito obrigado.

Brasília, 1 de julho de 14.

Aécio relembra conquistas do real e destaca riscos para a estabilidade

O presidente nacional do PSDB e candidato do partido à Presidência da República, senador Aécio Neves, afirmou nesta terça-feira (1º) que o Plano Real foi a “mais importante reforma estruturante” da história recente do Brasil. Aécio lembrou os 20 anos do Plano Real no plenário do Senado e a implantação da moda em 1º de julho de 1994, quando as cédulas começaram a circular no país.

O tucano lamentou que as questões que pareciam resolvidas após a implementação do plano, como o controle da inflação e a recuperação da credibilidade do país, tenham voltado à pauta em decorrência dos equívocos cometidos pelo governo federal.

O presidente do PSDB destacou que o Plano Real foi o resultado de uma construção vivida no Brasil desde a redemocratização do país, na década de 1980. “Não tenho o costume de achar que quem está no outro campo político é inimigo”, afirmou Aécio.

O tucano elogiou a participação dos ex-presidentes Itamar Franco e José Sarney no esforço para a estabilização política e econômica do país, consolidadas com o Plano Real conduzido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião da implantação da nova moeda, FHC era ministro da Fazenda de Itamar Franco.

 
Momento atual

Ao discursar no plenário, Aécio reiterou sua preocupação com o momento atual. “Uma agenda que julgávamos ultrapassada, da estabilidade e da credibilidade, volta a ser a agenda do nosso cotidiano”, disse ele referindo-se às ameaças às conquistas obtidas a partir da implantação do Plano Real.

Para o senador, uma das maiores falhas cometidas pelas gestões petistas foi a ausência de reformas estruturantes. “Faltou coragem política para se implantar reformas necessárias para que o Brasil não sofresse o constrangimento, e a população, as consequências, de ser o país que menos cresce na região”, afirmou Aécio.

O tucano lamentou ainda o fato de que, nos dias atuais, a inflação do Brasil esteja próxima do teto da meta e citou também a “maquiagem fiscal” existente nas contas públicas.

Para Aécio, o PSDB e os outros partidos que apoiam o projeto nacional tucano estão dispostos a manter a luta pela estabilidade econômica brasileira. “Posso assegurar que no nosso grupo não faltará coragem e competência para colocar o Brasil no rumo que querem os brasileiros”, apontou.

Pronunciamento sobre os 20 anos do Plano Real

O presidente nacional do PSDB e candidato do partido à Presidência da República, senador Aécio Neves, lembrou, nesta terça-feira (01/07), no plenário do Senado, os 20 anos do Plano Real e a implantação da moda em 1º de julho de 1994, quando as cédulas começaram a circular no país.

 

Leia o pronunciamento do senador:

Numa manhã, exatamente, no dia 1º de julho de 1994, portanto, há exatos 20 anos, começava,  a circular, no Brasil, a primeira cédula de Real, uma transformação absolutamente estruturante na vida de todos os brasileiros. O maior, sem dúvida alguma, o maior programa de distribuição de renda da nossa contemporaneidade, porque ela privou do perverso imposto inflacionário dezenas de milhões de brasileiros que conviviam aquele tempo – e fico apenas no período, pré-posse do Presidente Fernando Henrique – de 916% ao ano. Esse era o índice do IPCA quando o Presidente Fernando Henrique assumiu a Presidência da República.

Oito anos se passaram, a inflação veio ano a ano sendo reduzida, a credibilidade do País sendo recuperada e outras reformas estruturantes sendo efetivadas: as privatizações de setores como o de telecomunicações, como a da Embraer, como a da siderurgia, essenciais à busca da modernidade ou da inclusão do Brasil nas cadeias globais mundo afora, e depois a Lei de Responsabilidade Fiscal, outro marco absolutamente fundamental à administração pública brasileira.

Todas essas medidas, feitas com o esforço do Governo do PSDB, com o extraordinário apoio da sociedade brasileira, não foram conquistas fáceis, porque nós encontramos ali, em todas elas,  a oposição ferrenha do Partido dos Trabalhadores, seja em relação ao Plano Real, seja em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, recorrendo, inclusive – vejam vocês – ao Supremo Tribunal Federal, para buscar inviabilizá-la.

A história está escrita. Ninguém vai reescrevê-la. Nós podemos consultá-la e interpretá-la. Mas o fato concreto é que a mais importante reforma estruturante ocorrida no Brasil nos anos recentes foi exatamente o Plano Real, o reencontro do Brasil com a estabilidade.

Isso foi possível porque nós vivíamos em um regime democrático e faço aqui um registro, até por oportuno, sobre a responsabilidade que teve, em um instante ainda de incertezas da vida nacional, o presidente que assume a Presidência da República na ausência do Presidente Tancredo Neves. V. Exa, Presidente Sarney – fica aqui este registro – foi o condutor do Brasil rumo à consolidação das suas instituições democráticas e à convivência com as liberdades, sobretudo a liberdade de imprensa, hoje – ainda que veladamente – ameaçada.

Venho a esta tribuna para fazer este registro, porque foi com a coragem e competência daqueles que governavam o Brasil naquele instante que o Brasil criou as condições para implementar outras importantes reformas.

O tempo passou, a vida caminhou, outras conquistas nós obtivemos, e não tenho o mau costume de alguns dos nossos adversários de considerar aqueles que estão no outro campo político como inimigos a serem batidos a qualquer custo. O Brasil de hoje é certamente um Brasil muito melhor do que o Brasil de décadas atrás, foi uma construção de vários governos sob a responsabilidade de diferentes partidos políticos.

A grande realidade de hoje, e é a razão que me traz a esta tribuna, é que, infelizmente, uma agenda que julgávamos ultrapassada e superada, a agenda da estabilidade da moeda e da credibilidade do País, fundamentais à retomada do crescimento em bases mais sólidas, volta a ser a agenda do nosso cotidiano.

Novamente, a inflação volta a atormentar a vida dos brasileiros, sempre rondando o teto da meta, mesmo com preços controlados nas áreas de energia, de combustíveis e de transportes públicos.

O que faltou ao Brasil nesses últimos anos foi coragem política para implementar as reformas necessárias para que o país não sofresse hoje o constrangimento e nós, brasileiros, as consequências, de sermos o País que menos cresce na nossa região. Na verdade, o quadro é de estagflação – estagnação do crescimento da economia, 0,2% de crescimento no primeiro trimestre deste ano, com inflação recorrente.

Mais do que nunca os brasileiros terão oportunidade, dentro de exatos três meses, de escolher que caminho querem seguir. Ou a recuperação da capacidade de implementar reformas esquecidas e abandonadas ao longo desta última década, para que o Brasil possa efetivamente reencontrar o caminho do crescimento e, a partir da daí, da melhoria de seus indicadores sociais, ou simplesmente a manutenção dessa perversa maquiagem fiscal e, a partir dela, a desorganização do Estado brasileiro como jamais visto no aparelhamento da máquina pública em toda nossa história.

Fica, portanto, aqui um registro de cumprimento àqueles que tiveram a coragem política lá atrás de acreditar naquele plano econômico. E aqui a minha homenagem àquele que exatamente desta tribuna que falo hoje nos fez companhia por muitos anos num período mais remoto, mas por seis meses em um período mais recente, o então Presidente Itamar Franco.

Ocupava ele exatamente este microfone, por isso fiz questão de, deste microfone, fazer a homenagem a todos os brasileiros que nos ajudaram a construir essa extraordinária transição do país da hiperinflação, do país sem credibilidade, do país atormentado por inseguranças no seu cotidiano, para um país estável, que passou a poder programar o seu futuro.

Hoje, infelizmente,  os desafios voltam a ser aqueles, em parte, que nós vivemos há cerca de 20 anos. O que posso assegurar aos brasileiros que aqui estão é que, no nosso campo político, assim como não faltou lá atrás, não faltará agora coragem e competência para recolocar o Brasil no rumo que querem os brasileiros.

Eu quero e tenho esse sonho, como cada um de nós tem os seus, de ver, dentro de muito pouco tempo, no Brasil, reconciliada a ética e a eficiência, pressupostos fundamentais para que o Brasil possa se reencontrar definitivamente com cada brasileiro.

Fica, portanto, o registro de cumprimentos ao Presidente Itamar Franco, de reconhecimento ao papel histórico do Presidente José Sarney e também o meu cumprimento, porque não poderia deixar de ser, ao grande homem público e grande Presidente Fernando Henrique Cardoso, timoneiro dessa transição.

Muito obrigado.