Aécio e bancada do PSDB renovam apoio a medidas do governo de estímulo à economia

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e a bancada do partido no Senado reuniram-se, nesta quarta-feira (14/12), em Brasília, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para tratar das medidas de estímulo à economia, a serem anunciadas pelo governo.

Na reunião, o ministro da Fazenda apresentou aos senadores as propostas em estudo e recebeu sugestões da bancada. Uma das propostas em estudo será a permissão para o trabalhador sacar parcela do FGTS para quitar dívidas.

“O PSDB não só apoia as medidas que estão em tramitação no Congresso Nacional, como vem apresentando sugestões. Na questão microeconômica e também caminhos que possam possibilitar as empresas e as famílias brasileiras recuperarem o crédito e a capacidade de consumo”, destacou o senador Aécio.

O senador ressaltou que a bancada do PSDB votou a favor da PEC do Teto dos Gastos, aprovada ontem, em segundo turno, pelo Senado, e manterá o apoio às medidas apresentadas ao Congresso pelo governo em razão da gravidade da crise econômica e social. Além da bancada tucana, participaram da reunião os senadores Armando Monteiro (PTB-PE) e Cristovam Buarque (PPS-DF).

“O compromisso do PSDB é inabalável com essa agenda na qual acreditamos e, obviamente, garantindo espaço para sugestões, o que o ministro fez aqui de forma extremamente ampla e aberta. O PSDB será até o final dessa travessia o principal parceiro deste governo”, garantiu.

Encontro com o ministro Henrique Meirelles

“O PSDB apoia as medidas que estão em tramitação no Congresso e vem apresentando sugestões que possam possibilitar empresas e também as famílias brasileiras recuperarem crédito e a capacidade de consumo”, destacou o senador Aécio Neves, em entrevista coletiva, após reunião da bancada de senadores do PSDB com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta quarta-feira (14/12), em Brasília.

Aécio Neves Henrique Meirelles

Indicadores econômicos trazem algum alento

Aécio Neves – Folha de S. Paulo – 25/07/2016

Ainda não dá para comemorar, mas pelo menos já é possível ter um pouco mais de esperança na lenta e difícil recuperação econômica do Brasil.

Após dois anos engolfado pela crônica má gestão e adernado em contradições, descrédito e desconfiança, o país consegue, pela primeira vez nesse tempo, estabilizar a curva abissal da crise, que soma recessão profunda, desemprego crescente e inflação alta.

Se ainda é muito cedo para se pensar em um início de reversão, é hora de saudar os primeiros indicadores de recuperação da confiança.

É evidente que, mesmo sofrendo os tradicionais efeitos da transitoriedade, o governo Temer tem responsabilidade nesta mudança de humor e de expectativa. Ninguém questiona os acertos da escolha da equipe liderada por Henrique Meirelles e os esforços para colocar em ordem os fundamentos da economia.

Instituições importantes como a Fundação Getúlio Vargas, entre outras, atestam simultaneamente os sintomas de algum alento no horizonte do curto prazo. O primeiro deles e o mais importante é um recuo menor do PIB do ano, que deve fechar com uma retração de 3,5% e não mais de 4% como havia previsto antes. Já nas contas do governo, a retração seria ainda menor, de 3,1%.

O melhor, no entanto, é a projeção de que podemos voltar a crescer algo em torno de 1,5% já no ano que vem, segundo os dados do Instituto Internacional de Finanças, que reúne os 500 maiores bancos do mundo e acompanha a evolução dos países neste campo específico. É uma projeção no mínimo ousada e surpreendente, para os que esperavam uma trajetória muito mais penosa até a efetiva retomada dos investimentos.

Há outros dados internos, como os da indústria automotiva, que apontam o mesmo caminho, com uma razoável probabilidade de retomada das vendas. E estudos sérios, indicando o retorno gradual do investimento estrangeiro já nos próximos meses. Por tudo isso, o chamado “risco Brasil” também caiu de forma relevante agora.

Todo esse novo cenário já reflete um início de mudança da percepção dos brasileiros, segundo o Datafolha. Agora, 38% já acreditam que a situação vai melhorar; 15% esperam que a inflação diminua; 20% contam com um desemprego menor.

Não é muito e ainda prepondera, é claro, no geral, um clima de pessimismo e desilusão. Importa saber, no entanto, que já foi muito pior. E pelo menos não estamos mais à deriva.

Já abordei aqui a necessidade de o novo governo dialogar com a população para dar a verdadeira dimensão dos problemas e dos desafios. Como se sabe, não há soluções e saídas fáceis. Mas também não há outro caminho senão fazer o que precisa ser feito. Com convicção e coragem. E sem perda de tempo. É o que o Brasil exige.

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