Aécio Neves critica atraso nas obras previstas para a Copa

O  presidente nacional do PSDB e pré-candidato à presidente da República, senador Aécio Neves, criticou nesta segunda-feira (02/06) o governo federal pelo improviso na realização de obras de infraestrutura e mobilidade urbana previstas para a Copa do Mundo. Durante entrevista organizada pelo portal Estadão em parceria com o grupo Corpora em São Paulo, Aécio afirmou que a presidente Dilma inaugura obras inacabadas na tentativa de enganar a população, como ocorreu na reforma do aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

“O Brasil hoje é o Brasil do improviso. E um cemitério de obras abandonadas por toda parte. Vejo o açodamento do governo inaugurando obras pelo meio do caminho como se pudesse enganar a realidade e os brasileiros”, afirmou Aécio Neves.

Para Aécio, o atual governo terá de responder porque não conseguiu realizar o que foi prometido, lembrando que mais de 60% das obras de infraestrutura e mobilidade não ficarão prontas.

“O que vai ficar do ponto de vista externo, fora campo, isso sim é que será cobrado do governo, porque menos de 40% do que foi prometido, assinado pelo governo, será entregue. As obras de infraestrutura, o legado de mobilidade, as obras na saúde e tantas outras ficaram pelo meio do caminho”, criticou o tucano.

O evento organizado pelo portal Estadão reuniu cerca de 300 empresários em um hotel da capital paulista. A entrevista foi acompanhada pelo diretor do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, entre outros líderes empresariais.

O presidente nacional do PSDB avalia que o resultado do Brasil na Copa não terá impacto sobre a eleição. Aécio afirmou que vai torcer pela seleção e para que o país tome um novo rumo a partir de outubro. “O Brasil pode e tem chance de ganhar em campo. E vamos ganhar em campo e dar alegria aos brasileiros e vamos ganhar em outubro tirando esse governo que está aí. As duas coisas são compatíveis e até mesmo complementares”, ressaltou Aécio Neves.

 

Aparelhamento do Estado

Ao comentar os atrasos e as promessas não cumpridas pelo governo federal em relação à Copa do Mundo e a outros projetos, Aécio disse que a presidente Dilma virou refém do gigantismo da máquina pública, hoje com 39 ministérios. O presidente nacional do PSDB atribui os problemas ao aparelhamento político feito pelo PT nos órgãos federais.

“O aparelhamento do Estado brasileiro, que hoje atende a um projeto de poder e não de país, é o mais nocivo de toda a nossa história republicana. O aparelhamento alcançou instituições como o IPEA, a Embrapa, o IBGE e está em toda a administração pública. O que acontece no Brasil é vergonhoso. A ausência de limites deste governo deve, sim, ser motivo de preocupação não apenas oposição, mas de toda a sociedade brasileira”, alertou Aécio Neves.

 

Custo Brasil

Durante a entrevista, Aécio avaliou os gargalos da infraestrutura nacional e apontou caminhos para recuperar a competitividade na indústria. De acordo com a CNI, a participação do setor na composição do PIB caiu de 48% para 25% nos últimos anos. O pré-candidato do PSDB a presidente da República também abordou a necessidade de uma reforma tributária, a falta de acordos internacionais de livre comércio, os desafios do agronegócio e as falhas do setor energético.

Para Aécio, o país precisa resgatar a gestão pública eficiente e reduzir ao máximo o chamado custo Brasil.

“Guerra ao custo Brasil. Essa é uma necessidade urgente de quem queira governar com seriedade e responsabilidade o Brasil. Isso passa pela questão tributária, passa pela questão da segurança jurídica, pela infraestrutura e da criação de um ambiente adequado para parcerias com o setor privado”, ressaltou Aécio Neves.

Para Aécio, PT acerta quando segue a cartilha tucana, mas lamenta demora nas privatizações

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse, neste sábado (23/11), que o PT acerta quando segue a cartilha dos governos tucanos. Em entrevista que antecedeu o Congresso Estadual do PPS, no Rio de Janeiro (RJ), Aécio saudou a realização dos leilões dos aeroportos do Galeão, no Rio, e Tancredo Neves, em Confins (MG). Mas ele lamentou o atraso das concessões em prejuízo da população.

“O aprendizado do PT tem custado muito caro ao Brasil”, disse ele, em entrevista coletiva. “O PT demonizou durante dez anos as concessões e as privatizações. Mas hoje as faz de forma improvisada e atabalhoada”, afirmou o senador.

Em seguida, Aécio acrescentou que: “Quando o PT começa a flexibilizar (os pilares do tripé econômico), como vem ocorrendo agora, o resultado é esse aí: inflação alta, crescimento pífio e perda da credibilidade do Brasil a partir dessa alquimia fiscal”.

O governo promoveu ontem (22) a terceira rodada de concessões de aeroportos brasileiros, assegurando uma arrecadação de R$ 20,8 bilhões. O valor representa um ágio de 251,74% em relação ao mínimo fixado pelo governo, de R$ 5,9 bilhões, segundo o site G1.

O aeroporto do Galeão, foi arrematado por R$ 19 bilhões pelo consórcio Aeroportos do Futuro. Já o de Confins foi arrematado por R$ 1,82 bilhão pelo consórcio AeroBrasil. Os lances mínimos eram de R$ 1,096 bilhão para Confins e R$ 4,828 bilhões para o Galeão.

 

Ouça trecho da entrevista do senador:

Aécio Neves analisa o resultado do leilão dos aeroportos do Galeão e de Confins

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, comentou, hoje (22/11), em Goiânia (GO), o resultado do leilão dos aeroportos Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Belo Horizonte.

 

Fala do senador Aécio Neves: 

“Em relação aos leilões do Galeão (Rio de Janeiro) e do aeroporto Tancredo Neves, em Confins (Minas Gerais) a grande constatação é de que quando o PT acompanha a agenda proposta pelo PSDB, o PT acerta. O lamentável é que essas concessões venham com dez anos de atraso. Infelizmente, os grandes eventos que teremos no ano que vem não contarão com essas obras sequer iniciadas. O PT, que demonizou a participação do setor privado em aeroportos, portos, rodovias e ferrovias durante toda sua história, se curva à realidade. Pena que com tamanho atraso. Mas, mesmo assim, temos saudar a conversão do PT à agenda da parceria com o setor privado, que está na alma, no cerne, da proposta que o PSDB tem defendido para o Brasil.”

 

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