Aécio defende fornecimento gratuito de medicamento para doenças raras

“A todos aqueles que lutam há muitos anos por esta causa, uma palavra mais do que de solidariedade formal, mas uma palavra de ação na busca de uma decisão definitiva em torno da garantia desses direitos”, diz Aécio.

O senador Aécio Neves defendeu, nesta terça-feira (24/10), a garantia do direito ao acesso a medicamentos especiais pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aos portadores de doenças raras. Durante visita ao plenário do Senado do jovem paraibano Patrick Teixeira Dorneles Pires, portador de mucopolissacaridose IV, Aécio pediu celeridade ao Supremo Tribunal Federal na análise da ação que obriga o poder público a fornecer medicamentos especiais que não constam da lista do SUS.

Estima-se que no Brasil existam hoje cerca de 13 milhões de portadores das chamadas doenças raras. A decisão que torna o fornecimento obrigatório de medicamentos a pacientes pelo SUS foi suspensa ano passado, a pedido do ministro Teori Zavaski para estudar a ação. O ministro, no entanto, faleceu em janeiro deste ano.

Patrick tem 19 anos de idade e faz uso de medicamento para reposição enzimática desde março de 2012. Ele necessita do remédio para se manter vivo. Na semana passada, teve pedido negado por uma sentença judicial para receber o remédio gratuitamente. Em 2015, Aécio Neves se encontrou com o jovem em Brasília, depois de já tê-lo conhecido em uma festa junina em Campina Grande, na Paraíba.

Leia abaixo pronunciamento de Aécio Neves no Senado Federal – 24-10-17

“Poucas causas unem tanto o país quanto essa. Conheci há vários anos o Patrick que, ao lado de milhares de brasileiros, não só dependem de uma ação definitiva do poder público em favor de pessoas portadoras de doenças raras, mais do que isso, se mobiliza, não apenas no Congresso, mas junto aos tribunais superiores, junto aos órgãos do Poder Executivo, para que a solução possa ser definitiva. Tanto do ponto de vista orçamentário, como aqui disse o senador Waldemir Moka (PMDB-RS), que tem liderado na Casa a busca de recursos para atender a essas demandas. Mas existe uma questão de fundo que é uma decisão do Supremo Tribunal Federal. O falecido e saudoso ministro Teori Zavascki havia pedido vistas ao projeto que garante esse direito a esses portadores dessas doenças. Essa proposta deve voltar à pauta do Supremo Tribunal Federal e o Congresso, acredito na unanimidade de seus membros, tem como mostrar a aquela Corte a necessidade de tirar da insegurança, da incerteza, até mesmo de óbitos sucessivos, essa parcela da população que depende única e exclusivamente do apoio do Estado para poder sobreviver. Esta é a questão de forma muito objetiva.

Ao Patrick e a todos aqueles que lutam há muitos e muitos anos por esta causa, acho que hoje ouvem uma palavra mais do que de solidariedade formal, mas uma palavra de ação na busca de uma decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal em torno da garantia desses direitos.”

A resposta está na política

O Brasil deu um passo importante esta semana rumo à implantação de uma reforma política, essencial ao ambiente de transparência e amadurecimento do país. A aprovação em 1º turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de minha autoria e do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), representa uma vitória significativa da democracia brasileira. Ao coibir a proliferação e a mercantilização de partidos políticos, a emenda contribui para ampliar a legitimidade daquelas agremiações realmente representativas das ideias e princípios de parcelas significativas da população.

Não temo dizer que o consenso inédito obtido no Senado em torno dessa proposta representa a decisão mais importante do Congresso Nacional nos últimos 20 anos, em termos de fortalecimento e racionalização do nosso processo político. A democracia tem imperfeições, mas ainda não existe nenhum outro sistema político melhor. Cabe à sociedade como um todo – e aos seus representantes, em particular – o zelo permanente quanto à conservação e aprimoramento das instâncias de representação política. A decisão tomada pelo Senado nos encoraja a seguir em frente na defesa de reformas estruturais.

As medidas aprovadas avançam em pontos absolutamente necessários ao reordenamento do processo político brasileiro. Temos hoje 36 partidos registrados no país e mais de 30 aguardando regularização junto aos tribunais regionais eleitorais e ao TSE. Essa proliferação de legendas, além de tornar inviável o bom funcionamento do Congresso, está longe de representar a pluralidade de vozes que emergem no tecido social.

Infelizmente, em que pese a existência de pequenos partidos bem fundamentados do ponto de vista ideológico e que representam parcelas legítimas do pensamento da sociedade, essa não é a marca de muitas das legendas em questão. Essas siglas de aluguel são muitas vezes trampolins para manobras que afrontam as reais escolhas dos cidadãos. É preciso dar um basta nisso. De acordo com a PEC, só terão acesso aos recursos públicos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na TV e rádio os partidos que atingirem um percentual mínimo de 2% dos votos válidos em pelo menos 14 estados. A regra será introduzida gradativamente, a partir de 2018, de forma a garantir tempo suficiente para a transição e será totalmente incorporada em 2022, quando o percentual mínimo de votos a ser obtido por cada legenda subirá para 3%.

A proposta também acaba com as coligações proporcionais nas eleições para vereador e deputados estadual e federal, a partir de 2020. É o fim daquele processo que permite a um candidato, mesmo sem representatividade, se eleger às custas de um partido maior com o qual, muitas vezes, não guarda nenhuma identidade. O fim das coligações proporcionais obrigará os partidos a se fortalecerem, a discutir e se mobilizar em torno de projetos das suas regiões, das suas cidades, dos seus estados. A ter mais nitidez aos olhos da sociedade.

É muito importante destacar que a PEC não impede a criação ou atuação de partidos pequenos, que terão direitos iguais aos demais, desde que reunidos no chamado sistema de federação, atuando como blocos nos legislativos e com regras novas.

Por fim, a PEC valoriza a questão da fidelidade partidária ao prever a perda de mandato para quem mudar de partido. A regra, já válida para deputados e vereadores, se estende também a todos os outros cargos – prefeitos, senadores, governadores e presidente da República.

Este conjunto de medidas certamente vai ao encontro do sentimento da sociedade brasileira, ávida por credibilidade e legitimidade da sua representação política. O exercício da boa política é a melhor resposta ao desalento da sociedade expresso nas últimas eleições.

Aécio Neves: Direitos dos trabalhadores domésticos

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) comemorou, nesta terça-feira, a aprovação da PEC que amplia os direitos dos trabalhadores domésticos. Coube ao senador Aécio liderar e orientar a bancada do PSDB durante a votação.

Pela proposta, os trabalhadores domésticos passam a ter os benefícios do FGTS, licença-maternidade ou paternidade e horas extras após cumprirem carga de 44 horas semanais. A proposta depende agora apenas da sanção presidencial para entrar em vigor

 

Aécio Neves votou a favor da proposta que amplia os direitos trabalhistas dos empregados domésticos

O senador Aécio Neves votou a favor da proposta que amplia os direitos trabalhistas dos empregados domésticos, garantindo a eles benefícios iguais aos dos demais trabalhadores brasileiros.  Aprovada, nessa quarta-feira, na Comissão de Constituição e Justiça, a PEC deverá ser votada no plenário do Senado na semana que vem. Aécio Neves afirmou que garantir direitos a todos os trabalhadores é essencial a qualquer país que busca seu desenvolvimento.

Fala do senador Aécio Neves

“Garantimos, através do apoio a uma proposta de emenda constitucional, os direitos trabalhistas das empregadas e dos empregados domésticos. Uma revolução, porque há décadas eles eram reivindicados. Agora, o trabalhador doméstico, em especial a trabalhadora, terá direito ao FGTS, será remunerado pelo trabalho noturno, terá direito a 44 horas semanais de trabalho, depois receberá horas extras, terá direito à licença-maternidade ou licença-paternidade, entre outros direitos. Algo essencial para que o Brasil efetivamente possa se considerar um país desenvolvido. Um país só é desenvolvido quando respeita os direitos da sua força de trabalho. Portanto, nossa homenagem às trabalhadoras e aos trabalhadores domésticos que vêm ajudando o Brasil a avançar cada vez mais.”