No Facebook, Aécio comenta discurso de Dilma na Reunião Ministerial

Em sua página no Facebook, Aécio Neves fez comentários sobre o discurso feito da presidente Dilma, na Reunião Ministerial.
Leia:
 

COMENTÁRIOS SOBRE TRECHOS DO DISCURSO DA PRESIDENTE DILMA – REUNIÃO MINISTERIAL

“Nossa meta será continuar o projeto iniciado em 2003”, afirmou a presidente na abertura da reunião. A presidente explicou ainda que os ajustes econômicos são necessários e que irão “ampliar o projeto vitorioso nas urnas”. “Os ajustes que estamos fazendo são necessários para manter o rumo, preservando as prioridades sociais que iniciamos há 12 anos. As medidas que iniciamos e consolidaremos vão continuar um projeto vitorioso nas urnas”, continuou a presidente.

COMENTÁRIO:

O projeto que venceu nas urnas foi diferente daquele que a presidente está implementando. A presidente prometeu uma coisa e está agora fazendo algo completamente diferente, que ela não discutiu ao longo da campanha. E sabemos, hoje, que o estelionato eleitoral foi duplo – o governo já vinha estudando nas mudanças no seguro desemprego, abono salarial e pensões antes das eleições, mas não apenas negava a necessidade de mudanças como atacava quem falava na necessidade de alguns ajustes. Foi um estelionato eleitoral premeditado.

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A presidente destacou as iniciativas no campo tributário e afirmou que vai apresentar um plano nacional de exportações. Em seu discurso, falou que é preciso tentar manter o desenvolvimento econômico do país, apesar do cenário internacional, e defendeu que haja “continuidade” em seu governo, com mudanças. “Precisamos de reequilíbrio fiscal para recuperar o crescimento da economia […] garantindo a continuidade da criação de emprego e da renda”, afirmou.

COMENTÁRIO:

A presidente Dilma e o seu governo estão perdidos. O melhor plano para aumentar as exportações é o crescimento da produtividade, uma taxa de câmbio mais desvalorizada e acordos comerciais que não foram prioridades no governo Dilma e no governo do PT, que priorizou uma abordagem ideológica na nossa política comercial. E hoje o equilíbrio fiscal é necessário devido à política fiscal irresponsável do governo Dilma, que nos levou de um superávit primário de 3% do PIB para um situação de déficit primário.

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“Em nenhum momento do primeiro mandato descuidei da inflação”, assinalou a presidente.

COMENTÁRIO:

A inflação média no governo Dilma foi de 6,2% ao ano, acumulando uma inflação de 27% em quatro anos. Hoje, em um mundo de inflação baixa e próxima de zero na Europa, temos um país com uma inflação e elevada e que, este ano, corre o risco de passar de 7% e estourar o teto da meta. A presidente não apenas “descuidou da inflação” como segurou preços da gasolina e da energia, que serão reajustados agora. Em 2015, teremos um tarifaço, graças à política artificial da presidente Dilma de controlar a inflação, que foi um desastre duplo: não reduziu a inflação e deixou um prejuízo monumental para a Petrobras e Eletrobras.

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Dilma prometeu ainda a desburocratização. “Vamos fazer mais, gastando menos”, afirmou. A presidente anunciou o lançamento de um programa de desburocratização das relações das empresas e de cidadãos com estados, visando ao aumento de competitividade nas empresas. Ela também afirmou que o governo está preparando a reforma do PIS/Cofins e que deverá apresentar um Plano Nacional de Exportações, para estimular o comércio exterior.

COMENTÁRIO:

Por que o governo não fez isso até agora? Como um governo que promete reforma do PIS/Cofins acabou de aumentar esse tributo sobre importações e combustíveis? A única reforma que foi feita até agora foi o aumento da carga tributária, na semana passada, em mais de R$ 20 bilhões, em um contexto de PIB estagnado.

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A presidente prometeu continuar com concessões de rodovias, ampliar concessões de aeroportos e também realizar concessões para hidrovias.

COMENTÁRIO:

Ao longo do governo Dilma, apesar do crescimento do gasto público em mais de R$ 200 bilhões, o investimento do Ministério dos Transportes caiu em mais de 20% e a taxa de investimento da economia brasileira, hoje, é menor do que em 2010. O plano de investimento foi tímido e o investimento público em infraestrutura foi reduzido.

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“O Brasil continua sendo uma economia continental, diversificada, um grande mercado interno com empresas e trabalhadores habilidosos e versáteis”, continua a presidente, que passa a citar números da economia brasileira

COMENTÁRIO:

De acordo com as projeções do mercado, o crescimento médio do Brasil nos próximos quatro anos será por volta de 1,5% ao ano e a taxa de juros do mercado ficará acima de 10% ao ano. Tivemos, no ano passado, um buraco grande nas contas externas – déficit em conta corrente de 4,2% do PIB – com queda do investimento, a inflação está em alta e a geração de emprego formais em 2014 foi a pior desde 1999. O Brasil está pagando um preço muito alto pela incompetência e amadorismo da política econômica do primeiro governo Dilma.

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A presidente se dirigiu às ministras e lembrou que o País é o maior consumidor de cosméticos do mundo.

COMENTÁRIO:

Mas o governo acabou de aumentar os impostos sobre a produção de cosméticos e a taxa de juros sobre operações de empréstimo. Isso significa que mesmo o que ia bem o governo agora tenta piorar, sugando recursos para financiar seus 39 ministérios.

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Durante seu discurso, Dilma também recomendou que os ministros reajam ao que ela chamou de “boatos”. “Devemos enfrentar o desconhecimento, a desinformação, sempre e permanentemente. Nós não podemos permitir que a falsa versão se crie e se alastre, reajam aos boatos […]. Por exemplo, quando disserem que vamos acabar com os direitos trabalhistas, respondam em alto e bom som: “não é verdade”.”Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação, levem a posição do governo à opinião pública”, afirmou a presidente aos ministros.

COMENTÁRIO:

Na verdade, a grande fábrica de boatos foi o PT, a candidata Dilma e seu marqueteiro na campanha de 2014. O que está acontecendo agora não é boato. A presidente já editou de forma autoritária Medidas Provisórias retirando direitos dos trabalhadores e pensionistas. Hoje, pela proposta do governo, quem trabalhou menos de seis meses com carteira assinada deixa de ter direito ao abono salarial. Novos pensionistas perderão 40% do seu benefício e o os jovens no primeiro emprego perderão direito ao seguro desemprego se não tiverem carteira de trabalho assinada por pelo menos 18 meses, antes 6 meses pela regra antiga. O governo está tirando direito dos trabalhadores.

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“Estamos tomando todas as medidas cabíveis para garantir o abastecimento de energia elétrica”.

COMENTÁRIO:

A presidente falta com a verdade. Não houve uma única propaganda para que a população economizasse água e energia e, atualmente, os reservatórios do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste estão com menos da metade da capacidade do início de 2014. Termos um aumento de mais de 30% na conta de luz e ainda assim é alto o risco de racionamento, porque o governo não adotou medidas preventivas, pois, ano passado, estava mais preocupado com as eleições.

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“Vou chegar ao final deste mandato podendo dizer o que disse no final do primeiro: nunca um governo combateu com tamanha obstinação e honestidade a corrupção”.
A presidente Dilma também usou a reunião para reafirmar o que ela chamou de “compromisso da lisura com o dinheiro público”, com autonomia dos órgãos de investigação. E comentou as investigações feitas na Petrobras: “Temos que, principalmente, criar mecanismos que evitem que episódios como este voltem a ocorrer. Temos que saber apurar, temos que saber punir. Isso tudo sem diminuir a Petrobras”.

COMENTÁRIO:

Quem combateu a corrupção não foi o governo, mas sim a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça Federal. O que o governo fez foi possibilitar a corrupção com o aparelhamento político das estatais para viabilizar um projeto de poder. 

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Dilma promete colocar em debate, no primeiro semestre, a reforma política e cita, como pontos a serem debatidos, o financiamento de campanha e a participação da sociedade na política.

COMENTÁRIO:

Sempre que o governo se vê em um mar de denúncias, cita a reforma eleitoral. O governo não tem proposta de reforma eleitoral, não tem proposta de reforma tributária e não tem proposta de coisas alguma. Até a política econômica foi agora terceirizada para um economista de fora do PT, porque o governo não sabe o que fazer para solucionar os problemas que ele próprio criou. A presidente Dilma não se preparou para um segundo mandato. 

 

Aécio Neves

 

Confira também a postagem no Facebook de Aécio Neves

Aécio Neves defende a desburocratização tributária

O senador Aécio neves participou nesta segunda de debate com empresários e jornalistas sobre propostas para melhorar a produtividade das empresas brasileiras. Aécio Neves defendeu a simplificação dos impostos e das regras para abertura de empresas e mais investimentos na qualidade da educação.

 

Fala do senador Aécio Neves

Temos agora, a partir desse instante, de priorizar algumas ações. Certamente entre elas, a desburocratização do nosso sistema tributário, a simplificação do sistema tributário, a melhoria do ambiente de negócios, que não existe infelizmente hoje no Brasil. A presidente da República teve a necessidade, inclusive, de, na última semana, em Nova York, dizer para investidores aquilo que Lula havia dito na carta aos brasileiros lá atrás, que o Brasil respeita contratos.  E fez isso porque o fato é que não tem respeitado contratos. Um outro ponto fundamental é o investimento na qualidade da educação. Não é nem uma questão apenas de recursos, é a qualidade, a forma como esses recursos são investidos.

 

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Áudio:

Aécio Neves apresenta propostas para aumentar produtividade da economia brasileira

O senador Aécio Neves apresentou propostas e debateu com empresários, investidores e jornalistas, nesta segunda-feira (30/09), em São Paulo, sobre caminhos para o aumento da produtividade brasileira.
Durante o Fórum Exame 2013, Aécio Neves apontou os desafios a serem enfrentados de imediato pelo Brasil para que o país avance na produtividade e se integre às cadeias produtivas globais.  Ele propôs a simplificação e desburocratização do sistema tributário e do setor de negócios; a estabilidade dos marcos regulatórios, maior abertura da economia nacional e integração das empresas brasileiras; e a adoção de políticas para dar qualidade à educação e estimulo à inovação.

Manutenção de regras

Aécio Neves destacou a importância de marcos regulatórios estáveis na economia como condição primordial para relacionamento com investidores. O senador observou que o atual modelo de gerenciamento da economia pelo governo federal, com forte intervenção e mudança de regras, tem gerado atraso e prejuízos ao setor produtivo e ao conjunto do país.

“O governo hoje atrapalha mais o ambiente de negócios do que ajuda. As ações equivocadas do governo geram efetivamente dúvidas e incertezas naqueles que querem investir em um ambiente seguro. Esse não é o caminho que devemos seguir”, afirmou o senador.

Marcos reguladores

Aécio Neves avaliou como retrocesso a ida da presidente Dilma Rousseff aos EUA para dar garantias a investidores estrangeiros. Ele lembrou que essas mesmas garantias foram dadas pelo então candidato Lula em 2002, na chamada “Carta aos brasileiros”.

”É fundamental que tenhamos marcos regulatórios estáveis, que não mudem em função do humor, de circunstâncias conjunturais. Recentemente, algo inacreditável aconteceu: a presidente Dilma teve que se reunir com investidores estrangeiros para garantir que os contratos serão respeitados. Criamos um ambiente hostil aos investimentos, que deveriam estar vindo agora para garantir uma retomada do crescimento,” afirmou o senador e presidente do PSDB.


Metas para educação

Aécio Neves afirmou que a melhoria da educação no país passa pela maior qualidade dos investimentos realizados. O senador defendeu a adoção de metas a serem alcançadas por professores e alunos na rede pública e a flexibilização de currículos às diferentes realidades regionais.

“Temos média de permanência na escola, na América do Sul, apenas maior que o Suriname. Hoje, em cada 4 alunos, um não completa o ensino fundamental. A questão da educação não envolve apenas o investimento, mas a qualidade do investimento. Em Minas Gerais, criamos metas para a área, ao final do ano remuneramos todos os envolvidos na educação a partir do alcance dessas metas.”

Aécio Neves lamentou a aplicação de um mesmo currículo em toda a rede pública, apesar das diferenças entre as regiões do país.

“É incompreensível que tenhamos em um país como o Brasil, um país com várias realidades, um mesmo currículo de Ensino Fundamental e Médio. Os currículos têm que atender à realidade econômica e de mercado de cada uma das regiões do país. Mas não se tem coragem para enfrentar isso.”


Desburocratização

Aécio Neves defendeu também a criação provisória, por 12 meses, de órgão governamental para coordenar a adoção de processos de simplificação e desburocratização tributária e de incentivo a negócios. Ele propôs redução pela metade dos atuais 39 ministérios.

“Em um eventual governo do PSDB, trocaríamos metade lodos atuais 39 ministérios por cerca de 20 e uma Secretaria Extraordinária de Desburocratização, com prazo de 12 meses para apresentar ao país um conjunto de medidas que simplifique e estabilize o setor de negócios e estimule aqueles que querem empreender”, disse durante a palestra.

Abertura comercial

Aécio Neves encerrou sua palestra defendendo maior abertura da economia brasileira, assim como a adoção de políticas para uma verdadeira integração das empresas nacionais às cadeias produtivas globais.

“Somos hoje a sétima maior economia do mundo, mas apenas a 25ª maior exportadora. Falando em importações, a tragédia é maior ainda. De 176 países, somos o último quando se vê a proporção das importações em relação ao PIB. No Brasil, o importador busca trazer determinado produto. Como há taxas altíssimas, prova que não há similar nacional e consegue uma redução tarifária. Temos hoje cerca de 5 mil excepcionalidades do Brasil.”

O senador quer maiores investimentos nas áreas produtivas onde o Brasil já tem maior competitividade e cobrou do governo federal iniciativas de estímulo e apoio à pesquisa e inovação. Ele lamentou também o aparelhamento partidário e o desvio de funções das agências reguladoras.