RESPOSTA À DELAÇÃO DO SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL

O senador Delcídio do Amaral citou o nome do senador Aécio Neves em três circunstâncias, todas elas falsas:

São citações mentirosas que não se sustentam na realidade e se referem apenas a “ouvir dizer” de terceiros.

1 – Delcídio do Amaral se refere a uma fundação que a mãe do senador planejou criar no exterior. Trata-se de assunto requentado já amplamente divulgado nas redes petistas na internet e, inclusive, já investigado e arquivado pela Justiça e pelo Ministério Público Federal há vários anos.

O assunto em questão foi devidamente analisado e arquivado, há mais de cinco anos, em 2010, após a Justiça Federal e o MPF do Rio de Janeiro constatarem a inexistência de qualquer irregularidade. Não houve sequer abertura de ação penal.

Ano passado, membros do PT reuniram material divulgado na internet e voltaram a apresentar a mesma falsa denúncia à Procuradoria Geral da República. Após o fornecimento das informações, o assunto foi novamente arquivado. Desta vez pela PGR, mais uma vez constada a inexistência de qualquer irregularidade.

Em 2001, a mãe do senador Aécio Neves cogitou vender alguns imóveis e aplicar os recursos no exterior. No entanto, o projeto foi suspenso em função da doença do marido dela e a fundação não chegou a ser implementada de fato.

Para o projeto, ela buscou a assessoria de um profissional que havia sido durante anos representante oficial de instituição financeira internacional, legalmente constituída no Brasil, sr. Norbert Muller. À época do contato, não existia qualquer razão para se duvidar da idoneidade profissional do representante.

Durante os seis anos em que o projeto ficou em suspenso (período entre assinatura dos primeiros documentos e o cancelamento definitivo do projeto, em 2007, em função do agravamento do estado de saúde de seu marido), a responsável fez dois pagamentos, em moeda nacional, e no Brasil, ao sr. Muller, referentes a despesas cobradas por ele. Esses valores corresponderam a uma média anual de cerca de 5 mil dólares.

Esses valores foram transferidos pelo representante para uma conta e corresponderam à totalidade dos depósitos realizados que foram integralmente consumidos em pagamentos de taxas e honorários. A conta nunca foi movimentada.

A criação da fundação foi devidamente declarada no Imposto de Renda da titular.

2 – Sobre a menção ao nome do senador Aécio com relação a Furnas, Delcídio repete o que vem sendo amplamente disseminado há anos pelo PT que tenta criar falsas acusações envolvendo nomes da oposição.

É curioso observar a contradição na fala do delator já que ao mesmo tempo em que ele diz que a lista de Furnas é falsa, ele afirma que houve recursos destinados a políticos.

3 – O delator relaciona o nome do senador Aécio ao Banco Rural no contexto da CPMI dos Correios. O senador jamais tratou com o delator Delcídio de nenhum assunto referente à CPMI dos Correios. Também jamais pediu a ninguém que o fizesse.

Nunca manteve qualquer relação com o Banco Rural, teve conta corrente na instituição ou solicitou empréstimos.

É fácil demonstrar que o PSDB não atuou na CPMI dos Correios com o objetivo de proteger ninguém. Pelo contrário, pode ser comprovado o posicionamento do PSDB na CPMI em favor do aprofundamento das investigações de todas as denúncias feitas durante os trabalhos da Comissão, incluindo aquelas relacionadas a nomes de integrantes do partido.

Segue anexa cópia da nota divulgada à época sobre o relatório final dos trabalhos da CPMI dos Correios, no qual é sugerido o indiciamento de integrantes do PSDB envolvidos.

Por fim, e ainda sobre esse assunto, é fácil demonstrar que Delcídio do Amaral não está falando a verdade. Ele diz que foi a Minas tratar com o então governador Aécio de assunto referente à CPMI. É mentira. O relatório final da CPMI data de abril de 2006 e a viagem de Delcídio a Minas ocorreu dois meses depois, no dia 7 de junho de 2006. O que demonstra que ele não poderia ter tratado de assunto da CPMI já encerrada. Na verdade, o encontro ocorrido foi a pedido dele para tratar do apoio partidário a seu nome nas eleições estaduais, em 2006, quando ele pretendia ser candidato no Mato Grosso do Sul.

Assessoria de Imprensa do Senador Aécio Neves

Brasília, 15 de março de 2016

Aécio Neves – Entrevista sobre o governo Dilma e a Corrupção

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em coletiva, em Brasília, falou sobre os resultados da pesquisa CNI divulgada hoje (01/07) e que aponta 83% de desaprovação dos brasileiros ao governo Dilma Rousseff. 

 

Leia trechos da entrevista do senador:

Sobre 83% de desaprovação ao governo Dilma.

O governo do PT hoje paga o preço da irresponsabilidade com a qual conduziu o Brasil nos últimos anos. Infelizmente, esse preço é dividido com o conjunto da sociedade brasileira e penaliza principalmente os mais pobres. O que estamos vendo acontecer no Brasil, acredito eu, é algo absolutamente inédito no mundo. E para homenagear a presidente, acho que desde a Idade Média não assistimos um cenário em qualquer país em que a popularidade da presidente começa a ser menor do que a própria inflação.

É isso que temos no Brasil hoje, uma inflação que caminha para ser maior do que a popularidade da presidente da República. Mas o que nos preocupa – não apenas a mim, com líder de oposição, mas ao conjunto da sociedade – é a perda da capacidade de governabilidade que o governo vem demonstrando. Seja na sua articulação no Congresso Nacional, seja na reação ao desemprego crescente, à taxa de juros exorbitante, enfim, ao desânimo que tomou conta da economia em absolutamente todos os setores.

Portanto, o que há hoje de grave no Brasil é um sentimento de desânimo porque quando você olha para o governo não o encontra. O Brasil hoje tem um vácuo de poder que preocupa a todas as pessoas que acompanham o agravamento e a forma com que vem se deteriorando o quadro político e econômico no país.

 

O líder do PSDB Cássio Cunha Lima defendeu que a presidente renuncie ao mandato. Essa é uma posição do partido? 

É uma posição do líder que tem que ser respeitada. Como presidente do PSDB, tenho tido toda cautela, inclusive nas discussões com o conjunto das oposições. Mas não é novidade para ninguém que há uma preocupação crescente. E essa preocupação não está apenas no campo oposicionista em relação às garantias de governabilidade que venhamos a ter. Vejo hoje setores do governo e do próprio PT extremamente preocupados, como disse, com a forma como vem se deteriorando rapidamente as condições mínimas da presidente da República de assumir a iniciativa.

Estamos fazendo aquilo que a oposição deve fazer, com absoluta serenidade, agindo junto ao Tribunal de Contas para que eventuais crimes sejam punidos; junto à Procuradoria Geral para que as investigações que devam ocorrer, ocorram, e também junto ao Tribunal Superior Eleitoral no sentido de que eventuais desvios ocorridos durante a campanha eleitoral sejam penalizados.

 

Sobre as tentativas do governo e do PT de interferir no trabalho da PF, MP e Justiça brasileira.

O Brasil felizmente tem hoje instituições que funcionam e o que temos que combater com extremo vigor é essa tentativa inadmissível da presidente da República e de outros agentes do seu campo político de combater as instituições. O que tem que ser combatido é o crime, não a Polícia Federal como ocorreu recentemente pela palavra do ministro da Justiça, não o Ministério Público e sequer os delatores. O que tem que ser combatido, repito, é a corrupção desenfreada.

E isso passa pelo fortalecimento das nossas instituições. Quanto mais os setores do PT querem cobrar, por exemplo, do ministro da Justiça que conduza a Polícia Federal, mais distante estaremos do Estado de Direito. Essas instituições, e durante a campanha disse isso reiteradas vezes para a presidente, que não sei se não compreendeu até hoje, essas instituições não são de governo, elas são de Estado.

A Polícia Federal pertence ao Estado brasileiro, e tem que investigar, e tem que buscar punir todos os agentes que cometeram crimes, independente de partidos políticos ou de tendências ideológicas. O Ministério Público tem que ser apoiado também enquanto faz o seu trabalho também em defesa do Estado de Direito, em defesa da honradez, em defesa da justiça.

Então, o que me preocupa é que quando essa onda de denúncias mais vai se aproximando do Palácio do Planalto, ou de figuras ilustradas do petismo, a reação é diferente daquela que assistimos na campanha eleitoral. Não é a de fortalecer as instituições e garantir que elas atuem como vem atuando a Justiça, com isenção, com equilíbrio, e obviamente com independência.

 

Ouça a entrevista do senador:

Aécio Neves comenta sobre o governo Dilma e a corrupção

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em coletiva, em Brasília, falou sobre os resultados da pesquisa CNI divulgada hoje (01/07) e que aponta 83% de desaprovação dos brasileiros ao governo Dilma Rousseff. 

 

Leia trechos da entrevista do senador:

Sobre 83% de desaprovação ao governo Dilma.

O governo do PT hoje paga o preço da irresponsabilidade com a qual conduziu o Brasil nos últimos anos. Infelizmente, esse preço é dividido com o conjunto da sociedade brasileira e penaliza principalmente os mais pobres. O que estamos vendo acontecer no Brasil, acredito eu, é algo absolutamente inédito no mundo. E para homenagear a presidente, acho que desde a Idade Média não assistimos um cenário em qualquer país em que a popularidade da presidente começa a ser menor do que a própria inflação.

É isso que temos no Brasil hoje, uma inflação que caminha para ser maior do que a popularidade da presidente da República. Mas o que nos preocupa – não apenas a mim, com líder de oposição, mas ao conjunto da sociedade – é a perda da capacidade de governabilidade que o governo vem demonstrando. Seja na sua articulação no Congresso Nacional, seja na reação ao desemprego crescente, à taxa de juros exorbitante, enfim, ao desânimo que tomou conta da economia em absolutamente todos os setores.

Portanto, o que há hoje de grave no Brasil é um sentimento de desânimo porque quando você olha para o governo não o encontra. O Brasil hoje tem um vácuo de poder que preocupa a todas as pessoas que acompanham o agravamento e a forma com que vem se deteriorando o quadro político e econômico no país.

 

O líder do PSDB Cássio Cunha Lima defendeu que a presidente renuncie ao mandato. Essa é uma posição do partido? 

É uma posição do líder que tem que ser respeitada. Como presidente do PSDB, tenho tido toda cautela, inclusive nas discussões com o conjunto das oposições. Mas não é novidade para ninguém que há uma preocupação crescente. E essa preocupação não está apenas no campo oposicionista em relação às garantias de governabilidade que venhamos a ter. Vejo hoje setores do governo e do próprio PT extremamente preocupados, como disse, com a forma como vem se deteriorando rapidamente as condições mínimas da presidente da República de assumir a iniciativa.

Estamos fazendo aquilo que a oposição deve fazer, com absoluta serenidade, agindo junto ao Tribunal de Contas para que eventuais crimes sejam punidos; junto à Procuradoria Geral para que as investigações que devam ocorrer, ocorram, e também junto ao Tribunal Superior Eleitoral no sentido de que eventuais desvios ocorridos durante a campanha eleitoral sejam penalizados.

 

Sobre as tentativas do governo e do PT de interferir no trabalho da PF, MP e Justiça brasileira.

O Brasil felizmente tem hoje instituições que funcionam e o que temos que combater com extremo vigor é essa tentativa inadmissível da presidente da República e de outros agentes do seu campo político de combater as instituições. O que tem que ser combatido é o crime, não a Polícia Federal como ocorreu recentemente pela palavra do ministro da Justiça, não o Ministério Público e sequer os delatores. O que tem que ser combatido, repito, é a corrupção desenfreada.

E isso passa pelo fortalecimento das nossas instituições. Quanto mais os setores do PT querem cobrar, por exemplo, do ministro da Justiça que conduza a Polícia Federal, mais distante estaremos do Estado de Direito. Essas instituições, e durante a campanha disse isso reiteradas vezes para a presidente, que não sei se não compreendeu até hoje, essas instituições não são de governo, elas são de Estado.

A Polícia Federal pertence ao Estado brasileiro, e tem que investigar, e tem que buscar punir todos os agentes que cometeram crimes, independente de partidos políticos ou de tendências ideológicas. O Ministério Público tem que ser apoiado também enquanto faz o seu trabalho também em defesa do Estado de Direito, em defesa da honradez, em defesa da justiça.

Então, o que me preocupa é que quando essa onda de denúncias mais vai se aproximando do Palácio do Planalto, ou de figuras ilustradas do petismo, a reação é diferente daquela que assistimos na campanha eleitoral. Não é a de fortalecer as instituições e garantir que elas atuem como vem atuando a Justiça, com isenção, com equilíbrio, e obviamente com independência.

 

Ouça a entrevista do senador: