Algumas lições aprendidas em 2016

Aécio Neves – Folha de S. Paulo – 19/12/2016

O ano que finda não se resumiu apenas ao trecho de crises graves e agudas da nossa história contemporânea. Foi também, e especialmente, um ano de muitas lições para o país.

No plano econômico, aprendemos que não há decisões temerárias sem consequências desastrosas. Elas sempre ocorrem, quando ignora-se o bom senso e a realidade. Neste campo, basta revistar os registros disponíveis e constatar um sem número de advertências, de líderes e analistas independentes, sobre os riscos impostos pela má gestão de governos perdulários e irresponsáveis.

Estão custando caro à população a quebra da confiança e a perda da credibilidade no país, assentadas na farra dos gastos públicos, na formação de um deficit gigantesco, no dramático desequilíbrio fiscal, na leniência inflacionária, nos juros na estratosfera, nas canetadas intervencionistas dadas a esmo e em tudo o mais que redundou na inédita depressão dos tempos atuais.

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O recado que veio das urnas

Os brasileiros falaram alto nas eleições municipais do último domingo. Com clareza e coragem, os eleitores apontaram a direção para onde desejam ver caminhando o país. Até mesmo na elevada taxa de abstenção e de votos brancos e nulos é possível identificar as vozes que clamam por um país novo. Reconhecer este país que emerge das urnas de outubro é essencial para fundamentar as escolhas a serem feitas para o futuro.

O Brasil quer mudança. A mensagem ficou mais clara na derrota do PT em todas as regiões. Depois de governar por 13 anos, o partido perdeu quase dois terços das prefeituras que ganhou em 2012. Um desempenho tão frágil que o deixou atrás de outros nove partidos. Foi uma dieta de votos radical, com o seu eleitorado municipal caindo para menos da metade.

Ao mesmo tempo em que declarou a sua insatisfação com a forma como o país vinha sendo conduzido, o eleitor brasileiro canalizou para a representação política que mais personificou a oposição ao petismo um testemunho inequívoco de confiança. O PSDB conseguiu resultados extraordinários. Nada menos que 17,6 milhões de votos para seus prefeitos e nove milhões para os vereadores.

Com isso, o PSDB se transforma no partido político que maior volume de votos recebeu em todo o país. É também o partido que elegeu proporcionalmente o maior número de prefeitos em relação à eleição de 2012. A partir de janeiro próximo, pelo menos 793 municípios brasileiros terão prefeitos tucanos – número esse que poderá se ampliar com os resultados do segundo turno. Em Minas, o PSDB já elegeu 132 prefeitos, enquanto o PT apenas 41.

A forma como o PT se apropriou do Estado para sustentar um ciclo político de continuidade, a inépcia e leniência na gestão dos recursos públicos, o desvio das bandeiras éticas e a tragédia econômica provocada por crenças equivocadas, afundando o país em uma das maiores crises de sua história, tudo isso constitui um retrato definitivo do Brasil que não queremos mais.

Em contraponto, o PSDB se apresenta como um partido que manteve a sua coerência programática, com posições claras em defesa de uma gestão responsável do ponto de vista econômico e fiscal, com uma agenda pública comprometida com a retomada do crescimento, com a eficiência administrativa, com o aperfeiçoamento dos programas sociais, com a visão de um país moderno e globalmente integrado. Só assim conseguiremos avançar, de fato.

O que as urnas também ecoam, não esqueçamos disso, é que há uma distância ainda expressiva entre a sociedade e a representação política parlamentar. Aparentemente menos interessados em política, o número de jovens eleitores entre 16 e 17 anos caiu 20% no pleito recente. Não se pode desperdiçar o vigor, a criatividade e a capacidade de mobilização desta parcela de brasileiros. A presença da juventude na vida pública é essencial para a reconstrução do país que se projeta desde o colapso do governo Dilma e que precisa ser aprofundada com a implementação de reformas estruturais.

É a hora de dar uma resposta clara a todos que votaram pela mudança. É alinhado com este sentimento de transformação que caminha o PSDB. Em direção a um país muito melhor.

Julgamento do Impeachment

“Minha palavra final é de agradecimento aos milhões e milhões de brasileiros que vêm nos acompanhando nessa jornada, e a eles, especialmente aos brasileiros, uma palavra de confiança e de esperança, vamos juntos e vamos permitir que o Brasil e os brasileiros escrevam uma nova história ética, honrada e competente, onde a verdade, e apenas ela, prevaleça na boca e na voz dos seus governantes”, afirmou o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, em pronunciamento na noite desta terça-feira (30/08), ao avaliar o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, debatido pelo Senado desde maio passado.

Aécio Neves - Pronunciamento no Julgamento do Impeachment

Foto: George Gianni

Hoje é o início do fim deste governo

Hoje é o início do fim de um governo que, na sua arrogância, na sua prepotência e na sua irresponsabilidade, violou as leis e mergulhou o Brasil na mais profunda crise econômica e social da nossa história”, afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, na manha de hoje (25/08), quando o Senado iniciou a sessão de julgamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O PSDB apoia um projeto de reformas para o país

“Ao final desse processo constitucional, vamos olhar para trás e perceber que fizemos o que deveríamos ter feito”, afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, na manha de hoje (25/08), quando o Senado iniciou a sessão de julgamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista coletiva, Aécio disse que os graves crimes fiscais identificados na gestão das contas públicas pelo governo do PT, nos últimos dois anos, foram a causa principal da grave recessão que o país atravessa com 12 milhões de desempregados.

Aécio Neves falou também sobre a defesa que o PSDB tem feito junto ao governo Temer pelo controle dos gastos e a favor das reformas estruturantes fundamentais para o país.

Aécio Neves – Nova agenda política para Brasil

A discussão de uma nova agenda para o Brasil precisa ser feita desde já e é a maior contribuição que o PSDB tem hoje a dar ao país. Mais do que cargos no governo, afirmou Aécio Neves, presidente nacional do partido, durante palestra nesta quinta-feira (31/03), em Lisboa. O senador destacou que, diferentemente do PT, o PSDB tem apresentado nos últimos 13 anos propostas de reformas profundas e importantes para o Brasil.

Aplaudido pelo público presente no 4º Seminário Luso-Brasileiro de Direito, Aécio destacou que a presidente Dilma Rousseff perdeu o que é essencial a qualquer governante: confiança e credibilidade.

“A presidente Dilma perdeu aquilo que é essencial para qualquer governante: confiança. Sobretudo em momentos de crise, mas também em qualquer outro momento. Confiança, credibilidade. O impasse está colocado. O que se faz então? Interrompe o processo democrático de impeachment, lá atrás apoiado pelo PT quando o presidente a ser afastado era Fernando Collor? Abre-se mão disso? Cria-se, como disse aqui, um salvo conduto? Essa é a regra definitiva daqui por diante? Ou fazemos cumprir o que determina a Constituição e começamos, desde já, a discutir uma agenda para o Brasil? Essa é a maior contribuição que o PSDB tem a dar. Mais do que participação, mais do que quadros no governo, até porque nós, diferente da atual presidente, nós, desde as candidaturas de Serra, de Geraldo e a minha própria, em 2014, apresentamos um projeto para o país”, afirmou Aécio.