“A presidente da República, se confirmado aquilo que hoje está sendo anunciado, permite um retrocesso histórico, que eu chamaria de criminoso, em relação aos avanços que obtivemos do ponto de vista da transparência e da fiscalização da atuação dos agentes políticos. É algo, portanto, extremamente grave o que está em curso, e faço esse pronunciamento até mesmo como um alerta”, afirmou o senador Aécio Neves, nesta terça-feira (29/09), na tribuna do Senado, ao protestar contra a proposta em estudo pela presidente Dilma Rousseff que prevê a perda de autonomia da Controladoria-Geral da União (CGU) e subordinação do órgão a ministros de Estados.
Aécio Neves ressaltou que a CGU exerce um papel fundamental no controle e na fiscalização do uso dos recursos públicos e é responsável, entre outras atribuições, pelo Portal da Transparência. O senador avaliou que a decisão, se confirmada, tornará as decisões do CGU, hoje baseadas em critérios técnicos, em atos políticos, colocando em risco a apuração de desvios e de corrupção no governo federal.