“A reforma da previdência não será a solução para o país. É preciso que o Congresso saiba conduzir uma agenda de crescimento e desenvolvimento”, afirmou Aécio em pronunciamento, na Câmara dos Deputados, no encerramento das votações em 2º turno da PEC da reforma da previdência, na noite desta quarta-feira (07/08).
O ex-governador se pronunciou em plenário sobre a urgência de uma agenda para geração de empregos e renda no país. Pesquisa do IBGE, divulgada na semana passada, mostra que 12,8 milhões de pessoas estão sem trabalho no Brasil.
“Concluímos uma etapa do trabalho, mas isso não será a solução para todas as mazelas do país. É preciso que o Congresso Nacional, nesse momento de protagonismo em que se encontra, saiba conduzir uma agenda de crescimento, de geração de empregos e de renda, sem a qual muitos se frustrarão, pois apenas a votação da reforma da previdência não nos permitirá, no curto prazo, encontrar novamente o caminho do crescimento e do desenvolvimento”, disse Aécio.
Ele destacou o atraso de mais de uma década na reforma e reiterou que as mudanças são insuficientes para estimular a economia.
“Há exatos 21 anos, pela ausência um voto, deixamos de aprovar uma reforma da previdência que simplesmente estabelecia a idade mínima de 60 anos para os homens e 55 anos paras as mulheres. A situação do país se agravou e a previdência se deteriorou. Estamos nos redimindo perante a sociedade. Mas se não tivermos a percepção na questão tributária, na questão do pacto federativo, revendo questões que estão historicamente paralisadas nesta Casa como a da Lei Kandir, que penaliza os estados exportadores, muitos se frustrarão”, afirmou o deputado.
O ex-governador de Minas alertou também para a desigualdade social no país e apontou a importância de políticas regionais de desenvolvimento para superação das severas diferenças nas condições de vida dos brasileiros.
“Vamos estar atentos para que a Câmara dos Deputados possa continuar atuando de forma serena, mas absolutamente firme com a ampla representatividade que temos, a agenda que o Brasil espera: diminuição das desigualdades sociais, sobretudo com a retomada do crescimento e do emprego perdidos na última década, e uma política de desenvolvimento regional efetiva”, afirmou Aécio.