O senador Aécio Neves defendeu junto ao presidente da República, Michel Temer, uma saída negociada para evitar a perda pela Cemig de três de suas principais usinas geradoras de energia.
O senador lamentou a perda das usinas de Jaguara, São Simão e Miranda, que têm leilão marcado para o mês que vem em razão de uma decisão da Justiça. Aécio Neves lembrou que a origem de todo o impasse foi a Medida Provisória 579, editada pela então presidente Dilma Rousseff em 2012.
À época, Aécio liderou um protesto no Congresso contra a MP e alertou para os prejuízos que a MP representaria para Minas Gerais. O senador, o então governador Antonio Anastasia e a bancada do PSDB recorreram então à Justiça para defender o patrimônio da empresa.
Aécio destacou que as bancadas mineiras devem agora unir esforços em defesa da Cemig e lamentou que, em 2012, o então ministro Fernando Pimentel e a bancada do PT não tenham impedido a intervenção da presidente Dilma, que provocou um grave prejuízo para o patrimônio dos mineiros.
“O anunciado leilão das usinas da Cemig, as usinas de Jaguara, Miranda e São Simão, vai gerar um enorme prejuízo para a Cemig. A Cemig, como todos nós sabemos, é um dos maiores patrimônios dos mineiros, e temos que, neste momento, unir as forças políticas, econômicas e sociais do Estado para buscar ainda evitar, ou pelo menos minimizar, os danos dessa medida, que não podemos nos esquecer foi causada por uma decisão irresponsável, desastrada da presidente Dilma Rousseff, sob alegação de queda do preço da energia elétrica, que não aconteceu”, afirmou o senador.
“Me lembro muito bem que denunciamos naquele tempo os equívocos dessa medida. Já naquele momento da edição da Medida 579, eu como líder da oposição, alertei e me posicionei contra os gravíssimos prejuízos que essa medida iria gerar para o setor energético do país, porque não foi apenas a Cemig, mas a Cemig em particular. Enfrentei debates extremamente duros aqui no plenário do Senado, em eventos com representantes de todas as áreas, inclusive do Poder Executivo. Lamento muito que só agora muitos daqueles que à época defendiam a posição do governo do PT, mineiros inclusive, tenham descoberto os danos que esta ação desastrada causaria à nossa população. Mas apesar da incoerência daqueles que lá atrás defendiam esta medida e hoje a denunciam, apesar disso tudo, é hora de unirmos as nossas forças porque o que deve falar mais alto é o interesse de Minas e a Cemig, como eu disse, é um dos maiores patrimônios dos mineiros”, declarou o senador Aécio.