“Esta indignação crescente da sociedade brasileira com o PT e com a presidente da República é fruto exatamente da consciência que agora as pessoas vão tendo de que foram lesadas”, disse o senador Aécio Neves, em entrevista, nesta quinta-feira (09/04), ao falar sobre o agravamento da crise econômica no país e o rápido crescimento da inflação e do desemprego.
Aécio Neves destacou que o cenário de dificuldades enfrentado hoje pelos brasileiros já era previsto pelo governo e pelo PT desde o ano passado, mas as medidas certas não foram tomadas antes para que a presidente Dilma Rousseff pudesse vencer as eleições.
“O que é mais grave não é apenas o fato da mentira, que por si só já é gravíssimo. Foi o governo sabendo da necessidade de tomar determinadas medidas corretivas, não as ter tomado no tempo certo. Esse talvez seja o maior crime de responsabilidade cometido por esse governo porque poderia ter tomado há dois anos, um ano atrás, as medidas corretivas que agora busca tomar. O governo não se importou que a inflação saísse de controle, que a perda de credibilidade fosse crescente, que o crescimento do PIB fosse negativo porque isso interessava ao projeto de poder dele, interessava ao projeto eleitoral. Entre o interesse da população e o interesse eleitoral do PT, prevaleceu mais uma vez o interesse eleitoral do PT”, afirmou Aécio.
O senador lamentou a inflação recorde registrada em março, atingindo o maior índice desde 1995, e o aumento do desemprego no país. A taxa divulgada hoje pelo IBGE mostrou aumento do número de trabalhadores desocupados. No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego foi de 7,4%. Considerando os trimestres anteriores, é a maior taxa desde o trimestre encerrado em maio de 2013, quando foi de 7,6%.
“Não se mantém os programas sociais se o país não cresce. Se não se mantém os empregos, o país não cresce. Tudo o que foi anunciado na campanha eleitoral e combatido com ferocidade pelo PT já era de conhecimento deles. Eles não souberam disso agora. Os brasileiros foram privados da verdade e, mais grave ainda, das providências necessárias para enfrentar a realidade que já existia, que não começou agora”, afirmou Aécio.