O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, de Minas Gerais, anunciou nesta quarta-feira, que o PSDB vai votar a favor da proposta de emenda à Constituição que prorroga a Desvinculação de Receitas da União, a chamada DRU, que permite o governo utilizar livremente 20% dos recursos do Orçamento. Aécio garantiu que o seu partido irá apoiar propostas que beneficiem o equilíbrio fiscal do país.
Sonora do senador Aécio Neves
“É uma demonstração clara de que nas questões que dizem interesse ao equilíbrio fiscal do país, portanto, a retomada do crescimento e dos empregos, os brasileiros encontrarão no PSDB permanente apoio. Da mesma forma nos oporemos à criação de novos impostos ou aumento de alíquota dos atuais, pois acreditamos que isso não melhora a vida dos brasileiros. Portanto, é uma sinalização clara de que nós estamos dando, de que nas questões que interessam a vida dos brasileiros, tão prejudicada pelas irresponsabilidades e incompetência do governo do PT, o PSDB se colocará favoravelmente”.
Ao comentar a previsão de especialistas de que o país terá um crescimento negativo da economia em 3% no ano de 2016, Aécio Neves voltou a criticar a condução econômica do governo de Dilma Rousseff. O presidente tucano disse que o partido manterá posição contrária à CPMF e ao aumento de impostos.
Sonora do senador Aécio Neves
“Em relação a questão de criação de impostos, o governo na verdade não fez o seu dever de casa. Anunciou, em mais uma ilusão aos brasileiros, um conjunto de medidas de cortes que na prática não ocorreram. Sequer os cargos comissionados anunciados que seriam extintos ou cortados não foram na sua integridade. Portanto, não vemos nesse governo autoridade política ou mesmo moral para cobrar novos sacrifícios da população brasileira. Cada uma das propostas do ajuste será discutida por nós intensamente, na busca de caminhos para que o Brasil possa superar as dificuldades de hoje”.
A PEC da DRU ainda precisa ser votada em uma comissão especial, que terá prazo de até 40 sessões para elaborar um texto final a ser votado no plenário da Câmara em dois turnos. Caso seja aprovada, a PEC segue para análise do Senado. De Brasília, Shirley Loiola.
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