O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, de Minas Gerais, afirmou à imprensa, nesta terça-feira que a presidente Dilma utiliza o poder de comunicação que tem como presidente para confundir a população ao invés de explicar a fraude cometida pelo governo nas contas públicas, consideradas um crime de responsabilidade fiscal pelos ministros do Tribunal de Contas da União.
Sonora do senador Aécio Neves
“A presidente da República e o governo passaram meses dizendo que não cometeram crime, dizendo que as pedaladas não ocorreram. Ouvi, ontem, a presidente da República confessando que cometeu as pedaladas para pagar o Bolsa Família. Quero dizer à presidente que, em parte, ela está certa. Houve, sim, o cometimento das chamadas pedaladas, mas o pagamento do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida a que ela se refere foi a parte menor destas pedaladas. O maior volume de recursos foi para as grandes empresas, através do PSI e do BNDES”.
Aécio também falou sobre o processo de impeachment contra Dilma e o debate a respeito do recesso parlamentar, que tem seu início previsto para o dia 22 de dezembro e irá até o dia 01 de fevereiro. Para o senador tucano, a discussão deve ser a respeito das manobras de atrasar pagamentos aos bancos públicos, que foram condenadas por unanimidade pelo TCU no julgamento das contas do governo da petista de 2014.
Sonora do senador Aécio Neves
“É preciso que haja muita serenidade. É preciso que os ânimos se acalmem para que possamos discutir o processo de impeachment do ponto de vista jurídico. Ali existem acusações em relação ao comportamento da presidente da República. Ela cometeu ou não algum delito? Ela descumpriu ou não a Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto, esta é a questão central. E acho que nesta hora não podemos travar aqui um falso debate. Não se convoca ou convoca-se o Congresso.”
O senador Aécio Neves informou que sugeriu ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que o fim do recesso legislativo seja pelo menos 15 dias antes do previsto. Cabe ao presidente do Senado e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a decisão de convocar senadores e deputados neste período, para garantir o funcionamento de comissões ou sessões extraordinárias de votação. De Brasília, Shirley Loiola.
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