ASSUNTOS: Sobre encontro do PSDB; eleições municipais; eleições 2026; dívida de Minas
Antes de o presidente Marconi, que é a nossa grande estrela hoje aqui, e nós estamos aqui todos dando as boas-vindas ao presidente nacional do PSDB, governador por quatro vezes do estado vizinho de Goiás, estado irmão de Minas Gerais, e que vem nos liderando com imensa disposição e capacidade. Quero dizer, ao receber o presidente Marconi em Belo Horizonte, ao lado do presidente Paulo Abi-Ackel, da Débora, nossa presidente do PSDB, Mulher, é que o PSDB se prepara para iniciar, em 2024, a caminhada rumo a 2026.
O PSDB tem a responsabilidade de apresentar ao Brasil uma proposta alternativa ao lulopetismo e ao bolsonarismo. Somos oposição ao governo federal do PT, o governo da gastança, o governo do apadrinhamento, o governo da relação externa prejudicial ao país ao aliar-se às ditaduras amigas deles, mas também não nos sentimos identificados com o que o bolsonarismo representa hoje.
Portanto, vamos apresentar em 2026, uma proposta de centro, democrática, responsável, liberal na economia, mas inclusiva do ponto de vista social. Essa é a construção hoje liderada pelo governador Marconi Perillo e eu posso desde já adiantar que Minas Gerais vai contribuir para isso com o maior número de eleições para as prefeituras municipais. Ainda somos um dos principais partidos, se não o maior em Minas Gerais em número de prefeituras e de vereadores, e vamos avançar nessas eleições, inclusive, com candidaturas nas principais cidades, e agora por orientação do presidente Marconi Perillo, discutindo também uma candidatura do partido na capital do Estado.
Quero acrescentar, para concluir, que o PSDB tem uma missão que transcende essas eleições. É uma missão que atende acho que o sentimento mais legítimo de uma grande parte dos brasileiros, que estão cansados dessa radicalização da política, do ódio, das tentativas sempre de desqualificar o outro para se fazer mais relevante que o outro. O PSDB quer apresentar ao Brasil um projeto, não contra ninguém, mas a favor do desenvolvimento, a favor da geração de empregos, a favor da diminuição das diferenças sociais. E nas cidades, se formos fazer uma avaliação mais geral, e nós fazíamos isso hoje com o presidente Marconi, que chega de um périplo por vários estados do Nordeste, as candidaturas do PSDB são aquelas que se colocam no centro, são aquelas que dialogam com os extremos, mas não se submetem aos extremos.
O Brasil não merece viver eternamente submetido a essa polarização, de um lado o que o lulopetismo representa, de outro lado que o bolsonarismo representa. Somos um país muito maior do que isso. E uma candidatura, por exemplo, como a de João Leite, tem essa capacidade de dialogar com a cidade com os extremos. O Brasil não merece, repito, viver tendo o ódio a conduzir as nossas decisões políticas. Estou muito feliz com os relatos que o presidente Marconi nos traz de candidaturas lançadas em vários estados brasileiros e, hoje, vamos cuidar sim de estimular candidaturas em Minas Gerais como a do companheiro Leonídio, como a candidatura do companheiro Dimas agora em Três Corações, que vai se filiar hoje ao PSDB, dentre tantas outras que tenho certeza vão fazer do PSDB o mais vitorioso dos partidos em Minas Gerais, porque aqui também, em 2026, PSDB vai ter uma candidatura ao governo do estado para resgatar Minas Gerais, porque quando falta voz de Minas, quando falta apresenta política de Minas é ruim para Minas, mas tem sido muito ruim pro Brasil também.
Esse candidato em 2026 vai ser o senhor, deputado?
Longe ainda de chegarmos lá, mas é natural que o PSDB pelo que fez de Minas, pela sua tradição, os principais avanços que ocorreram em Minas nos últimos vinte anos, foram sim conduzidos pelo PSDB. Você vê hoje a Região Metropolitana de Belo Horizonte, quais são os últimos grandes investimentos estruturais? Foram feitos pelo PSDB. Quando é que foi o momento em que o PSDB construiu uma candidatura presidencial? Quando estava forte em Minas Gerais. Hoje, infelizmente, há uma lacuna enorme. A opinião de Minas e a posição de Minas são absolutamente relegadas a um segundo plano.
Sobre projeto de lei com nova proposta de renegociação da dívida de Minas
Por isso, eu ontem, peço licença ao presidente Marconi para falar de algo que interessa também ao seu estado, apresentei um projeto de lei no Congresso Nacional – conversei longamente com o governador Cláudio Castro do Rio de Janeiro, com o governador Eduardo Leite do Rio Grande do Sul, que já aderiram ao Regime de Recuperação Fiscal, para dizer que é crime de lesa-pátria a proposta de federalização, o que significa para traduzir para as pessoas que não estão acompanhando de perto essa questão, transferir para a União o controle das principais empresas de Minas Gerais.
A Cemig, criada no governo Juscelino Kubitschek, a COPASA criada dez anos depois, a própria CODEMIG que foi criada como como o Camig do governo de Rondon Pacheco na década de 70. Transferir esse patrimônio para a União significa fragilizar eternamente, definitivamente, o papel de Minas Gerais como estado federado, altivo em condições de enfrentar as suas próprias dificuldades. A minha proposta impede essa federalização, portanto, a transferência do controle para União. As empresas teriam de utilizar, através dos seus dividendos, como garantia para o pagamento da dívida que se daria de forma flexibilizada, se daria em outras condições, com alargamento do tempo de pagamento que diminuiria as parcelas, com a diminuição do comprometimento da dívida do pagamento, que hoje está em 13% da receita líquida dos estados cairia pra 8%; o IPCA mais 4% cobrado hoje cairia para 2% e depois pra zero. Porque a União, e eu termino dizendo isso, age hoje como instituição financeira, como agiota, punindo os estados e punindo de forma vigorosa.
Minas Gerais tem um crédito com a União de mais de R$ 120 bilhões do que nós deixamos de arrecadar com a Lei Kandir, para garantir o superávit primário para o Brasil nas suas contas externas. Isso não entra na conta? O que eu lamento é que falta voz, falta autoridade, falta disposição política do governo de Minas de negociar com altivez com o governo federal. Essa proposta (a que está em discussão atualmente com governo e União), se for a cabo, dá submissão absoluta de Minas aos interesses do governo federal. Isso sequer é uma negociação, isso é Minas entregando para a União o seu patrimônio em troca de quê? De um abatimento da dívida? Vamos reagir a isso e vamos para o Congresso Nacional impedir no limite das nossas forças que isso ocorra.
MARCONI PERILLO
A ideia do PSDB é ter candidato em Belo Horizonte, porque a gente sabe que os deputados Paulo Abi-Ackel e Aécio têm boa relação com o prefeito Fuad, isso é possível?
Quero dizer que é uma alegria estar aqui com o Aécio, o Paulo Abi-Ackel, o Eduardo (Azeredo) e toda a militância tucana de Minas Gerais. O PSDB de Minas Gerais já deu muitas alegrias ao Brasil e ao povo mineiro com grandes administrações que aqui foram realizadas. Eu vim aqui para fazer uma visita ao partido, ao estado e à nossa lindíssima BH, mas vim para fazer uma exortação, uma convocação ao PSDB de Minas. Nós queremos candidatura a prefeito de Belo Horizonte, e queremos candidaturas nas mais importantes, mas também nas médias e pequenas cidades mineiras. Sou convencido que pelo histórico do PSDB, nós podemos fazer o maior número de prefeituras aqui em Minas nessas eleições. Temos os melhores candidatos, temos história e temos boas propostas para cada cidade. Trago também hoje aqui uma pesquisa, que coloca o nosso querido João Leite, em primeiro lugar. Isso é motivo de sobra para que ele, Aécio, Paulo Abi-Ackel e todo o PSDB de Minas reflitam sobre a importância estratégica de termos não só candidato, mas de termos o próximo prefeito de BH.
PAULO ABI-ACKEL
Qual a expectativa do PSDB para eleger novas prefeituras no Estado?
Nossa expectativa em relação ao PSDB e Minas Gerais dessa eleição é a melhor possível, nós temos a expectativa de superar a o resultado das eleições de 2020, fazendo a eleição em todas as grandes cidades de Minas Gerais e também nas médias e nas pequenas. Nós vamos surpreender, e muito, positivamente.
Há alguma chance de coligar com o PT?
Não. Não há esta possibilidade em nenhuma instância, em nenhuma cidade, essa é orientação do nosso presidente Marconi Perillo, do Aécio e de todos as nossas lideranças estaduais.
O nome então nesse momento seria esse, seria o ex-deputado João Leite e aliança com Fuad está descartada?
Me permita antes de responder a sua pergunta fazer referência ao Leonídio Bouças nosso deputado estadual, pré-candidato já lançado à segunda maior cidade de Minas Gerais que é Uberlândia, nessa segunda-feira que passou. Mas respondendo então à sua pergunta, é claro que ainda temos alguns meses pela frente de conversações, de diálogo, temos que, obviamente, ouvir todo o partido, estamos aqui com o nosso João Leite, o desejo de ter uma candidatura própria, mas isso não significa que não estaremos também conversando a partir de agora com todo o nosso partido, internamente, a propósito dessa questão trazida por Marconi, como também com o próprio João Leite, como também com todos aqueles que fazem parte da disputa de Belo Horizonte, que possam estar eventualmente inclusive ao nosso lado, num hipotético segundo turno em que poderemos estar disputando a vitória.
As rusgas que já aconteceram entre o partido e presidente da Câmara, Gabriel Azevedo podem ser impeditivo em negociações entre o PSDB e o presidente da Câmara por uma eventual composição das eleições municipais?
Quero dizer que o partido que tem nome como o do João Leite, que aparece tão bem nas pesquisas e tem o carinho de todos, amplo apoio interno, nos coloca num outro caminho, numa outra direção. O Gabriel tem conosco uma ótima relação, eu pessoalmente tenho uma ótima relação, Aécio também tem. E nesse momento não há o que se falar em diferenças, há o que se falar em encontros e convergências, como sempre tivemos. Gabriel foi membro do PSDB, da mesma forma que Fuad foi membro dos governos tucanos, tão exitosos, tão virtuosos, nos melhores governos que Minas Gerais já teve.