Sociedade não quer mais esse Fla-Flu entre partidos, diz Aécio

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, defendeu hoje (25/04), em plenário, as indicações dos senadores Raimundo Lyra (PMDB-PB) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) para presidência e relatoria da Comissão Especial que analisará, no Senado, o pedido de impeachment da presidente da República já aprovado na Câmara dos Deputados por crime de responsabilidade.

Aécio disse que Lyra e Anastasia têm o reconhecimento de seus colegas. Ele pediu serenidade à bancada do PT em razão de ataques que têm sido feitos a senadores da oposição nos debates iniciais para formação da comissão.


Trecho do pronunciamento do senador Aécio Neves:

“Este nível de debate não interessa ao Senado. Lembrando aqui Platão, que, há mais 2 mil anos nos ensinava algumas coisas, e uma sempre me vem à mente quando escuto este senador na tribuna. Platão dizia, e ele viveu 400 anos antes de Cristo, que as pessoas comuns falam de coisas, as pessoas brilhantes falam de ideias e as pessoas medíocres falam de pessoas.

O senador só vem à tribuna, talvez pela ausência de argumentos, para atacar pessoas. O que estamos propondo é algo que vai ser discutido na Comissão, no foro adequado, de forma democrática, sem necessidade de ofensa a quem quer que seja.

O senador Antonio Augusto Anastasia é reconhecido nesta Casa como um dos mais qualificados senadores: Professor de direito constitucional, equilibrado, ameno no trato e cumpre-se o Regimento, indicado pelo segundo maior bloco. Não é possível que, numa questão como esta, já vamos, aqui, fazer um debate pessoal, de um nível que a sociedade brasileira não quer mais.

Portanto, concordo que no âmbito da Comissão Especial será dirimida essa questão. Acho que o Senado Federal estará extremamente bem representado pelo senador Antonio Augusto Anastasia, como estará pelo senador Raimundo Lyra e pelos demais membros da comissão.

É hora de travarmos o debate em torno dos temas centrais, das acusações que são feitas à presidente da República, e tirarmos isso desse Fla-Flu, dessa discussão entre partidos, porque ela em nada atende às expectativas do Brasil, que vive o momento de uma crise extremamente aguda e profunda”.

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