“Brasil precisa cada vez mais ser parceiro do agronegócio”, diz Aécio Neves em Uberaba (MG)

Em visita a Uberaba (MG), nesta sexta-feira (02/05), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, destacou a importância do agronegócio para o desenvolvimento do mercado brasileiro e o aumento da competitividade do setor. Aécio debateu propostas e ouviu demandas durante encontro com cerca de 200 produtores e pecuaristas na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), durante a 80ª Expozebu, uma das maiores feiras de agronegócio do país.

“O Brasil precisa cada vez mais ser parceiro do agronegócio, parceiro de quem trabalha no campo. Eu venho de uma família de pequenos produtores rurais, pequenos produtores de café, e isso está na minha essência. Não é algo que aprendi ao longo da vida. A grande verdade é que essa importância do agronegócio, ao longo do tempo, vem aumentando”, afirmou.

Aécio Neves destacou os prejuízos que a falta de infraestrutura vêm trazendo ao setor, que esbanja produtividade em sua produção.

“Não fosse o agronegócio, não teríamos os resultados – ainda pífios – que a economia brasileira vem apresentando. Eles seriam nulos. Ninguém é mais produtivo que o brasileiro da porteira para dentro. O problema começa da porteira para fora, quando faltam ferrovias, hidrovias, rodovias, portos, planejamento. Tudo isso, obviamente, tira a competitividade de quem produz no Brasil”.

Aécio Neves cobrou do governo federal mais atenção ao setor, e sugeriu foco a questões como segurança jurídica, incentivo ao crédito e uma política de expansão de mercado que traga abertura às relações comerciais dentro e fora do país.

“Todos queremos um país sustentável, que cresça e se desenvolva respeitando o meio ambiente. Isso é plenamente possível”, apontou. “Infelizmente, o planejamento está ausente no Brasil em absolutamente todas as áreas. Falta apoio permanente do governo, compreensão de que o agronegócio é um setor que apresenta potencial de desenvolvimento extraordinário”, disse Aécio.

 

Carga tributária

Acompanhado do presidente do Instituto Teotônio Vilela de Minas Gerais (ITV-MG), Pimenta da Veiga, do governador do estado, Alberto Pinto Coelho, e de lideranças do PSDB e de outros partidos, Aécio Neves voltou a defender a simplificação do sistema tributário brasileiro, em benefício ao Brasil que produz.

“Temos uma carga tributária escorchante, de 38% do Produto Interno Bruto (PIB), que nos tira a competitividade e inibe atividades em várias áreas, não apenas no agronegócio. Nos últimos dez anos, desde que esse governo assumiu, a carga tributária de responsabilidade da União cresceu 5%. Isso é uma demonstração clara da concentração perversa de receita nas mãos da União”, afirmou o ex-governador de Minas.

Segundo Aécio Neves, o projeto, focado no “emaranhado de impostos indiretos que temos hoje”, será o primeiro passo para a abertura do espaço fiscal brasileiro, que incluirá os gastos correntes do governo, que atualmente crescem vertiginosamente.

“A desoneração deve ser horizontal, e não pontual. Um Estado mais eficiente é o que depende menos de carga tributária. A partir de uma desoneração gradual poderemos reduzir essa carga tributária de quase 38% e, paulatinamente, garantir a competitividade a quem produz no Brasil”.

 

Homenagem

Ao término da reunião com produtores, o senador recebeu uma carta aberta assinada pelo diretor presidente da Associação Nacional dos Profissionais da Embrapa, Julio Maria Porcaro Puga. No documento, a associação manifestava preocupação com os rumos da pesquisa no Brasil, por conta do aparelhamento “silencioso e contínuo” a que a máquina pública federal é submetida e defende o fortalecimento da Embrapa.

Aécio Neves ainda foi homenageado com uma medalha pela ABCZ por serviços prestados à agropecuária nacional. O senador participou da comemoração pelos 80 anos da entidade e visitou as instalações da Expozebu, cumprimentando os trabalhadores. A feira será inaugurada oficialmente neste sábado (03/05).

Aécio Neves defende redução da carga tributária no Brasil e critica intervencionismo do governo federal

Diante de um público de cerca de 400 pessoas, entre políticos, empresários e artistas, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, defendeu, nesta sexta-feira (02/05), a redução da carga tributária paga pelos brasileiros e condenou o excesso de intervencionismo da presidente Dilma Rousseff na economia.

Segundo Aécio, o PSDB deverá propor a criação de uma secretaria extraordinária que terá como meta apresentar ao Congresso Nacional, em seis meses, uma proposta de simplificação da cobrança de tributos. Esse seria o primeiro passo para um processo de redução da carga tributária, uma demanda antiga de empresários e trabalhadores brasileiros.

“Vivemos uma crescente e escorchante carga tributária que tem sido inibidora da competitividade daqueles que se aventuram a vir para o Brasil. Somos vítimas de um excesso de intervencionismo e, infelizmente, a conta perversa que será legada ao próximo governante passa por inflação alta, e já, nos próximos meses, acima do teto da meta, crescimento baixo e uma perda crescente da nossa credibilidade”, declarou o senador.

 

Fórum

O assunto foi abordado por Aécio durante palestra proferida no Fórum de Comandatuba. O evento, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), é realizado anualmente e, em 2014, tem como tema “Uma agenda para o desenvolvimento do Brasil”.

Para Aécio, a falta de capacidade gerencial do PT tem feito com que o Brasil esteja discutindo em 2014 problemas que pareciam ter sido resolvidos no passado.

“No momento em que deveríamos estar aqui falando de produtividade,  falando de competitividade, falando de uma nova relação com o mundo, estamos voltando a uma antiga agenda exatamente essa, a agenda da estabilidade, entre tantas outras”, afirmou.

De acordo com Aécio, o retrocesso também se verifica na questão da infraestrutura. “Infelizmente perdemos uma década de preconização das privatizações, das parcerias com o setor privado e estamos aí com a mesma agenda de dez anos atrás no que diz respeito à infraestrutura. Sabemos o estado das nossas rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos”, declarou.

Aécio fez questão de ressaltar que os avanços conquistados pelo Brasil não podem ser encarados como obra de um só governo ou partido. “Não acho que o Brasil foi descoberto a partir de 2003. O Brasil é uma construção de muitas gerações. Se nós hoje somos um país mais desenvolvido, somos um país com maiores oportunidades, uma país mais respeitado no mundo, é porque desde o processo de redemocratização nós viemos construindo etapa, etapa, esse grande edifício que hoje habitamos”, afirmou.

 

Modelos de administração

Aécio ressaltou ainda as diferenças entre o modelo de gestão pública defendido pelo PSDB e o atual governo. “Nada mais perverso para um país que quer se desenvolver do que essa visão paternalista do Estado que resolve os seus problemas. Quem melhora a vida de cada um é ele próprio, que rala, que estuda, que trabalha, que se esforça. O Estado tem que ser o parceiro. É preciso restabelecer nas pessoas a confiança do empreendedorismo, receber das pessoas a esperança de que se dedicarem, se estudarem, vão ter uma inserção social”, apontou.

O senador voltou a destacar o compromisso do PSDB na aprovação de uma reforma política, que incluiria o fim da reeleição, o estabelecimento de um mandato presidencial de cinco anos e a adoção do voto distrital misto.

Ao falar sobre educação, Aécio destacou as conquistas de sua gestão como governador de Minas Gerais, entre 2003 e 2010, que garantiu ao estado o melhor desempenho em educação básica em todo o país. Isso foi garantido a partir de um programa estadual através do qual todos os servidores do estado são submetidos a avaliações periódicas e são recompensados com um salário extra quando atingem as metas estabelecidas, o Prêmio por Produtividade.

O senador terminou sua apresentação ressaltando que não acredita em uma política pautada por divisões acirradas, como faz o PT: “Não posso permitir que continuem dividindo o Brasil entre ‘nós’ e ‘eles’. Quem apoia o governo, quem bajula o governo, são os patriotas? Quem critica, quem aponta equívocos, são os pessimistas? Não. Nós somos todos brasileiros”.

Aécio Neves defende a desburocratização tributária

O senador Aécio neves participou nesta segunda de debate com empresários e jornalistas sobre propostas para melhorar a produtividade das empresas brasileiras. Aécio Neves defendeu a simplificação dos impostos e das regras para abertura de empresas e mais investimentos na qualidade da educação.

 

Fala do senador Aécio Neves

Temos agora, a partir desse instante, de priorizar algumas ações. Certamente entre elas, a desburocratização do nosso sistema tributário, a simplificação do sistema tributário, a melhoria do ambiente de negócios, que não existe infelizmente hoje no Brasil. A presidente da República teve a necessidade, inclusive, de, na última semana, em Nova York, dizer para investidores aquilo que Lula havia dito na carta aos brasileiros lá atrás, que o Brasil respeita contratos.  E fez isso porque o fato é que não tem respeitado contratos. Um outro ponto fundamental é o investimento na qualidade da educação. Não é nem uma questão apenas de recursos, é a qualidade, a forma como esses recursos são investidos.

 

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