PSDB contribuirá para o Brasil superar a crise, afirma Aécio Neves

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou, nesta terça-feira (26/04), que é clara a disposição do partido em contribuir com um eventual governo Michel Temer e ajudar o Brasil a superar a grave recessão econômica.

“Há uma disposição clara do PSDB de contribuir com o Brasil para a superação dessa gravíssima crise na qual o governo do PT e a presidente Dilma, em especial, nos mergulhou”, afirmou Aécio Neves, em entrevista coletiva após reunião com deputados tucanos na Liderança do PSDB na Câmara dos Deputados.

No encontro, foram discutidas preliminarmente propostas que serão apresentadas, na semana que vem, pelo partido, aos brasileiros e ao vice-presidente da República. Aécio reiterou que o apoio do partido a um novo governo se dará por meio dessas medidas, e não estará condicionado à ocupação de ministérios ou cargos federais.

“O PSDB não postula cargos. Quem tem a responsabilidade de compor o governo será o eventual futuro presidente. Essa questão não foi colocada ao PSDB. O nosso apoio independe de qualquer tipo de troca, de qualquer tipo de participação em governo. Vamos ajudar o Brasil com a qualidade do nosso apoio no Congresso, com uma agenda que já estamos ultimando e que será anunciada ao Brasil no início da próxima semana. Isso é que, para nós, é essencial”, destacou o presidente do PSDB.

Ele adiantou que o conjunto de medidas a ser proposto terá como pontos centrais o fortalecimento dos órgãos de controle e fiscalização do governo e o apoio integral às investigações da Operação Lava Jato e ao Poder Judiciário.


Agenda social

Aécio Neves destacou a urgência no debate de medidas que interrompam o crescimento do desemprego e na definição de uma agenda de prioridades na área social.

“Novas propostas são vitais para a retomada do crescimento do país e do emprego, que é a nossa preocupação maior. Essa é a maior das contribuições que o PSDB dará. Um apoio congressual efetivo e solidário ao enfrentamento da crise extremamente grave. Nós falaremos de pontos na área econômica, de compromissos na área social e também de redução e qualificação do Estado”, afirmou.

Aécio Neves – Entrevista após reunião da Bancada Federal

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta terça-feira (26/04), em Brasília, após reunião da Bancada Federal. Aécio falou sobre as últimas declarações da presidente Dilma, impeachment, governo Temer e agenda do PSDB.

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Sobre declarações da presidente Dilma em Salvador.

É um discurso recorrente e que já não encontra eco na sociedade brasileira. O Brasil se prepara sim para a alternância do poder com base naquilo que determina a Constituição. Cumpriu-se a Constituição na Câmara Federal, cumprirá a Constituição tramitação também no Senado. Sem açodamento, garantindo o amplo direito de defesa à presidente da República.


Sobre apoio a novo governo.

Nós, do PSDB, temos nos reunido ao longo desses dias intensamente. Reunimos agora a bancada federal do partido. Há uma disposição clara do PSDB de contribuir com o Brasil para a superação dessa gravíssima crise na qual o governo do PT e a presidente Dilma, em especial, nos mergulhou. O PSDB apresentará, no início da próxima, semana, uma agenda emergencial ao país, portanto um conjunto de princípios e propostas que, acredito, possam ser emergencialmente apoiadas pelo eventual futuro governo. Elas, a nosso ver, são vitais para a retomada do crescimento do país e do emprego, que é a nossa preocupação maior – essa é a maior das contribuições que o PSDB dará –, um apoio congressual efetivo e solidário ao enfrentamento da crise extremamente grave. Portanto, há convergência, há unidade e há responsabilidade na ação do PSDB. Aliás, isso acontece desde a campanha eleitoral, quando fomos nós que denunciamos todas essas ilegalidades e irregularidades que trouxeram o Brasil, infelizmente, até esse quadro dramático.


Qual posição da bancada da Câmara em relação a cargos em um eventual governo Temer?

O PSDB não postula cargos. Quem tem a responsabilidade de compor o governo será o eventual futuro presidente. Essa questão não foi colocada ao PSDB. O nosso apoio independe de qualquer tipo de troca, de qualquer tipo de participação em governo. Vamos ajudar o Brasil com a qualidade do nosso apoio no Congresso, com uma agenda que já estamos ultimando e que será anunciada ao Brasil no início da próxima semana. Isso é que, para nós, é essencial. Se amanhã, o vice-presidente Michel optar por considerar o nome de membros do PSDB, obviamente ele deverá fazer isso conversando com a direção do partido, cuja tendência é não se opor a isso. Mas essa não é uma questão para nós, condicionante para qualquer tipo de apoio do PSDB. O que queremos é que ele assuma compromissos com essas reformas, monte um governo de alta qualidade, e estimulamos que isso seja feito.

Por isso, seria incoerente que o PSDB, ao mesmo tempo em que propõe um governo de altíssima qualidade, submeter o governo, a partir de indicações, à lógica da distribuição de nacos de poder para os partidos políticos. O consenso, a convergência do PSDB, é em torno de uma agenda salvacionista, uma agenda de salvação nacional que permita a reanimação da economia e a recuperação principalmente do emprego no Brasil.


O impeachment chegou em um ponto irreversível?

Acredito que sim porque, até agora, e vocês têm acompanhado as discussões dos últimos dias, o PT abdicou de defender a presidente da República na essência das acusações que lhe são feitas, e prefere, como ela própria tem demonstrado, a guerrilha política, o confronto com eventuais golpistas. Seria o único caso na história da humanidade em que um golpe de Estado é patrocinado pelo Supremo Tribunal Federal, que determinou o rito de tramitação do processo na Casa, e que tem a participação do partido da presidente, cuja eventualidade de cassação é cada vez mais iminente, já que eles participam das comissões, participam de todas as discussões.

O Brasil felizmente segue a Constituição, e nós esperamos que o eventual futuro governo de Michel Temer seja uma lufada de brisa fresca a reanimar a economia, a reanimar almas e corações de brasileiros que estão desalentados, desesperançosos por tudo que o governo do PT desconstruiu no Brasil ao longo dos últimos anos.


Quais são os pontos da agenda que será lançada semana que vem?

Vamos anunciar os pontos a partir do início da semana que vem, em uma reunião da Executiva Nacional programada para terça-feira. Nós falaremos de pontos na área econômica, compromissos na área social e também compromissos com a redução e a qualificação do Estado, além, obviamente, daquele que será o primeiro ponto na nossa agenda: apoio integral à continuidade das investigações da Operação Lava Jato e fortalecimento de todos os órgãos de controle do país, sejam eles internos do governo, sejam eles externos como o Ministério Público, como o Poder Judiciário.


O senador Serra tem o aval do partido para participar do governo?

O ex-governador, ex-ministro e senador Serra é um dos quadros políticos mais qualificados no país, mas como disse agora, o PSDB não está indicando nomes para o governo Michel. Caberá ao presidente Michel, se considerar quadros do PSDB, obviamente, procurar a direção do partido para essa discussão. Repito: a tendência do partido não é criar qualquer dificuldade ao eventual futuro presidente Michel Temer. Mas a questão central, a questão que nos une hoje é apresentarmos um compromisso, uma proposta de compromissos.


Sobre o quê definirá a reunião do dia 3?

No dia 3 a questão central para nós é a questão programática, vamos anunciar cerca de 12 a 15 compromissos que para nós são emergenciais e necessários. Esses compromissos serão com a sociedade brasileira e, obviamente, serão encaminhados também ao vice-presidente Michel Temer, mas são compromissos com o país, é uma alerta para a gravidade da crise e para as medidas que deverão ser tomadas com o nosso apoio no Congresso Nacional.

Não trataremos nessa reunião de cargos por uma razão simples: nosso apoio não está condicionado à nomeação de quem quer que seja e a única pessoa que tem autoridade para colocar esse assunto na mesa é o eventual futuro presidente. Quando ele colocar, nós vamos debater essa questão, que não é, para nós, prioritária. Ao contrário, é absolutamente secundária.

Encontro Caminhos para o Nordeste

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, participou, nesta sexta-feira (6), do Seminário Caminhos para o Nordeste”, realizado pelo Instituto Teotônio Vilela, em Salvador (BA).

Confira trechos do pronunciamento do senador:

Chegar a Bahia é renovar a esperança em nosso futuro. Me vejo cercado das principais lideranças políticas deste país. Não vencemos, mas temos o privilégio de olhar nos olhos de cada companheiro e dizer que falamos a verdade e acreditando que a hora da verdade irá chegar. Entre tantos temos esse se coloca na primeira linha, que é o crescimento da violência, da criminalidade. Questão tão tormentosa a todos os brasileiros.

Em 27 anos da fundação do PSDB o nosso papel foi tão relevante. Vejo uma renovação da nossa crença da boa política. Uma política estimulada pela esperança de mudar o Brasil, e não pelos pixulecos distribuídos a larga durante este último período da vida nacional. É preciso que falemos de forma afirmativa que vale a pena continuar a fazer política. Fazendo aquilo que os brasileiros determinaram que fizéssemos quando perdemos as eleições: em primeiro lugar oposição a este governo que está aí, fiscalizando as suas ações, denunciando as suas responsabilidades e suas contradições, mas não nos negando a construir caminhos que possibilitem ao país superar esta crise.

Hoje se fala muito da gravíssima crise econômica na qual estamos mergulhados, com crescimento negativo projetado em torno de 3%. Isso significa que o Brasil terá um biênio recessivo (2015-2016) só comparável ao que tivemos no início da década de 30.

Estamos vendo juros na estratosfera, inflação saindo de controle e desemprego alarmante. A crise econômica está aí visível e palpável para todos nós. Ao lado dela, uma crise moral sem precedentes. Falo sem contornos. Não perdemos a eleição para um partido político ou para uma coligação de partidos políticos. Perdemos as últimas eleições para uma organização criminosa que se instalou no seio do Estado Nacional, e quem disse isso são os ministros do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República. Uma organização que se apoderou do Estado, abdicou de qualquer projeto de país para construir um projeto de permanência no poder.

Lamento que o Brasil tenha sido privado de um debate correto sobre a gravidade de nossa situação que já se apontava ano passado. Nós falamos a verdade. Trouxemos especialistas, economistas e militantes da área social que alertaram sobre a necessidade de tomarmos medidas no ano passado para minimizar o impacto dessa crise principalmente para aqueles que mais necessitavam.

Falo aqui do descompromisso com a verdade que norteou e conduziu a campanha. No dia 24 de setembro, em Feira de Santana, pouquíssimos dias antes das eleições, lá estava a candidata Dilma, que disse o seguinte: o ajuste fiscal que estão prometendo é desnecessário, prejudicial e extremamente eleitoreiro.

Ela disse isso a uma semana das eleições para logo após o segundo turno implementar medidas que pela ausência de credibilidade da presidente da República não trouxeram os efeitos que poderiam ter trazidos se tivessem sido tomados como propúnhamos no momento certo.

Quero falar da crise que para mim é a mais grave de todas: a crise social na qual estamos mergulhados. 1,2 milhão postos de trabalhos formais com carteira assinada e benefícios trabalhistas foram retirados dos brasileiros em apenas 12 meses. 1,2 milhão de famílias deixaram de ter a garantia do prato na mesa da renda no final de cada mês. E alertávamos lá atrás para a perspectiva de crescimento negativo da economia que nem imaginávamos que seria tamanho, mas para a necessidade de tomada de medidas que permitissem minimamente a manutenção dos investimentos previstos para este ano.

A irresponsabilidade do governo foi tão grande que infelizmente, o que existe no Brasil por parte dos que investem, que geram riquezas e empregos é um sentimento enorme de perplexidade, o que fez com que a roda da economia deixasse de girar.

Portanto, o desemprego agora acoplado à inflação que chega hoje de 9,93%. Mas sabemos que a inflação de alimentos, vocês sabem disso, já ultrapassou em muito os 20% em muitas regiões metropolitanas do país.

Aquilo que a campanha marqueteira, ilusória, ilusionista da candidata do PT apresentava na campanha eleitoral, é exatamente o que está acontecendo hoje com esta acoplagem do desemprego crescente com inflação saindo de controle.

O sentimento que se tem hoje em qualquer ponto desse imenso país é que esse governo do PT perdeu aquilo que é essencial a qualquer governo para recuperar um país tão mergulhado numa crise tão complexa com esta que vivemos hoje: confiança e credibilidade.

Não sei até quando esse governo vai durar. Para nós do PSDB e das oposições, qualquer que seja a solução dessa crise, se dará dentro dos limites daquilo que prevê a Constituição. Se ficar comprovado que a presidente cometeu crimes de responsabilidade ou que utilizou o dinheiro sujo da propina da Petrobras para financiar a sua campanha eleitoral, ela pode sim ser afastada do seu mandato para que o Brasil inicie uma nova fase virtuosa, séria, honrada e competente para livrar os brasileiros, principalmente aqueles que menos têm, das consequências dos desatinos deste governo.

Não temos o impeachment como projeto, mas temos o dever de garantir que nossas instituições funcionem sem qualquer tipo de constrangimento por parte do governo. É importante que o Tribunal de Contas continue a fazer seu trabalho, como fez ao rejeitar as contas da presidente dada a clareza das irregularidades como agora vem fazendo ao examinar a responsabilidade da presidente nos prejuízos da Petrobras, na aquisição de Pasadena ou em outros investimentos que ficaram no meio do caminho.

Temos que permitir que o TSE avance nas investigações para que o país compreenda de onde vieram os recursos que financiaram a campanha vitoriosa. Não permitir que as instituições do Estado funcionem estaríamos vivendo um retrocesso sem limites nas nossas conquistas democráticas.

E o Congresso Nacional também tem que superar sua crise interna e proporcionar ao Brasil uma agenda para retomada de crescimento e do desenvolvimento.

O que está acontecendo no Brasil de hoje é consequência do que se estabelecia muito antes do governo da presidente Dilma. Porque todos os governos que carregam consigo este viés populista, e não é o Brasil o único que caminha nesta direção, aqui mesmo na América do Sul, temos a Venezuela, quando vem perdendo o apoio popular o primeiro discurso é da divisão de classes, do nós contra eles. Nós defendemos os mais pobres e eles representam as elites.

Não é apenas na Bahia, mas em todo o Brasil, o Brasil quer um tempo novo, quer iniciar uma nova fase, onde a mentira, o engodo, a incompetência, o alinhamento ideológico arcaico e atrasado sejam substituídos pela verdade, pelo planejamento e pela competência. O Brasil precisa romper com o atraso e o descaso. Temos um governo que não tem mais um projeto de país. Um governo que reúne as segundas feiras para ficar no poder por mais alguns dias, uma semana.

O governo não percebeu que a sociedade despertou e vai chegar a hora que dará um basta a tanto desrespeito com a ética. Precisamos nos organizar para as próximas eleições, porque chegará a hora do PSDB e seus aliados a voltar a governar o Brasil. Perdi as eleições, mas não perdi a esperança. Saio daqui da Bahia revigorado. Volto a Brasília para dizer que não existe feudo do PT em nenhum lugar do Brasil e vamos começar a vencer pelo Nordeste brasileiro.

É o Nordeste que paga o preço mais caro da irresponsabilidade do governo PT. Mais de 200 mil empregos foram perdidos aqui no Nordeste. Quando falamos em aumento da criminalidade, percebemos isso principalmente no Nordeste e no Norte. A Bahia tem 8% da população brasileira, mas mais de 11% dos crimes cometidos acontecem na Bahia. A insegurança chegou nos pequenos municípios brasileiros.

De todos os gastos do governo federal apenas 0,5% foi investido em segurança pública. O Fundo Penitenciário, para ampliar nossos estabelecimentos prisionais, e o Fundo Nacional de Segurança, para apoiar os estados e municípios nas suas ações de segurança. O primeiro não foi executado sequer em 7% no ano passado. O Fundo Nacional de Segurança não foi implementado em sequer 30% dos seus recursos.

O meu Estado, Minas Gerais, gasta hoje em segurança pública o mesmo que gastava a União para todo o Brasil em segurança pública que tem aquele discurso atrasado, insensível de que “não, segurança é do estado e do município”. Ou importa que o Brasil tenha hoje 60 mil assassinatos por ano, mais do que todas as mortes que ocorrem no mundo somadas a todas as guerras que acontecem em todas as regiões no planeta. Não é possível aceitar isso de forma passiva e achar que é assim mesmo. Governo que não tem prioridade – e já disse aqui qual é a prioridade desse governo: manter-se no poder. Governo que não compartilha as decisões com estados e municípios não é governo.

A presidente Dilma não governa mais o Brasil. Terceirizou a economia para aqueles que defendem aquilo que ela combateu durante toda a sua vida, transferiu a articulação política para o Congresso sem que possa estabelecer uma agenda mínima de superação da crise. Esse ajuste ancorado na supressão de direitos trabalhistas e no aumento da carga tributária não vai tirar o Brasil da crise, vai continuar a levar embora os nossos empregos.

Portanto, precisamos apresentar propostas em todos as áreas para que o Brasil possa recuperar, em primeiro lugar, a esperança e confiança no futuro. E, a partir daí, o resgate dos nossos programas sociais, ampliação daqueles que efetivamente melhoram a vida das pessoas.

Ficou muito claro que a pobreza não pode ser limitada ou compreendida no viés apenas da privação da renda. Essa é uma vertente da pobreza, mas ela tem que ser vista também na vertente da privação de serviços básicos, de educação de qualidade, de saúde mínima e de cidadania. É isso que propúnhamos nós no programa do PSDB. A falência dos programas sociais do governo é latente, é gritante.

O PSDB não vai permitir que os cortes anunciados pela base do governo cheguem ao Bolsa Família. Esses programas mostram-se absolutamente incompletos. O próprio Bolsa Família, na campanha eleitoral tratado como a grande e definitiva solução para os problemas nacionais e que tem que continuar porque o PSDB não vai permitir que os cortes anunciados pela base do governo cheguem a esse programa. Porque temos também responsabilidade com ele.

Aquilo que está previsto no orçamento para o ano que vem, mesmo que não ocorra nenhum corte, não reajustará nem pela metade as perdas inflacionárias desse período. Isso mostra um desmonte, mostra a degradação deste governo, a incapacidade de responder minimamente à parcela da população brasileira que mais confiou nele suas ansiedades, as suas necessidades.

O Brasil tem uma presidente sitiada que só pode participar de evento onde a população e o cidadão comum não possam se manifestar, diferente desse nosso encontro.

Não podemos perder a esperança de dar aos brasileiros a oportunidade de sonhar com um futuro melhor. Isso não se faz com discursos, com a propaganda enganosa, como se viu na campanha eleitoral e continua em 2015.

Vamos construir um tempo novo no Brasil insistindo na verdade, no planejamento e na construção de propostas, como essas discutidas aqui hoje, em relação à questão da segurança pública. Vamos em duas semanas lançar propostas claras para a área social.

O maior projeto feito na história recente do Brasil de inclusão social foi exatamente o Plano Real, que tirou das costas dos trabalhadores, das donas de casas, dos cidadãos o peso nefasto da inflação que corroía os seus salários e que agora de novo se apresenta aos brasileiros com a sua face mais perversa.

Esquecem-se que fomos nós que criamos a Lei Orgânica de Assistência Social, que protege os mais necessitados, os portadores de deficiência e acima de determinada idade. Esquecem que iniciamos os programas de transferência de renda que depois foram unificados adequadamente no Bolsa Família. Mas precisamos de muito mais.

Mais do que nunca o PSDB, o Democratas, a parte do PMDB, além de outros partidos que estão ao nosso lado, temos que estar unidos.

Nas eleições municipais se constroem as bases para a construção de uma vitória nas eleições nacionais!

Vamos mostrar que quem tem compromissos com a área social somos nós. Faço aqui um apelo que a partir de agora somos um só corpo e alma para a partir da Bahia começar a recuperar o Brasil.

Seminário “Caminhos para o Nordeste”

“A questão da segurança pública é uma prioridade para nós. Esse é o grande drama hoje das famílias no Nordeste, além dos outros no campo social”, afirmou Aécio Neves ao participar nesta sexta-feira (6), do Seminário Caminhos para o Nordeste”, realizado pelo Instituto Teotônio Vilela, em Salvador (BA).

“Tudo que o governo propôs na campanha eleitoral, o governo não fez. Isso mostra que nós falamos a verdade. Não nos permitiram discutir com a seriedade necessária, com a profundidade necessária a crise na qual já estávamos mergulhados. O adiamento – e esse é o lado mais macabro de tudo que fizeram –, mesmo a presidente da República sabendo dos indicadores econômicos, que eles não sustentavam mais, ela adiou a tomada de determinadas medidas, o que agravou a crise do país, principalmente no Nordeste.

George Gianni

George Gianni

Aécio Neves – Encontro Caminhos para o Nordeste

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, participou, nesta sexta-feira (6), do Seminário Caminhos para o Nordeste”, realizado pelo Instituto Teotônio Vilela, em Salvador (BA).

Confira trechos do pronunciamento do senador:

Chegar a Bahia é renovar a esperança em nosso futuro. Me vejo cercado das principais lideranças políticas deste país. Não vencemos, mas temos o privilégio de olhar nos olhos de cada companheiro e dizer que falamos a verdade e acreditando que a hora da verdade irá chegar. Entre tantos temos esse se coloca na primeira linha, que é o crescimento da violência, da criminalidade. Questão tão tormentosa a todos os brasileiros.

Em 27 anos da fundação do PSDB o nosso papel foi tão relevante. Vejo uma renovação da nossa crença da boa política. Uma política estimulada pela esperança de mudar o Brasil, e não pelos pixulecos distribuídos a larga durante este último período da vida nacional. É preciso que falemos de forma afirmativa que vale a pena continuar a fazer política. Fazendo aquilo que os brasileiros determinaram que fizéssemos quando perdemos as eleições: em primeiro lugar oposição a este governo que está aí, fiscalizando as suas ações, denunciando as suas responsabilidades e suas contradições, mas não nos negando a construir caminhos que possibilitem ao país superar esta crise.

Hoje se fala muito da gravíssima crise econômica na qual estamos mergulhados, com crescimento negativo projetado em torno de 3%. Isso significa que o Brasil terá um biênio recessivo (2015-2016) só comparável ao que tivemos no início da década de 30.

Estamos vendo juros na estratosfera, inflação saindo de controle e desemprego alarmante. A crise econômica está aí visível e palpável para todos nós. Ao lado dela, uma crise moral sem precedentes. Falo sem contornos. Não perdemos a eleição para um partido político ou para uma coligação de partidos políticos. Perdemos as últimas eleições para uma organização criminosa que se instalou no seio do Estado Nacional, e quem disse isso são os ministros do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República. Uma organização que se apoderou do Estado, abdicou de qualquer projeto de país para construir um projeto de permanência no poder.

Lamento que o Brasil tenha sido privado de um debate correto sobre a gravidade de nossa situação que já se apontava ano passado. Nós falamos a verdade. Trouxemos especialistas, economistas e militantes da área social que alertaram sobre a necessidade de tomarmos medidas no ano passado para minimizar o impacto dessa crise principalmente para aqueles que mais necessitavam.

Falo aqui do descompromisso com a verdade que norteou e conduziu a campanha. No dia 24 de setembro, em Feira de Santana, pouquíssimos dias antes das eleições, lá estava a candidata Dilma, que disse o seguinte: o ajuste fiscal que estão prometendo é desnecessário, prejudicial e extremamente eleitoreiro.

Ela disse isso a uma semana das eleições para logo após o segundo turno implementar medidas que pela ausência de credibilidade da presidente da República não trouxeram os efeitos que poderiam ter trazidos se tivessem sido tomados como propúnhamos no momento certo.

Quero falar da crise que para mim é a mais grave de todas: a crise social na qual estamos mergulhados. 1,2 milhão postos de trabalhos formais com carteira assinada e benefícios trabalhistas foram retirados dos brasileiros em apenas 12 meses. 1,2 milhão de famílias deixaram de ter a garantia do prato na mesa da renda no final de cada mês. E alertávamos lá atrás para a perspectiva de crescimento negativo da economia que nem imaginávamos que seria tamanho, mas para a necessidade de tomada de medidas que permitissem minimamente a manutenção dos investimentos previstos para este ano.

A irresponsabilidade do governo foi tão grande que infelizmente, o que existe no Brasil por parte dos que investem, que geram riquezas e empregos é um sentimento enorme de perplexidade, o que fez com que a roda da economia deixasse de girar.

Portanto, o desemprego agora acoplado à inflação que chega hoje de 9,93%. Mas sabemos que a inflação de alimentos, vocês sabem disso, já ultrapassou em muito os 20% em muitas regiões metropolitanas do país.

Aquilo que a campanha marqueteira, ilusória, ilusionista da candidata do PT apresentava na campanha eleitoral, é exatamente o que está acontecendo hoje com esta acoplagem do desemprego crescente com inflação saindo de controle.

O sentimento que se tem hoje em qualquer ponto desse imenso país é que esse governo do PT perdeu aquilo que é essencial a qualquer governo para recuperar um país tão mergulhado numa crise tão complexa com esta que vivemos hoje: confiança e credibilidade.

Não sei até quando esse governo vai durar. Para nós do PSDB e das oposições, qualquer que seja a solução dessa crise, se dará dentro dos limites daquilo que prevê a Constituição. Se ficar comprovado que a presidente cometeu crimes de responsabilidade ou que utilizou o dinheiro sujo da propina da Petrobras para financiar a sua campanha eleitoral, ela pode sim ser afastada do seu mandato para que o Brasil inicie uma nova fase virtuosa, séria, honrada e competente para livrar os brasileiros, principalmente aqueles que menos têm, das consequências dos desatinos deste governo.

Não temos o impeachment como projeto, mas temos o dever de garantir que nossas instituições funcionem sem qualquer tipo de constrangimento por parte do governo. É importante que o Tribunal de Contas continue a fazer seu trabalho, como fez ao rejeitar as contas da presidente dada a clareza das irregularidades como agora vem fazendo ao examinar a responsabilidade da presidente nos prejuízos da Petrobras, na aquisição de Pasadena ou em outros investimentos que ficaram no meio do caminho.

Temos que permitir que o TSE avance nas investigações para que o país compreenda de onde vieram os recursos que financiaram a campanha vitoriosa. Não permitir que as instituições do Estado funcionem estaríamos vivendo um retrocesso sem limites nas nossas conquistas democráticas.

E o Congresso Nacional também tem que superar sua crise interna e proporcionar ao Brasil uma agenda para retomada de crescimento e do desenvolvimento.

O que está acontecendo no Brasil de hoje é consequência do que se estabelecia muito antes do governo da presidente Dilma. Porque todos os governos que carregam consigo este viés populista, e não é o Brasil o único que caminha nesta direção, aqui mesmo na América do Sul, temos a Venezuela, quando vem perdendo o apoio popular o primeiro discurso é da divisão de classes, do nós contra eles. Nós defendemos os mais pobres e eles representam as elites.

Não é apenas na Bahia, mas em todo o Brasil, o Brasil quer um tempo novo, quer iniciar uma nova fase, onde a mentira, o engodo, a incompetência, o alinhamento ideológico arcaico e atrasado sejam substituídos pela verdade, pelo planejamento e pela competência. O Brasil precisa romper com o atraso e o descaso. Temos um governo que não tem mais um projeto de país. Um governo que reúne as segundas feiras para ficar no poder por mais alguns dias, uma semana.

O governo não percebeu que a sociedade despertou e vai chegar a hora que dará um basta a tanto desrespeito com a ética. Precisamos nos organizar para as próximas eleições, porque chegará a hora do PSDB e seus aliados a voltar a governar o Brasil. Perdi as eleições, mas não perdi a esperança. Saio daqui da Bahia revigorado. Volto a Brasília para dizer que não existe feudo do PT em nenhum lugar do Brasil e vamos começar a vencer pelo Nordeste brasileiro.

É o Nordeste que paga o preço mais caro da irresponsabilidade do governo PT. Mais de 200 mil empregos foram perdidos aqui no Nordeste. Quando falamos em aumento da criminalidade, percebemos isso principalmente no Nordeste e no Norte. A Bahia tem 8% da população brasileira, mas mais de 11% dos crimes cometidos acontecem na Bahia. A insegurança chegou nos pequenos municípios brasileiros.

De todos os gastos do governo federal apenas 0,5% foi investido em segurança pública. O Fundo Penitenciário, para ampliar nossos estabelecimentos prisionais, e o Fundo Nacional de Segurança, para apoiar os estados e municípios nas suas ações de segurança. O primeiro não foi executado sequer em 7% no ano passado. O Fundo Nacional de Segurança não foi implementado em sequer 30% dos seus recursos.

O meu Estado, Minas Gerais, gasta hoje em segurança pública o mesmo que gastava a União para todo o Brasil em segurança pública que tem aquele discurso atrasado, insensível de que “não, segurança é do estado e do município”. Ou importa que o Brasil tenha hoje 60 mil assassinatos por ano, mais do que todas as mortes que ocorrem no mundo somadas a todas as guerras que acontecem em todas as regiões no planeta. Não é possível aceitar isso de forma passiva e achar que é assim mesmo. Governo que não tem prioridade – e já disse aqui qual é a prioridade desse governo: manter-se no poder. Governo que não compartilha as decisões com estados e municípios não é governo.

A presidente Dilma não governa mais o Brasil. Terceirizou a economia para aqueles que defendem aquilo que ela combateu durante toda a sua vida, transferiu a articulação política para o Congresso sem que possa estabelecer uma agenda mínima de superação da crise. Esse ajuste ancorado na supressão de direitos trabalhistas e no aumento da carga tributária não vai tirar o Brasil da crise, vai continuar a levar embora os nossos empregos.

Portanto, precisamos apresentar propostas em todos as áreas para que o Brasil possa recuperar, em primeiro lugar, a esperança e confiança no futuro. E, a partir daí, o resgate dos nossos programas sociais, ampliação daqueles que efetivamente melhoram a vida das pessoas.

Ficou muito claro que a pobreza não pode ser limitada ou compreendida no viés apenas da privação da renda. Essa é uma vertente da pobreza, mas ela tem que ser vista também na vertente da privação de serviços básicos, de educação de qualidade, de saúde mínima e de cidadania. É isso que propúnhamos nós no programa do PSDB. A falência dos programas sociais do governo é latente, é gritante.

O PSDB não vai permitir que os cortes anunciados pela base do governo cheguem ao Bolsa Família. Esses programas mostram-se absolutamente incompletos. O próprio Bolsa Família, na campanha eleitoral tratado como a grande e definitiva solução para os problemas nacionais e que tem que continuar porque o PSDB não vai permitir que os cortes anunciados pela base do governo cheguem a esse programa. Porque temos também responsabilidade com ele.

Aquilo que está previsto no orçamento para o ano que vem, mesmo que não ocorra nenhum corte, não reajustará nem pela metade as perdas inflacionárias desse período. Isso mostra um desmonte, mostra a degradação deste governo, a incapacidade de responder minimamente à parcela da população brasileira que mais confiou nele suas ansiedades, as suas necessidades.

O Brasil tem uma presidente sitiada que só pode participar de evento onde a população e o cidadão comum não possam se manifestar, diferente desse nosso encontro.

Não podemos perder a esperança de dar aos brasileiros a oportunidade de sonhar com um futuro melhor. Isso não se faz com discursos, com a propaganda enganosa, como se viu na campanha eleitoral e continua em 2015.

Vamos construir um tempo novo no Brasil insistindo na verdade, no planejamento e na construção de propostas, como essas discutidas aqui hoje, em relação à questão da segurança pública. Vamos em duas semanas lançar propostas claras para a área social.

O maior projeto feito na história recente do Brasil de inclusão social foi exatamente o Plano Real, que tirou das costas dos trabalhadores, das donas de casas, dos cidadãos o peso nefasto da inflação que corroía os seus salários e que agora de novo se apresenta aos brasileiros com a sua face mais perversa.

Esquecem-se que fomos nós que criamos a Lei Orgânica de Assistência Social, que protege os mais necessitados, os portadores de deficiência e acima de determinada idade. Esquecem que iniciamos os programas de transferência de renda que depois foram unificados adequadamente no Bolsa Família. Mas precisamos de muito mais.

Mais do que nunca o PSDB, o Democratas, a parte do PMDB, além de outros partidos que estão ao nosso lado, temos que estar unidos.

Nas eleições municipais se constroem as bases para a construção de uma vitória nas eleições nacionais!

Vamos mostrar que quem tem compromissos com a área social somos nós. Faço aqui um apelo que a partir de agora somos um só corpo e alma para a partir da Bahia começar a recuperar o Brasil.

Nordeste paga o preço mais caro da irresponsabilidade do governo do PT, afirma Aécio, na Bahia

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou, nesta sexta-feira (06/11), em Salvador (BA), que a irresponsabilidade e a incompetência do governo Dilma Rousseff estão custando mais caro para os moradores da região Nordeste. Ao lado do prefeito de Salvador, ACM Neto, e de lideranças políticas da Bahia, Aécio lamentou o descaso do governo federal com os problemas que mais atingem a região, com medidas de proteção ao emprego e de combate à criminalidade.

“É o Nordeste que paga o preço mais caro da irresponsabilidade do governo do PT. Mais de 200 mil empregos foram perdidos aqui no Nordeste. Quando falamos em aumento da criminalidade, e esse foi o tema do evento de hoje, podemos perceber isso principalmente no Nordeste e Norte brasileiro. A Bahia tem hoje cerca de 8% da população brasileira, mas mais de 11% dos assassinatos do país acontecem no Estado. Andando pelas cidades do interior, percebo o que vocês percebem aqui, o crime chegou lá, a insegurança chegou aos pequenos municípios brasileiros”, afirmou o senador durante debate do Seminário “Caminhos para o Nordeste”, realizado pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV) na capital baiana.

Aécio criticou o governo federal pelos baixos investimentos em segurança e por não aplicar sequer os recursos previstos no Orçamento para a área.

“Fiquei rouco de dizer isso ano passado: do conjunto de todos os gastos do governo federal, apenas 0,5% foi investido em segurança pública. Sequer foram repassados os fundos aprovados pelo Congresso: o Fundo Penitenciário, para ampliar os nossos estabelecimentos prisionais, e o Fundo Nacional de Segurança, para apoiar os estados e municípios nas suas ações. O primeiro não foi executado sequer em 7% no ano passado, o Fundo Nacional de Segurança não foi implementado em sequer 30% dos seus recursos”, disse Aécio Neves.

O seminário “Caminhos para o Nordeste” reuniu em Salvador as principais lideranças do PSDB na Bahia, entre elas os deputados federais Antônio Imbassahy, João Gualberto e Jutahy Junior; a ex-desembargadora Luislinda Valois; e o ex-deputado João Almeida, diretor da Executiva Nacional do PSDB, além de deputados estaduais, prefeitos e vereadores tucanos e de partidos aliados.

Após o evento, ao falar com a imprensa baiana, o senador voltou a criticar a ausência do governo do PT no enfrentamento da violência e da criminalidade.

“O governo federal não toma qualquer iniciativa em parceria com estados e municípios e essa ausência na formulação de políticas na área de segurança pública chega a ser criminosa. A verdade é essa e é preciso que seja dita. Solitariamente não há condições de enfrentar esse drama”, afirmou Aécio.

O presidente nacional do PSDB acrescentou que o governo Dilma tem um discurso atrasado para a segurança e parece não se importar com os 60 mil assassinatos registrados no Brasil anualmente.

“Não é possível aceitar isso de forma passiva e achar que é assim mesmo”, criticou.


Bolsa Família

O presidente nacional do PSDB ressaltou que a bancada do partido no Congresso não permitirá que os cortes anunciados pelo governo Dilma atinjam o Bolsa Família, prejudicando as famílias atendidas. Ele lembrou que o valor do benefício permanece congelado pelo governo há mais de um ano, mesmo com a inflação acima dos 10%.

“O Bolsa Família tem que continuar. O PSDB não vai permitir que os cortes anunciados pela base do governo cheguem ao programa, porque também temos responsabilidade com ele”, garantiu o senador Aécio Neves.


Obras paradas

Aécio Neves responsabilizou o governo federal pela paralisação dos projetos de infraestrutura e desenvolvimento do Nordeste prometidos pela presidente Dilma na campanha eleitoral, como a conclusão da transposição do Rio de São Francisco, o Porto Sul em Ilhéus e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).

“Já na campanha eleitoral, diferente da candidata que venceu, formulamos e lançamos aqui mesmo na Bahia o programa para o Nordeste. E tudo o que o governo propôs na campanha, o governo não fez. As obras de infraestrutura, posso enumerar inúmeras delas, como o projeto inicial de concessão da BR-101, que passava de 700 km e, agora, dizem que são 200. Sabe-se lá se vai fazer. A Fiol parada, vários trechos da transposição parados, o porto do Sul sem ser iniciado. Enfim, tudo o que o governo propôs na campanha, o governo não fez”, disse.