Aécio defende projeto de lei que cria novas regras para gestão das estatais

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, de Minas Gerais, defendeu, na noite de quarta-feira, a aprovação do projeto de Lei do Senado 555, de 2015, que cria regras de governança e controle para empresas estatais. No texto da Lei Geral das Estatais há sugestões do senador Aécio Neves em seu projeto de lei nº 343 e também do senador Tasso Jereissati, que presidiu comissão encarregada de elaborar o texto final. Aécio destacou a importância da proposta que visa garantir a qualidade dos serviços prestados pelas estatais e o fim do aparelhamento partidário das empresas públicas, hoje ocupadas por indicações políticas.

Sonora do senador Aécio Neves
“O conjunto do projeto, do qual participaram inclusive setores organizados, com experiência de fora do Congresso Nacional, ex-dirigentes de estatais, foi de contribuições que aqui chegaram. Esse projeto veio, ao longo dos últimos meses, sendo aprimorado, e, portanto, acredito que em condições de, sobre ele, ser travado um bom debate aqui no Senado. O senador Tasso Jereissatti acolheu formal e informalmente inúmeras sugestões e acredito que seria uma belíssima oportunidade de darmos um passo adiante na qualificação, na transparência e na eficiência da gestão das empresas estatais no país”.


Entre as medidas destacadas pelo parlamentar, está o impedimento de que membros dos conselhos de administração das estatais e das empresas de sociedade mista da União, dos estados e dos municípios tenham atuação em partidos políticos, em sindicatos ou tenham parentesco com pessoas no comando do Poder Executivo ou da própria empresa. De Brasília, Shirley Loiola.

Boletim

Proposta de Aécio amplia participação do Legislativo na concessão e fiscalização de acordos internacionais

O senador Aécio Neves apresentou, nesta quarta-feira (01/07), uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá ao Congresso Nacional autoridade para denunciar ao Poder Executivo e até mesmo determinar a suspensão de acordos e tratados internacionais mantidos com países que violem sistematicamente os direitos humanos e as liberdades democráticas.

“É absolutamente contraditório a um país que se congratula de protagonismo internacional e na promoção daqueles princípios firmar cooperação com outros países violadores sistemáticos de diretos fundamentais, conferindo-lhes ainda mais poder e visibilidade no cenário internacional e  referendando, quando não coadunando, com práticas contrárias à consciência nacional. A PEC apenas torna a atuação brasileira coerente, enterrando a história recente da contradição e de compromissos insinceros”, destacou o senador Aécio Neves na justificativa da PEC.

Hoje, alguns tratados e acordos internacionais celebrados pelo Poder Executivo têm que ser aprovados pelas duas casas do Congresso Nacional por maioria simples. A PEC de Aécio Neves propõe maioria de três quintos da Câmara, em primeiro lugar em dois turnos, e depois no Senado Federal.

A proposta altera também as regras para o Poder Executivo rescindir tratados internacionais por iniciativa própria. Pela proposta do senador Aécio Neves, a Presidência da República precisará de autorização prévia e expressa do Congresso Nacional para deixar de cumprir um acordo internacional.

“Estou colocando algumas salvaguardas,  também em dois turnos, que permitirão que o Congresso denuncie  tratados com países que não cumpram esses os dispositivos absolutamente fundamentais ao convívio adequado nas sociedades contemporâneas, que são o respeito aos direitos humanos e o respeito à democracia participativa. O que acontece hoje é que aqui aprovamos inúmeros acordos internacionais fixados pelo governo e não temos os instrumentos para fiscalizar o andamento desses acordos”, afirmou o senador.

 

Leia aqui o PDF com íntegra da PEC proposta pelo senador Aécio Neves.

Aécio Neves apresenta nova PEC que dá ao Congresso autoridade para denunciar ao Poder Executivo

O senador Aécio Neves apresentou, nesta quarta-feira (01/07), Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá ao Congresso Nacional autoridade para denunciar ao Poder Executivo, e até mesmo determinar a suspensão, de acordos e tratados internacionais mantidos com países que violem sistematicamente os direitos humanos e as liberdades democráticas.

“É absolutamente contraditório a um país que se congratula de protagonismo internacional e na promoção daqueles princípios firmar cooperação com outros países violadores sistemáticos de diretos fundamentais, conferindo-lhes ainda mais poder e visibilidade no cenário internacional e  referendando, quando não coadunando, com práticas contrárias à consciência nacional. A PEC apenas torna a atuação brasileira coerente, enterrando a história recente da contradição e de compromissos insinceros”, destacou o senador Aécio Neves na justificativa da PEC.

Aécio Neves apresenta nova PEC

O senador Aécio Neves apresentou, nesta quarta-feira (24/07), Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá ao Congresso Nacional autoridade para denunciar ao Poder Executivo, e até mesmo determinar a suspensão, de acordos e tratados internacionais mantidos com países que violem sistematicamente os direitos humanos e as liberdades democráticas.

“É absolutamente contraditório a um país que se congratula de protagonismo internacional e na promoção daqueles princípios firmar cooperação com outros países violadores sistemáticos de diretos fundamentais, conferindo-lhes ainda mais poder e visibilidade no cenário internacional e  referendando, quando não coadunando, com práticas contrárias à consciência nacional. A PEC apenas torna a atuação brasileira coerente, enterrando a história recente da contradição e de compromissos insinceros”, destacou o senador Aécio Neves na justificativa da PEC.

 

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George Gianni

 

O governo do PT desmoralizou a reeleição no Brasil, avalia Aécio

O senador Aécio Neves voltou a defender, hoje (28/05), o fim da reeleição para cargos do Poder Executivo. Aprovada em 1º turno na Câmara dos Deputados nesta semana, a emenda feita à PEC da reforma política acaba com a possibilidade de segundo mandato consecutivo para os cargos de presidente da República, governador e prefeito.

Em entrevista à imprensa, Aécio Neves afirmou que o PSDB trabalhará no Congresso para que a proposta, defendida por ele desde 2006, também seja aprovada no Senado. O texto ainda precisa ser votado em 2º turno na Câmara antes de seguir para apreciação dos senadores.

“Acho que a presidente da República acabou por desmoralizar a reeleição. A utilização sem limites, irresponsável, diria criminosa, da máquina pública foi, a meu ver, um grande estímulo para que cerca de 400 parlamentares na Câmara dos Deputados votassem pelo fim da reeleição. Tivemos a experiência da reeleição. Não nos arrependemos dela, mas é preciso que tenhamos a capacidade de avaliar se foi boa e se foi ruim. Acho que o fim a reeleição neste momento permite o surgimento de novas lideranças políticas e impede o uso abusivo, repito, criminoso da máquina pública como ocorreu na campanha do PT”, afirmou.

O senador citou o uso feito pela campanha da candidata Dilma Rousseff da empresa dos Correios em São Paulo como exemplo de abuso cometido, conforme atestou o Tribunal de Contas da União. Ele citou ainda as chamadas pedaladas fiscais ocorridas na utilização de dinheiro dos bancos públicos para pagar despesas do governo e que são, agora, objeto da representação feita pelas oposições à Procuradoria Geral da República contra a presidente da República por prática de crime.

“O que foi feito com verbas públicas, com os bancos públicos que acabaram sustentando o Tesouro ou mascarando a situação fiscal do país, fazendo o que não poderiam fazer e que é hoje objeto de uma ação criminal contra a presidente da República. A utilização sem limites dos programas sociais. Programas como Seguro Defeso, que no ano anterior à eleição tinha investimentos de R$ 550 milhões, no ano da eleição de R$ 2,1 bilhões, agora não tem mais dinheiro. O FIES, no ano antes da eleição teve investimento de R$ 7,5 bilhões, no ano da eleição quase R$ 14 bilhões, agora tem 200 mil alunos na fila que não conseguem se cadastrar”, protestou.
Bandeira do PSDB

O presidente nacional do PSDB ressaltou que o fim da reeleição para prefeito, governador e presidente da República foi uma das propostas apresentadas pelo partido para a reforma política ainda em 2013, durante reunião da Executiva Nacional, em resposta às manifestações que tomaram as ruas do Brasil em junho daquele ano. Constou também entre os compromissos assumidos por ele no plano de governo apresentado na campanha presidencial.

Aécio Neves – Entrevista coletiva sobre TCU, Impeachment e Reforma Política

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (16/04). Aécio falou sobre o crime de responsabilidade apontado pelo TCU, impeachment, reforma política e fim da reeleição.

 

Leia transcrição da entrevista do senador:

Sobre decisão do TCU que considerou crime o uso dos bancos públicos para manobras fiscais realizadas pelo governo Dilma.

Segundo o TCU, é crime de responsabilidade. O que nós precisamos agora averiguar é quais foram os responsáveis por essa fraude, porque há uma proibição formal. Os bancos   públicos não podem emprestar para o Tesouro. E foi isso que, de forma maquiada,  a última equipe econômica fez.

Mas nós temos que ir além disso.  Fez em benefício de quem? Portanto, nós estamos aqui  com absoluta serenidade analisando essa sucessão de denúncias que não cessam para que, se caracterizado, na avaliação, de juristas respeitáveis do Brasil, que tenha havido crime de responsabilidade, a nossa obrigação é realmente apresentar algo para se coibir esse crime e para punir os responsáveis por ele. Portanto, o TCU, e não nós (oposição), afirma que houve  o cometimento de crime pela equipe econômica. Nós temos que ver se esse crime ele se limita à equipe econômica ou se vai além dela.

 

Essa decisão do TCU abre caminho para um pedido de impeachment?

Eu tenho tido muita cautela quando se fala em impeachment.  O que eu quero reiterar aqui hoje é que essa não é uma palavra proibida. Impeachment  é uma previsão constitucional, mas para que ela ocorra é preciso que haja algo factual, é preciso que haja caracterização de crime de responsabilidade.

O TCU aponta que houve um crime de responsabilidade ,  mas o relatório o limita ao ministro da Fazenda. Nós temos que examinar se é possível limitar esse crime apenas àqueles que eventualmente cumpriam orientação de quem teria sido beneficiário maior daquela decisão. E outras questões estão na pauta. Um grupo de deputados da CPI (da Petrobras) está indo a Londres para ouvir o funcionário de uma empresa  que em agosto entregou documentos à CGU  comprobatório do pagamento de propina  a dirigentes da Petrobras  por parte dessa empresa  SBM, dessa empresa holandesa. A Controladoria Geral da União, que tem o dever de zelar pela transparência na gestão pública, omitiu dos cidadãos brasileiros  essas gravíssimas informações até que se terminasse o período eleitoral. Será que isso também não é crime de responsabilidade?

Então nós estamos avaliando. Não é um julgamento político que eu faço. Nós temos sim, e não apenas o PSDB , temos o compromisso dos partidos de oposição  de agirem juntos nessa questão, conectados com o sentimento amplo  da sociedade brasileira. Vamos ter a responsabilidade  e a prudência para tomar qualquer decisão, mas vamos ter a coragem, se considerarmos que houve  cometimento de crime de responsabilidade, nós vamos agir como  determina a Constituição.

 

Sobre as mudanças que PSDB defende na reforma política.

O consenso é o nosso objetivo.  As virtudes jamais estão nos extremos, geralmente estão no meio.  Percebo que há aqui, pelo menos pelos depoimentos que ouvi,  posições de vários partidos favoráveis ao voto distrital misto, seja o modelo alemão, com dois votos , um candidato do distrito e outro mista, seja o modelo coreano, da Coreia do Sul, que é um voto apenas para definir inclusive a composição da lista.

Mostrei aqui a enorme preocupação com a proposta  do distritão, que descaracteriza, que fragiliza e que a meu ver aniquila com os partidos políticos. Cada deputado eleito será dono do seu próprio mandato , sem qualquer tipo de responsabilidade partidária. E nós que vivemos em uma democracia participativa não conseguiremos  avançar na definição de reformas estruturais ou das graves questões nacionais, sem que os partidos políticos existam e funcionem e estejam conectados com  a sociedade. Portanto, essa é uma questão central para nós.

Em relação ao financiamento de campanha, nós apresentamos  uma proposta inovadora, que garante o financiamento  misto. Em primeiro lugar propaganda eleitoral sem  trucagem, sem essa marquetagem  sem limites, sem esse ilusionismo que nós assistimos  na última eleição. É o candidato pessoalmente com debates entre os candidatos que deverá orientar a campanha eleitoral. O custo será infinitamente menor do que o custo das campanhas na televisão hoje.

Estamos propondo que as pessoas físicas possam doar aos candidatos até determinado limite. Esse limite terá que ser discutido na Comissão, um limite razoável, aceitável. E pessoas jurídicas também, com limites muito mais estreitos, possam doar aos partidos políticos que irão, de forma isonômica, atender aos candidatos tanto majoritários como os candidatos proporcionais. Tanto a questão do sistema, – e defendemos o sistema eleitoral distrital misto – quanto a questão do financiamento, acho que as propostas do PSDB estão no centro, não estão nos extremos. E por isso tenho confiança de que elas possam eventualmente ser aprovadas ou até aprimoradas na Comissão e no plenário.

Agora é a última chance que o Brasil moderno tem de fazer uma reforma política, porque hoje na Câmara já são 28 partidos, depois da próxima eleição vão ser mais de 40 partidos. E aí, infelizmente, as negociações se tornarão quase que impossíveis.

 

O sr. defende um teto para as doações tanto de pessoas físicas quanto jurídicas aos candidatos? Um teto único para presidente e para deputados?

É fundamental que haja, senão vamos continuar assistindo a essas distorções que vimos nas últimas eleições, não apenas presidenciais, onde elas foram grandes, mas em todas as outras eleições. Sim, defendo a liberação para o financiamento de pessoas físicas diretamente aos candidatos e de pessoas jurídicas sempre com um teto para os partidos, mas teto para cada uma das candidaturas, sejam elas do Legislativo, sejam elas do Poder Executivo. Acho que existem dois sentimentos, pelo menos meus, maiores que devem orientar o tratamento de todas essas matérias. Primeiro, o fortalecimento dos partidos políticos. Segundo, a isonomia e transparência na disputa das eleições. O estabelecimento de um teto para os candidatos é essencial.

 

Com relação à reeleição e tempo de mandato, o que o sr. defende?

Tenho defendido – e vocês se lembrarão desde a campanha eleitoral – o fim da reeleição com mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos. Já não tinha dúvidas, mas se alguém tinha alguma dúvida sobre o efeito nefasto da reeleição, essa última eleição presidencial mostrou que ela não pode continuar.

A atual presidente da República desmoralizou o instituto da reeleição. Assistimos – olha que não sou eu apenas que digo – aos Correios, segundo o Tribunal de Contas, sendo utilizados criminosamente para defender, apoiar ou beneficiar uma candidatura. Agora, estamos assistindo à Controladoria-Geral da União, segundo denúncias desse dirigente da empresa holandesa, omitindo informações. Assistimos a um terrorismo desenfreado em todo o território nacional com a utilização da máquina pública contra o candidato da oposição. Esse novo crime ontem anunciado pelo Tribunal de Contas da União, da maquiagem fiscal, a utilização indevida de recursos das instituições financeiras – e nos debates já denunciava isso – para pagamento de Bolsa-Família, para pagamento de outros benefícios e até mesmo de crédito rural através do Banco do Brasil.

Portanto, o que assistimos nessa última eleição presidencial foi o mais acintoso, vergonhoso processo de utilização do Estado Nacional em favor de um projeto de poder, nem um projeto de país, mas um projeto de poder. Portanto, acho que o fim da reeleição é adequado ao Brasil, com uma isonomia maior para todas as candidaturas.