Brasil Real Energia Elétrica
Brasil já vive cenário de racionamento de energia, diz Aécio Neves
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou nesta sexta-feira (14) que o Brasil já vive, na prática, um cenário de racionamento de energia elétrica. “Já está havendo racionamento, através do aumento do preço de energia, que mais do que dobrou na última semana”, disse.
Na avaliação do senador, a situação só não é pior por conta do baixo crescimento da economia nacional, o que reduz a demanda por energia.
Aécio criticou as políticas do PT para o setor energético. Segundo o tucano, a gestão de Dilma Rousseff é marcada por “intervencionismo” e “viés populista”. Para ele, o excesso de ingerência do governo federal na área inibe investidores.
O senador definiu a tentativa do governo Dilma de reduzir os preços com eletricidade – operação que consumiu bilhões em recursos do Tesouro Nacional – como uma ideia mal executada.
“O setor está sem capacidade de investimentos e o governo é obrigado – com recursos do Tesouro – a socorrer as empresas, seja de geração ou de distribuição. Todos defendemos a diminuição da conta de luz. Mas isso deveria ter sido feito com a redução dos tributos federais”, disse.
Para Aécio, as administrações petistas prejudicaram, por falta de planejamento, “um setor que estava razoavelmente organizado”. O senador destacou que existem hoje, no país, mais de 30 linhas eólicas prontas, que não podem entrar em funcionamento por conta da falta de linhas de transmissão.
O senador citou também que o Brasil depende ainda da rede de usinas térmicas construída durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. “As térmicas estão trabalhando ‘full’, no limite, a um custo muito grande”, ressaltou.
Aécio Neves comenta sobre a atitude da presidente da República
O senador Aécio Neves criticou a presidente Dilma pela entrega de mais de 1.300 casas populares na Bahia sem sequer luz elétrica e água. Aécio Neves disse que a atitude da presidente é um desrespeito à população e comprova que ela tem viajado pelo país como candidata, e não como presidente da República.
Fala do senador Aécio Neves
“É triste para um país como o Brasil. Não temos uma presidente com a agenda de presidente. Temos uma candidata no lugar da presidente. As suas movimentações são todas na busca de um segundo mandato. A grande pergunta que tem de ser feita é: para quê um segundo mandato? Para eternizar os amigos no poder? E o Brasil? O Brasil está ficando no final da fila. Temos uma candidata a presidente da República em campanha permanentemente e o resultado para o Brasil, infelizmente, é muito ruim.”
Boletim:
Sonora:
Aécio Neves afirma que a presidente da República age apenas como candidata
O senador Aécio Neves afirmou, nesta quarta-feira (16/10), em Brasília, que a entrega feita pela presidente Dilma Rousseff de casas sem água e energia elétrica comprovam a agenda de candidata às eleições que ela vem cumprindo em viagens pelo país. A presidente Dilma entregou ontem 1.362 casas do programa “Minha Casa Minha Vida”, em Vitória da Conquista (BA), sem sequer energia elétrica. Os novos moradores passam as noites à luz de velas e sem água encanada.
“É triste para um país como o Brasil. Não temos uma presidente com a agenda de presidente da República. Temos uma candidata no lugar da presidente. As suas movimentações são todas na busca de um segundo mandato. A grande pergunta que tem de ser feita é: para quê um segundo mandato? Para eternizar os amigos no poder? E o Brasil? O Brasil está ficando no final da fila. Temos uma candidata a presidente em campanha permanentemente. O resultado para o Brasil é muito ruim”, disse Aécio Neves, em entrevista.
Apesar do atraso e paralisação de obras importantes, como a transposição do rio São Franscisco, a rodovia Transnordestina e a duplicação de rodovias federais, como a BR 381, a presidente Dilma e pré-candidata à reeleição passou este ano 51 dias viajando pelo país sem explicar a interrupção das obras e as denúncias de irregularidades. O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou mais de 700 tipos em irregularidades em 191 obras federais. As principais delas, superfaturamento de preços e erros nos projetos.
O senador Aécio Neves disse que não existe mais confiança em relação à capacidade do atual governo de reerguer a economia e retomar os investimentos no país. “Não há mais confiança em relação à capacidade do governo de criar infraestrutura necessária para a retomada do crescimento. Acabo de chegar de um grande evento internacional e a percepção dos investidores, que são essenciais para o Brasil retomar o crescimento, é a pior possível. Não há mais confiança em relação a investimentos, não há segurança jurídica para se investir no Brasil. As próprias políticas sociais que foram o grande carro chefe do governo do PT mostraram também esgotamento. Até o analfabetismo voltou a crescer no Brasil”, afirmou.
Nova agenda para o Brasil
Em reunião, nesta quarta-feira, com a bancada do PSDB no Congresso, Aécio Neves disse que o partido está mobilizado na construção de novas propostas de avanço para o país.
“O PSDB tem uma proposta clara para o Brasil, da retomada do crescimento, da geração de empregos, da reinserção das empresas brasileiras nas cadeias globais de produção, dos avanços nas políticas sociais. Essa é a cara do PSDB. Esse ciclo de governo do PT encerrou-se e é muito importante que o PSDB se posicione com absoluta clareza para apresentar uma nova agenda. Essa nova agenda passa pelo crescimento, pelo avanço dos programas sociais e pela reinserção do Brasil no mundo”, disse o presidente nacional do partido.
Aécio Neves cobra promessa da presidente de zerar PIS/Cofins da conta de luz
Isenção levará redução de 25% no valor pago pelos consumidores
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) cobrou, nesta terça-feira (18/12), que a presidente Dilma Rousseff garanta o desconto de 25% na conta de luz dos brasileiros, cumprindo a promessa de campanha feita por ela de zerar o PIS/Cofins pagos pelos consumidores na conta de luz.
A isenção federal foi uma promessa de campanha da então candidata à Presidência em 2010 e, nas palavras do senador Aécio Neves, poderá ser honrada hoje durante a votação da Medida Provisória 579, com a aprovação da emenda apresentada pela oposição que isenta os brasileiros da cobrança.
Na promessa feita em outubro de 2010, a então candidata Dilma Rousseff assumiu o compromisso de zerar o PIS/Cofins cobrados também das empresas de saneamento básico.
O envio da MP para o Senado poucas horas após sua aprovação na Câmara, esta tarde infringiu, acordos existentes no Congresso para tramitação de matérias.
Abaixo, trechos do pronunciamento do senador Aécio Neves:
Promessa da presidente em 2010
“Cumprir compromissos talvez seja a necessidade e a responsabilidade maior dos homens públicos. Volto à data de 17 de outubro de 2010. A poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais, abro aspas para a presidente da República Dilma Rousseff: “estou assumindo um compromisso de redução, inclusive, no sentido de zerar tanto o PIS/Cofins de energia, como de transportes e de saneamento” – disse a então candidata Dilma Rousseff”.
“Apelo a presidente para que cumpra o compromisso assumido com a população brasileira, fazendo que o desconto na conta de luz chegue a 25%, sem desorganizar o setor ou criar insegurança jurídica”.
Desconto de 25%
“Apresento um caminho muito menos tortuoso. Um caminho reto e claro para que possamos ter uma isenção não dos 20% alardeados e cantados em versa e prosa pelo governo do PT, mas de 25%. Basta retirarmos o PIS/Cofins incidente sobre a conta de luz. Basta que o governo do PT siga os exemplos dos governos do PSDB. Mas não, o governo do PT busca o caminho do intervencionismo e da inviabilização dos investimentos em geração por parte das empresas estaduais”.
Promessa da presidente em 2012
“Devo voltar no tempo e me lembrar de algumas semanas antes do primeiro turno da última eleição municipal, quando a presidente da República, ocupando uma cadeia de rádio e televisão, comunicou aos brasileiros que estaria tomando as medidas para garantir um desconto maior na conta de luz dos brasileiros.
Não há um cidadão brasileiro em sã consciência que não aplauda uma medida como essa. Mas a verdade é que naquele instante faltou à presidente a generosidade de dizer que precisaria buscar a contribuição e o entendimento dos governadores de Estado e de demais empresas geradoras de energia. Ao contrário, a ideia que se passou é que o governo federal teria a varinha de condão para garantir em um ato individual a diminuição das tarifas de energia”.
Exemplo do PSDB
“Falo na condição de ex-governador pelo PSDB, um partido que não apenas prega a diminuição das tarifas de energia, mas as pratica. Estados como Minas Gerais, que tive a honra de governar por oito anos, que isenta praticamente metade da população do ICMS sobre as contas de energia. O mesmo que faz o Estado de São Paulo e outros governos de vários partidos. Lamentavelmente, não de todos os partidos, como, por exemplo, o governo do Rio Grande do Sul, que não isenta uma família sequer do ICMS sobre a conta de luz”.
Apagões e investimentos
“Falo isso para refutar a utilização política de uma situação tão séria e importante para o Brasil. Queremos sim que haja diminuição das contas de luz e apontamos o caminho, que não é a desorganização do setor. O Brasil se vê novamente às voltas com apagões setoriais e localizados. São inúmeros ao longo dos últimos meses. Será que inibir a capacidade de investimento das empresas geradoras é o melhor caminho? Certamente não é.
O Brasil precisará de investimentos em geração e precisará de suas empresas sadias para garantir isso. Lamentavelmente, as geradoras estaduais não têm o privilégio com que contará a Eletrobras, que a partir do ano que vem buscará no Tesouro Nacional os recursos necessários para manter em dia seu cronograma de investimentos, em torno de R$ 9 bilhões perdidos com essa MP”.

