Aécio Neves sobe à tribuna e rebate acusações feitas por Delcídio contra ele

REPÓRTER:

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, subiu à tribuna ontem, para rechaçar as denúncias feitas contra ele pelo senador Delcídio do Amaral em delação premiada firmada com o Ministério Público Federal. Sobre a citação da fundação idealizado por sua mãe, em 2001, Aécio ressaltou que instituições da justiça investigaram o caso e arquivaram por não existir qualquer tipo de ilegalidade no procedimento.

SONORA SENADOR AÉCIO NEVES

“O que fez o Ministério Público do Rio de Janeiro? Naquele ano, pediu o arquivamento desse procedimento. O que fez a Justiça Federal? Atendeu o Ministério Público e arquivou esse procedimento. Faço aqui uma pergunta: onde está o dolo? Onde está a vinculação dessa questão de um ato privado da minha mãe e do seu marido com a minha atividade pública? Onde está o vínculo? Ele simplesmente não existe! Não há nenhuma ilegalidade, não há nenhum dolo, não há nenhum ato que comprometa, não apenas a mim, mas a minha própria mãe neste episódio”.

REPÓRTER:

Aécio ainda anunciou que vai encaminhar à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal todos os documentos relacionados às denúncias contra ele para que sejam analisados.

SONORA SENADOR AÉCIO NEVES

“Estou encaminhando amanhã à Procuradoria-Geral da República, ao Supremo Tribunal Federal, todos os documentos para que sejam analisados e comprovem, de forma absolutamente definitiva, que fui vítima de um ardil, fui vítima ou de uma vingança ou de uma operação política construída. Mas sairemos disso ainda mais fortes, para, a partir desses próximos dias, intensificarmos as nossas ações na Câmara dos Deputados pelo impeachment da Presidente da República”.

REPÓRTER:

Aécio Neves também explicou que nunca teve relação com o Banco Rural e desmentiu Delcídio que disse ter se encontrado com ele para tratar da CPI os Correios. O tucano falou que o encontro aconteceu dois meses após a finalização dos trabalhos da comissão. O presidente do PSDB também negou qualquer envolvimento com práticas de corrupção em Furnas. De Brasília, Shirley Loiola.

Apoio às investigações da Operação Lava Jato

“Defendo que tudo seja apurado, investigado em profundidade. É isso que vai separar o que eventualmente é verdadeiro daquilo que é falso, daquilo que é uma tentativa de nivelar a todos. Nós não seremos nivelados. Não seremos nivelados àqueles que ocuparam, que se apropriaram do Estado Nacional em benefício de um projeto de poder e em benefício próprio. Continuo onde sempre estive: combatendo o PT, combatendo o partido do senador Delcídio, – o que fiz a vida inteira – combatendo o governo da presidente Dilma, que vem infelicitando o país. E, agora, o que temos que buscar rapidamente é uma saída para o Brasil, e a saída que queremos para o Brasil não cabe a presidente da República, que perdeu as condições mínimas de governabilidade”, afirmou o senador Aécio Neves, em entrevista coletiva nesta terça-feira (15/03), depois de divulgada a delação de Delcídio Amaral, do PT, com acusações falsas ao presidente nacional do PSDB.

Aécio Neves disse que as acusações não são verdadeiras e que aumentaram o seu apoio e esforços para que as investigações da Operação Lava Jato alcancem todos os envolvidos.

“Já alertava lá atrás desde o início para essa tentativa sucessiva de vincular nomes da oposição nesse processo. Acho que tudo que vier tem que ser investigado a fundo. Obviamente, vocês encontrarão aí argumentos para dizer que isso é verdadeiro e que isso é falso, como já aconteceu no passado. Estou absolutamente preparado não apenas para mais essa tentativa, mas para outras futuras que virão”, afirmou.

Aécio contesta acusações do petista Delcídio e pede aprofundamento das investigações

REPÓRTER:

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou nessa terça-feira, em entrevista coletiva, que as acusações feitas a ele pelo senador petista, Delcídio do Amaral, na delação premiada que firmou com o Ministério Público Federal, são falsas e requentadas. Aécio ainda defendeu uma investigação aprofundada de todas as citações de Delcídio a políticos para que sejam esclarecidas as verdades e as mentiras ditas pelo delator.

SONORA SENADOR AÉCIO NEVES

“É, portanto, em uma hora como esta que devemos ser firmes na busca da apuração. Quero que isso vá a fundo. Sou o maior interessado em que tudo isso seja esclarecido, pois isso será um atestado de idoneidade que receberei, ou mais um. Não é a primeira que vez que tentam colocar não apenas o meu nome, mas de outros agentes da oposição, nesse mar de lama que a Lava Jato vem mostrando a todo o país. E todas as três citações tratam-se de matérias absolutamente requentadas, sem qualquer – a meu ver – comprometimento meu ou dos outros agentes políticos citados”.

REPÓRTER:

Ao contestar as acusações feitas por Delcídio, Aécio Neves disse que notícias sobre supostos beneficiários de um esquema de corrupção em Furnas existem há anos e que já houve investigações por parte do Ministério Público Federal.

SONORA SENADOR AÉCIO NEVES

“São inúmeras listas de Furnas para todos os gostos. Constituída para chantagear determinados agentes políticos, inclusive do PT. O senador Delcídio na sua delação comete pelo menos uma contradição que considero grave. Ele diz que a lista de Furnas não é verdadeira, mas, mesmo assim, políticos teriam recebido dinheiro dela. Isso é falso. É mais uma vez a repetição daquilo que já foi de forma cansativa repetido ao longo dos últimos meses e dos últimos anos, inclusive objeto de arquivamento por parte da PGR”.

REPÓRTER:

Aécio contestou também a afirmação de Delcídio apontando que os dados fornecidos pelo extinto Banco Rural à CPI dos Correios o atingiriam se não tivessem sido “maquiados”. O presidente tucano ressaltou que nunca teve nenhum tipo de relação com a instituição financeira. Aécio ainda desmentiu Delcídio sobre o suposto controle feito por ele de uma fundação criada por sua mãe, em 2000, e lembrou que esse assunto já foi objeto de uma investigação pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e que, inclusive, já foi arquivado pela Justiça Federal do Estado depois de comprovada a ausência de qualquer irregularidade. De Brasília, Shirley Loiola.

“Cabe à oposição fazer o que estamos fazendo: apontar caminhos para o país”, diz presidente nacional do PSDB

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, anunciou que o partido vai apresentar, no dia 8 de dezembro, uma agenda social para o Brasil. Durante reunião da Executiva Nacional tucana, realizada ontem (26/11), em Brasília, Aécio afirmou que ainda fará nesse mesmo dia pronunciamento no Senado Federal, com a presença das bancadas e dos dirigentes estaduais do PSDB, apresentando um diagnóstico da crise na qual o governo do PT mergulhou o Brasil e as suas consequências na vida dos brasileiros.

“Cabe à oposição fazer o que estamos fazendo: apontando caminhos para o país. Vamos continuar a fazer denúncias, cobrar apurações, mas vamos apresentar, como estamos fazendo, propostas para o país sair da crise. Vamos apontar alguns caminhos, sobretudo de políticas sociais, porque a constatação que se faz hoje é que a política social patrocinada e cantada em verso e prosa pelo PT, da simples distribuição de renda, se mostra absolutamente frágil”, afirmou o senador.

Aécio Neves destacou que os seminários que o PSDB está promovendo, em parceria com o com o Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos e formação do partido, têm contribuído para debater de perto os problemas que a população enfrenta em várias regiões do país. Este ano, o partido discutiu temas como segurança pública, energia, competitividade e meio ambiente. Hoje, o PSDB discute, em Recife (Pernambuco), a questão da mobilidade urbana.

“Nesse momento de crise, há um retorno em uma velocidade muito grande daquelas pessoas que foram beneficiadas pela transferência de renda. Mas a pobreza tem que ser tratada no Brasil em todas as suas variáveis. Além da vertente da ausência de renda, também temos que tratar da ausência de educação, de qualificação, de ambiente adequado para os negócios, porque é isso que vai gerar emprego e também saúde básica de qualidade”, afirmou Aécio.

Para o senador, quem tem instrumentos para tirar o Brasil da crise é o governo federal. No entanto, com a falta de governabilidade instalada no Planalto, o governo do PT está cada vez mais fragilizado e incapaz de promover a retomada do crescimento da economia.

“São cerca de 10 milhões de brasileiros desempregados, com cerca de 60 milhões de brasileiros endividados e a inflação tirando a comida da mesa do trabalhador. Esse é o conjunto perverso, chamaria até de macabro, da obra que o PT apresenta ao Brasil, e é com isso que a presidente da República terá que lidar a partir do início do ano que vem. Mas o que estou vendo é um governo que já não governa mais”, completou Aécio Neves.

Entrevista sobre a distribuição de cargos do governo

“A responsabilidade por construir a base de apoio para aprovação das medidas deste governo é do governo. O que estamos vendo é um governo cada vez mais fragilizado seja pela sucessão de denúncias que chegam cada vez mais próximo do núcleo que comandou o país ao longo desses últimos anos”, afirmou Aécio Neves sobre a crise de governabilidade vivida pelo país.

Após reunião com a Executiva nacional do PSDB, na manhã de hoje (26/11), o presidente nacional do partido disse que o governo do PT deverá viver momentos ainda mais difíceis no Congresso após a prisão do senador Delcídio Amaral, líder do governo no Senado. Ele foi preso sob acusação de prejudicar as investigações sobre corrupção na Petrobras.

“O que estou vendo é um governo que já não governa mais. Percebemos que a presidente da República é hoje uma figura quase que folclórica à frente do governo federal. Antevejo momentos muito difíceis para o governo no Congresso Nacional porque sequer na própria base, sequer no seu partido”, afirmou Aécio.

Entrevista sobre a nota do PT sobre prisão de seu líder

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, cobrou hoje (26/11), da presidente Dilma Rousseff um pronunciamento oficial sobre a prisão do líder do governo, senador Delcídio Amaral, ocorrida ontem, depois que a Justiça recebeu gravações que mostram o envolvimento do senador no esquema de corrupção revelado na Petrobras no período em que a então ministra Dilma Rousseff presidia o conselho administrativo da empresa.

Na coletiva, Aécio disse que é dever do governo se manifestar e classificou a divulgada pelo PT, após a prisão do líder do governo, como um dos mais sórdidos documentos da história do partido.

“É extremamente grave. Incompreensível. É o líder do governo. Do ponto de vista pessoal, lamento o senador Delcídio, mas do ponto de vista institucional, é incrível que a presidente da República não se manifeste. É como se não tivesse absolutamente nada a ver com isso. Como se os delatores presos, réus confessos e já condenados, como o caso do (Nestor) Cerveró, não tivessem sido indicados pelo seu governo, não tivessem sido colocados por ela numa diretoria da BR Distribuidora quando saiu da diretoria da Petrobras. É um acinte à inteligência dos brasileiros. O governo precisa se manifestar e o que nós assistimos ontem, numa nota divulgada pelo PT, talvez um dos mais sórdidos documentos, foi a falta de coragem de um partido político, que, ao invés de assumir a sua gravíssima responsabilidade em relação a tudo o que vem ocorrendo no Brasil, até para que haja na cabeça das pessoas um sentimento de que há perspectivas de melhorar, o PT é o primeiro a virar as costas para o seu líder e considera-se descompromissado de defender aquilo que ele próprio criou. A nota lançada pelo PT, além de inoportuna e covarde, vai ficar inscrita como um dos mais deprimentes momentos da vida desse partido que, na minha avaliação, vive os seus estertores.