Aécio Neves – Entrevista sobre o rebaixamento da Petrobras e Reforma Política

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, nesta quarta-feira (25/02), em Brasília. Aécio comentou o rebaixamento de todas as notas de crédito da Petrobras pela agência Moody´s e falou também sobre os prejuízos causados pelos erros na gestão da Petrobras.

 

Leia a transcrição da entrevista do senador:

Como o senhor avalia essa decisão da agência Moodys que rebaixou a nota da Petrobras de grau de investimento para graus especulativo.

Isso é extremamente grave e fruto da irresponsabilidade com a qual a companhia foi conduzida ao longo desses últimos anos. E o impacto da diminuição dessa nota se dá sobre toda a economia em razão da importância da Petrobras para a economia brasileira. Fornecedores estão hoje desempregando e a reação do governo qual é? Achar que está tudo normal. A fala da presidente da República hoje é assustadora, pois ela não tem noção da gravidade da situação da Petrobras e das consequências disso para o restante da economia. Podemos estar a passos também do rebaixamento da nota de rattings da própria economia brasileira.

 

Como o senhor falou não é ruim só para a Petrobras, é ruim para a economia.

Exatamente. O rebaixamento da nota da Petrobras é dramático para a empresa, mas é péssimo para a economia brasileira em razão do papel que a Petrobras exerce hoje. Fornecedores da Petrobras não estão recebendo, muitos estão demitindo. A Petrobras agora certamente buscará crédito um preço muito mais alto, portanto a um custo muito mais alto para o país e isso afetará o conjunto da economia. Tudo conseqüência da irresponsabilidade com a qual a Petrobras foi dirigida ao longo desses últimos anos de governo do PT.

 

É possível, no curto prazo, reverter esse cenário? Ou diante do quadro é algo que vai levar um longo tempo?

Todos torcemos para que o Brasil vá bem. Todos nós queremos uma Petrobras respeitada e não uma Petrobras hoje nas páginas policiais. A presidente teve, a meu ver, uma oportunidade recentemente de conduzir a renovação do comando da Petrobras de forma absolutamente profissional, mas, mais uma vez, preferiu um dirigente, me parece, para protegê-la e proteger o PT de tudo que ocorreu na empresa. A sinalização não foi boa e, infelizmente, quem paga o preço por isso não é apenas a Petrobras, não são apenas seus funcionários dedicados, não é apenas o governo do PT. Infelizmente, pagamos o preço todos nós brasileiros.

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